Afetadas pela dor

By anonimocristao

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Sinopse: Será que a dor pode criar laços tão fortes quanto os outros sentimentos? Suellen, Anna e Luana são t... More

BookTrailer
OBSERVAÇÕES
Capítulo 1. A morte do Felix
Capítulo 2. Fogo na biblioteca
Capítulo 3. Acampamento na praia
Capítulo 4. Acampamento na floresta
Capítulo 5. O diário
Capítulo 6. O pesadelo
Capítulo 7. Grávida
Capítulo 9. O afogamento
Capítulo 10. Tentando denunciar o professor
Capítulo 11. Última tentativa
Capítulo 12. Desaparecido
Capítulo 13. A decisão do Pedro
Capítulo 14. O grande plano
Capítulo 15. A vingança
Capítulo 16. Tentando salvá-la
Capítulo 16. Tentando ficar bem
Capítulo 17. Despedida
Capítulo 18. Natal
Capítulo 19. Amigas guerreiras

Capítulo 8. Tentando contar a verdade ao Pedro

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By anonimocristao

Anna

Luana e Suellen resolvem não ir ao colégio chamado Escola Dirk da Bahia e me fazem companhia.

Perdemos pontos no trabalho do Vicente, pois o trabalho que fizemos na floresta era pra ser apresentado hoje na sala de aula, sobre os bichos que encontramos na floresta. Se não apresentamos, perdemos pontos.

Eu não ligo de perder pontos, tento recuperar nas provas e Luana acha que já passou de ano e Suellen acha que já perdeu.

Desde criança eu comecei a gostar de estudar, igual à Luana. Mas, nunca ficava desesperada pra sempre tomar notas boas. Eu sempre sabia que podia tentar recuperar nos trabalhos, ou sendo uma boa aluna e por aí vai. Mas, sim sempre achei que estudar é importante.

Luana disse que quando era criança amava estudar e se esforçava sempre pra passar, ela sempre colocou os estudos em primeiro lugar. E ultimamente ela nem precisa fazer tanto esforço, já que é uma pessoa inteligente e ela diz que ainda bem, pois, não tem a mesma coragem de antes pra estudar.

Desde criança eu tive boa grana na vida, pois, meus pais se esforçaram muito por isso. Eles agora só vivem viajando para vários países, aproveitando por um tempo, já trabalharam demais. Mas, é claro que eles voltam a trabalhar em breve.

Só que não sou rica como Pedro e o Vicente.

Quando eu era criança conheci alguns países com meus pais e minha irmã e agora preciso só ficar estudando. Depois também quero viajar para conhecer outros países. Eu planejava fazer isso com o Pedro, mas, infelizmente nem sempre a vida é como planejamos.

E a família do Pedro são ricos e ele virou popular por ser uma pessoa incrível. Alguns alunos e pessoas da rua dele só ficam de olho na mansão dele e nas festas, mas, outras pessoas realmente se importam com ele.
As pessoas falavam comigo também por gostar de mim, mas, as maiorias se afastaram depois que eu terminei com o Pedro.
Mas, eu não ligo de ter pessoas em minha vida só pra ficar popular, prefiro amigos verdadeiros, como Luana, Suellen e Nicolas.

Nicolas também não é rico e nem popular. O melhor amigo de Suellen era popular, mas, não era rico, Suellen me mostrou algumas fotos dele, era bonito. O Felix.

Luana e Suellen não são ricas e nem populares, mas, mesmo se fossem ainda imagino que seriamos melhores amigas. E como eu disse não sou rica, só tenho muitas condições. Mas, somos humildes, essa minha casa mesmo é a prova viva disso.

Então nós três ficamos na sala da minha casa, no sofá assistindo seriados, alguns episódios. Depois assistimos desenhos um episódio de cada desenho, cada uma escolheu um desenho. E depois vimos um filme.

Meus pais também comprou um apartamento bem maior que essa casa e perto da praia, mas, só vamos lá nas férias.
Minha mãe alugou uma casa na fazenda que também vamos as vezes.

Depois disso Luana coloca no celular dela a música Heavy da banda Linkin Park (feat. Kiiara).
Eu e Suellen não conhecíamos a música e nem os cantores. E a música está inglês, sei muita coisa em inglês, pois, fiz curso e também aprendi com as séries.

Escutando essa música, percebo que é triste.

