Afetadas pela dor

De anonimocristao

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Sinopse: Será que a dor pode criar laços tão fortes quanto os outros sentimentos? Suellen, Anna e Luana são t... Mais

BookTrailer
OBSERVAÇÕES
Capítulo 1. A morte do Felix
Capítulo 2. Fogo na biblioteca
Capítulo 3. Acampamento na praia
Capítulo 4. Acampamento na floresta
Capítulo 5. O diário
Capítulo 6. O pesadelo
Capítulo 7. Grávida
Capítulo 8. Tentando contar a verdade ao Pedro
Capítulo 9. O afogamento
Capítulo 10. Tentando denunciar o professor
Capítulo 11. Última tentativa
Capítulo 12. Desaparecido
Capítulo 13. A decisão do Pedro
Capítulo 14. O grande plano
Capítulo 16. Tentando salvá-la
Capítulo 16. Tentando ficar bem
Capítulo 17. Despedida
Capítulo 18. Natal
Capítulo 19. Amigas guerreiras

Capítulo 15. A vingança

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De anonimocristao

Luana

De manhã bem cedo. Eu vou à casa de uns colegas de escola, sim ainda tem pessoas que falam comigo numa boa, até dizem gostar de mim, o que não acredito muito, pois, acho que ninguém gosta de mim, só Anna e Suellen. Mas, enfim, eu fui nas casas de cada um pedir um grande favor. 
Eu pedir pra eles pegarem aranhas em qualquer lugar e colocarem em alguns baldes. Pegarem baratas e colocarem em algumas panelas. E pegarem facões. Alguns deles me pediram dinheiro em troca disso, cinquenta reais. Outros aceitaram fazer de graça, pois, sentiram mesmo pena de tudo que eu passei e acham certo eu me vingar. 
Os colegas das câmeras eu já conversei com eles. Aceitariam me ajudar em troca de eu beijá-los. É claro que eu beijei, preciso das câmeras. Que bom que eles beijam bem.

Então horas se passaram... Apareço em casa. Tomo um banho rápido e visto minha saia xadrez, meia calça preta parecida com meia calça e camiseta preta com foto personalizada da banda Linkin Park. Pego minha mochila em cima da cama. Resolvo não comer, pois, estou sem fome. Saio de casa e pego um táxi. Acho que estou um pouco nervosa.

Apareço na escola e entro na sala de aula. Vejo o professor Vicente e ainda não tem nenhum aluno, tirando eu.
Vicente está em pé de frente para o quadro, escrevendo com o giz. Bom Dia. 

Eu sento em uma cadeira na frente no canto da parede.
Vicente me olha e então senta na cadeira em frente à mesa dele, coloca o giz em cima da mesa. Ele diz:

— Você chegando primeiro que os outros alunos, que surpresa. 

— Não fale comigo, Vicente. — Eu falei irritada. 

— É professor Vicente, mocinha. E eu não esqueci que você me agarrou e depois fingiu que eu estava te agarrando. Queria que a sua amiga Anna provasse pra você que eu sou um cara ruim? Que forço as garotas a fazer sexo comigo? 

— Ela não precisava me provar nada. Acreditei nela quando ela falou o que você fez. Nós duas só queríamos ter certeza se você tentaria estuprar outra pessoa, eu no caso. 

— Não use essa palavra, eu não estupro ninguém! 

Eu cruzo os braços e digo:

— Você é louco, fica tentando usar outra palavra por quê? Não tem coragem em admitir que seja um estuprador? Então porque estupra? Não adianta fingir ser o que não é. Não adianta usar outra palavra e fazer o que você faz. Quando uma pessoa não quer, é estupro e ponto final. Até você poderia ser estuprado se uma mulher te forçasse a fazer sexo com ela. Ou um homem. Qualquer coisa que seja forçada se chama estupro, se não gosta dessa palavra pare de fazê-la!

Anna e Pedro aparecem de mãos dadas. Vicente parece surpreso em vê-los. Eu sorrio.

Vicente os olhando, diz:

— O que fazem aqui? Não estavam viajando nos Estados Unidos?

— Voltamos, não está nos vendo? — Pedro falou.

Eu paro de sorri e de cruzar os braços. Anna e Pedro param de dá as mãos. Pedro senta em uma cadeira atrás de mim e Anna senta em uma cadeira do meu lado.

Vicente ainda os olhando, levanta da cadeira e diz:

— Espero que me tratem com respeito na frente das pessoas. 

— E se não fizermos isso? — Pedro falou.

— Pedro, você é o meu filho, me deve respeito. — Vicente disse. Que idiota. 

— Eu não te devo droga nenhuma! — Pedro disse. — Eu não te considero mais como um pai. E eu só respeito quem me respeita e respeita principalmente a minha namorada. Você por acaso a respeitou quando ela não quis fazer sexo com você?

— CALA A BOCA! — Vicente falou em voz alta e com a mão bate na mesa.

