Afetadas pela dor

By anonimocristao

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Sinopse: Será que a dor pode criar laços tão fortes quanto os outros sentimentos? Suellen, Anna e Luana são t... More

BookTrailer
OBSERVAÇÕES
Capítulo 1. A morte do Felix
Capítulo 2. Fogo na biblioteca
Capítulo 3. Acampamento na praia
Capítulo 4. Acampamento na floresta
Capítulo 5. O diário
Capítulo 6. O pesadelo
Capítulo 7. Grávida
Capítulo 8. Tentando contar a verdade ao Pedro
Capítulo 9. O afogamento
Capítulo 10. Tentando denunciar o professor
Capítulo 11. Última tentativa
Capítulo 12. Desaparecido
Capítulo 14. O grande plano
Capítulo 15. A vingança
Capítulo 16. Tentando salvá-la
Capítulo 16. Tentando ficar bem
Capítulo 17. Despedida
Capítulo 18. Natal
Capítulo 19. Amigas guerreiras

Capítulo 13. A decisão do Pedro

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By anonimocristao

Anna


Acordo e percebo pela janela do meu quarto que é de noite...
As meninas foram embora. Eu fico deitada na minha cama pensando no Pedro.

Será que ele está bebendo por aí? Ou planejando alguma coisa horrível pra fazer com o pai dele? Ou tentando alguma prova pra dizer que eu estou mentindo? Ou pensando em algum plano pra terminar comigo?
Minha nossa que droga!

Meus olhos enchem de lágrimas.

Eu entro no banheiro que fica no meu quarto e sento no chão perto do vaso. Fico chorando.

Onde será que o Pedro está? O que ele está pensando?

Eu acabo pegando uma gilete na segunda gaveta do armário. Só tem duas gavetas.

Preciso me cortar. Sei que vai doer, mas, vai passar a dor que estou sentindo, o medo que estou sentindo de o Pedro ter feito alguma besteira.

É a segunda vez que tento me cortar, mas, nunca consigo. Suellem disse que seria melhor se distrair com outra coisa, tipo tatuagens. Mas, a tatuagem eu teria que sair daqui pra fazer outra, já à gilete está tão perto de mim...
E Suellen depois admitiu que a tatuagem não deu certo. Talvez a gilete funcione e me deixe melhor.

Então eu já ia fazer um corte no meu braço direito quando alguém bate na porta do meu banheiro.

Eu coloco a gilete rapidamente na minha segunda gaveta e com as mãos enxugo minhas lágrimas.

Pode ser meus pais.

Eu paro de enxugar as lágrimas, pois, não tem mais nenhuma e levanto do chão.

Abro a porta e fico surpresa por ver que é o Pedro.

Fico aliviada por ele está aqui, mas, também fico com raiva por ele ter aparecido só agora.

Então com as mãos fico batendo no peito dele.
Começo a chorar e Pedro me deixa batê-lo.
Ele fica com os olhos de lágrimas e eu digo:

- Seu maldito! Como pôde desaparecer? Fiquei tão preocupada, seu maluco egoísta!

Lágrimas caem nos olhos dele e eu dou uma tapa no rosto dele.
Fico arrependida, mas, não digo nada.

Eu sento na minha cama e coloco as mãos no rosto.

Escuto Pedro dizendo:

- Eu sinto muito. Eu... Eu precisava sumir daquela casa. Não queria ver meu pai e não conseguia te ver. Anna, me desculpe. Me sentir culpado por não está do seu lado quando você mais precisou.

Eu tiro as mãos do rosto e Pedro está chorando.
Ele fica de joelhos na minha frente e coloca a cabeça no meu peito e fica me abraçando. Eu o abraço de volta e choro muito.

Então ficamos deitados na minha cama. Ele de costa pra mim e eu o abraçando, deitada de lado na direção dele.

Paramos de chorar, mas, tem lágrimas em meu rosto, imagino que no rosto dele também.

Eu digo:

- Que bom que acredita em mim.

- É claro que eu acredito. - Escuto Pedro dizer. - Agora tudo faz sentido, você tão distante de mim. Que ódio do meu pai! Que nojo!

- Ouviu o áudio da Luana? Pelo meu celular?

- Sim. O maldito iria estuprá-la também. - Pedro vira em minha direção com os olhos de lágrimas e ele diz: - Eu sinto muito meu amor. Eu queria tanto está do seu lado, não imaginei que estava sofrendo.

- Você não tem culpa de nada, bebê. Eu que sinto muito por ele ser seu pai.

Pedro beija meu nariz e diz:

- Eu sentir vontade de beber, pois, só assim conseguiria olhar pra Vicente e falar um monte de coisa pra ele. Mas, eu não gosto de beber e nada vai resolver.

- Não vai mesmo. Então estava em uma boate ou em um bar esse tempo todo?

- Sim. E andando por aí.

- Pedro, você precisa tomar uma decisão. - Eu falei ficando sentada na minha cama.

- Como assim? - Pedro falou ficando sentado na minha cama.

- Eu te amo e quero que você decida por mim. - Eu disse o olhando. - O que você achar melhor, eu também irei achar. Se você achar melhor, iremos tentar colocar seu pai na cadeia.

