Lies - Fake Love (1 temporada)

By LalizBaby

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[EM ANDAMENTO] O Beverly Hills High School é o colégio mais requisitado da Califórnia e por isso abrange o es... More

*Aviso*
Elenco
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8 - Bella Ciao
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 35 - Euphoria
Capítulo 36 - Você mentiu pra mim?
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49 - Parte 1
Capítulo 49 - Parte 2
Capítulo 50
Capítulo 51 - Parte 1

Capítulo 34

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By LalizBaby

*Algumas horas atrás*

Jimin chegou em casa cansado. Tinha passado à tarde com Nancy desde o horário de almoço e ainda conseguiu perder a carona de Jungkook até em casa já que assim que conseguiu voltar para o colégio ficou sabendo que o amigo já tinha ido embora.

O loiro entrou em casa e retirou os sapatos suspirando cansado. Nancy tinha o alugado e falado exaustivamente sobre o quanto estava feliz por não ter Rosé em seu caminho nas aulas de teatro e o garoto ao menos sentiu vontade de comentar sobre o ocorrido já que ele sabia o quanto a menina deveria estar triste por não estar mais fazendo algo que gosta.

Jimin caminhou até a cozinha vendo algumas panelas em cima do fogão mostrando que sua avó tinha preparado a janta, mas ela não estava e casa, pois tinha plantão no hospital naquela noite.

O garoto subiu as escadas e assim que fez menção de entrar no quarto que dividia com o melhor amigo, ele ouviu uma melodia vinda dentro do cômodo.

A passos lentos o loiro entrou no quarto e viu Jungkook sentado na cama com o violão em mãos. Ele vestia um conjunto de moletom largo e parecia concentrado na melodia que soava do instrumento.

Jimin correu os olhos pelo local e viu na mesinha de cabeceira algumas folhas espalhadas. Ele as pegou e notou serem partituras.

- Pegue minhas mãos agora. Você é a causa da minha euforia – Ditou baixo e franziu a testa vendo o amigo distraído – Jungkookie?

O moreno parou o que estava fazendo e virou o rosto para o amigo. O semblante triste não passou despercebido pelo loiro.

- Oi, Jiminie – cumprimentou simplesmente voltando sua atenção para o violão.

- Ei cara, fiquei sabendo da treta que rolou entre você e a Lisa. Quer me explicar direito o que aconteceu? – Perguntou se sentando ao lado do melhor amigo afagando as costas dele.

- Ela voltou com o Jackson, Ji – Jungkook respondeu deixando o violão de lado – Ela me fez de otário esse tempo todo enquanto ria de mim com o babaca do Wang.

- E o que Você disse pra ela?

- Eu não quis ficar por baixo e acabei falando que tinha sido eu que filmei a coreografia dela e mandado para a Tzuyu – respondeu, a voz baixa e rouca evidenciando a mágoa com o ocorrido.

- E Você fez isso mesmo? – Jimin perguntou paciente, mas tinha uma leve ideia de que Jungkook não seria capaz de fazer algo daquele tipo.

- Não – Jeon murmurou baixinho.

- Então Você vai deixar ela pensar que Você fez algo que não fez apenas por orgulho? – o loiro perguntou franzindo a testa – É sério isso?

- Isso não importa mais, Jimin – Jeon respondeu resignado – Ela fez a escolha dela e era óbvio que não seria eu quem ela escolheria, afinal eu nunca fui bom o suficiente pra ela.

- Você não pode pensar assim, cara. Você é tão bom quanto qualquer um – suspirou percebendo que seria difícil mudar aquele pensamento da cabeça do amigo – Você está de cabeça quente e não vai me escutar, mas a gente ainda vai conversar sobre isso, ok? – Jungkook assentiu dando de ombros – E essas partituras? De onde vieram?

- Eu que escrevi.

- Certo, mas desde quando Você escreve músicas? – Jimin franziu a testa olhando os papéis novamente – Nunca vi Você tocar mais que alguns acordes no violão.

- Eu não sei – Jungkook suspirou e olhou para o loiro – Eu só... escrevi.

- Só escreveu? – Jimin perguntou incrédulo – Jungkookie, isso é quase uma música inteira. Onde é que está a letra dela?

- Não tem letra ainda, eu fiz apenas os acordes e bem, essa frase – Jungkook pegou uma das folhas lendo brevemente – Pegue minhas mãos agora. Você é a causa da minha euforia.

