[ Canada - 🌙🌤️ " Josh Beauchamp's
November 03rd ] point of view "
Eu esqueci de explicar no cap anterior mas a narração da Any se passou na madrugada do dia 03 e a narração do Ron se passou na manhã do dia 03. O começo desse capítulo é tipo uma continuação daquele.
Esse capítulo tem hot leve e tals, vocês já sabem o que devem fazer (ou seja, vocês devem pular porque ele está péssimo).
A borda dos gifs são brancas porque eu sou idiota e esqueci que ela não iria aparecer 🤡
Boa leitura ❤️
Hoje a Any e eu vamos começar a decorar o meu apartamento e decidimos fazer isso do zero. Iremos redecorar tudo para que ele fique perfeito e essas coisas não são baratas, por isso eu estou indo cobrar o meu salário para o homem que esqueceu de me pagar.
Meu celular vibra e eu vejo que a Any me mandou uma mensagem avisando que é para nos encontramos no Tacofino daqui há trinta minutos, essa mulher é muito mandona e o pior é que eu sempre obedeço.
Eu estava prestes a responder a sua mensagem mas acabo esbarrando em alguém, que droga.
- Me desculpe, eu estava distraído com o celular
- Não precisa se desculpar, eu estou meio sonolento, passei a madrugada inteira angustiado e acabei não dormindo direito
- Não vai dirigir, não é?
- Se eu não dirigir, não volto pra casa!
- Dirigir com sono é algo perigoso, senhor
- Não precisa me chamar de "senhor"
- Eu não sei o seu nome
- Meu nome é Edward Waldorf!
- Pera, eu me lembro de você, já te vi em alguns eventos e capas de revistas, não sabia que o meu pai deixava pessoas mais ricas do que ele entrarem na empresa - falo fazendo o homem em minha frente rir
- Se eu não venho aqui o próximo prédio da empresa não é construído, Joshua
- Como você sabe o meu nome?
- Não se esqueça que você também é uma celebridade, mas não foi bem assim que eu descobri o seu nome
- Eu adoraria saber como foi
- Eu te peguei no colo quando você era apenas um bebê, sua mãe e eu éramos amigos
- Presumo que você também seja amigo do meu pai, não é? - pergunto e ele nega com a cabeça - Isso não me surpreende, ele é um...
- Velho ranzinza? - ele diz tentando completar a minha frase
- Exatamente! Agora eu tenho que ir, se você puder esperar eu posso te levar para sua casa
- Faria isso?
- É claro, você me carregou no colo, não é? Preciso recompensar esse pequeno peso - digo rindo e ele ri junto
- Tudo bem, eu vou te esperar bem aqui - ele fala sentando no banco que estava ao nosso lado
- Te vejo em uns dez segundos - falo e vou até a sala do meu pai mas no caminho aviso para a Any que vou demorar mais do que ela queria
Abro a porta sem bater e o encontro conversando com a secretária. Ele dispensa ela assim que me vê e eu rio enquanto observo a mulher sair e fechar a porta, é incrível como ela nunca é demitida.
- A sua esposa sabe que ela ainda trabalha aqui ou eu vou ter o prazer de contar?
- Eu não a demito porque ela é boa no que faz!
- Mas o que ela faz? Atende os seus telefonemas ou chupa o seu... - ia falar mas ele me interrompe
- Ela faz o que precisa fazer e se a Any não se incomoda, você não é ninguém para se incomodar
- Eu não vim aqui pra falar sobre isso
- Então o que você quer?
- O meu pagamento por trabalhar aqui
- Não sou eu que me encarrego disso
- Mas é você que manda em quem se encarrega
- Acha que eu tenho culpa de você não ter sido pago?
- Eu tenho certeza
- Não seja idiota, talvez você não recebeu seu salário porque não merece
- Não mereci? Eu passei horas pintando cada quadro dessa droga de prédio quando deveria estar focando na minha carreira. Se você não me pagar a próxima pessoa que vai estar nessa sala será o meu advogado e não vai ser pra chupar o seu pênis!