— Anna e eu daremos uma festa essa noite. — Pedro disse. — Amanhã é sábado, então aposto que muitos colegas dessa escola irão. E a festa será na sua casa. 

— De jeito nenhum! — Vicente falou com as mãos na mesa. 

Eu sorrio e Pedro diz:

— Sim, Vicente, sim. E você vai está lá. Será como a festa da minha volta e da Anna da viagem e festa de despedida para você. 

— Do que está falando, moleque? — Vicente disse cruzando os braços.

Pedro fica em pé se aproximando de Vicente e dizendo:

— Estou falando... Que você será preso. — Pedro fica parado na frente de Vicente e diz: — Anna tem provas de que você a estuprou. Você é um estuprador e essa festa será seu último momento feliz, último momento aproveitando essa sua vida nojenta. E depois, você irá pra cadeia pagar pelo que fez. E acho bom está nessa festa, Vicente. Eu quero ficar de olho em você até amanhã, que será o dia que você será preso. 

Pedro não devia contar nada ao Vicente agora.

Vicente diz:

— Você não vai ter coragem em me denunciar, você ainda me ama Pedro. Não adianta mentir, você nunca conseguiu mentir pra mim.

Eu olho para Anna que encara Pedro. Eu olho novamente para Pedro e ele olhando para Vicente. Pedro diz:

— Sim, eu te amo isso é verdade. Não dá pra fazer o amor desaparecer rapidamente, mas, acredite está desaparecendo aos poucos, pois, eu tenho nojo de você e mesmo se o amor não desaparecer isso não muda o fato de que você deve ser preso. Eu te amo, mas, não vou deixar o coração tomar conta de mim e sim a minha cabeça. A minha razão. Posso amar algumas pessoas, mas, isso não quer dizer que eu as quero na minha vida. Eu só quero pessoas que realmente mostram me amar e você não mostrou isso. Não vou aplaudir seus erros.

— Garoto é claro que eu te amo! — Vicente disse e olha pra Anna e depois olha pra Pedro e diz: — Ok, eu fiz merda, eu sei disso ok? Eu sei que o que eu fiz não deve ser perdoado. Eu estava com muita vontade de transar com a sua namorada e achei que ela aceitaria numa boa. É claro, eu me enganei, ela te ama. Mas, eu queria muito ficar com ela e acabei forçando tudo. Fiz isso com outra garota e também quase fiz isso com Luana. — Vicente me olha e depois volta a olhar pra Pedro e diz: — Mas, já é passado filho, eu não quero mais forçar as garotas a fazerem o que não querem. Às vezes dá muita vontade, parece loucura, mas, estou me controlando. Faço isso porque eu não quero ser mais um estu... estuprador! Eu não quero que você deixe de me amar. 

Vicente fica com os olhos de lágrimas.

Fico surpresa por Vicente finalmente admitir.

Pedro diz:

— Deveria ter pensado nisso bem antes, Vicente. Mesmo se você mudar, não vai mudar o que você fez. Ficarei feliz se você realmente mudar, mas, já precisa pagar pelo que fez. 

— Pedro...

Vicente para de falar quando ver os alunos entrando na sala de aula. Então Vicente com as mãos fica enxugando as lágrimas do rosto. E Pedro volta a sentar no seu lugar.

A tarde... Eu, Pedro, Anna e alguns colegas de escola ficamos arrumando o casarão do Pedro para a festa a noite. Enquanto isso Vicente está no quarto dele. 

Meu celular toca. Pego no bolso da minha calça preta e vejo uma mensagem de Suellen:

Irei nessa festa. Quero ver tudo, mas n irei ajudar em nada. Mas acho qe vc ficará feliz em me ver do seu lado. Bejus. E por favor, que seja a primeira e última vez que vc faz isso.

Eu sorrio.
Que bom que ela vai está aqui. Mas, tenho que dá um jeito de ela e Anna irem embora antes de eu me suicidar. Elas não podem ver isso. 

Horas depois... Eu visitei alguns profissionais, resolvi tomar remédio. Já desistir de viver, mas, quero que eles saibam que eu tentei.  

Finalmente a noite chega. Estou usando o vestido que era o meu favorito, preto curto rodado de tomara que caia. Tem um laço branco no meio. Estou usando também meia calça preta e uma bota. Deixo meu cabelo em um coque no alto. Tudo que estou usando é lindo, menos eu. 

Eu pego a mochila em cima da cama, abro a mochila e tiro o caderno, canetas e os livros. Pego no guarda-roupa macacão preto que Anna comprou pra mim, bota preta que ela também comprou. Pego também as máscaras e as perucas que Anna comprou. Pego meu celular em cima da cama. Deixo tudo na mochila e fecho a mochila e coloco a mochila no ombro direito. 

Então apareço na sala e meus pais levantam do sofá sorridente.
Minha mãe diz:

— Está linda meu amor.

— Linda como sempre. — Meu pai falou.

— Não acredito, mas, obrigada. — Eu falei.