- E quando foi que Você compôs esses acordes? – Jimin estava curioso.

- Pode parecer estranho, mas faz apenas alguns meses que escrevi – Jimin arqueou uma das sobrancelhas dando atenção ao amigo – Desde que eu comecei a me reaproximar da Lisa os acordes pra essa canção tem estado na minha cabeça.

- Tipo... simplesmente surgiu na sua cabeça?

- Não. Toda vez que eu saia com ela, algumas acordes começaram a surgir e quando eu chegava em casa eu anotava e enquanto ela estava na Itália surgiu essa frase – Jungkook passou a mão no cabelo suspirando – Eu sei, é estranho.

- Não cara, relaxa – Jimin sorriu de lado – Não tem nada de estranho nisso, mas acho que Você não está preparado pra entender o que isso significa ainda.

(***)

Dia seguinte - 07:00 AM

- Então filha, fiquei sabendo que o Jackson apareceu no heliporto pedindo para vocês voltarem – Jin perguntou tomando um gole de seu café. Aquela era uma manhã atípica. Todos os Manoban estavam em casa tomando café juntos – É verdade?

- É verdade sim, pai – Lisa suspirou – Bom, eu tinha pedido a ele um tempo para pensar e já tomei a minha decisão.

- E qual foi? – Sandara perguntou curiosa olhando algumas revistas com decorações.

- Eu resolvi dar mais uma chance a ele – Lisa respondeu simplesmente, sem muita animação e Rosé arregalou os olhos. Mas que diabos?

- Ah, que maravilha – Sandara comemorou – Eu gosto dele, é um bom garoto – Lisa deu de ombros tomando um gole de seu suco.

- Bom, se você está bem com essa decisão é isso que importa – Jin comentou olhando a filha de relance. Ela não parecia feliz, mas também parecia não querer conversar sobre o assunto – Esqueci de falar a vocês, mas eu já contratei um novo motorista.

- E quem é? – Taehyung perguntou curioso olhando para o pai. Taehyung estava muito bem naquela manhã. Se sentia incrível depois de uma noite bem dormida e com a sua droga bem escondida. Ele só precisava de um estímulo para aliviar a tensão. Estava até animado – Ele já está aqui?

- Sim. Trude você pode chama-lo, por favor? – Jin pediu e a mais velha logo entrou na cozinha trazendo o homem com ela.

- Pessoal, esse é o Lee Misuk – Jin apresentou – Ele será o nosso novo motorista, assumindo o lugar do Antônio.

- Olá, senhor Misuk – todos cumprimentaram o mais velho que sorriu um pouco tímido.

- Bom, a Trude passará os horários de todos depois, ok? – Jin explicou e Misuk acenou com a cabeça mostrando que tinha entendido pedindo licença logo em seguida e saindo.

- Pai, eu estive pensando sobre o hospital – Lisa disse depois de um tempo e Jin olhou para ela franzindo o cenho – Sobre o cargo de advogado. Acho que você deveria dar o cargo ao tio Namjoon.

- É verdade – Taehyung concordou – Ele finalmente ia poder assumir uma parte do hospital, afinal aquele lugar também é patrimônio dele.

- Não acho que o Namjoon seja adequado para o cargo – Sandara comentou pousando sua xicara de café na mesa – Faz anos que ele não está no meio da advocacia.

- O tio Namjoon é extremamente adequado, Sandara – Rosé respondeu saindo em defesa do tio – Ele é formado em direito e mesmo não advogando ele é muito profissional, sem falar que é de extrema confiança.

- Bom, mas eu acho que...

- É uma boa ideia – Jin sorriu concordando ignorando o que a noiva iria falar – Eu já estava pensando nisso.

- Eu acho que é melhor do que colocar o pai do Jackson – Lisa comentou dando de ombros – O Daniel é um bom profissional, mas eu confio mais no tio Namjoon.

- Eu também – Seokjin concordou e ouviu Sandara suspirar sabendo que estava sendo ignorada. Ela nem sabia por que dava opinião em algo já que não davam ouvidos a ela – Eu vou falar com o Nam e perguntar o que ele acha.

- Ok então – Lisa sorriu terminando seu café – Bom, eu já vou por que tenho que preparar algumas coisas antes dos testes de líder de torcida mais tarde – explicou e se despediu.

- Eu também preciso ir – Rosé se levantou também vendo seu celular apitar com algumas mensagens – Tchau família.