- Não precisa de tanto drama, o dinheiro estará na sua conta em menos de uma hora, satisfeito?
- Não mais do que hoje no banho. Tchauzinho, papai - digo e saio de lá
Caminho até onde o Edward disse que ficaria me esperando e dou um sorriso ao encontrá-lo lá. Ele parece ser legal e se era amigo da minha mãe também é meu amigo.
- Você realmente esperou
- Eu disse que ia esperar, não disse?
- Sim, você disse
- Vamos no meu carro ou no seu?
- Pode ser no seu? Eu não tenho carro
- Claro, eu nem sei como iria deixar o meu aqui
- Mas onde está o seu carro?
- Bem ali - ele diz aponta para a área externa da empresa e eu fico surpreso ao ver um Bugatti preto - Podemos ir?
- Sim!
「···」
Finalmente estaciono em frente a casa do homem ao meu lado e checo a hora, espero conseguir arrumar um táxi logo, a minha chapéuzinho vermelho não gosta de esperar.
- Obrigada por me trazer até aqui, Josh
- Não precisa agradecer, eu não podia deixar você dirigir mesmo estando com sono
- Você é uma boa pessoa, me lembra muito a sua mãe, ela adoraria ter visto o homem que você se tornou
- Você diz isso porque não lê as notícias que saem sobre mim
- Acha mesmo que eu não leio? Acredite, a Úrsula sabe que errar é humano, ela nunca iria te julgar
- Muito obrigada mesmo, acho que precisava ouvir isso
- Tenho outra frase pra você
- Qual?
- Parabéns, esse carro agora é seu
- Sério?
- Sim, considere ele um presente dos seus vinte aniversários que eu não fui convidade e, consequentemente, não te presenteei!
- Como eu posso agradecer?
- Me convidando para o próximo
- Você já é o primeiro da lista
- Então está tudo ótimo - ele fala e sai do carro - Os documentos do carro estão aí, amanhã mesmo ele estará em seu nome! Você tem um belo nome, te vejo por aí, pequeno Joshua - ele entra em sua casa e por algum motivo eu me sinto meio... Sozinho?
Acho que eu realmente ando muito carente mas agora eu preciso ir encontrar a mulher que deve estar me esperando com ódio.
Eu nunca consegui me dar bem com alguém tão rápido, talvez pelo fato de eu não ser bom em confiar nos outros. Mas por algum motivo eu me senti confortável ao lado daquele homem. Deve ser pelo mesmo motivo que me fez gostar tanto da Lizzie, uma vez uma psicóloga me disse que eu estou constantemente procurando figuras que me façam sentir a presença da minha mãe.
Ligo o rádio do carro e agradeço mentalmente por ele estar tocando uma música boa, ninguém merece dirigir ouvindo música ruim.
- I'd rather be dry, but at least I'm alive. Rain on me, rain, rain... - canto a música que está tocando enquanto dirijo
Escuto meu telefone tocar e recuso a ligação, eu nunca mexi no telefone enquanto dirigia e não vou fazer isso agora só porque a Any está com pressa.
O telefone toca mais três vezes e na quarta vez eu atendo por falta de paciência, o que eu não faço por ela?
- Joshua, eu vou falar algo e espero não ter que repetir: quando eu te ligar, VOCÊ ATENDE!
- Eu estou no trânsito, meu amor
- Você não deu o seu carro para a Sofya?
- Eu acabei de ganhar outro
- Quem anda te dando carros, Beauchamp?
- Depois eu te explico melhor
- "Depois eu te explico melhor" é sinônimo de "Ainda estou pensando em uma boa mentira"
- Eu juro que não estou mentindo e nem vou mentir
- Eu vou fazer os pedidos, você vai querer o que, cachinhos dourados? - o humor da Any na TPM deve ser estudado, se bem que ela sempre tem esse humor desregulado
- O mesmo que você
- Até logo
- Até logo, chapéuzinho vermelho - desligo a ligação e volto a me concentrar totalmente no trânsito
Continuo dirigindo até chegar no restaurante em que a Any está, estaciono o carro e entro lá. Noto que ela está pensativa e resolvo assustá-la. Vou até ela lentamente e então a agarro por trás.
