SEE YOU AGAIN「 Changki 」

By pinkihyunnie

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Yoo Kihyun é cegamente apaixonado por seu melhor amigo, Lee Minhyuk, há quase cinco anos, e acredita, fielmen... More

Prólogo: Aqueles que morrem de flores são tão infelizes quanto almas solitárias
Um: Em um ponto de partida, iniciava-se uma história recém-chegada
Dois: Tintas neon não conseguem esconder um coração partido
Três: Ad vitam aeternam, a eternidade prometida que nunca existiu
Quatro: Não há fumo sem fogo
Cinco: Você não consegue se esconder atrás de poesias
Seis: A luz e a sombra
Sete: Corações partidos, vidros quebrados e um segredo escapado
Oito: Chaves e fechaduras
Nove: Verão e outono
Dez: Chamas ardentes
Onze: Escute meus gritos silenciosos e sinta a dor que sinto
Doze: O primeiro quase beijo de Kihyun
Treze: Iniciativa
Catorze: Marcas que se completam
Quinze: O que seremos de nós sem almas gêmeas?
Dezesseis: Assombrações

Dezessete: O céu estrelado inveja o brilho dos seus olhos

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By pinkihyunnie

oioii nenês, como estão? espero que estejam bem!!

acho que no cap 15 eu disse que a fic estava na reta final e, bem, esse é o último capítulo! MAAAAAAS vou escrever um bônus como agradecimento por tudo que fizeram por sya!! sou muito grata por continuarem a lerem minhas histórias, fico super feliz!! 🥺🥺

com relação à cursed, ainda não tenho previsão de quando atualizar, mas ainda será esse ano (rindo de nervoso). obrigada por terem acompanhado mais uma fic, amo vocês!!

ps: o aniversário eh meu, mas quem ganha o presente são vocês 💗💗





Minhyuk não sabia que horas ele e Jooheon pegaram no sono no sofá do ateliê, no entanto, sabia que já fazia muito tempo, visto que beirava as onze da noite. Ao abrir os olhos e dar de cara com Jooheon, o platinado sorriu, como um tolo, e, com a ponta do dedo indicador de sua canhota, tocou-lhe os lábios do mais velho, passando-o lentamente de uma extremidade à outra. Diante disso, de maneira inconsciente, pois Jooheon ainda sonhava, apertou a cintura de Minhyuk e o colou ao seu corpo, depositou um selar singelo na testa do mais novo antes de apoiar seu queixo sobre a cabeça dele. Minhyuk, com os orbes arregalados e o coração disparado, contorceu os lábios e abraçou Jooheon, posteriormente fechando os olhos e ouvindo os batimentos ligeiramente acelerados do mais velho.

— Você me pegou de surpresa — Minhyuk murmurou, passando o polegar pelas costas de Jooheon.

— Peguei? — Jooheon respondeu, sonolento.

Assustado, Minhyuk afastou-se de supetão, quase caindo do sofá, se não fosse pelo mais velho, que o agarrou, impedindo que fugisse de seus dedos novamente, como se fosse grãos de areia de uma praia ensolarada.

— Dormiu bem? — indagou Jooheon.

Com um aceno positivo, Minhyuk disse que sim.

— Então quer dizer que Lee Minhyuk também fica vermelho? — Jooheon provocou-o — que bonitinho.

Minhyuk revirou os olhos, rindo, sendo acompanhado pelo mais velho.

— Desse jeito o quadro do tigre nunca vai ficar pronto — o platinado disse, como uma criança birrenta e mimada que queria fazer o que desejasse sem ser interrompida — e depois não me venha reclamar. Bobo.

Defronte a notável fofura de Minhyuk, Jooheon deixou beijinhos por todo seu rosto, de forma que o mais novo não conseguiu revidar ou afastar-se, e isso era, de longe o que Minhyuk queria, já que estava total e completamente entregue aos carinhos e cuidados de Lee Jooheon.