- Então filho, eu comprei ontem os ingressos para o nosso jogo no domingo. Você não esqueceu, né? – Jin lembrou – Namjoon está ansioso para ver esse jogo.

- Não esqueci, mas será que eu poderia levar um amigo? – Taehyung perguntou – É que eu queria muito que você e o tio Nam conhecessem o Hobi.

- Ah, claro – sorriu – Vou comprar outro ingresso então.

- Beleza pai, valeu – Taehyung sorriu e se despediu.

- Você acha mesmo que é uma boa ideia dar o cargo de advogado ao seu irmão? – Sandara perguntou retomando o assunto agora sem a interferência dos sobrinhos – Namjoon não é advogado desde que entrou para a polícia, Jin.

- Ele pode não advogar, mas ainda dá consultoria a outros advogados e é um profissional excelente, Sandara. Tenha mais fé no meu irmão – Jin brincou se levantando da mesa – Esteja pronta em 15 minutos, vou pedir ao Misuk para nos levar ao trabalho, ok? – Sandara concordou.

(***)

Departamento de Polícia de Los Angeles – 07:40 AM

- Bom dia, bom dia – Namjoon cumprimentou a todos os funcionários que estavam no saguão. Ele estava animado naquela manhã, mais disposto – Tem algum recado para mim, Phoebe?

- Bom dia, senhor Manoban – a mulher sorriu o cumprimentando – O senhor tem uma ligação a ser retomada com um tal de Allan Dickerson – avisou e Namjoon ficou em alerta. Era o detetive que tinha contratado para descobrir pistas sobre seu filho Kwan já que as que tinha antes de viajar tinham dado errado mais uma vez – E o chefe quer falar com o senhor.

- O que o Jeff quer comigo? – Perguntou e a mulher deu de ombros mostrando que não tinha conhecimento do assunto – Tudo bem, obrigada.

(***)

Beverly Hills High School – 07:55 AM

- .... Eu acho que eles ainda demoraram para voltar – Suzy ouviu uma garota dizer enquanto conversava com outra garota e franziu o cenho. Quem era o casal que tinha voltado dessa vez?

- Eu achei tão fofo que o Jackson tenha levado aquele buquê de rosas para a Lisa no heliporto – a outra garota comentou – Para mim valeu a demora. Ele foi muito romântico.

- Mas que merda é essa? – Suzy exclamou baixo entrando no colégio. Ela não estava entendendo nada. Jackson não tinha dito nada a ela e Rosé também não. Aquilo só podia ser alguma pegadinha. Lisa estava bem com o Jungkook então por que ela voltaria com o Jackson? – Ah, mas eu vou tirar isso a limpo agora – Suzy exclamou, mas foi interrompida pelo sinal. Ela bufou irritada e entrou na sala.

(***)

09:28 AM

Rosé estava em sua quarta aula e não via a hora de poder dar o intervalo e ir falar com a professora de teatro. Ela queria saber quando essa palhaçada de castigo acabaria até por que não fazia sentindo que a melhor atriz estivesse de fora de alguma produção.

Quando o sinal bateu Rosé correu e foi até o auditório.

- Trish? – Rosé chamou a professora que se virou para ela.

- Como vai, Rosé? – A mulher perguntou arrumando alguns papéis – O que está fazendo aqui? Hoje nós não temos aulas.

- Eu vou bem – Rosé respondeu engolindo em seco e balançou a cabeça – Eu sei que hoje não tem aula, mas eu queria te perguntar uma coisa – ela disse e a mulher prestou atenção – Quando eu vou poder voltar a atuar, hein? A peça de início de semestre ta chegando e eu quero participar.

- Você devia ter pensado nisso antes de ter humilhado o Jimin, não acha?

- O que? Ainda estamos nisso? – Rosé reclamou – O Jimin nem deve mais se lembrar disso, Trisha.

- Quem é humilhado nunca se esquece, Rosé – Trisha rebateu – Se o Jimin fosse o meu filho, eu nunca mais deixaria ele falar com você, sabia?

- Então graças a Deus que ele não é o seu filho – Rosé respondeu sarcástica – Anda, me dá uma data. Eu só preciso disso, Trisha, para poder me redimir – pediu.

- Você vai voltar quando eu achar que você deve voltar, Rosé.

- E quando vai ser isso? Quando você se cansar de puxar o saco da Nancy? – A menina reclamou sentindo seu corpo esquentar de raiva.

- Você não pode falar assim comigo! – a mulher ralhou.