- Olá, Joshua - ela fala tranquilamente
- Você poderia ter ao menos fingido que se assustou - digo sentando ao seu lado
- Na próxima vez eu penso nisso
Tento beijá-la mas ela desvia então para não ficar no vácuo resolvo apenas beijar a sua bochecha. Ás vezes eu esqueço que nós não podemos fazer essas coisas quando estamos em público.
- Pode me beijar quando estivermos sozinhos - ela sussurra e assinto com a cabeça - Agora vamos comer! - ela diz e nós brindamos com a comida e logo em seguida comemos
- Você fez uma ótima escolha
- É claro que fiz! Mas o que você estava fazendo para ter demorado tanto?
- Estava cobrando o meu salário para o seu marido
- Não precisava fazer isso, eu estou com todos os cartões de crédito dele
- Any, eu não vou comprar nada com o dinheiro dele
- Pense que o dinheiro é da sua mãe
- Também já estou grande demais para usar o dinheiro dela
- Tudo bem, quem perde é você! Agora me explica como você ganhou um carro
- No caminho até a sala do meu pai eu encontrei um homem, na verdade, eu esbarrei nele
- Você esbarrou nele e ele te deu um carro?
- Não, eu esbarrei nele e então me desculpei mas ele disse que eu não precisava me desculpar porque ele estava sonolento, eu avisei que ele não deveria dirigir estando com sono e nós começamos a conversar, descobri que ele era amigo da minha mãe e me ofereci para levá-lo até sua casa
- Por isso ele te deu um carro?
- Ele falou que me deu o carro como presente dos vinte aniversários que eu já tive e ele não foi convidado
- Parece que ficar assistindo aquele desenho da joaninha e do gato preto te ajudou em alguma coisa
- Se você sabe como eles conseguiram o miraculous é porque já assistiu
- Parece que você me pegou - ela fala e nós rimos
「···」
- Antes de escolher os móveis você precisa decidir quais tons de cores vai querer para o seu apartamento - a Any fala enquanto encara alguns objetos de decoração
- Eu olho para ele e vejo preto, azul e brilho - a atendente diz e a Any a encara com um pouco de raiva
- Primeiro, estamos tentando decorar um apartamento e não uma boate. Segundo, olhe menos e trabalhe mais!
- Any, a moça só está fazendo o trabalho dela
- Se isso é ela fazendo o trabalho dela, eu nem quero imaginar como seria ela não fazendo
- Eu posso apresentar algumas paletas de cores e vocês escolhem qual acham melhor, tá bom?
- Faça isso e talvez eu dê umas três estrelas para esse lugar - sim, essa é a Any tentando elogiar a atitude dela
A atendente sai e eu começo a encarar a Any com olhar de reprovação, eu já falei para ela que a palavra "educação" continua existindo mesmo quando não há falsidade no meio.
- Não me olhe assim, essas foram apenas críticas construtivas!
- Você ajudou a construir toda insegurança dela
- Espero que agora ela ao menos trabalhe direito
- E eu espero que você seja mais gentil
- Mas não era você que me disse para parar de fingir ser o que eu não sou?
- Não sabia que ser você mesma inclui ser uma escrota
- Está me chamando de escrota?
- Ai-je parlé dans une autre langue?
- Non, n'a pas parlé
- Você fala francês?
- Claro que falo
- Aqui estão as paletas de cores mais escolhidas, se não gostarem de nenhuma eu posso procurar outra
- Você está fazendo um ótimo trabalho mas a minha relação com essa mulher só funciona quando não há uma terceira pessoa envolvida
- Eu tenho um nome, se esquecer dele se olhe no espelho e abra a boca
- Se vocês preferem fazer isso sozinhos então eu não vou incomodar - a moça diz e sai com pressa
- Nós assustamos ela, Gabrielly
- Pelo menos agora podemos escolher os móveis tranquilos, mas eu ainda acho que seria melhor contratar um designer de interiores
- Para você julgar o trabalho dele também?