Suellen sabe só um pouco inglês. Ela aprendeu com algumas músicas e na internet. Luana disse que não sabe quase nada em inglês, ela quase nem conseguiu dizer o nome certo dessa música, eu que vi no vídeo tocando no celular dela.

Então ficamos ouvindo essa música na cozinha e fizemos brigadeiro e depois cantamos no karaokê.

De tarde... Luana liga e inventa desculpas para os pais de que está doente e passando o dia aqui em minha casa. Outra doença, não a depressão. E Suellen não precisa mentir pra seu pai ainda, já que ele ainda está trabalhando e não ligou pra ela.

Ficamos no meu quarto fazendo trote com o celular de Luana para pessoas desconhecidas, foi bem divertido. Depois coloco no meu celular a música Best Song Ever da banda One Direction.

Luana e Suellen conhecem essa música e essa banda que eu gosto muito. Então ficamos dançando a música. Cada uma com seu jeito.
Eu fico imitando a coreografia que os cantores dessa banda dançaram. Luana fica pulando com os braços para cima e balançando os cabelos para o lado e para o outro. Suellen fica pulando com os braços para baixo.

Depois que a música acaba. Suellen coloca no celular dela a música Ela Só Quer Paz do Projota. Não conhecia e nem Luana conhecia.

Então ficamos pegando algumas roupas da minha irmã Gabriela e ficamos desfilando na sala e tirando fotos com o meu celular.

Se minha irmã descobrir ela me mata. Ainda bem que ela está na casa do marido Leandro.

Então no celular de Luana ela fica nos filmando... Depois que a música acaba... Guardamos as roupas da minha irmã e voltamos pra sala.

Então Suellen me convence a ir aos profissionais para saber se eu tenho depressão. Com o dinheiro que eu tenho no cofre que meus pais me deram, eu consigo pagar os profissionais, mas, só por pouco tempo. E se eu estiver com essa doença eu preciso ir mais vezes aos profissionais, só não sei como.

Todo mês meus pais me dão boa grana e eu deixo no cofre, posso gastar como quiser, mas, eles gostam de saber os motivos e eu não quero que eles saibam que estou sofrendo.

Converso com o psicólogo que já conversa com Luana.
É um homem de sessenta anos, forte da pele branca, baixinho, tem cabelo raspado e bigode. O nome dele é Klaus.

Ele é divertido quando tem que ser, em momentos sérios ele fica sério. Ele tem um filho chamado Kleber que as vezes o visita, virou colega de Luana.

Depois Klaus me indica outros profissionais. No momento Klaus acredita que não estou com depressão, ainda bem. Mas, ainda me sinto péssima. Klaus diz que preciso visitá-lo mais vezes para ter certeza.

Então depois de aparecer na psicoterapia eu descubro que estou com síndrome do pânico. Ela me recomenda a visitar grupo de apoio. A evitar café e outras coisas. Futuramente ela vai ver se me indica medicamentos.

Luana é a única que infelizmente tem depressão. Acho bem pior do que a síndrome de pânico. Luana disse que alguns profissionais passaram remédio pra ela, mas, ela ainda não consegue tomar e que consegue ir ao psicólogo Klaus algumas vezes, ela tem dinheiro que guardou do emprego que ela trabalhava.

Suellen diz que síndrome do pânico também é horrível. Que eu preciso me cuidar.

Depois eu, Suellen e Luana voltamos pra minha casa. Suellen liga pra Nicolas pra ele vim aqui.

Alguém toca a campainha na minha casa e o meu cachorro Scott late indo até a porta.
Então eu me aproximo da porta e abro. É o Nicolas, ele entra na minha casa, parece contente e eu fecho a porta.

Ele olhando pra nós três, diz:

- Meninas bonitas, vocês não irão acreditar o que eu ganhei de presente!

- O quê? - Suellen falou se aproximando de Nicolas.

- Venham ver!

Nicolas abre a porta e sai da minha casa.
Eu carrego Scott e então junto com Suellen e Luana seguimos o Nicolas.

Fico surpresa quando vejo um lindo carro de duas portas da cor azul escuro.

Luana diz:

- Uau, seu pai te deu um carro?

- Sim! - Nicolas falou parece bem animado. - Eu amei ter o meu próprio carro, já estou dirigindo muito melhor! - Nicolas falou.

- Está sim Nicolas, parabéns! - Suellen disse o abraçando.

Nicolas abraça Suellen de volta e eu digo:

- Parabéns, Nicolas!

- Arrasou, garoto. - Luana disse.