- Eu falo sim sabe por que? Por que você sabe que eu sou boa, aliás, eu sou a melhor e não é por que você é minha professora que eu vou deixar você passar por cima de mim por causa de uma besteira – Rosé respondeu irritada.

- Está vendo? É por isso que eu não quero que você volte – Trisha disse balançando a cabeça mostrando o quanto estava decepcionada com a atitude agressiva da menina – Você tem uma energia muito pesada, Rosé. Você tem muita raiva guardada aí dentro – apontou para o peito de Rosé – E por mais que eu te considere a melhor da turma, eu não posso deixar você passar por cima dos outros sem te punir por isso – suspirou – Sinto muito, mas até você entender que errou, você não volta para o clube de teatro.

(***)

09:54 AM

- Era só o que me faltava – Rosé exclamou depois de sair do auditório resmungando – Falso moralismo uma hora dessas. Que palhaçada.

- Falando sozinha, Manoban? – Jimin perguntou sarcástico aparecendo de repente.

- E o que você tem com isso? – Rosé respondeu sem muita paciência.

- Tem razão, eu não tenho nada com isso – ele murmurou dando de ombros.

- Isso tudo é culpa sua, sabia? Você veio todo fofo e educado querendo um encontro e eu idiota aceitei, aí vai você e faz o favor de estragar mandando aquele monte de merda para mim por mensagem. Você é um babaca.

- Quantas vezes eu vou ter que falar que eu não mandei aquelas mensagens? Mas que merda! – Jimin exclamou se irritando – Você me humilhou na frente de metade no colégio naquela festa e a única coisa que eu fiz foi te esperar que nem idiota naquele maldito restaurante.

- Você é um...

- Já chega! – ele pediu já cansado daquela discussão – Eu só queria saber o motivo de você me tratar tão mal sendo que a única coisa que eu fiz foi ser seu amigo – ele caminhou até ela – Sendo que a única coisa que eu fiz foi gostar de você – ele disse triste olhando o rosto da garota – Eu tenho medo de que você não se dê conta do mal que faz a si mesma e acabe sozinha – ele comentou e viu a menina ficar em silencio e então continuou – Eu sei que em algum lugar aqui dentro – apontou para o coração – Ainda existe a boa e velha Rosé – sorriu de canto – Que adorava acampar comigo, que brigava com a Suzy por quase nunca tirar as meias listradas de abelha que ela amava, que não perdia uma apresentação da Lisa e da Jennie, que berrava quando o Jungkook, o Taehyung, o Jackson e eu errávamos o passe nos jogos e que ajudava a Nayeon com as atividades do grêmio estudantil – ele disse se lembrando dos momentos de anos atrás quando todos eram amigos – Se algum dia você se perguntar por que as pessoas daqui do colégio não gostam tanto de você quanto gostam da Lisa ou do Taehyung pode ter certeza que é por causa dessa sua personalidade perversa – ele suspirou – Só que nenhum deles tem coragem o bastante para te dizer isso – ele terminou de falar e caminhou se afastando dela.

Rosé pôde sentir seu coração se aquecer com a proximidade de Jimin, mas a sensação boa durou tão pouco que nem percebeu que tinha ficado sozinha parada no corredor. Ela se sentou no chão encostando na parede levando as mãos até os braços. O contato das unhas longas com a pele foi profundo, tanto que machucou deixando a pele branquinha com um contraste avermelhado e dolorido.

Podia imaginar que as pessoas não gostassem dela ou tivessem opiniões ruins a seu respeito, mas não sabia que era praticamente odiada pelas pessoas. Seus irmãos tinham a glória e ela o ódio? O que estava fazendo de errado?

Taehyung era uma das estrelas do time, era amado por todos do colégio e todos só falavam bem dele mesmo sabendo do histórico dele de usar substancias ilícitas.

Lisa era a estrela da equipe de líderes de torcida, além de capitã da equipe, ela namorava o capitão do time do colégio, era considerada a rainha do colégio e todos praticamente a idolatravam.

E Rosé? Era atriz, protagonista de todas as peças que fazia, mas as pessoas não gostavam dela pelo simples fato dela não ser amiga dos irmãos. Era isso?

Sentiu uma lágrima escorrer e não se preocupou em limpar. A menina não pôde evitar a tristeza ao saber daquilo, seu coração parecia ter levado um solavanco forte, sua cabeça pesava e seus olhos não conseguiram mais segurar as lágrimas.