- Eu o quero morto. - Pedro falou caindo lágrimas nos olhos.

- Pedro, não diga isso. Ninguém merece matar ninguém. - Eu falei com os olhos de lágrimas.

- Ele merece morrer, Anna. Ele acabou com uma parte de você. Com uma parte da sua vida. E acabou com a minha vida inteira! Eu acreditando que ele fosse um pai incrível, um homem incrível pra mim e pra todo mundo. Caramba, eu deixei ele próximo de você. Eu confiei nele!

- Eu sei meu bem, eu sei. - Eu falei com lágrimas caindo nos meus olhos.

Pedro chora e eu o abraço. Ele me abraça de volta dizendo:

- Eu sinto muito, eu sinto muito, Anna. Sinto muito por você sofrer por causa do monstro do Vicente. Sinto muito por tudo que aconteceu. Espero conseguir te ajudar a ficar bem. Espero que você também se ajude. E nunca mais se afaste de mim.

- Obrigada, amor. Eu sinto muito também. Mas, precisa tomar uma decisão, nada de morte Pedro. - Eu paro de abraçá-lo e ficamos nos olhando. Eu digo: - Se colocar seu pai na cadeia precisamos está preparados. As pessoas do colégio saberão. Muitos não irão entender e podem até dizer que eu quis fazer sexo com seu pai. Mas, eu não vou ligar, se você não ligar.

- Eu acabo com qualquer um que te julgar. Vicente é o único errado nessa história. O colocaremos na cadeia, mas, antes, eu preciso falar com ele.

Pedro ia levantar da cama, quando eu seguro em seu braço e digo:

- Não é uma boa ideia.

Eu solto seu braço e Pedro levantando da cama diz:

- É uma boa ideia.

Pedro sai correndo do meu quarto.

Eu levanto da cama e corro atrás dele.

Apareço na rua e Pedro está colocando a mão direita na rua para um táxi parar.
Então o táxi para e nós dois entramos no banco de trás.

Eu fico tentando acalmá-lo.

Aparecemos na mansão do Pedro.

Vicente está saindo da cozinha. Ele sorrir e diz:

- Uau, Anninha e o meu filho. Estão juntos de novo?

Pedro se aproxima de Vicente e com a mão direita dá um murro no rosto de Vicente. Vicente cai no chão e para de sorrir.
Pedro fica em cima de Vicente e com a mão direita dá vários murros no rosto de Vicente.

Eu coloco minhas mãos na boca surpresa, mas, acabo sorrindo.
Estou adorando isso.

Pela primeira vez estou adorando assistir uma briga. Não apoiava isso, mesmo se alguém for errado, mas, agora eu apoio.

Vicente fala em voz alta:

- PARA GAROTO! SAI DE CIMA DE MIM MOLEQUE!

Pedro para de bater em Vicente e com as mãos Vicente empurra Pedro para o chão e fica em cima dele, ele segura os braços de Pedro.

Eu paro de sorri e tiro minhas mãos da boca.

Pedro ainda olhando para o pai dele, Pedro diz:

- EU NÃO TENHO MAIS UM PAI OUVIU? EU TE ODEIO SEU DESGRAÇADO!

Vicente me olha e parece surpreso.

Ele volta a olhar para o Pedro e diz:

- Do que você está falando?

- VOCÊ SABE EXATAMENTE DO QUE ESTOU FALANDO! PORQUÊ FEZ ISSO? QUE TIPO DE MONSTRO É VOCÊ?

- EU NÃO SEI DO QUE VOCÊ ESTÁ FALANDO, PORRA! - Vicente gritou.

Vicente solta os braços de Pedro e sai de cima de Pedro. Vicente fica em pé.

Pedro levanta do chão e sem ser em voz alta, ele diz:

- Estuprou a Anna.

Eu fecho os olhos, odeio ouvir isso.
Eu abro os olhos e Vicente está me olhando.

Ele diz:

- O quê? - Ele olha para Pedro e diz: - Ficou maluco, garoto?

- Não se atreva mentir olhando nos meus olhos, Vicente! - Pedro falou.

Com a mão direita fico coçando meu pescoço.

Vicente me olha e depois olha para Pedro e diz:

- Ela te disse isso? Ela que ficou louca pelo visto. Eu jamais faria isso, Pedro! Que desgraça deu na sua cabeça pra você pensar isso de mim?

Eu paro de coçar o meu pescoço.

Com as mãos Pedro empurra a barriga de Vicente e com a mão direita Pedro ia dá outro murro em Vicente, mas, o maldito Vicente consegue segurar a mão do Pedro e então Pedro solta a mão dele e diz em voz alta:

- FALE A VERDADE!

Pedro só conseguiu bater em Vicente porque ele não esperava. Agora será difícil Pedr bater nele de novo. O pai dele infelizmente é mais forte.
Essa não é a primeira briga deles.

A primeira briga foi quando o Pedro teve pesadelos com a mãe e ficou culpando o pai dele de não ser um bom esposo e então bateu no pai. E claro Pedro perdeu.