- Não, para que o seu apartamento fique perfeito como você merece, não me trate como se eu fosse um monstro - ela fala indignada e se afasta
Acho que peguei pesado demais com a Any, ela parece estar se esforçando muito para me agradar e eu deveria valorizar isso.
- Eu nunca disse que você era um monstro - digo a abraçando por trás - Mas me desculpe se eu causei essa impressão
- Faça um pedido de desculpas melhor!
- Do que adiantaria um belo pedido de desculpas se eu não demonstrasse que realmente estou arrependido?
- E você pretende demonstrar de que forma?
- Espere e verá, agora nós temos um grande trabalho para executar
- Podemos começar planejando o seu quarto, fazer um pintor escolher uma cor deveria ser pecado
- Você tem razão, eu realmente não consigo escolher apenas uma paleta de cores para o meu apartamento
- Eu sei, te conheço bem
- O meu quarto é bem grande e eu não quero deixar ele muito vazio
- Como pretende preencher o seu quarto?
- Estava pensando em colocar pôsteres de coisas que eu gosto
- Sabe que você não é mais um adolescente, não é?
- Não preciso ser um adolescente para ter estilo. Ah, e eu quero luzes azuis!
- Por todo quarto?
- Sim, por todo quarto
- Qual será o tamanho da cama?
- Sempre quis ter uma King size
- Você pode ter tudo que você quiser, mas primeiro escolha: Gold, Platinum ou Black? - ela pergunta me mostrando os cartões do meu pai
- Quer saber? Eu vou querer o Black!
「···」
A Any e eu já compramos todas as coisas necessárias para decorar o meu quarto do jeito que eu quero e decidimos que hoje iríamos encerrar por aqui. A loja enviará tudo que compramos amanhã então agora eu estou levando a Any até um lugar especial para mim enquanto cantamos "ME!" da Taylor Swift e do Brendon Urie.
- Girl, there ain't no I in team... - canto e olho para a Any
- But you know there is a me! - a Any completa e olha para mim
- I'm the only one of me, baby, that's the fun of me - cantamos juntos e sorrimos um para o outro
Olho para frente e vejo que já estamos chegando, a Any vai odiar saber que precisaremos andar para chegar lá mas eu avisei que ela não deve usar salto alto todo santo dia.
- And I promise that nobody's gonna love you like me - a Any canta o último verso da música e eu estaciono o carro - Chegamos?
- Sim e não
- Como assim?
- Terminamos o caminho de carro, agora precisamos ir andando! - respondo tirando o cinco de segurança e saindo do carro
- Andando? - ela pergunta fazendo o mesmo e eu desligo o carro
- Sim, andando! - afirmo e seguro a sua mão
- Que lugar é esse?
- É um lugar importante para mim, eu vinha aqui quando ficava muito triste ou pensativo, quando se tem uma vida complicada você precisa encontrar um refúgio
- Agora você está triste ou pensativo?
- Nenhum dos dois, só quero mostrar o meu lugar favorito para a minha pessoa favorita! Any Gabrielly, bem vinda ao Avatar grove
- Eu já tinha ouvido falar nesse lugar
- Alguns vem aqui para ver as árvores outros vem por conta da trilha, eu venho para relaxar enquanto olho o Gordon River e é para lá que nós vamos - falo e a puxo para dentro da floresta
- Isso fica muito longe?
- Sim
- Eu estou usando saltos que custam mais do que qualquer mineral que ainda reste aqui
- Você tem que parar de ficar usando roupas, jóias e sapatos caros para ir em todos os lugares
- Não vai querer saber o que é considerado caro no meu guarda-roupa
- Eu realmente não quero saber - falo ajudando ela a passar por um lugar cheio de pedras e folhas secas - É engraçado como as pessoas só gostam de florestas ao dia quando não há a escuridão ou algum perigo, também abandonam ela quando as folhas secam no outono ou quando ela está coberta pela neve do inverno
- Qual é o sentindo de visitar uma floresta se as folhas não estiverem verdes e vivas ou se a temperatura não estiver gradável?