Quem passasse ali presenciaria a queda de uma fortaleza.

As barreiras que Rosé tinha construído estavam ruindo. Onde estava aquela Rosé boa e alegre pela qual Jimin tinha se apaixonado?

"Está morta" – ela ouviu seu subconsciente sussurrar e uma sensação ruim surgiu em seu peito.

Raiva.

Era isso que sentia de si mesma.

E o que os outros sentiam por ela também.

(***)

Departamento de Polícia de Los Angeles – 11:49 PM

- Você queria falar comigo, Jeff? – Namjoon perguntou depois de entrar na sala do seu chefe.

- Queria – Jeff afirmou deixando de lado os papéis que lia – Eu fiquei sabendo que você pegou as pastas dos casos da Kim Jisoo Manoban e do Jeon Suho – contou – E eu fiquei curioso em saber o motivo, afinal, esses casos já foram encerrados.

- Eu queria apenas revisar esses casos e ver se podia achar alguma brecha – Namjoon respondeu – Talvez tentar achar alguma pista.

- Namjoon, os casos da Jisoo e do Suho já se passaram anos – Jeff disse se levantando – São casos sem testemunhas e sem provas contundentes. Nós não podemos viver em função da resolução desses casos sem provas suficientes – Jeff se aproximou de Namjoon que cruzou os braços sem ter o que argumentar – Você devia estar mais preocupado com o casamento do seu irmão que está chegando e não com o caso da Jisoo. Você quer mesmo mexer nesse assunto agora?

- Eles merecem uma resposta, Jeff – Namjoon contestou – O senhor Jeon e o Jungkook merecem assim como a minha família também.

- Talvez você devesse se preocupar mais com casos que realmente podem se resolver do que com casos impossíveis – Jeff murmurou cansado – Infelizmente o da Jisoo e o do Suho caíram nessa estatística.

- Mas eu posso ajudar, Jeff – Namjoon argumentou esperançoso – Eu posso procurar e...

- Eu proíbo você de mexer nesses casos novamente – Jeff exclamou rudemente e Namjoon o olhou perplexo – Agora você já pode ir.

Namjoon queria gritar e xingar o homem a sua frente.

Como que ele poderia obrigá-lo a deixar para lá casos tão importantes? Seu irmão e seus sobrinhos sofriam até hoje com o caso sem resolução da Jisoo e bem, embora o caso do Suho tenha sido dado como suicídio algo naquele caso não estava batendo, mas estava impedido pelo chefe de mexer em ambos.

Bufou com raiva não podendo fazer nada. Namjoon saiu da sala de Jeff irritado com o homem e irritado consigo mesmo.

(***)

Beverly Hills High School – 12:00 PM

- É cara, eu estou indo falar com o meu pai – Jungkook avisou a Jimin enquanto colocava alguns livros no armário depois da sua última aula.

- Você vai almoçar com ele?

- Não, eu vou no escritório – Jungkook explicou – Sei que ele demora pelo menos uma hora depois do horário do almoço para sair.

- Tudo bem então, Jungkookie – Jimin concordou – Eu vou almoçar por aqui mesmo com a Nancy e te espero para assistirmos os testes de líderes de torcida da Tzuyu – Jimin fez uma careta ao dizer o nome da garota – Boa sorte.

- Valeu – Jungkook agradeceu e sorriu saindo do colégio.

Jimin ainda não tinha processado o fato do seu amigo ter afirmado que tinha voltado com a garota. Tinha sido pego totalmente de surpresa quando Jungkook o contou aquilo naquela manhã e mesmo que entendesse a raiva que o amigo sentia de Lisa pelo que tinha acontecido no dia anterior, ele não conseguiu argumentar com o amigo sobre ter voltado com Tzuyu.

(***)

Restaurante The Bazaar – 12:15 PM

- Que bom que você aceitou o meu convite para almoçar, Namjoon – Jin agradeceu ao irmão e chamou o maitre do restaurante.

- Como que eu podia recusar um convite do meu irmão? – Namjoon brincou e viu o irmão rir.

- O que os senhores vão pedir? – O homem de terno bem alinhado apareceu ao lado da mesa e perguntou.

- Eu gostaria de um macarrão campestre, por favor – Jin pediu entregando o menu ao maitre.

- E eu gostaria de um ceviche beija-flor, por favor – Namjoon sorriu entregando o menu também.

- Ótima escolha, cavalheiros – o homem sorriu – E a bebida?