- Não existe verdade nenhuma! - Vicente me olha e então volta a olhar para o Pedro e diz: - Essa garota está acabando com você, não deviam ter voltado. Não sei qual o problema dela, mas, ela quer me deixar contra você. Talvez ela queira brincar com nós dois, talvez ela queira nós dois.

Pedro consegue com a mão direita dá um murro no rosto de Vicente.
Vicente está todo sangrando por causa de vários murros que o Pedro deu.

Pedro aponta o dedo direito para o rosto de Vicente e diz:

- Não importa o que diga, não acredito em você. Anna não teria motivo pra mentir. - Pedro para de apontar o dedo direito para o rosto de Vicente e fica com os olhos de lágrimas dizendo: - Como pôde fazer isso com ela? Como pôde fazer isso comigo? Eu a amo e ela é uma garota maravilhosa! Sempre tratou o senhor com carinho sem ousadia. Se quisesse fazer sexo com ela e ela quisesse fazer contigo ok. Seria sacanagem, pois, você é o meu pai e ela é minha namorada, mas, pelo menos não seria estupro. Mas, não, o senhor preferiu forçá-la de qualquer jeito não é? Nenhuma garota deve ser forçada a fazer o que não quer! Fico triste por minha namorada ter sido estuprada e ficaria triste se fosse outra garota também. - Lágrimas caem nos olhos de Pedro e ele diz: - O senhor devia me dá orgulho, mas, agora só sinto nojo. Fique longe de mim e principalmente fique longe dela.

Pedro vira de costa pra Vicente e fica andando em minha direção.

Vicente grita:

- ENTÃO VÁ MORAR COM ELA! FIQUE LONGE DA MINHA MANSÃO SEU PIRRALHO! FIQUE ACREDITANDO NESSA VAGABUNDA MENTIROSA!

Pedro olha para o pai dele e grita:

- PIRRALHO? EU SOU MAIS HOMEM QUE VOCÊ, SEU ESTUPRADOR! 

Pedro me olha e segura em minha mão e então saímos do casarão de Vicente.

Eu e meu namorado ficamos sentados no banco do ponto, Pedro com a cabeça no meu colo chorando.
Algumas pessoas ficam o olhando.

Conseguimos pegar um ônibus. Pedro fica com a cabeça na janela e eu coloco minha cabeça no ombro dele.

Chegamos a minha casa.

Ficamos deitados na cama do meu quarto. Pedro fica deitado atrás de mim, me abraçando e chorando. Estou deitada de costa pra ele e ele junta nossas mãos.

Pedro precisa realmente chorar. É bom colocar as lágrimas pra fora por um momento, à dor vai melhorar um pouco.

Pedro dorme na minha cama depois de tanto chorar.

Meus pais, minha irmã e meu cunhado souberam que Pedro está dormindo aqui, mas, eu não disse o motivo.

De madrugada.

Eu resolvo fazer bolo de morango para o Pedro e chocolate quente. Chocolate quente é a bebida favorita dele.

Eu pego no armário um prato e uma caneca, pego na primeira gaveta do armário uma faca e um garfo, pego no armário uma bandeja e coloco o prato, o garfo e a faca nessa bandeja.

Depois fico assistindo desenho na sala enquanto o bolo ainda não está pronto.

O chocolate quente deixei pronto na caneca dentro do micro-ondas, se esfriar, só esquentar de novo.

Meu cachorro Scott aparece e pula em cima de mim, eu fico fazendo carinho na cabeça dele.

Então depois o bolo fica pronto e com a faca eu corto quatro pedaços e coloco no prato que está na bandeja. Coloco o chocolate quente que está na caneca pra esquentar trinta segundos e depois coloco a caneca na bandeja perto do prato e do garfo.

Resolvo entregar na cama para o Pedro.
Eu apareço no meu quarto e coloco a bandeja na mesinha ao lado da cama e digo:

- Pê, acorda.

Com minhas mãos eu fico mexendo nos braços dele e depois dou um beijo na testa dele.

Ele abre os olhos e diz:

- Oi, linda.

- Oi, lindo. - Eu disse sorrindo.

Eu pego a bandeja e coloco no colo dele.

Pedro fica sentando na cama e sorrir dizendo:

- Você é um anjo.

- Você merece meu bem. - Eu disse.

Pedro pega o garfo e come um pedaço do bolo que tem no prato.
Ele para de sorrir e diz:

- Eu que devia está te dando forças bebê, por tudo que aconteceu.

- Nós dois temos que dá forças um para o outro. - Eu disse parando de sorrir. - Nós dois estamos passando por dores um pouco diferentes, mas, são dores horríveis e iremos superar.

Eu dou um selinho nele.

Então como também um pedaço do bolo e ficamos conversando sobre a surpresa que ele fez pra mim, sobre os muros.

Quero meu chocolate e o meu buquê de volta.

Meu cachorro Scott aparece e pula na minha cama. Eu e Pedro ficamos fazendo carinho e brincando com ele.

Eu e Pedro nos olhamos. Ele diz:

- Iremos denunciar o Vicente.

- É a melhor decisão. - Eu disse.

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