— Acho que somos almas gêmeas mesmo — Jooheon disse, baixinho, olhando Minhyuk diretamente nos olhos. Como o mais novo não sabia como responder aquilo, somente assentiu afirmativamente e aproximou seu rosto para deixar um selar demorado nos beiços carnudos de Jooheon.

— Ainda bem que é você e não outra pessoa — confessou o platinado, em um sussurro como se fosse um segredo que devia ser guardado em um baú e jogado bem longe em alto-mar — desde o início eu queria você — Minhyuk umedeceu os lábios — e saber que, no fim, você é minha outra parte, eu fico aliviado.

— Fica mesmo?

Minhyuk sorriu ao dar outro beijinho em Jooheon.

— Você sabe que desde a primeira vez que te vi lá em casa, quando você foi fazer um trabalho com meu irmão, meu coração disparou — confessou o mais novo, de forma que recebeu um enorme sorriso de Jooheon. Sentando-se no sofá, o platinado olhou para as tintas jogadas no chão, com os salpicos pela lona — mas eu também tinha um pouco de medo. Nunca senti uma conexão tão profunda quanto a que temos.

— Aposto que aquele dia do cinema você também sentiu medo.

— Eu queria descer a porrada naqueles garotos — Jooheon sorriu, convencido, sabendo que Minhyuk o protegeria da mesma forma que ele faria — e em você também — o sorriso de Jooheon desmanchou-se e transformou-se em choque.

— Mas eu não tinha feito nada! — dramático, Jooheon exclamou.

Minhyuk deu uma gargalhada alta e olhou para o mais velho.

— Eu pensei que você tinha me deixado plantado lá. Fiquei triste, mas com raiva também — Jooheon sentou-se e suspirou profundamente — foi a primeira vez que isso me aconteceu, para falar a verdade. Quando eu te vi daquele jeito eu não sabia o que fazia primeiro: se eu te ajudava ou se eu mesmo te batia por ter me deixado tão preocupado.

Jooheon riu e beijou o pescoço de Minhyuk, o qual sentiu um choque percorrer seu corpo, como se tivesse sido atingido por um raio no meio de uma chuva tão forte que seria capaz de arrastá-lo para o outro lado do mundo. Virando-se para o mais velho, Minhyuk, com as sobrancelhas enrugadas e um bico formado em seus lábios finos, disse:

— Nunca mais me assuste desse jeito.

— Tudo bem. Isso nunca mais vai acontecer — prometeu o mais velho.

— E vamos comer alguma coisa. Estou faminto.

— A essa hora você quer sair para comer? Está muito frio, Min.

Minhyuk revirou os olhos e empurrou o corpo de Jooheon para trás, de maneira que as costas do mais velho colidiram com as almofadas do sofá e o platinado deu-se a liberdade de sentar-se no colo de Jooheon, que surpreendeu-se com cada ato feito pelo mais novo, desde o início até o fim, em que, posteriormente, seus orbes se encontraram com os do platinado, cujo estava imergido em um calor que o preenchia por inteiro e queria compartilhá-lo com Jooheon.

— Vamos logo, Joo.

Dando-se por vencido, Jooheon concordou. Em verdade, não era como se o mais velho tivesse forças para recusar, afinal, Minhyuk pedia com uma voz manhosa e sabia bem o que fazer para conseguir o que queria, ainda que isso roubasse toda a sanidade de Jooheon. Entretanto, ele gostava daquele lado do mais novo, isso era inegável.

— Onde você quer ir? — questionou Jooheon, apoiando as mãos nas pernas de Minhyuk assim que sentou-se no sofá, ainda com o platinado em seu colo, o qual abraçou o pescoço de Jooheon e deu-lhe um selinho breve, seguido de um sorriso.

— É a sua vez de me levar a um lugar legal.

Jooheon sorriu e retribuiu o selar, desta vez, mais demorado e carinhoso, em que a destra do mais velho deixava carinhos pela nuca de Minhyuk, de maneira que o platinado sentia-se cada vez mais entregue aos toques do mais velho.