— Me deixa tirar uma foto. — Meu pai falou tirando o celular do bolso da bermuda jeans.

Coloco as mãos na cintura e meu pai tira a foto.
Não conseguir sorrir.
Tiro as mãos da cintura e minha mãe pergunta:

— Que horas irá voltar? 

— Não me esperem, podem dormir tranquilos. — Eu falei. 

Eu os abraço, eles me abraçam de volta. 

Novamente a maldita vontade de chorar aparece, mas. que bom que não sinto tristeza.
Nesse momento é bom não está triste, eles não podem me ver assim. 

Paro de abraçá-los e saio de casa. 
Entro no carro do Nicolas no banco de trás.

Nicolas irá me ajudar.

Suellen está no banco da frente com uma mochila nas costas. Dentro da mochila tem outras roupas pra ela e o Nicolas usarem na hora que eu pedir. Roupas que eles nunca usariam, então eles compraram em algum lugar.

Eu os olho e diz:

— Obrigada por irem.

— De nada. — Nicolas e Suellen falaram ao mesmo tempo.

Nicolas dirige.

Finalmente ele sabe tudo sobre mim e as garotas. Que temos grandes sofrimentos e principalmente que o meu sofrimento virou depressão e Nicolas também sabe que já me cortei.

Nicolas faz de tudo pra nos deixar melhor. Pena que eu já estou no fundo do poço. 

Depois de horas... Saímos do carro. Está passando a música: Faded de Alan Walker com a voz da cantora Iselin Solheim. Essa música ficou bem famosa que ouvir por acaso em um vídeo na internet. E também já ouvir em algumas festas. 

Então entramos na casa do Pedro. Tem discoteca e vários alunos. Nenhuma decoração, já que não é uma festa pra animar ninguém.

Todos que eu quero presente estão aqui. Todos me olham com uma cara de irritados. Aposto que não estão felizes em me ver. 

— Eu vou pegar refrigerante pra gente. — Nicolas falou.

— Eu não quero, valeu Nicolas. — Eu falei.

— Eu quero. — Suellen disse.

— Ok. — Nicolas falou.

Nicolas sai daqui e eu vejo Anna se aproximando de mim e Suellen.

Em voz baixa Anna diz:

— Que horas irá começar tudo, Luana? Comprei roupas que nunca usaria. 

— Que horas são? — Eu perguntei.

— Dez e meia. — Anna respondeu sem ser em voz baixa.

— Uma hora da manhã começamos. As pessoas dessa rua dormem cedo. É melhor estarem dormindo. — Eu falei.

— Concordo. — Suellen disse. 

— Ok. Eu preciso avisar a vocês que o Pedro não sabe desse plano. — Anna disse em voz baixa. — Eu pedir pra ele fazer a festa como vocês sabem, só pra ele pensar que é festa por causa da nossa volta pra esse país Brasil e festa de despedida para Vicente. 

— Ok e porque ele não sabe do meu plano? — Eu disse confusa.

— Infelizmente ele não aceitaria. — Anna disse e olha para Suellen e depois me olha e diz: — Pedro é igual à Suellen, bonzinho demais. Pedro preferia todos presos, como o pai dele, do que torturados ou mortos. 

Eu cruzo os braços.

Bonzinho demais mesmo. 

Dois adolescentes se aproximam de mim, os dois são altos e tem a pele negra. Um tem cabelo cacheado e o outro cabelo Black.

Em voz baixa o do cabelo Black diz:

— Os baldes e as panelas estão prontos. Os facões e as cordas também. Colocamos escondidos no quarto do Pedro. Trancamos a porta, fique com a chave. Se o Pedro procurar pela chave, você que sabe o que fará. 

Ele pega no bolso da calça jeans a chave e me dá. Eu digo:

— Obrigada. 

O adolescente dos cachos em voz baixa diz:

— As câmeras também já estão por aqui, menos no porão como você pediu. 

— Muito obrigada. — Eu disse. — Saiam meia noite e peça pra os colegas legais saírem também.

— Ok. — Os dois adolescentes disseram.

Todos os colegas legais ficam querendo falar em voz baixa sobre o meu plano. Eu não ligo se algum aluno ruim ouvir. Já estão aqui e não irei deixar sair. 

Eu pego o copo na mão do adolescente dos cachos, um copo roxo. Então eu bebo um enorme gole do que tem dentro. Cerveja, ótimo.
Então eu devolvo o copo pra ele. Os dois saem daqui.

Anna me olhando diz:

— Então está tudo pronto?

— Sim, até que fim! — Eu falei ficando animada. 

— Vou ficar perto do Pedro pra ele não querer ir ao quarto dele. — Anna disse. 

— Valeu, Anna. — Eu disse.

Anna sai daqui.

Suellen me olhando diz:

— Onde eu, Anna, Nicolas e o Pedro iremos ficar? 

— Perto de mim, perto da escada. Ficaremos lá em cima e os idiotas aqui embaixo, escutando eu falar o que eu quero falar. Vocês irão usar máscaras também, perucas e as roupas que eu pedir pra comprarem. 