Então Nicolas pega dentro do carro dele o violão que ele tem e todos nós entramos na minha casa.
Deixo Scott no chão e ele corre para a cozinha.
Luana pega uma garrafa de suco na minha geladeira e na cozinha fizemos um brinde em comemoração ao carro do Nicolas.

Então depois na sala, sentados no sofá... Nicolas fica tocando uma música no violão que ele fez e Suellen que já conhece a música fica cantando.
Os dois cantam juntos e tem vozes lindas. Minha voz eu acho um pouco bonita e Luana disse que a dela é horrível.

Depois todos ficam me ouvindo tocar piano. Minha irmã Gabriela aparece e a ajudamos a fazer o almoço e todos almoçamos.

Então depois eu, Nicolas, Luana e Suellen fomos ao cinema com o novo carro dele. Assistimos a um filme de ação que Luana escolheu. Preferia romance, mas, tudo bem.

Perto deles, eu consigo me sentir um pouco melhor, esquecer um pouco os problemas. Espero um dia conseguir esquecer tudo sozinha, pois, é ótimo ter amigos, ficar feliz com eles, mas, também preciso ficar feliz sozinha, me sentir bem comigo mesma.

Suellen está conseguindo e Luana está tentando.

Espero que um dia nós três sofredoras consigamos superar todos esses sofrimentos e que nossa amizade seja eterna.

O filme acaba e então ficamos andando pelo shopping, iremos voltar como viemos, com o carro do Nicolas. Já é de noite.

Fico surpresa quando vejo o meu ex-namorado Pedro Morais ao lado de um amigo. Os dois estão na fila do lanche.

Eu viro o rosto, mas, sinto Pedro se aproximando de mim.

Não, por favor, não.

Escuto Pedro dizer:

- Anna, eu posso falar com você?

- Já estamos indo embora, Pedro. - Luana falou.

- Eu não vou demorar, prometo. Anna? - Pedro disse.

Eu nem consigo olhar pra ele, eu respiro fundo e finalmente consigo o olhá-lo.

Eu digo:

- Seja rápido.

Paro de andar.

Luana, Suellen e Nicolas também param de andar perto de mim. Pedro fica parado na minha frente.

Nicolas diz:

- Eu vou preparar o carro.

- Eu vou com você, ninguém merece ouvir conversa de ex-namorados. - Luana disse.

Luana e Nicolas saem daqui.

Pedro me olhando diz:

- Você está linda. Amo esse seu macacão branco.

- Era isso que tinha pra me dizer? - Eu falei zangada.

- Não, não, desculpa... Hoje é dia 29 de outubro, é o meu aniversário, você nem me desejou os parabéns nas redes sociais.

- Eu não estou entrando nas redes sociais e eu sei que é o seu aniversário. Mas, terminamos e eu quero distância de você, então seria ridículo eu te desejar os parabéns.

- Anna, a gente precisa conversar. Você tem que me dá um motivo por ter terminado comigo.

- Eu já disse, não estou mais apaixonada por você. - Eu cruzo os braços e digo: - Quando você vai entender?

- Não consigo acreditar em você. - Ele diz.

- Isso não é problema meu. - Eu falei olhando para o chão e estou começando a ficar com falta de ar.

- A gente já pode ir embora agora? - Escuto Suellen perguntar.

- Não. - Escuto Pedro responder.

- Eu não perguntei pra você, Pedro. - Escuto Suellen dizer.

Eu tento não sorrir.

Amo que minhas amigas ficam zangadas com o Pedro por minha causa. Mas, infelizmente ele não tem culpa de nada.

No fundo, bem no fundo, eu queria que ele tivesse um pouco de culpa nessa situação. É horrível pensar isso, mas, seria bem mais fácil eu me afastar dele.

Nós dois nos olhamos.
Eu respiro fundo tentando manter a calma.

Pedro diz:

- Anna, por favor. Daqui a pouco, irei fazer uma festa sobre o meu aniversário na praia e depois em minha casa. Por favor, eu quero muito que você vá. - Pedro olha para Suellen e diz: - Se seus amigos quiserem ir também, estão convidados.

- Você é maluco, Pedro. - Suellen falou. - Ela não quer ficar perto de você, respeita isso!

Pedro me olha e fica mordendo as unhas da mão esquerda.
Ele está preocupado, só morde as unhas quando está preocupado.

Eu já conseguindo respirar normalmente. Eu paro de cruzar os braços e digo:

- Eu vou.