— Acho que conheço um bom lugar — a voz de Jooheon saiu rouca e baixa após o beijo, de modo que Minhyuk mordeu o interior da bochecha, sentindo a respiração pesada da alma gêmea ricochetear a sua.

— Sabe?

Jooheon sorriu, convencido. Era sua vez de ver Minhyuk surpreso com algo que o mostraria. E sabia bem onde ir a essa hora, já que o frio não os atrapalharia, dado o calor que os circundava.






Kihyun havia acordado por um motivo que não sabia, apenas perdera o sono e decidiu fazer bom uso dessa oportunidade olhando Changkyun dormir enquanto acariciava seu rosto e sorria como um bobo apaixonado. Essa era uma das cenas que o de fios alaranjados mais queria saber como era, sentir seu pequeno mundo em suas mãos, sem medo de que ele sumisse a qualquer momento. A forma que o Yoo se apaixonou foi gradual, nem mesmo ele percebeu no início, e, se percebeu, seu subconsciente fez vista grossa. Se fosse definir, em somente uma palavra, a forma que seu amor se alastrou, seria laranja, como seu cabelo. Algo que no início foi diferente, no entanto, Changkyun fez-lhe sentir-se aconchegante e arrancou-lhe o medo que tinha de morrer de flores.

Kihyun inclinou-se, ligeiramente, em direção ao rosto de Changkyun e beijou-lhe a testa de maneira demorada, sorrindo em seguida.

— Eu te amo, Kihyun — a voz grave de Changkyun inundou o quarto como uma tsunami, deixando o Yoo assustado pois havia acordado o Lee mais velho sem querer e não sabia onde esconder-se — nem pense em fugir — disse Changkyun ao agarrá-lo pela cintura.

— Você por acaso pode adivinhar o que estou pensando? — Kihyun questionou com uma das sobrancelhas arqueadas.

— Claro que não — Changkyun desconversou. Para falar a verdade, ele sentia que saberia o que Kihyun falaria ou estava pensando a qualquer momento, só não sabia o porquê disso.

— Não é a primeira vez que nossas falas se coincidem — Kihyun semicerrou os olhos, desconfiado — eu não acredito em você.

— O que eu tenho que fazer para você acreditar? — Changkyun, com um olhar de cãozinho que acabou de cair da mudança, indagou, sabendo que o Yoo se renderia à sua fofura e desistiria de manter a carranca.

— Não sei — Kihyun revirou os olhos — e não me venha com essa cara, eu não vou desistir.

Changkyun franziu o cenho.

— O que foi? — Kihyun perguntou, confuso — por que está me olhando assim?

— Você fala de mim mas já notou que você também faz isso sem perceber?

— Faço o que?

— Lê meus pensamentos.

Kihyun riu alto.

— Eu não faço nada — o Yoo tentou defender-se, de modo que recebeu uma risada de Changkyun, cujo não perdeu tempo e, a fim de impedir que o mais novo tentasse escapar daquela conversa, fosse escondendo-se sob os lençóis ou arrumando uma distração para correr para longe do quarto, espalmou uma mão de cada lado da cabeça de Kihyun, ficando sobre ele, olhando-o como se o fosse devorá-lo — Chang! — Kihyun tentou escorregar por baixo do corpo do mais velho para desvencilhar-se daquele contato visual que parecia deixar seu corpo quente, no entanto, falhou miseravelmente. Emburrado, o de fios alaranjados murmurou: — o que você quer?

— Vamos testar.

— E como você quer testar? — Kihyun suspirou profundamente.

— Pense em um momento que você gostou de passar comigo e eu vou falar o que você está pensando. Depois, você faz o mesmo comigo.

Dando-se por vencido, Kihyun concordou. Fechou os olhos e respirou fundo, lembrando-se de um momento que fez seu coração palpitar tão forte que sentiu que sairia pela boca. A primeira coisa que veio à sua cabeça foi quando Changkyun dividiu seu fone com Kihyun e o mais novo sentiu-se aquecido, por mais que o depósito próximo à casa fosse escuro e estivessem trancados lá dentro.

