desgraça. - sope / yoonseok

By sopelysm

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hoseok odiava apenas uma coisa: o sobrenome min. More

uno
dos
tres
cuatro
cinco
seis
siete
oito
nueve
diez
once
doce - dulce como los doce besos que te di.
fala guys
sobrenome min - extra.

sobrenome jung - extra final.

388 26 2
By sopelysm

TW: violência, menção à homofobia.
[CORTEI muitas coisas e é mais seguro ler agora, mas, por favor, se você se sentir mal ou simplesmente enjoado enquanto lê, sugiro que pare imediatamente. Cuide-se; você é mais importante do que uma história qualquer.]

Nota do autor:

Sei que prometi que esse capítulo ia sair mais rápido, mas muita coisa aconteceu na minha vida e eu perdi o foco para escrevê-lo, desculpem!

Quando lembrei que essa história existia, eu pensei que poderia apenas entrar no Wattpad (um aplicativo que passei bom tempo sei usar, haha) e publicar o rascunho inacabado como forma de me redimir, explicando os pontos mais confusos da história, mas isso não aconteceu.

Por algum motivo, o rascunho foi alterado (talvez tenha sido algum bug, não sei dizer) e apenas restaram os dois primeiros parágrafos. Era muito pouco para publicar! Vocês mostraram um apoio "Desgraça" que eu nunca havia recebido em minhas histórias e fico muito feliz e agradecido. Esse capítulo está abaixo do que vocês merecem, mas fiz o meu melhor com o que eu tinha. 

Estou com um notebook novo, então é bem possível que eu troque algumas letras devido ao teclado diferente (é difícil a se acostumar tão rápido). Caso vocês percebam algum erro, por favor me avisem.

Vejo vocês nas notas finais e boa leitura. <3

* * *

Meses atrás.

— Não seja tolo — o senhor Min reclamou. — O julgamento de Yoongi está nublado por causa daquele menino de fora, isto é óbvio.

— Não, pai — o filho mais velho suspirou. — Eu conversei com meu irmão naquele tempo, o Jung o fazia bem.

Houve um estrondo. O senhor Min, um homem já de cabelos grisalhos, mas que ainda era forte e ambicioso, havia se levantado da cadeira onde estava, pronto para gritar com o seu filho mais velho.

A varanda calma se tornou bagunçada quando uma cadeira voou. O filho mais velho não foi atingido — já que essa não era a intenção do chefe da família —, mas isso certamente gerou uma reação. O irmão mais velho de Yoongi se levantou, pedindo que o pai se acalmasse.

— Pai, se acalme, por favor.

— Não! — O homem mais velho gritou, tremendo de raiva. — Yoongi é jovem e estúpido. Ele não entende o que essa família lhe deu e fugiu quando deveria ter assumido as responsabilidades dele aqui.

O filho mais velho dos Min era um homem jovem e agradável. Ele nunca se considerou próximo ao irmão — afinal, pouquíssimas pessoas poderiam dizer ser tal coisa —, mas sempre nutriu afeto por ele, mesmo após saber de seus interesses românticos. Seu pai, por outro lado, vinha de uma família agressiva e de cabeça fechada; ele decidiu criar os filhos num ambiente que era espelho do qual ele cresceu, sem se preocupar em ser uma figura paterna aconchegante.

Os homens que trabalhavam para ele assistiam à discussão de longe. Se isso fosse um conflito com outra gangue, eles teriam intervindo quando a cadeira saiu do chão, mas, na residência dos Min, esse tipo de briga era comum.

— Você não entende, Yoongi não é aquilo — seu rosto de contorceu de nojo enquanto pensava no filho com outro homem. — Meu filho não...

— Pai, por favor...

O senhor Min passou os dedos pelos cabelos, irritadiço e ansioso. Ele lançou um olhar para a esposa, que estava obedientemente calada até agora, que apenas sorri levemente e volta a folhear o livro que segurava, ignorando o conflito graciosamente.

— Onde está Yoongi? — O mais velho perguntou, nervoso. — Eu não quero saber se você prometeu, me diga!

— Pai-

— Me diga — o homem agarrou o colarinho da camisa do filho. — Me diga, seu pentelho, ou eu mato vocês dois!

* * *

Hoseok colocou o telefone de lado assim que a chamada com a polícia acabou. Ele mal conseguia lembrar o que havia acontecido nesses últimos dez minutos, só sabia que se trancou com seus cachorrinhos no quarto e tentou permanecer em silêncio.