- O quê? - Suellen disse me olhando. Suellen parece surpresa.

Pedro sorri me olhando e para de morder as unhas. Ele diz:

- Obrigado Anna, muito obrigado.

Zangada, eu cruzo os braços e digo:

- Eu irei ao seu aniversário, mas, é a última vez que você irá ficar perto de mim, ok? - Pedro para de sorri e eu digo: - Digamos que será nossa despedida de namoro, será realmente o fim.

- O quê? Por quê? - Pedro falou.

- Pedro, ou você aceita isso, ou eu não vou ao seu aniversário. - Eu falei zangada parando de cruzar os braços.

Pedro abaixa a cabeça, parece triste. Então quando ele me olha eu vejo os seus olhos de lágrimas.

Minha nossa, eu vou chorar, não posso chorar, ele não pode desconfiar que ainda o amo.
Pedro por favor, não chore.

Pedro diz:

- Está bem, se no meu aniversário o grande amor da minha vida estará presente, nem que seja pela última vez... Eu... Eu aceito, pois, é o meu dia especial e só ficará completo com você lá. Então tudo bem, Anna.

Eu abaixo a cabeça, meus olhos enchem de lágrimas. Fico olhando para o chão fingindo procurar alguma coisa.

Suellen segura minha mão direita e então nós duas saímos daqui.

Escuto Pedro falando em voz alta:

- A PRAIA DAQUI DE PERTO, ONZE HORAS DA NOITE!

- OK! - Suellen falou em voz alta.

Então eu e Suellen entramos no carro de Nicolas no banco de trás.
Luana e Nicolas estão no banco da frente.

Não consigo impedir das lágrimas caírem nos meus olhos.

Luana me olhando diz:

- O que foi que esse babaca disse?

- Luana eu também tenho raiva do Pedro, mas... - Suellen disse olhando para Luana. Luana a olha de volta e Suellen diz: - Pensando bem... Lembrei que não precisamos ter raiva dele. Ele não fez nada com a Anna.

- Tem razão, mas, que saco ele perto da Anna deixa ela pior! - Luana falou me olhando.

- Verdade. - Suellen disse. Suellen me olha e pergunta: - Porquê disse sim, Anna? Porquê vai à festa dele?

Com as mãos eu enxugo as lágrimas do rosto e então paro de enxugar, pois, não tem mais nenhuma lágrima.

Então olhando pra Suellen eu respondo:

- Porque está na hora de ele saber o que o pai dele fez... Comigo.

- Finalmente! - Luana disse levantando os braços e depois abaixando.

- Que bom Anna, Pedro tem que saber. - Suellen falou.

- Eu também quero saber. - Nicolas disse e eu o olho. Nicolas diz: - Eu via você e o Pedro no corredor do colégio e na cantina, pareciam muito apaixonados. Então quero saber o motivo de você ter terminado com ele.

- Acredite Nicolas, você não vai querer saber. - Eu falei.

Eu preciso realmente dizer tudo ao Pedro, mas, ainda não vou conseguir voltar com ele. Então depois que eu contar a verdade ele deve se afastar de mim, acho que ele nem vai conseguir me olhar. Só espero que ele acredite em mim e espero que eu consiga falar tudo pra ele.

Algumas horas depois, ainda de noite, quase meia noite...

Eu estou me olhando no espelho enorme que tem na minha parede do quarto.
Estou usando macaquinho amarelo, sapatilha branca.

Então eu deixo um coque no meu cabelo. Resolvo tirar o coque e deixo uma trança de lado, resolvo tirar a trança e deixo o cabelo solto.

Meu cabelo é ruivo e ondulado, mas, hoje deixei pranchado, então está bem liso.

Pedro ama meus coques, tranças e essa coisa toda, então não quero fazer nada que agrade ele. Apesar de que ele me amava de qualquer jeito.

Eu respiro fundo, me sinto enjoada.

Então eu pego uma bolsa pequena e deixo no meu ombro direito. Tem meu celular, minha chave da sala e do quarto e um pouco de dinheiro.

Eu fico com vontade de vomitar, corro para o banheiro.
Fico de joelhos perto do vaso e abro a tampa. Jogo minha bolsa no chão.
Então eu vomito, vomito muito. Eu paro de vomitar e sento no chão, meus olhos enchem de lágrimas.

É horrível lembrar que a primeira criança que irei ter, não será do meu namorado.

Eu respiro fundo e tento não chorar. Levanto do chão e me aproximo da pia, então lavo minha boca e minhas mãos.