— Você gostou tanto assim daquela música? — Changkyun sussurrou, surpreendendo Kihyun, o qual apenas assentiu positivamente.

— Do nosso quase beijo também — confessou o Yoo, enrubescido.

— Hoseok sempre tem o pior timing — Changkyun comentou e riu em seguida, de maneira que o de fios alaranjados concordou e gargalhou — agora é a minha vez. Me diga algo para pensar e teste.

— Você sempre diz que teve fascínio por mim, mas quando isso começou? — indagou Kihyun.

Changkyun, inicialmente, também não sabia responder àquela pergunta. Todavia, de repente, a cena nítida de ver Kihyun no ponto de ônibus, inclinando seu corpo para frente e para trás, titubeando os calcanhares e as pontas dos pés veio à sua mente. E quando ele desistiu de ficar esperando em pé e sentou-se na ponta oposta à de Changkyun, com a mochila no colo e os pés, que não alcançavam o chão, também acompanhou a cena anterior. Foi nesse dia, o dia em que havia acabado de brigar com seu pai, que sentiu que o crepúsculo não somente deixava o rosto do Yoo mais bonito e banhava-o em um tom laranja, mas também aquecia o corpo de Changkyun.

Com os orbes relativamente marejados, Kihyun, com ambas mãos, segurou o rosto do Lee mais velho e sorriu sem mostrar os dentes.

— Foi nesse dia? — com a voz aveludada, o mais novo perguntou apenas para confirmar que pôde, verdadeiramente, saber o que sua alma gêmea pensava.

— Foi — a voz de Changkyun, embolada pois já sentia que sua garganta fechar, desviou o olhar. Contudo, Kihyun apoiou seu corpo em seus cotovelos e, com a canhota, trouxe o rosto de Changkyun para perto do seu novamente, fazendo-o olhá-lo.

— Eu te amo, Lee Changkyun — murmurou Kihyun — e estou feliz de nossa ligação como almas gêmeas não ser só por dor.

— Eu também te amo, Yoo KIhyun — o de fios alaranjados secou a lágrima que ceifou a bochecha direita de Changkyun e beijou-lhe a ponta do nariz.

— Agora eu posso saber o que está pensando — Kihyun gabou-se, de forma que arrancou uma risada do mais velho, cujo deixou um beijo calmo nos lábios carnudos do Yoo.

— Vai acabar vendo coisas que não devia — provocou Changkyun, após afastar-se, levemente, dos beiços de sua alma gêmea.

— Bobo — Kihyun sentiu seu rosto pegar fogo.

— Você também é um bobo — Changkyun deitou seu corpo sobre o de Kihyun, que abraçou-o com as pernas assim que seus lábios se tocaram novamente. Desta vez, o calor que percorria seus corpos era o mesmo, estavam, finalmente, total e completamente unidos — nunca vou me cansar de dizer que te amo — o mais velho sussurrou rente à boca de Kihyun.

— E eu nunca vou me cansar de ouvir — o Yoo respondeu-o, plenamente entregue aos toques de Changkyun.

A dor não mais seria frequente, afinal, os dois encontraram os caminhos que os uniam.






— Você fez todo um suspense para me trazer àquela praia com algumas coisas que compramos na lojinha de conveniência? — Minhyuk murmurou ao aproximar-se da areia áspera e esfregando os próprios braços, em uma tentativa de afastar o frio da madrugada — você tem noção que horas são, Jooheon?

Jooheon riu baixinho e embrulhou as costas de Minhyuk com a manta avermelhada que pegara antes de sair do ateliê do mais novo, cujo surpreendeu-se pois nem percebeu que Jooheon a havia pegado e guardado na mochila.