— Ok. 

As horas foram se passando... Alguns idiotas falam comigo me chamando de nomes horríveis. Nicolas e Suellen me defendem. 

Então eu apareço no banheiro para me trocar. Fico surpresa por ver Bárbara colocando o batom vermelho nos lábios e se olhando no espelho. Pelo espelho ela me ver e sorri, ela para de colocar o batom e vira em minha direção.
Ela diz:

— Não acredito que o Pedro te considera como amiga.

— Eu digo o mesmo de ele te considerar. — Eu falei. 

— É, mas, eu não queria que ele me considerasse amiga e sim namorada.

— Fique longe dele se pensa assim, garota. Aliás tente se quiser, ele jamais iria trair a Anna, piorou trocá-la por você.

— Isso é o que veremos.

Ela ia saindo do banheiro, quando eu fico na frente dela e digo:

— Dance muito, não sei se vai conseguir dançar na próxima festa. 

— Saia da minha frente, baleia. 

Eu sorrio e ela passa por mim me empurrando pelos ombros. 

Então eu abro a minha mochila e coloco a peruca até as costas da cor roxo. Coloco macacão preto com capuz e tem dois bolsos na frente. Coloco o capuz na cabeça e a máscara branca, onde dá pra respirar, falar e olhar, mas esconde todo o rosto. 

Então paro de me olhar no espelho e saio do banheiro, deixando a mochila em cima da pia. 
Então pego meu celular e mando uma mensagem pra Anna, Pedro, Nicolas e Suellen. Peço pra eles irem ao banheiro usarem as máscaras, perucas que tem na minha mochila e trocarem de roupas.

Depois de minutos... Todos se aproximam de mim no corredor dos quartos, estão com as máscaras brancas e outras roupas menos o Pedro.

Porquê Pedro não está usando? Não quero que ele seja preso.

Suellen usa uma peruca curta da cor azul. Anna usa uma peruca até a cintura da cor preta. Nicolas usa uma peruca Black da cor amarelo.

Pedro parece irritado. Ele me olhando diz:

— Anna me contou tudo. Não acredito que mentiram pra mim. E ainda queria que eu participasse.

— Pedro, eu já disse que sinto muito. — Anna falou.

— Anna, não fale comigo. — Pedro disse a olhando. — Eu nem sei se vou conseguir ficar com você depois dessa. Prometemos um para o outro que não íamos mais ter mentiras no nosso relacionamento. 

— Eu sei. — Anna falou. — Mas, eu sabia que você não ia aceitar e Luana precisa fazer isso, Pedro. 

— Eu não vou ficar aqui. — Pedro disse. — E assim que acabarem, limpem tudo e nunca mais voltem. 

— Eu entendo Pedro. — Eu falei. — Mas, já que não vai ficar aqui precisamos de um plano pra que a polícia não desconfie de você, não coloque a culpa em você.

— Droga é mesmo a casa é minha! — Pedro falou. — Vocês ficaram loucas? É claro que a polícia vem até a mim! 

— A casa não é sua é do seu pai! — Suellen disse. — A culpa pode ser dele. — Suellen me olha e diz: — Eu irei te ajudar, Luana. Pela primeira e última vez.  

Eu a abraço e ela me abraça de volta. Eu digo: 

- Obrigada, Suh, eu amo você. Desliga o som pra mim. 

Eu acho que realmente amo minhas melhores amigas e o Nicolas. Só não sinto. Mas, quero que elas saibam.

Suellen diz: 

— Eu também te amo, Luana. 

— Minha nossa, vocês são loucos. — Pedro disse. Eu e Suellen paramos de se abraçar. Pedro diz: — Meu pai pode ser suspeito desse plano de vocês, mas, eu também serei, pois, morei aqui. 

— Relaxa, Pedro. — Nicolas falou. — Eu sabia que você não ia aceitar ficar do nosso lado. Então eu já pensei em um plano. Eu tenho cordas em casa, podemos amarrar você e o Vicente como se fosse assalto e trancamos vocês. 

— Não quero que me amarrem! — Pedro disse. 

— Pedro, por favor, colabore. — Anna falou. 

— Anna, isso é maluquice. — Pedro me olha e diz: —Luana, eu sinto muito, mas, isso não vai acabar, ok? Eles são idiotas e sempre serão. 

— Não tem volta, Pedro. — Eu disse. — Irei realizar esse plano com ou sem a sua ajuda.

— Sempre tem como voltar atrás antes de fazer alguma loucura! — Pedro disse.

— Pedro, por favor. — Anna disse. — Todos já estão aqui. Você bateu no Vicente quando não aguentava mais. Luana nunca fez nada com essas pessoas, agora ela tem uma oportunidade.

Pedro respira fundo e diz:

— Me tranquem no meu quarto, mas, não irão me amarrar.

— Ok, ok. Precisamos nos apressar. — Nicolas disse. 