- A natureza também tem os seus tempos ruins, assim como todos os seres vivos, se não consegue compreender as plantas, como conviverá com os humanos?
- É uma ideologia interessante
- Eu sei que é
- Quando foi que você passou a apreciar tanto esse lugar?
- Quando eu tinha doze anos a Lizzie me trouxe aqui pois precisava arrumar uma forma de me contar que o meu pai estava namorando com a minha professora
- Tudo isso só pra te dar essa notícia?
- O problema é que eu sentia um amor platônico por essa professora e o meu pai sabia disso. Quando descobri que eles estavam namorando, eu saí correndo e acabei me perdendo, passei a noite inteira sozinho e chorando perto do rio até que a Lizzie me encontrou
- Então o seu primeiro coração partido foi por causa do Ron?
- Basicamente sim
- Ele sempre foi um filho da puta mesmo, não é?
- Sim, com todas as letras
- Como a Úrsula conseguiu se apaixonar por ele?
- Eu não sei, não estava lá. Dizem que as pessoas mudam, ele pode ter mudado
- Já estamos chegando?
- Ainda não
- Falta muito?
- Mais ou menos
- Se lembre que nós deixamos nossas coisas no carro
- Não vamos nos perder, amor
- Jura? Eu não gosto de passar mais de dez horas sem tomar banho
- Juro!
「···」
Depois de uma longa caminhada, a Any e eu finalmente chegamos perto do rio. Eu passei os últimos sete minutos segurando ela no colo e colocá-la no chão deixou todos os meus ossos felizes.
- Agora que estamos aqui, o que fazemos, cachinhos dourados?
- Tá vendo aquilo ali? - pergunto apontando para uma canoa
- Eu não vou entrar naquilo
- É claro que vai
- As chances dessa coisa virar são gigantes
- Não se preocupe, tá comigo, tá com Deus!
- Eu só vou porque eu te amo
Pulo para dentro da canoa e em seguida ajudo a Any a entrar, nos sentamos e eu começo a remar. Eu ainda me lembro do dia em que o senhor Hatala me ensinou a remar, ele era um bom homem.
- A vista é linda, não é?
- Ela é sim - a Any responde olhando ao nosso redor - Mas fica melhor quando eu olho para você
- Digo o mesmo! Quando estou ao seu lado, eu me sinto no paraíso
- Como você pode ser tão positivo?
- Por que eu não seria?
- Porque a vida já é uma droga e a sua se supera. Josh, você me ama e eu sou casada com outra pessoa, quem é que aguenta isso? Eu teria surtado há séculos!
- Se eu não surto é porque tento manter na minha mente a idéia de que o casamento é um título importante mas que se não houver amor, cumplicidade, paixão e fidelidade nunca vai passar de um título - digo e continuo remando
- Fico feliz que você tenha essa visão
- Se eu não tiver, eu perco minhas esperanças e a minha vontade de viver
- Não diga isso, eu prometo que sempre te darei um motivo para viver
- Não precisa me dar um motivo se você é o motivo
- Que bom pois eu nunca vou me separar de você. A Olívia estava certa quando me disse que nós dois somos almas gêmeas
- Não somos muito parecidos, eu não sou um bom golpista - falo rindo
- Eu também não sou uma boa ajudante
- Quem mais seria a pessoa ideal para alguém que faz favores senão uma que dá golpes?
- Eu não sei mas você realmente está me fazendo um grande favor hoje
- Que favor?
- Está me fazendo sorrir verdadeiramente
- Fico feliz que esteja cumprindo a minha parte desse acordo
- Funcionamos bem assim, dando golpes e fazendo favores...
- Golpes e favores para sempre e depois! - comemoro e ela me beija
- Eu te amo, minha chapéuzinho vermelho
- Eu também te amo - nos beijamos de novo mas dessa vez a canoa acaba virando e nós dois caímos na água
A Any e eu rimos da nossa situação e eu desviro a canoa mas não entro nela novamente, eu preciso fazer algo antes...