— Você vai ver o quanto vai valer a pena — o mais velho estendeu a canhota para Minhyuk, o qual aceitou-a após um minuto inteiro em silêncio, curioso, sobre o que Jooheon o mostraria, quais seriam as novas cores que o platinado teria em sua paleta — venha — Jooheon estendeu-lhe a mão, que foi de bom grado aceita pelo mais novo, o qual, receoso, acompanhava a alma gêmea. Ao olhar para o céu da madrugada, Minhyuk soube o motivo para Jooheon tê-lo levado até ali: além de ser uma bela inspiração para sua próxima tela, o céu cheio de estrelas combinado com o frio e o calor que sua alma gêmea transmitia só pelo toque de suas palmas o deixava sentir-se em casa, finalmente protegido do medo que era ficar sozinho para sempre.

— É tão bonito — Minhyuk murmurou, maravilhado, quando os dois já estavam a cinco passos do mar salgado e gelado.

— Imaginei que você fosse gostar — Jooheon sorriu, convencido — sente-se — o mais velho forrou a areia áspera com um pano grosso que também fora fruto do seu ato de "pegar emprestado do ateliê e devolver depois".

— Eu nunca imaginei que tivesse um lugar assim aqui na cidade — o platinado disse. Agradeceu com um sorriso sem mostrar os dentes quando Jooheon estendeu-lhe uma latinha de café — realmente, é ótimo para minha arte.

— O que você sente quando você pinta?

Minhyuk suspirou profundamente.

— Me sinto livre das garras do meu pai. Um tempo atrás ele queria que eu e Changkyun disputássemos para ver quem se casava primeiro e assumiria a herança. E eu fui um tanto quanto infantil na época — o mais novo riu defronte sua ganância descomunal, que, agora, não passava de um mero erro que cometeu no passado — Changkyun sempre soube o que queria e recusou prontamente a oferta de nosso pai, já eu... Ainda estava à mercê da competitividade que eu mesmo havia criado com meu irmão.

— E agora, você sente a mesma coisa? — Jooheon abriu sua latinha de café e bebericou-a.

Outra vez, o platinado suspirou tão profunda e amargamente que sentiu seus pulmões pegarem fogo.

— Eu acho que estou pouco a pouco encontrando quem eu deveria ter me tornado se eu não tivesse o pai que tenho. E acho que Changkyun também tem essa sensação, a única diferença é que ele se libertou das garras de nosso pai um pouco mais cedo e eu, como um tolo, me senti confortável em uma casa enorme sem calor algum.

Jooheon, sem pensar duas vezes, depositou um beijo na testa de Minhyuk, um beijo singelo, calmo e que, indubitavelmente, fez Minhyuk sentir um pouco menos frio.

— Todos nós cometemos erros, Min. É impossível viver sem ser tentado pelas coisas que queremos, seja pelo caminho fácil ou difícil — o Lee mais velho umedeceu os lábios carnudos — isso não te torna menos humano ou não merecedor de uma alma gêmea. Eu também cometi muitos erros, você conhece minha história e mesmo assim não me recusou.

— Joo... — Jooheon impediu o platinado de continuar ao beijá-lo doce e suavemente. Com os dedos dedilhando os ossos de seu pescoço, o mais velho prosseguiu com seus toques ao sentir o sorriso de Minhyuk contra seus beiços — você vai ficar comigo para sempre?

Jooheon assentiu afirmativamente, afastando-se milimetricamente do rosto do mais novo.

— Vou ficar com você até você me mandar embora.

Minhyuk riu baixinho.

— Isso não vai acontecer — confirmou Minhyuk ao abraçar o pescoço de Jooheon enquanto se deitava no pano grosso e puxou-o até que ficasse por cima de seu corpo. Ainda rindo, declarou: — eu sabia que meu fascínio por você não era algo normal desde o início. Você me chamou atenção desde o primeiro dia, Lee Jooheon.

— Digo o mesmo, Lee Minhyuk — Jooheon sorriu largamente, deixando suas covinhas à mostra, motivo pelo qual o platinado segurou o rosto do mais velho com ambas mãos e distribuiu diversos selinhos por suas bochechas e queixo, até que parasse no canto de sua boca.

— É cedo demais para dizer que eu te amo? — em um sussurro amedrontado, Minhyuk perguntou.