— Agora pra quê iremos trancar o Vicente? O deixe como suspeito. — Eu falei. 

— É mesmo, isso eu concordo. — Pedro disse. 

Então Pedro vai para o quarto dele.

Eu pego um balde que está fechado no chão e Nicolas pega o outro balde no chão. Suellen pega uma panela no chão e Anna outra panela no chão. Tinha tirado tudo do quarto do Pedro.

Pedro fica sentado na cama dele com as mãos no rosto. Anna diz:

— Eu sei que não vai acreditar em mim. Só que eu faço tudo pelas minhas melhores amigas, mas, prometo que nunca mais irei mentir pra você mesmo se você ficar chateado, eu sempre irei preferir contar a verdade. Eu te amo Pedro, espero que me perdoe. 

Anna sai do quarto. Então Nicolas e Suellen vão atrás dela.

Eu olhando para o Pedro, eu digo:

— Obrigada por ser ótimo pra minha amiga, Pedro. Sei que vocês irão ser felizes juntos. Terão uma criança linda que aposto que irá parecer muito com você, mesmo não sendo o pai. Mas, essa criança deve ter amor um dia como você tem pela Anna. — Pedro tira as mãos do rosto e fica me olhando. Eu digo: — Sinto muito por usar sua casa pra fazer o meu plano, mas, eu te admiro por ser incrível com a Anna, não se esqueça disso. Continue a tratando bem e o futuro bebê de vocês também.  

— Eu espero que você fique bem de verdade, Luana. — Pedro disse. — Eu sei que é uma ótima amiga para minha namorada. Esteve com ela quando eu não estive. Obrigado.

Então eu saio do quarto e tranco a porta. Deixo a chave do quarto dele no bolso da frente do meu macacão preto. 

Então apareço perto da escada. Meus amigos estão aqui. Deixamos os baldes e as panelas no chão. As pessoas estão lá embaixo bebendo e dançando na pista de dança. Nicolas e Suellen saem daqui. 

Percebo que os colegas legais já foram embora. Já é uma hora da manhã. Então a música para, Suellen deve ter desligado o som como eu pedir. E depois todas as luzes se apagam. Nicolas deve ter apagado como eu pedir. 

As pessoas ficam falando, parecem confusos. E alguns parecem irritados.

Escuto Peter falar em voz alta:

— QUE PORRA É ESSA? PEDRO NÃO SABE MESMO DÁ UMA FESTA HEIN, IDIOTA! 

Então a luz acende, sem discoteca. Só luz normal.
Todos ficam me olhando e olhando pra Anna do meu lado. 
Então Suellen e Nicolas aparecem perto de mim.

Escuto Jonathan falando em voz alta:

— FESTA DE MÁSCARA? LEGAL! CADÊ A MINHA?

— O que o Jonathan faz aqui? — Escuto Suellen falando em voz baixa.

— SUBA AQUI JONATHAN, VENHA PEGAR SUA MÁSCARA! — Eu falei em voz alta.

— O quê? — Suellen disse.

Jonathan corre e fica subindo as escadas.

Eu olho pra Suellen e digo em voz baixa:

— Tente trancá-lo no banheiro, não quero que nada aconteça com ele.
 
— Ok, obrigada. — Suellen falou.

Jonathan se aproxima da gente e diz:

— Cadê a minha máscara?

— Está no banheiro, vamos pegar. — Suellen disse.

Jonathan e Suellen saem daqui. 

— Todas as portas estão trancadas. — Nicolas disse.

— Obrigada N. — Eu falei. — Eu olho para os idiotas e digo: — Por muito tempo, vocês fizeram coisas horríveis comigo. Sejam me batendo ou falando coisas pesadas pra mim. Pra vocês eram tudo piadinhas, alguns nem levaram tão a sério acharam que eu não iria ligar, mas, eu liguei sim! E eu sofri calada, entrei em depressão e agora finalmente resolvi me vingar.

— DEIXA DE DRAMA! SEJA LÁ QUEM FOR VOCÊ! — Falou um adolescente em voz alta. 

— QUEM É VOCÊ? — Bárbara falou em voz alta. — COSTUMO PERTURBAR MUITA GENTE.

— Não irão acreditar, pois, estou com peruca e máscara, mas, sou eu. Luana Alves.

Algumas pessoas riram.

Peter diz:

— Luana nunca teria coragem em me desafiar.

— Acreditem se quiser. — Eu falei. 

— Luana, não é bom dizer o seu nome, se esqueceu das câmeras? — Anna falou em voz baixa.

— Existem muitas Luanas, até podem existir com o mesmo sobrenome que o meu. — Eu disse.

— Mesmo assim não foi uma boa ideia. — Anna disse em voz baixa.

— Está tudo bem, A. Chamarei vocês pela primeira letra do seu nome. — Eu olho para os colegas que não estão mais rindo e digo: — Enfim, está na hora da minha vingança e eu espero que vocês jamais façam bullying com outra pessoa, pois, pode acontecer isso de novo ou pior. E principalmente espero que jamais se esqueçam disso, que jamais me esqueçam, que eu assuste vocês nos seus pesadelos. 