- Pode ser um vinho tinto, né Jinnie?

- Sim – sorriu assentindo – Vinho tinto está ótimo.

- Nossa mãe estaria orgulhosa de nós agora – Namjoon sorriu – Estamos usando as regras de etiqueta que ela tanto gostava – Jin riu – E pedindo os pratos chiques que ela ensinou.

- Sim, eu tenho certeza que ela adoraria nos ver assim tão elegantes – Jin concordou – Mas eu queria falar uma coisa importante com você, por isso te chamei para almoçar – avisou – Calma que não é nada sério.

- O que é?

- O Taehyung avisou hoje que queria levar um amigo para o nosso jogo de domingo – explicou – Eu queria saber se tem algum problema?

- Mas é claro que não – Namjoon sorriu – Eu adoraria conhecer um dos amigos do Tae. Por mim não tem problema nenhum.

- Ok – Jin sorriu – Mas tem outra coisa também.

- Fala logo, Jinnie – Namjoon pediu curioso.

- Eu conversei com os meninos hoje de manhã e a Lisa sugeriu que eu te oferecesse o cargo de advogado do hospital – Jin respondeu e viu Namjoon levantar as sobrancelhas surpreso – E olha que eu já estava pensando nisso. O Daniel, o pai do Jackson, ele é uma opção também, mas você é a minha primeira e melhor opção.

- Jin, eu...

- Eu sei que você gosta de trabalhar na delegacia, mas a gente sabe que a sua paixão mesmo é o direito – Jin sorriu – Sei que você parou de advogar depois do desaparecimento do Kwan e eu não estou pedindo que pare de procurar por ele – suspirou – Sei que você ainda presta consultoria para outros advogados e eu não vejo problema algum em você sair da polícia onde você não ganha tão bem para ir trabalhar comigo lá no nosso hospital.

- Jinnie, eu fico muito feliz que você tenha pensado em mim e fico mais feliz ainda que os meus sobrinhos tenham essa preferência por mim para o cargo, mas você sabe que aquele hospital é mais seu do que meu – Namjoon respondeu e Jin fez menção de dizer algo, mas Namjoon emendou – E eu não falo de herança ou algo do tipo. Aquele hospital é a sua vida assim como era para o nosso pais. Eu já ganho algumas partes dos lucros do hospital que eu nem queria, mas você insistiu.

- Claro! Você queria viver com pouco dinheiro, Nam – Jin respondeu – Nós fomos criados como lordes e eu não podia deixar você viver só com o básico. É seu direito.

- Eu sei, mas eu escolhi viver assim.

- Não, você se descuidou desde o que aconteceu com o Kwan e eu não tiro a sua razão, mas aquele hospital é seu patrimônio também e eu queria muito que você voltasse a exercer a profissão que tanto gosta.

- Eu sei – Namjoon sorriu exibindo s bonitas covinhas – Mas olha, eu ainda não me sinto bem e totalmente focado em voltar a advogar – explicou e o sorriso de Jin desapareceu – Eu presto consultoria sim, mas não entro de cabeça nos casos. Eu prefiro estar na delegacia que é no que eu estou focado agora.

- Com licença, senhores – o garçom apareceu trazendo a bandeja dos dois – O pedido de vocês – sorriu colocando os pratos na mesa e se retirou.

Um silêncio prevaleceu por alguns estantes na mesa.

- Mas eu prometo que quando eu finalmente conseguir resolver tudo, eu penso na proposta, ok? – Namjoon comentou voltando ao assunto vendo o irmão assentir – Pode dar o cargo ao Daniel que com certeza está mais interessado que eu.

- Tudo bem – Jin suspirou sem ter como argumentar.

(***)

Beverly Hills High School – 12:20 PM

- Quando que você ia me contar que voltou com a Lisa, Jackson? Depois que eu visse vocês se beijando em algum lugar? Assim só para saber – Suzy perguntou assim que encontrou Jackson perto do vestiário masculino.

Depois das aulas ela o procurou por todo colégio e finalmente o encontrou. Agora ele teria que contar a verdade a ela.

- Como você descobriu?

- Isso não interessa, mas pela sua cara de susto já deu para perceber que é verdade – ela disse irritada – Então foi por isso que você deu aquele chilique no dia que nos encontramos? Era só uma desculpa para terminar comigo?

- Você foi rude comigo quando eu fui na sua casa – ele rebateu – Praticamente me enxotou sem eu ter feito nada.