- O seu momento "tá comigo, tá com Deus" durou uns cinco minutos - ela reclama e eu continuo rindo - Ri mesmo, Beauchamp! Não foi você que acabou de molhar o seu vestido que custa dois mil dólares, um dos meus saltos favoritos provávelmente deve estar estragado nesse exato momento
- Então tira
- O que?
- Eu disse que você pode tirar tudo, amor - digo e a puxo para um beijo - Você ficou linda com essa roupa mas eu sempre vou te preferir sem
- Sabe quantas bactérias esse rio pode ter?
- Quer descobrir? - pergunto e ela me beija, parece que a resposta é "sim"
Tiro o vestido da Any e o jogo para dentro da canoa. Mesmo com dificuldade eu consigo tirar a minha calça e em seguida tiro a minha camisa, para finalizar, eu tiro a minha cueca e agarro a cintura da Any trazendo ela para mais perto de mim.
Sinto suas pernas envolverem a minha cintura e puxo sua calcinha para o lado para penetrar o meu pênis em sua vagina, a Any apoia sua cabeça em meu ombro e eu acabo sorrindo por conta de sua ação.
Fecho os meus olhos e vou me movimentando lentamente, mesmo com toda calmaria o meu coração está totalmente acelerado, as "borboletas" em minha barriga nunca voaram tão alto assim, eu poderia gritar que amo a Any para o mundo inteiro ouvir mas o silêncio, nesse momento, é a melhor coisa.
As mãos da Any deslizam pelas minhas costas mas ela não me arranha, ela espalha beijos pelo meu pescoço e eu acelero os movimentos. Ela geme em meu ouvido e eu me arrepio por conta disso, a voz dela é perfeita, eu nunca me canso de ouvir.
Levo uma das minhas mãos até o seu cabelo e faço carinho nele sem desmanchar os seus cachos. Com a minha outra mão eu a agarro com mais força e colo os nossos corpos, a Any continua usando sutiã e eu consigo sentir os detalhes dele arranhando o meu peitoral.
Olho para os olhos da Any e sorrio quando os nossos olhares se encontram, o olhar dela é misterioso e penetrante mas também tem um brilho maravilhoso, eu adoro ficar admirando eles.
- Eu te amo - ela sussurra aproximando nossos rostos
- Eu também te amo - digo e nos beijamos
Não está rolando muita ação abaixo das nossas cinturas e nem poderia rolar. Estamos transando sem camisinha e não planejamos ter um bebê, não agora. Mesmo estando em um ritmo meio lento isso não está sendo ruim, na verdade, nesse momento eu me sinto completo, é como se o resto do mundo não importasse.
- Eu estou com frio - ela fala e me abraça com força
- Já está anoitecendo, é melhor sairmos daqui - falo tirando o meu pênis de dentro dela e agradecendo mentalmente pela água estar fria
- Depois nós vamos terminar isso, não é?
- É claro que vamos!
- Eu disse que transar em um rio não era uma boa idéia
- Você não disse isso não
- Mas demonstrei
- Você se arrepende?
- Você sabe que não, aquilo foi bom e eu fiquei surpresa por ter sido bom mas aí eu lembrei que qualquer coisa com você se torna boa - ela diz entrando na canoa com cuidado
- Eu me senti nas nuvens - digo fazendo o mesmo que ela
- Se eu não posso te levar até o céu então fico feliz por trazer o céu até você
Começamos a vestir nossas roupas que estão molhadas e eu sinto mais frio depois disso, deveríamos ter tirado nossas roupas antes de entrarmos na canoa, isso acabaria em sexo de qualquer jeito.
- Não vamos estrar no seu carro assim, né?
- Acho que é melhor não
- Vamos ficar aqui morrendo de frio até nossas roupas secarem?
- Não aqui, vamos esperar ali - falo apontando para a floresta e começo a remar
- Eu vou morrer nesse lugar
- Não seja dramática, pela forma que elas foram molhadas provávelmente irão demorar apenas umas duas horas pra secar
- Apenas?
- Sim, apenas!
- Onde é que duas horas são "apenas"?
- Pense bem, nós estamos sozinhos, sem celulares e em um lugar onde ninguém irá nos procurar, duas horas é bem menos do que precisamos...