Eu pego um balde no chão e então fico jogando em cima deles. Várias aranhas grandes caem. Todos ficam gritando correndo. Alguns alunos tentam subir as escadas, mas, Nicolas fica dando chutes neles.

Nicolas aponta para a cintura e diz em voz alta:

— SE TENTAREM SUBIR, EU MATO VOCÊS! ESTOU COM UMA ARMA!

Todos gritam mais alto.

Eu pego o outro balde e jogo as aranhas em cima deles. 

Nicolas se aproxima de mim e rir, ele diz em voz baixa:

— Eles acreditaram mesmo que estou com uma arma.

— Que bom que acreditaram. — Eu falei em voz baixa colocando o balde vazio no chão.

— Qual é o próximo desafio? Eu quero ajudar. — Anna disse.

— Ok. — Eu disse. — Desça lá embaixo com uma dessas panelas e eu com outra, eles irão comer baratas.

— Eca. — Nicolas falou.

— Incrível! — Anna disse.

Eu sorrio. 

Então eu e Anna ficamos com as panelas e descemos as escadas.

Suellen aparece com uma vassoura e desce também para a sala, ela fica matando as aranhas. 
Então as pessoas continuam se batendo nelas mesma tentando tirar as aranhas em cima delas.
Suellen bate nas pessoas com a vassoura que pegou na cozinha, tirando as aranhas de cima dessas pessoas. Nicolas resolve ajudar pegando outra vassoura na cozinha.

Depois de um tempinho... As aranhas estão mortas. 

Bárbara chorando, diz:

— Por favor, deixe a gente ir embora, Luana. Ok, eu acredito que é você, sua maluca!

— Uau, eu achei que nunca ia ver você chorando e me pedindo, por favor, Bárbara. — Eu falei sorrindo. 

— CALA A BOCA SUA VADIA, ME TIRE DAQUI! — Bárbara falou em voz alta.

— Primeiro, comam o que tem dentro dessa panela. Quero que façam uma fila e cada um vai pegar uma barata e comer. — Eu falei.
 
— O quê? — Peter falou.

— Você me ouviu. — Eu disse. 

— Minha nossa, que loucura! — Diogo disse. — Que droga eu devia ter desconfiado que o Pedro pediu pra não levarmos o celular. Era pra eu trazer escondido e chamar a polícia! 

— Eu trouxe o meu! — Uma adolescente disse.

— Muita gente trouxe o celular, vamos chamar a polícia! — Um adolescente disse.

Os adolescentes ficam pegando os celulares nas calças, bermudas e bolsas.

Nicolas diz:

— Se chamarem a polícia, eu mato vocês! Esqueceram que estou com uma arma? 

As pessoas gritam.

Eu falo em voz alta:

— CALEM A BOCA!

Todos ficam calando a boca e guardando os celulares. 

— Seus babacas! — Diogo falou. — Cadê o Pedro, hein? — Diogo olha para Nicolas e diz: — É você Pedro? Somos amigos, porque está fazendo isso?

— Não, eu sou o Ni...

— Cala a boca, não diga seu nome. — Eu disse o interrompendo. 

— Só pra deixar claro. — Anna disse. — Pedro não tem nada a ver com isso. Mas, sim, ele pediu pra não trazerem os celulares, pois, eu pedi pra ele fazer isso, mas, ele não sabia o motivo e pelo visto muitos trouxeram. Poderiam estar mortos agora por desobedecer o que Pedro mandou fazerem. 

— Verdade. — Eu falei. — Enfim, façam uma fila, ou essa pessoa com a letra N, vai atirar em vocês.

Todos ficam fazendo uma fila, algumas pessoas estão chorando, isso é ótimo. 

Então um por um ficam comendo baratas, alguns demoram pra conseguir colocar na boca, outros colocam rapidamente. Alguns vomitam. Alguns desmaiam. 

Depois de minutos... Todos parecem bem. Então eu digo:

— Já está quase acabando minha vingança, queridos. 

— Sabe que isso faz você ser como nós não é? — Bárbara falou.

— Incrível como vocês? Pois é isso que vocês me diziam. — Eu falei. — Enquanto S minha amiga acha que estou sendo horríveis como vocês. Imagino que vocês acham que estou sendo incríveis como vocês, não é? Pois, maltratar as pessoas, era incrível, não é Bárbara?

— Você vai pagar por isso. — Bárbara disse. — Eu vou arranjar um jeito de te denunciar. Não adianta está com máscara e peruca! 

— Eu não ligo se ficar presa. Já estou conseguindo o que eu quero e agora cala a boca. — Eu olho para os colegas e digo: — Enfim, colegas. Eu quero que vocês briguem um com o outro. Cada pessoa escolha alguém pra brigar, menos Bárbara, eu quero que ela brigue com o irmão dela o Peter e só parem de brigar quando eu disser chega. Entenderam?