- Eu iria me desculpar com você hoje – ela contou rindo sarcástica – Mas aí eu chego no colégio e todos estão comentando sobre o fato de você e a Lisa terem voltado.

- Me deixa explicar, Suzy – ele pediu se aproximando da garota.

- Eu não quero estar com alguém tão instável quanto você. Voce não se decide, uma hora você quer ficar comigo, outra hora quer ficar com a Lisa – ela exclamou magoada – Quer saber? Para mim já deu!

Por fim, Suzy se afastou e sumiu de vista deixando um Jackson chateado para trás.

(***)

12:28 PM

- Eu fico tão contente de ver vocês juntos – Lisa disse olhando para Hoseok e Nayeon – Formam um casal tão fofo.

- Demorou até para vocês ficarem juntos por que estava tão na cara que os dois queriam se pegar – Jennie disse simplesmente – Ai! – Exclamou sentindo o braço doer pelo beliscão que Lisa deu no braço dela.

- Seja mais educada, Antoine – Lisa brincou e viu Jennie bufar irritada.

- Você sabe que eu não gosto quando... – Jennie reclamou.

- Te chamam pelo seu nome do meio e blá blá blá – Lisa imitou a voz da amiga de maneira exagerada.

- Vocês são muito divertidas – Hoseok riu – Eu nunca tive amigos assim.

- Bom, agora você tem – Nayeon sorriu apaixonada abraçando Hoseok – Você tem a mim, tem as meninas, os caras do time e o Tae.

- Tem que se acostumar com essa nova fase, Hobi – Jennie comentou e tomou um gole de seu suco.

- Sim, o Taehyung é como um irmão para mim – sorriu.

- Pode ter certeza que ele pensa da mesma forma – Lisa sorriu – Mas mudando de assunto, vocês sabem quem se inscreveu para os testes da equipe?

- Estou por fora – Hoseok disse dando de ombros.

- Quem, amiga? – Nayeon perguntou curiosa.

- Tzuyu – Jennie respondeu e Lisa revirou os olhos.

- Certeza que foi uma afronta – Lisa comentou – Ela acha que vai conseguir alguma coisa, mas não vai mesmo e se por acaso eu aceitar ela na equipe ela vai ter que ralar muito – Jennie riu sabendo que Lisa faria da vida da garota um inferno – Você sabe o quanto eu sou exigente com as minhas líderes de torcida.

- Claro que eu sei – Jennie respondeu – Você é uma tirana – ela zombou.

- Você quer outro beliscão? – Lisa perguntou – Por que eu posso te dar outro sem problema nenhum.

- Nem vem – Jennie respondeu se afastando da amiga e Lisa, Nayeon e Hoseok riram. Jennie fez um biquinho e logo riu junto.

(***)

Industrias Jeon – 12:34 PM

Depois de um ensaio mental sobre o que falar, Jungkook respirou fundo e entrou no grande edifício. Estava mais nervoso que o normal, mas esperava não deixar transparecer. Jungkook não queria conversar com o pai, mas aquela conversa precisava acontecer.

- Oi Marie – Jungkook cumprimentou a moça que estava concentrada em algo na tela do computador – O meu pai está aí? Eu preciso falar com ele.

- O senhor Jeon está sim – ela disse – Pode ir subindo que irei anunciá-lo, tudo bem?

- Ok – Jungkook sorriu caminhando até o elevador.

(***)

- Ora ora – Hyuk exclamou sarcástico – A que devo a honra dessa visita ilustre aqui na empresa? Se veio pedir dinheiro para algumas de suas farras ou qualquer coisa que envolva o merdinha do Sehun, pode esquecer.

- Eu não vim aqui pedir dinheiro – Jungkook respondeu grosseiramente. Ele não queria estar ali, tinha sido praticamente obrigado por Jimin. O homem que estava na sua frente era tão diferente do que conhecia como pai.

- Então para que veio? – Hyuk perguntou se recostando na cadeira.

- Eu só vim aqui pedir que devolva o meu celular e o do Jimin – pediu sem jeito.

- E por que eu faria isso? – Indagou.

- Por que eu não moro mais na sua casa e não te devo mais satisfações – Jungkook sorriu sarcástico – E o Jimin não tem nada a ver e nem é nada seu para você puni-lo por uma encrenca que eu o meti.