Jooheon foi quem tomou a iniciativa para outro selar demorado, doce e quente, que abraçava o corpo esguio de Minhyuk, de forma que o fazia sentir-se necessário.

O mais velho disse ao platinado:

— Eu te amo, Minhyuk.






— Vocês vão dormir por quanto tempo? Até Hoseok já se arrumou — Hyungwon disse do outro lado da porta, de forma que arrancou uma gargalhada de Hyunwoo, que terminava de colocar os livros dentro da mochila.

— Nós vamos depois! — Changkyun exclamou do quarto, mas Kihyun estava sendo mantido como refém nos braços do mais velho, que o apertava tanto contra seu corpo que o de fios alaranjados perdia o ar.

— Só não cheguem atrasados, Kihyun pode acabar tendo problemas nesse semestre — o Son disse — parecem duas crianças — Hyunwoo sussurrou, e isso fez Hyungwon e Hoseok rirem e concordarem.

— Eu quero comer os doces que estarão no cardápio hoje — Hoseok disse, saltitando pela casa — da última vez só comi um — Hyungwon, diante da fofura do namorado, apenas riu e deu-o um beijinho na ponta do nariz e, em seguida, em seus lábios.

— Eu compro uns extras para você — disse o Chae, mimando Hoseok, cujo sorriu largamente, feliz que seu dia iria começar ainda melhor.

— Changkyun, quando forem para a faculdade, desliguem todas as luzes! E eu fiz o café da manhã para vocês, comam! — Hyunwoo avisou o amigo já do lado de fora da casa, com a esperança de que o efeito Kihyun não o fizesse esquecer até o próprio nome.

— Pode deixar, pai — Changkyun, ao abrir a porta do quarto, caçoou do moreno — coma e se troque para irmos para a universidade — disse a Kihyun, o qual se espreguiçava na cama, como uma criança que deveria ir ao seu primeiro dia de aula.

— Tá bom — Kihyun suspirou e sentou-se no colchão macio, observando, graças à porta aberta, Changkyun terminar de abotoar sua blusa social branca até o penúltimo botão, de forma que uma parte de seu tórax ficou desnudo. Mordendo o lábio inferior, Kihyun sentiu-se enrubescer.

— Kihyun, venha logo antes que esfrie! — da cozinha, Changkyun exclamou.

— Que horas você acordou? E por que me deixou dormir mais? — o Yoo esfregou os olhos no caminho até a cozinha.

— Você é muito fofo quando dorme, e precisava descansar. E eu acordei no horário de sempre — Changkyun disse e beijou a bochecha de sua alma gêmea, que sorriu, acanhado.

— Bobo.

— Vou separar umas roupas minhas para você vestir depois que tomar banho, tudo bem?

Kihyun assentiu positivamente.

— Obrigado, Changkyun — o de fios alaranjados apressou-se para dizer assim que o mais velho virou-se para ir até o quarto fazer como lhe fora dito. Com uma das sobrancelhas arqueadas, Changkyun olhou-o — não só por isso, mas por tudo que você fez por mim.

Com um sorriso bobo nos lábios finos, Changkyun reaproximou-se de Kihyun e beijou sua testa, um longo e demorado selar, transmitindo todo o carinho e amor que ele sentia.

— Mesmo se voltássemos no tempo, eu faria tudo de novo por você.

— Te amo, Chang.

— Eu também amo você — Changkyun, desta vez, beijou o canto da boca do mais novo e, ao afastar-se, disse-lhe: — quer que eu te compre doces também?

Kihyun deu-lhe um empurrão, de modo que ambos gargalharam.

— Se você quiser, eu quero. Mas se você não quiser, eu não quero — disse o Yoo, acanhado.

O Lee mais velho, totalmente apaixonado por cada traço e expressão que Kihyun fazia, apenas respondeu:

— Vou te encher de doces hoje — e, feliz como uma criança prestes a ter uma festa de aniversário e muitos doces e um bolo enorme, Kihyun saltitou enquanto terminava de comer a panqueca que Hyunwoo havia feito para os dois. Ele finalmente sentia-se bem, todo aquele mal agouro e pesadelos já não mais o assombravam. Yoo Kihyun encontrara sua alma gêmea e nada mais o fazia ter medo. O de fios alaranjados era capaz de fazer o que quisesse, agora que tinha Changkyun ao seu lado.