「···」
- Any, você tem algum grande medo? - pergunto encarando o céu que agora está estrelado
- Quem não tem?
- Consegue me contar qual é o seu?
- Uhum
- Então qual é?
- Eu tenho medo de não alcançar os meus objetivos, de não realizar os meus sonhos e de não concluir os meus planos. Também tenho medo de te perder...
- Me perder?
- Sim
- Por que?
- Porque nós não temos o tipo de relacionamento que pessoas normais querem ter e existem várias garotas legais, bonitas e solteiras por aí que darim tudo pra ficar com você
- Por favor, não pense isso. Sabia que há estrelas que brilham mais e são maiores do que o Sol? Mas por mais brilhantes que sejam elas nunca terão a mesma importância que o Sol, não se compare com as outras só porque elas são aquilo que você não pode ser, apenas se olhe no espelho e pense no quão importante você é
- Você tem razão, eu sou incrível
- Sim, você é
- E você também
- Não, eu não sou
- É claro que é, já viu alguém conseguir me fazer passar mais de duas horas deitada na grama?
- Eu realmente mereço mérito por este feito
- Mas não é só isso, você é como a lua, tem várias fases e algumas são mais escuras do que as outras, mesmo assim você continua possuindo uma beleza extraordinária
- Any, eu tive uma idéia - digo tirando a minha corrente do pescoço
- Que idéia? Eu já não sei o esperar quando se trata de você
- Nós devemos escrever as nossas iniciais em uma árvore
- Com o que? - ela pergunta e eu mostro o pingente da minha corrente, ele tem uma ponta extremamente afiada
- Já que nós passamos a noite inteira perto dessa árvore, não há nada mais justo do que ela ser a escolhida - falo apontando para a árvore ao nosso lado
- Você escreve as minhas iniciais e eu escrevo as suas?
- Sim - afirmo e começo a cravar um "AG +" na árvore
Ao terminar eu entrego a corrente para a Any que completa cravando um "JB". Ela me devolve a corrente e eu faço um coração envolta das nossas iniciais, em cima do coração eu cravo a frase "Forever and then" tornando essa promessa mais oficial do que já é.
- Acho que nossas roupas já estão secas o suficiente para voltarmos pro carro, cachinhos dourados
- Antes eu quero fazer algo
- O que, Joshua?
- Eu quero dançar com você
- Dançar? Mas não está tocando música aqui
- Você pode cantar para nós, sua voz é magnífica
- Tem uma música que me faz lembrar de você, eu posso cantar ela se você quiser
- Eu quero
- É uma música brasileira, se chama "Meu talismã"
- Mesmo eu não entendendo nada, se ela te lembra você então deve ser linda - digo e puxo ela para dançar comigo
A Any começa a cantar e eu fecho os olhos para aproveitar esse momento, eu amo dançar com a Any, deveríamos fazer isso mais vezes.
Escuto a Any cantar com muita atenção pois eu sei que ela está cantando com o coração e por isso deve ser ouvida. Ela está cantando enquanto eu vou guiando a dança, a nossa união cria a sintonia perfeita e eu resolve finalizar a dança de uma forma tão especial quanto a mulher que está dançando comigo.
- Eu te amo - ela fala saindo do abraço e segurando a minha mão
- Eu também te amo - falo e nos beijamos sob luz do luar
O sol ilumina a lua mesmo com toda a distância, assim como a Any me ilumina mesmo com todos os problemas que precisamos enfrentar.
Hello, Honey's 💋
Como vocês estão?
Já beberam água hoje?
Esse capítulo tem a vibe “último capítulo” pois ele finaliza uma parte da história, agora esses dois terão que lidar com os problemas que esse amor vai causar!
Me desculpem se o cap tiver sido ruim, ele precisava ser romântico mas a minha vida amorosa é uma droga, enfim... Eu sinto muito.
Josh e Edward juntos = tudo.
Beauany tendo momentos como casal é tão---- almas gêmeas e afins 🛐
Amo vocês ❤️
XOXO💋