Eu apareço na sala e minha irmã Gabriela está se beijando com o marido Leandro, sentados no sofá.
Eu bato palmas e eles param de se beijar.

O rosto do marido dela eu acho feio, mas, o que importa é que eles se amam e que o pai dele não estuprou a minha irmã.
Meu cunhado é alto, forte, tem pele branca e cabelo castanho com topete.

Minha irmã também o acha feio, mas, realmente o ama e eu acho ela linda, como ela também me acha linda.

Ela está usando óculos quadrados, ela usa pra ler.

Então me olhando, ela diz:

- Que horas irá voltar? Talvez nossos pais voltem hoje de viagem.

- Eu não vou demorar. - Eu falei.

- Ok, leve sua chave, irei dormir na casa do Leandro hoje.

- Ok. Já estou com a chave.

- Divirta-se, bonequinha. - Leandro disse sorrindo mostrando o aparelho nos dentes.

- Obrigada, Leandro. - Eu falei sorrindo falso.

Sorriso falso, pois, não consigo sorrir realmente essa noite, afinal irei ver o Pedro.

Eu saio de casa rapidamente.

O carro de Nicolas aparece.
Ele está no banco parando de dirigir e Suellen está ao lado dele.
Luana está no banco de trás. Os vidros das janelas estão abertos.

Eu digo:

- Obrigada por irem comigo.

- É claro, eu amo festas! - Suellen disse. - E também amo está com vocês.

- Eu detesto as pessoas que estarão nessa festa, pois, me odeiam, mas, o que eu não faço pelas minhas amigas não é mesmo? Estaremos sempre juntas. - Luana disse.

Eu sorrio dessa vez um sorriso verdadeiro.
Aliviada por não está sozinha enfrentando tudo isso.

Suellen uma vez me disse que eu preciso saber como me afastar dos problemas sozinha, mas, também é bom ter pessoas do meu lado.

Então eu entro no carro no banco de trás e coloco os cintos.
Todos nós estamos com os cintos, Suellen sempre nos lembra de colocar.

Nicolas diz:

- Eu tenho uma ótima notícia, meninas bonitas.

- O quê? - Luana perguntou.

- O advogado da minha mãe conversou comigo e tudo indica que ela será solta! - Nicolas respondeu me fazendo sorrir mais ainda. Nicolas diz: - Está quase tudo certo pra mostrar que ela é inocente.

- Minha nossa Nicolas que notícia incrível! - Suellen disse sorridente.

Suellen beija Nicolas na boca! Um selinho um pouco demorado.

Eu fico muito surpresa e Luana também parece surpresa.

Suellen para de beijá-lo e Nicolas sorrindo fica vermelho.

Ele diz:

- Uau! Esse beijo também foi incrível.

- Me desculpa, não sei por que eu fiz isso. - Suellen disse olhando para a rua pela janela do lado dela.

- Pode fazer sempre que quiser. - Nicolas disse sorridente.

Luana rir e eu acabo rindo também.

Eu paro de rir, mas, continuo sorrindo e digo:

- Que notícia maravilhosa Nicolas, parabéns! Fico muito feliz por você e sua mãe.

- Obrigado, Anninha. - Nicolas falou.

Nicolas coloca no rádio do carro dele uma música.
Taylor Swift quem está cantando. Ela é maravilhosa!

Luana diz:

- Já ouvir essa cantora, boa música.

- Quem é essa? - Suellen falou.

- O quê? - Nicolas abre a porta do lado de Suellen e diz: - Saia do meu carro Suellen, você não conhece a Taylor Swift!

Eu rir e Suellen diz:

- Me desculpa! Já ouvir você falando tanto dessa cantora, mas, não me lembrava da voz.

Eu paro de rir, mas, continuo sorrindo.

Nicolas fecha a porta do lado de Suellen e diz:

- Taylor Swift, minha cantora favorita e essa é a minha música favorita. Teardrops On My Guitar... Só sei falar os nomes das músicas dela em inglês, o resto não sei nada em inglês.

Todos nós rimos.

Depois de uma hora... Aparecemos na praia.

Saímos do carro e ficamos andando pela areia.

Tem fogueira, pessoas no mar, pessoas soltando fogos, muitas pessoas bebendo em um copo roxo e música alta que parece ser eletrônica.

Vejo o professor Vicente.
Ele sorri em me ver e então desvia o olhar para uma aluna da minha sala. Eles estão conversando.