No apartamento ao lado, ele podia ouvir o vizinho ouvindo música no volume máximo.  Era estranho pensar que as pessoas ao seu redor estavam vivendo normalmente, sem sentir a dor e a agonia que Hoseok sentia naquele momento. Tudo parecia se fechar nele, um sufoco imaginário que não parecia querer ir embora.

Havia coisas demais em sua mente, mas nada era mais alto do que sua preocupação com Yoongi.

Eles tinham um código secreto por um motivo, mas Hoseok nunca achou que eles realmente precisariam utilizá-lo — e, na verdade, ele queria mesmo era que eles nunca precisassem...

Hoseok tremeu, abraçando o próprio corpo. Não havia nada que ele pudesse fazer?

* * *

Yoongi sentiu seu rosto arder... Esse realmente eram os homens de seu pai, não eram?

Era verdade que ele era um homem esguio e um pouco preguiçoso, mas ele não estava fora de forma. Esses homens, no entanto, pareciam feitos de titânio. Ele tentou dar um ou dois socos, mas eles sequer se mexeram com o impacto!

Será que tudo estava perdido?

Ele havia cambaleado e caído contra uma parede e os dois homens altos o arrastaram para um beco, longe de todos.

Era pouco dizer que ele havia apanhado, ele tinha sido destruído fisicamente. O jovem sentia dores agudas em todo seu corpo, como se ele estivesse sendo esfaqueado internamente. Era como se o céu tivesse caído em seu corpo e, em algum momento, ele percebeu ter quebrado o braço.

Yoongi se perguntou, em meio a dor, se ele sobreviveria para ver Hoseok novamente.

— Seu pai quis te enviar uma mensagem — um dos homens brandou, limpando as mãos encharcadas do sangue do jovem. — Você não devia ter fugido, Min Yoongi.

Ele ficou em silêncio. Sua mente transbordava de coisas que ele queria dizer — ele quase comentou algo que queria que aqueles homens dissessem ao seu pai, mas isso só faria com que ele apanhasse mais, então ele mordeu a própria língua —, mas ele não conseguia pensar direito.

— Volte para casa, menino — o outro homem sugeriu, Yoongi reconheceu sua voz como a de um homem que trabalhou por muito tempo para seu pai. Era um homem de meia-idade com quem ele havia conversado muito pouco crescendo, a identidade do outro, no entanto, ainda era um mistério.

— Vamos lá — o primeiro homem riu. — Você acha mesmo que alguém como ele é inteligente o suficiente para fazer a escolha certa? Ele fugiu com um garoto, é nojento.

Yoongi grunhiu.

— É, — o mais velho também riu, — você ouviu no celular? Ele não estava falando com aquele garoto, estava?

Yoongi estava considerando comprometer sua segurança para defender Hoseok quando as coisas começaram acontecer rápido demais. Era como se todos os três tivessem parado de respirar simultaneamente quando as luzes e a sirene encheu o beco.

Hoseok tinha mesmo chamado a polícia.

* * *

O hospital estava tão calmo...

Hoseok respirou fundo, segurando a mão do noivo, que estava descansando pacificamente, conectado às máquinas que contavam seus batimentos. 

Como aquilo terminou num tiroteio? De quem foi a culpa, da polícia ou daqueles homens que trabalhavam para a família Min? Hoseok odiava tudo aquilo. Por que eles não poderiam ser feliz juntos, como qualquer outro casal?

O sobrenome Min havia amaldiçoada a felicidade dos dois. Eles deveriam ter se casado mais rápido, para que Yoongi tivesse o sobrenome Jung.

* * *

Notas finais:

Curto e seco, desculpem.

Escrever esse capítulo me lembrou porque eu sempre escrevo sobre universos onde LGBTfobia não existe, senti meu estômago se revirar em alguns momentos e tive que cortar coisas explícitas demais. :/

Bem... Essa história definitivamente foi meu pico de popularidade, e eu queria poder dizer que foi merecido, mas eu definitivamente tenho que melhorar muito para chegar ao nível de habilidade para merecer quase 70k de leituras e 3k de curtidas! De verdade, obrigado! Não faço a mínima ideia de como agradecer.

Obrigade por ler Desgraça, espero vê-los no futuro. :D

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