— Changkyun.

— Hm?

— Eu tive uma ideia para o primeiro livro que vamos publicar na nossa editora.

Changkyun, cujo estava no quarto, andou até a cozinha, com uma muda de roupas em mãos e, ansioso pela resposta que receberia, Kihyun disse:

— Eu quero contar a nossa história — confessou o mais novo — mas de um jeito mais interessante, e que as pessoas se sintam partes dela.

— Tem certeza?

— Tenho. O mundo não precisa ser o mesmo, pode até ser uma realidade paralela em um reino distante com flores lindas e uma guerra que estará prestes a começar.

Changkyun riu com a empolgação do de fios alaranjados.

— Ou então, quem sabe, com um tom misterioso, em que somos vampiros — Kihyun, com o queixo entre o polegar e o indicador, sorriu — o que acha?

— Acho uma ótima ideia — o mais velho segurou o rosto de sua alma gêmea com suas mãos e disse-lhe: — estarei com você em qualquer mundo que você criar, não importa. Mas sempre vou estar ao seu lado.

Kihyun sorriu largamente pois sabia que aquela frase não era da boca para fora. Era verdade, e os dois se sentiam da mesma forma: batalhariam exércitos se fosse preciso, entretanto, no fim, ficariam juntos para sempre, não importava quanto tempo durasse a guerra.

— Pensei que fossem faltar — Hoseok exclamou, chamando com as mãos para que Changkyun e Kihyun se aproximassem de onde ele, Hyungwon e Hyunwoo estavam sentados — demoraram muito, o que ficaram fazendo? — provocou-lhes, rindo após ver o quão vermelho o rosto do Yoo ficou.

— Minhyuk e Jooheon virão também — disse o Chae. Changkyun olhou para o melhor amigo — nos esbarramos nos corredores e ele queria te contar uma coisa, mas como você não havia chegado ainda, trocamos os números de telefone e eu mandei uma mensagem para ele agora.

— E eles já estão vindo — Hyunwoo apontou para o garoto de fios tão brancos quanto a neve, que corria em direção ao irmão mais velho, enquanto que Jooheon ficava para trás, rindo da reação dos amigos dele.

— Changkyun! Kihyun! — Minhyuk tentou regular a respiração — por que demoraram tanto?

Kihyun riu.

— O que foi, Min?

— Eu tenho tanta coisa para contar para vocês!

Changkyun e Kihyun entreolharam-se.

— Acontece que eu e Kihyun também temos que te contar uma coisa.

O restante do intervalo foi repleto de brincadeiras e surpresas, Kihyun ficou imensa e completamente feliz pelo melhor amigo, que agora sabia o quão bom era ter uma alma gêmea, e Minhyuk fez uma lista de manias do irmão, alertando Kihyun que se Changkyun fizesse algo, o platinado iria correndo salvá-lo das garras do Lee mais velho.

E, enquanto conversavam, riam e aproveitavam a companhia um do outro, Changkyun acariciava os fios de Kihyun, bem como seus ombros e bochechas, deixando Kihyun sentir seu corpo quente e ruborizado, no entanto, ele amava sentir-se assim, afinal, não havia nada melhor do que amar e ser amado. Ver todos unidos fez o coração do de fios alaranjados sentir-se gratificado por ter acidentalmente esquecido do tempo naquela noite e tudo que veio em seguida ter se desencadeado da forma que foi.

O sofrimento pelo qual passou foi necessário, mas agora Kihyun sabia que, caso sentisse dor, ele não estaria sozinho. Ele tinha a Changkyun, da mesma forma que Jooheon tinha a Minhyuk e Hoseok tinha a Hyungwon, bem como Hyunwoo tinha sua paixão pela fotografia. Nenhum deles estava sozinho.

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