— Eu não vou brigar com a minha irmã! Não vou bater nela! — Peter falou.

— Se não fizer isso, você morre. — Nicolas disse.

— Peter está tudo bem, não sabemos brigar, iremos perder juntos. — Bárbara disse.

— Não é questão de quem ganha ou quem perde. — Eu falei. — Eu só quero ver vocês apanhar como faziam comigo, me batiam não é? Então agora quero ver vocês sentir a maldita dor que eu sentia. 

Então eu deixo a panela no chão já sem baratas e Anna também deixa a outra panela no chão sem baratas. 

Eu, Anna, Nicolas e Suellen ficamos em cima, perto da escada, ficamos olhando os colegas um em frente para o outro. Todos em dupla. Fico olhando principalmente para Peter e Bárbara.
Eu grito:

— COMECEM A LUTAR! 

Com a mão direita Bárbara dá um murro no rosto de Peter, o rosto dele vira e depois ele a olha surpreso.

Essa garota é muito escrota mesmo, dizendo que não sabe brigar e bate no irmão sem pena.

Então Peter com as mãos segura os braços dela e a empurra na parede, ele solta as mãos dela e dá uma cabeçada no rosto dela, ela bate a cabeça na parede e então com a perna direita dá um chute no pinto dele pela roupa. Então ele coloca as mãos no pinto pela roupa e então Bárbara com as mãos empurra Peter para o chão e fica em cima dele.
Ela diz:

— Eu achei que mentindo iriam acreditar que a gente não sabe lutar e não iriam deixar a gente brigar.

— Mas, pelo visto você agora deixou bem claro que sabe lutar não é irmãzinha! Que aprendemos boxe! — Peter falou. 

— Eu sinto muito!

— Não parece!

Bárbara dá vários murros no rosto do Peter com a mão direita, depois com a mão direita ela dá um murro na barriga dele.
Então ela sai de cima dele e me olha e diz em voz alta:

— JÁ CHEGA!

— NÃO! — Eu falei em voz alta.

Peter fica de pé, quase não conseguindo andar e então se aproxima de Bárbara por trás e com as mãos puxa o cabelo dela, então a empurra no chão, ela quase cai. Então ele vira de lado e com a perna direita ele dá um chute na barriga dela e ela cai deitada no chão com a barriga pra cima. Peter então fica em cima dela e colocam os dedos dele nos olhos dela e fica apertando, ela grita. Ele para de apertar e sorrindo, diz:

— Desculpe, irmã. 

— CHEGA! — Falei em voz alta.

Todos param rapidamente.

Droga, eu achei que estavam gostando de brigar e iriam demorar pra parar, mas, ok.

— S vai levar Bárbara e Peter até o porão. — Eu disse. 

— O que iremos fazer lá? — Bárbara falou chorando.

— Só acompanhem a S. — Eu falei.

Suellen então desce as escadas, então depois ela segura nas mãos dos irmãos e os três saem daqui.

Eu digo:

— A, por favor, pegue os facões. 

— Nossa, a pior parte vai ser agora, mas, ok, eu entendo. — Anna falou. 

Anna sai daqui e eu olho para meus colegas horríveis e digo: 

— N vai abrir a porta e todos vocês podem ir embora. Espero que corram para um hospital, estão todos machucados. Deixem pra ir à delegacia depois.

Nicolas fica descendo as escadas, então ele abre a porta e os idiotas saem correndo quase derrubam o Nicolas. 

Então eu desço as escadas e abraço o Nicolas, ele me abraça de volta e diz:

— Conseguiu fazer o seu plano, parabéns.

— Obrigada por me ajudar Nico, obrigada pela sua amizade. — Eu disse. — Você e as meninas foram incríveis na minha vida. Amo você.

— Amo você. — Paramos de nos abraçar e ele diz: — Nunca duvide que amamos você, Luana, você é maravilhosa! Iremos comemorar esse seu plano mais tarde, jogando videogame e comendo muito brigadeiro!

Eu sorrio.  

Então eu apareço no porão.

Peter e Bárbara estão sentados cada um em uma cadeira um ao lado do outro. Suellen está com uma corda amarrando eles pela cintura juntando com as cadeiras.

Peter chorando, me olha e diz:

— Por favor, não nos mate.

— Não sou uma assassina. — Eu falei.

— Então que monstro você é? — Bárbara perguntou chorando.

— Um menos pior que você Bárbara. — Eu respondi. 

Minutos se passaram... Estou sentada na cadeira em frente aos irmãos, criando coragem pra fazer isso.

Não acredito que estou sem coragem. Eu preciso fazer, eles merecem.

Suellen saiu como eu pedi. 

Anna aparece com dois facões e diz:

— Aqui estão.

— Minha nossa. — Peter falou.

— Luana, por favor, deixa a gente ir embora! — Bárbara disse.

— Calem a maldita boca, desgraça! — Eu falei irritada. 