Acho que não tenho mais medo do Vicente.
Antes sempre que o via, meu coração acelerava de susto, de medo. Mas, agora simplesmente isso não aconteceu. Finalmente o medo está passando.

Nicolas do meu lado, olhando pra mim, depois Suellen e depois Luana. Ele diz:

- Irei procurar refrigerante pra gente.

Nicolas sai daqui.

- Quer que a gente fique com você quando conversar com o Pedro? - Luana perguntou.

- Não, obrigada. - Eu respondi. - Só não fiquem tão longe.

- Ok. - Luana e Suellen disseram ao mesmo tempo.

Eu olho ao redor da praia e ainda não encontro o Pedro. Minhas amigas continuam perto de mim.

Então finalmente o encontro.
Pedro está lindo usando calça jeans, terno e gravata.

Ele se aproxima de mim e me abraça. Eu o abraço de volta surpresa.

Ele está bem contente, é a nossa despedida, não era pra ele está contente.

Pedro para de me abraçar e me dá um beijo na testa, ele diz:

- Eu não achei que viria.

- Eu precisava vim. - Eu falei desanimada.

- Que bom, pois, eu tenho umas coisas pra te mostrar. Podemos dá uma volta com a minha moto?

- Pra onde iremos? - Digo confusa.

- É uma surpresa. - Pedro diz.

- Pedro, eu não quero surpresas. - Digo zangada. - A gente precisa conversar.

- Só depois que dermos uma volta com a minha moto. - Pedro diz cruzando os braços.

- Vai Anna, é a despedida de vocês. - Suellen disse.

- Sempre temos que ficar perto uma da outra, Suellen. - Eu falei preocupada a olhando.

Estou preocupada, pois, sinto que o Pedro não vai desistir de mim e isso fica mais complicado de eu desistir dele.

- Você está com o Pedro, vai ficar tudo bem. - Suellen olha para a minha bolsa que está no meu ombro direito, ela diz: - E qualquer coisa é só me ligar.

- Nossa calma, Anna. - Pedro falou sorrindo. - Parece assustada, eu não vou te sequestrar.

Eu o olho e digo:

- Acho que vai sim.

Pedro rir.

Então eu e Pedro saímos daqui.


Nos aproximamos da moto vermelha dele e ele me dá o capacete preto.

Então ele sobe na moto e eu subo atrás dele. Eu seguro na cintura dele e ele dirige.

Um tempinho se passou... Pedro dirigindo na moto dele...

Fico surpresa quando vejo meu nome em um muro de uma casa, escrito com tinta. ANNA. Depois eu vejo em outro muro de outra casa escrito também com tinta. VOLTA COMIGO ANNA. Em outro muro de outra casa eu vejo escrito com tinta. EU TE AMO. Em outro muro de outra casa eu vejo escrito. SINTO SUA FALTA, ANNA. Em outro muro de outra casa eu vejo escrito. PEDRO E ANNA TEM QUE SER PRA SEMPRE.

Meus olhos enchem de lágrimas.

Então Pedro para a moto perto de algumas pessoas e ele deixa os pés no chão.
Eu continuo segurando a cintura dele e também deixo meus pés no chão.

Fico surpresa por saber quem são as pessoas que estão nessa rua. São da família dele por parte de mãe e pai. Eu conheci todos, alguns pessoalmente e alguns virtualmente.

Um garotinho que é o primo dele liga um pequeno som e começa a tocar uma música.

Fico surpresa, pois, a música que está tocando é a minha música e do Pedro, pelo menos quando a gente namorava dizíamos que era a nossa música.
Say You Won't let go do cantor James Arthur.

O primo dele com o som fica perto da moto.
As outras pessoas da família dele que são adolescentes, crianças, adultos e velhos. São os tios dele, madrinha, padrinho, primos, avôs por parte de mãe.
Os avôs dele por parte de pai já faleceram.

Todos começam a dançar segurando um cartaz fechado na mão.
Cada dupla dançam juntos uma linda coreografia no ritmo da música.

E então quando a música termina, todos param de dançar e ficam de joelhos e abrem os cartazes.
Todos os cartazes estão escrito: POR FAVOR, ME AME DE NOVO. Assinado: Pedro.

Estou chorando, meu Deus! Eu não devia está chorando.

Pedro sai da moto e eu também saio.

Então um adolescente primo dele segura à moto.