- Muito bem – Hyuk fitou o filho em sua postura firme e abriu a gaveta pegando os aparelhos – Aqui – ele estendeu os celulares e Jungkook os pegou. O homem queria passar a imagem de quem não estava se importando com o que tinha acontecido entre ele e o filho, mas na verdade estava doido para pedir que o menino voltasse para casa mesmo passando por cima do seu orgulho – Era só isso?

- Só mais uma coisa – a voz de Jungkook soou baixa, envergonhada – Eu queria que você não parasse de pagar o meu colégio por enquanto – Não queria ter que pedir isso ao pai, mas era necessário. O colégio tinha uma mensalidade muito alta e não poderia pedir que Youra pagasse o dele também sendo que ela já tinha dificuldade em pagar o de Jimin. Hyuk levantou as sobrancelhas em surpresa pelo pedido, afinal, Jungkook era tão orgulhoso quanto ele – Eu vou tentar arranjar um trabalho e juntar para poder pagar o colégio quando eu puder, mas por agora eu não tenho como pagar – Jungkook explicou.

- Mas do que você está falando, Jungkook? – o mais velho indagou confuso. Aquilo estava indo longe demais. Estava de cabeça quente quando expulsou o filho, mas o queria de volta mesmo mostrando o contrário – Eu nunca pensei em parar de pagar a sua escola.

- Bom, você me expulsou de casa.

- Eu expulsei você, mas foi uma coisa de momento, filho. Eu logo me arrependi depois que você saiu. Eu também não pensei em parar de pagar o seu colégio – explicou – Está achando que por que saiu de casa eu vou abdicar das minhas obrigações de pai? É isso?

- Eu pensei que você fosse esquecer que eu sou seu filho.

- Pois você pensou errado – negou – Na verdade, eu queria muito que voltasse para casa. Eu sei que errei no que disse para você, em ter levado aquela mulher em casa e deixa-la usar as coisas da sua mãe – suspirou – Eu peço desculpas por isso. Eu não pensei que fosse te magoar tanto – ele fitou o menino – Volta para casa, filho? Por favor!

- Pai, você sabe que não damos certo morando juntos – Jungkook argumentou – Depois do que aconteceu com o Suho e da mamãe ter ido embora, nós brigamos muito então eu não acho uma boa ideia.

- Tudo bem, mas o pedido está de pé – Hyuk assentiu – Você pode voltar para casa quando quiser.

- Obrigada – Jungkook respondeu sem graça – O que que houve com a sua mão? – Jungkook perguntou percebendo a mão enfaixada do pai.

- Foi apenas um acidente doméstico, só isso – ele sorriu fracamente e Jungkook balançou a cabeça.

- Eu já vou indo então – Jungkook avisou – Obrigada de novo – o mais velho balançou a cabeça em afirmativa e viu o filho sair da sala.

Talvez, pudesse fazer o menino mudar de ideia depois de algumas semanas já que ele ainda estava magoado com o pai e com total razão. Portanto, deixaria que o tempo resolvesse a situação e depois com mais calma tentaria se desculpar com o filho, afinal, Jungkook era a única família que lhe restava.

*Notinha da autora*

Quem aí tava com saudade da autora dramatica aqui? Acho que ninguém né? hahaha

Bom galerinha, seguinte, isso aqui é uma volta, porém, totalmente modificada. Eu não irei mais atualizar tão frequentemente como antes, tipo daqui dois dias. Decidi que não vou me cobrar mais tanto como fazia antes então as atts serão surpresa, porém demorarão um pouco mais.

Queria agradecer pelos 7k que Lies bateu essa semana e pelos 2,2k que Segunda Chance bateu no perfil secundário. Fico tão feliz por vocês ainda estarem de acompanhando. Muito obrigada de vdd.

Obs: Não é novidade pra ninguém que Euphoria é a minha música favorita e nada mais do que justo colocar o meu amor por ela aqui em Lies onde mais uma vez o nosso Kookie escreveu ela pra Lisa. Dessa vez, não coloquei na versão original e nem no piano, pois, essa versão é linda também, além do Jk ainda estar compondo a música.

Obs 2: Estou pensando seriamente em entrar na fic como personagem junto com a Elisa, mas no segundo livro. Já tenho algumas histórias e temas para abordar como uma personagem pras duas, mas só farei isso caso vocês não estejam enjoadas da minha cara dentro da fic. Me contem o que vocês acham disso.

Espero que tenham gostado do cap. Um beijinho na ponta do nariz de vocês.

Com amor,

- Autora

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