— Luana, Vicente acordou e viu um pouco o que aconteceu, ele chamou a polícia. — Anna disse. — Não deu tempo de pegar o celular da mão dele, ele está trancado no quarto dele. Seja rápida. 

— Ok. Obrigada pelo aviso, An... A. — Eu falei. 

Eu levanto da cadeira e a abraço, ela me abraça de volta e diz:

— Porquê está me abraçando?

— Agradecimento por ter me ajudado. — Eu disse. — Eu te amo.

— Eu também te amo. Você vai ficar bem, iremos ficar bem. 

Paramos de nos abraçar e eu digo:

— Vá embora, peça pra N e S também irem, não podem ficar aqui quando a polícia chegar.

— Não é uma boa ideia só você ficar aqui. — Anna disse. 

— Eu vou ficar bem. — Eu falei. 

— O plano é o seguinte que o Nicolas deu. — Anna disse. — Quero dizer N. — Anna olha para os irmãos e depois me olha e diz: — Eu, N e S vamos embora assim que a polícia chegar. Vamos fingir que estamos correndo do ladrão que está aqui dentro e você tenta sair pelos fundos, ok? Na cozinha tem a porta da varanda dos fundos e tem um muro, dá pra subir e sair daqui.

— Combinado. — Eu disse. 

Anna me dá um beijo na testa e sai daqui. 

— A polícia vai mesmo assim investigar vocês. Burros. — Peter disse.

Eu olho para os irmãos e digo:

— Mudei de ideia. Eu ia cortar as pernas de vocês para vocês sentirem dor, pois, aposto que tudo que eu fiz fazendo vocês comerem baratas e brigarem rapidamente passou, mas, a dor que iriam sentir sem as pernas duraria por muito tempo e iriam ter que aturar muitas pessoas olhando com nojo ou com medo e fazendo bullying com vocês. Mas, querem saber? Não vou fazer isso. Vocês são horríveis, com ou sem uma perna não irão mudar. Esse meu plano foi uma perca de tempo, mas, eu não me arrependo do que fiz. Estou um pouco satisfeita por ter me vingado, por ter visto vocês implorarem pra sair daqui, por ter visto vocês chorarem. Tudo que um dia eu fiz, já está ótimo. Espero que um dia mudem, pois, ninguém merece sofrer bullying. Se não gostam de alguém é o direito de vocês, mas, não façam as pessoas sofrerem só por ser quem são. Mesmo se eu fosse uma pessoa ruim, deixava que eu pagasse de algum outro jeito não fazendo bullying comigo. Mas, eu não era uma pessoa ruim, não mereci sofrer esses anos todos. Mas, enfim... Vocês não irão mudar. Eu percebi. Até enfrentam um ao outro. Não tentaram se salvar, não tentaram se ajudar. Mas, espero que as pessoas que assistirem as filmagens pensem duas vezes antes de fazer bullying com alguém. Adeus. 

— Não vai nos soltar? — Peter falou.

— Não. A polícia que encontre vocês. — Eu disse. 

— A gente te odeia e isso só fez a gente te odiar mais ainda! — Bárbara disse.

— Eu não ligo. — Eu falei.

Eu pego os facões e rumo na parede.

Olho pela última vez Bárbara e Peter. É ótimo ver a cara deles assustados.

Eu viro de costa saindo daqui.

— Eu acabei de me mijar nas calças. — Escuto Peter falar.

— Que nojo! — Escuto Bárbara falar.

Eu rir. Eu saio do porão.

Eu paro de rir e pego meu celular que deixei na mochila no banheiro e mando mensagens para os adolescentes que colocaram as câmeras na casa.
Então depois de minutos eles aparecem.

Eu pego a chave no bolso do meu macacão. É a chave do quarto do Pedro. Então eu abro a porta do quarto. Pedro está deitado na cama, ele me olha e eu digo:

— Acabou, vá embora, Pedro. 

Eu saio daqui.

Vejo Vicente saindo do quarto dele. Ele está com uma mala na mão e nem percebe que estou aqui. 

Os adolescentes que vieram ficam tirando as câmeras e me ajudando a colocar os vídeos na internet.

Minutos se passaram... Escuto barulho de carro da polícia.

Os vídeos já estão na internet, ainda bem.

Eu olho os adolescentes e digo:

— Saiam pelo fundo. Na cozinha tem a porta dos fundos e tem um muro. Vão rápido! 

— E você? — Um adolescente disse. 

— Não se preocupem comigo. — Eu falei. — Vão logo! E muito obrigada por ajudarem. 

Eles correm.

Acho que aqui é um quarto de visita.

Eu levanto da cadeira em frente ao computador e abro a janela. Fico subindo para o telhado. 
Apareço no telhado e fico surpresa por ver Anna, Nicolas e Suellen conversando com um policial.

Meus amigos não eram pra está aqui. 

Tem quatro carros da polícia. Alguns policiais já estão entrando na casa. 


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