Pedro fica de joelhos.
Uma garotinha prima de Pedro se aproxima dele com um buquê de flores e uma caixa de chocolate. Ela pisca pra mim sorrindo.

Então Pedro segura o buquê e a caixa de chocolate e mostra pra mim, apontando em minha direção.

Então Pedro diz:

- Eu não faço ideia do motivo de você ter se afastado de mim. Acredito que foi algo muito ruim, só não consigo me lembrar de ter feito algo. Se você fez algo, eu preciso que me conte que podemos tentar resolver isso e ficar juntos de novo. Eu te amo e não consigo parar de te amar, não consigo e não quero deixar de te amar. O que tivemos foi incrível pra ser esquecido.

Eu tiro o capacete e com a mão direita enxugo as lágrimas dos meus olhos. Eu paro de enxugar, pois, não tem mais nenhuma lágrima e digo:

- Pedro... Você não vai querer saber a verdade.

- Não acredito que você me traiu, então o que você fez? E porque está chorando?

- Minha nossa! Eu não fiz nada, garoto!

Ele abre a boca, parece surpreso. Então ele diz:

- Como assim? Se você não fez nada e nem eu fiz nada, qual é o problema Anna? Você realmente não me ama mais?

Pedro fica com os olhos de lágrimas.

Eu digo:

- Pois é. É isso. Eu não quero mais namorar com você, pois, eu não sinto mais nada por você. Eu não sei como isso aconteceu, mas, é a verdade. - Eu respiro fundo tentando não chorar de novo e olho para a família dele e digo: - Isso realmente foi lindo. Eu fico muito agradecida pelo carinho que vocês têm por mim e por ficarem felizes por eu ter sido a namorada do Pedro. Eu me importo muito com vocês e agradeço por continuarem me tratando bem mesmo não estando mais com o Pedro e sinto muito, mas, continuarei separada dele. - Olho para Pedro e digo: - Pode me levar de volta pra praia?

Pedro desanimado fica em pé e olha para a família dele.
Depois ele me olha e diz:

- Ok. É claro que vou te levar de volta pra praia, não vou te sequestrar.

Pedro devolve o buquê de flores e o chocolate para a garotinha prima dele. O garotinho primo dele com o som e as outras pessoas se aproximam de mim e me abraçam. Depois ficam indo embora com os rostos tristes.

Pedro sobe na moto e eu coloco o capacete na cabeça e subo na moto atrás dele. Coloco as mãos nos ombros de Pedro e ele dirige.

Aparemos na praia.
Tem uma música que parece de pagode tocando.

Eu e o Pedro saímos da moto e o capacete fica na moto. Então ficamos andando na areia.
Pedro não fala comigo e eu também não consigo dizer nada.

Algumas pessoas estão dançando bem coladas uma na outra. Algumas estão deitadas na areia se beijando. E algumas estão nadando na água.

Então eu vejo Suellen, Nicolas e Luana na água. Corro até eles e jogo minha bolsa na areia e então me jogo na água com minha roupa mesmo.

Então ficamos próximos. Luana diz:

- Pedro parece tranquilo e triste.

- Isso é horrível, ele deve acabar com o pai dele depois. - Suellen falou.

- Eu não contei pra ele. - Eu disse.

- O quê? - Suellen e Luana falaram ao mesmo tempo.

- O que tanto vocês querem falar para o Pedro? - Nicolas disse.

- Coisas de garotas. - Suellen disse.

- Ok. - Nicolas falou virando os olhos. - Eu vou sentar na areia, meninas bonitas e agora misteriosas.

Suellen rir e eu digo:

- Olha minha bolsa, Nicolas.

- Ok. - Nicolas disse.

Nicolas fica saindo da água.
Suellen para de rir e me olha dizendo:

- Vamos para o fundo do mar, as pessoas estão aqui na frente, lá não tem ninguém e podemos conversar.

- Tem razão. - Luana disse.

Então ficamos nadando até o fundo do mar. Não tão longe. Mas, bem distante das pessoas.
Então Suellen diz:

- Anna, porque não contou para o Pedro?

- Ele... Ele me fez uma surpresa incrível, querendo que a gente voltasse. - Eu disse. Fico com os olhos de lágrimas e digo: - Foi tão lindo gente, a família dele estava lá. Ele continua tão fofo mesmo eu sento tão fria, mesmo eu sendo horrível com ele.

- Poxa, Anna, eu sinto muito. - Luana disse.

- Eu também sinto muito, Anna. - Suellen disse. - Você ficar dizendo que não o ama, acho que isso dói mais do que ele saber a verdade, não acha?

- Não, é claro que não Suellen. - Eu falei chorando. - Minha nossa a verdade iria destruí-lo. - Com a mão direita eu fico nervosa coçando o pescoço e digo: - Ele já não tem a mãe dele, ela morreu em um assalto. E saber que o pai dele é um monstro vai acabar com ele.

Eu paro de coçar o pescoço e em voz baixa Luana diz:

- Nossa. Ele praticamente não tem pais. Pois, aquele monstro não deve considerá-lo como filho. E a mãe morta, coitado. Realmente ele não pode saber do pai.

- Realmente é horrível. - Suellen falou. - Mas, Vicente tem que ser preso. E se ele for preso, Pedro vai acabar sabendo a verdade. Pedro iria gostar de saber por você Anna, você que precisa contar pra ele.

As pessoas ficam saindo da água, ficam perto da fogueira. Alguém desligou o som.
Um adolescente fica sentado na areia tocando violão e as pessoas ficam sentando na areia ao redor dele.

- Pedro merece saber a verdade, mas, eu não consigo falar. - Eu disse parando de chorar.

- Vamos então primeiro tentar denunciar o Vicente. Fazê-lo contar a verdade. - Suellen disse. - Depois que conseguirmos alguma prova que o Vicente é um idiota, então contamos ao Pedro. Combinado?

- Combinado. - Eu e Luana falamos ao mesmo tempo.

- Ok, vamos sentar com a galera. - Suellen disse.

- Vão vocês. Eu vou nadar um pouco. - Eu falei.

- Ok. - Suellen disse.

- Tudo isso vai passar logo, Anna. Vicente será preso e o Pedro irá ficar bem e espero que você também. - Luana disse.

- Obrigada, Luana. - Eu falei.

- E olha só, eu estou somente de biquíni nessa praia! - Luana disse e eu vejo o biquíni preto na parte de cima. Luana diz: - Pela primeira vez, graças a vocês, eu não liguei para os meus cortes mostrando. - Eu olho o rosto de Luana e ela diz: - Só que já vou vestir a minha roupa, pois, detesto meu corpo. Detestava quando era magra, detesto quando fiquei um pouco gorda, detesto totalmente a minha aparência e sinto muito se estou sendo horrível dizendo isso, pois, tem pessoas com essa aparência que se acham lindas. Mas, infelizmente eu não consigo e piora tudo quando alguém me julga.

- Seu corpo é lindo, Luana! - Suellen disse. - E mesmo se não fosse você é linda por dentro, tenho orgulho de ser sua amiga.

- Eu também tenho muito orgulho por conhecer você Luana. - Eu disse. - As outras pessoas não sabem o que estão perdendo, você é uma amiga incrível e espero que um dia você consiga se amar como eu te amo. Que bom que está de biquíni. Depois escute a música, Scars to Your Beautiful da cantora Alessia Cara. Essa música é linda!  

Luana abraça eu e Suellen e então depois ela e Suellen ficam nadando indo para a areia.

Eu fico embaixo d'água.

Queria me sentir bem depois de conversar com minhas amigas, mas, só sinto uma grande tristeza.
Não aguento mais tudo isso. Mas, tem esse bebê dentro de mim e posso ser feliz com essa criança.

Eu saio embaixo d'água.

Preciso ficar um tempo aqui no mar. Talvez eu fique em paz um pouco dentro dessa água.

Vicente precisa realmente ser preso e o Pedro precisa realmente saber a verdade e depois me esquecer.
Não vamos conseguir ficar juntos com essa merda de verdade.
Fui estuprada pelo meu sogro. Aposto que o Pedro não conseguiria mais fazer sexo comigo, nem eu no momento não consigo fazer sexo com ele.

Tomo um susto quando percebo uma onda gigante vindo em minha direção. Tento nadar pra me afastar dela, mas, rapidamente ela passa por mim me afogando.

Minha nossa estou me afogando!
Eu tento nadar, mas, não consigo, estou me afogando! Tento gritar, mas, cada vez mais eu fico dentro d'água.

Não quero morrer. Pedro tem que saber a verdade por mim. Minha criança tem que nascer. E também eu quero ser feliz. Eu quero viver!

Não sei quanto tempo estou aqui. Mas, eu sinto braços tentando me alcançar, escuto gritos.
Muita água já está na minha boca. Eu fecho meus olhos.

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