Afetadas pela dor

By anonimocristao

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Sinopse: Será que a dor pode criar laços tão fortes quanto os outros sentimentos? Suellen, Anna e Luana são t... More

BookTrailer
OBSERVAÇÕES
Capítulo 1. A morte do Felix
Capítulo 3. Acampamento na praia
Capítulo 4. Acampamento na floresta
Capítulo 5. O diário
Capítulo 6. O pesadelo
Capítulo 7. Grávida
Capítulo 8. Tentando contar a verdade ao Pedro
Capítulo 9. O afogamento
Capítulo 10. Tentando denunciar o professor
Capítulo 11. Última tentativa
Capítulo 12. Desaparecido
Capítulo 13. A decisão do Pedro
Capítulo 14. O grande plano
Capítulo 15. A vingança
Capítulo 16. Tentando salvá-la
Capítulo 16. Tentando ficar bem
Capítulo 17. Despedida
Capítulo 18. Natal
Capítulo 19. Amigas guerreiras

Capítulo 2. Fogo na biblioteca

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By anonimocristao

Suellen

Depois de um tempo o intervalo acabou. Então eu volto para a sala de aula e Vicente fica dando aula.

Depois finalmente posso ir pra casa.
Pego minha mochila na cadeira e corro bem rápido saindo da sala pra não precisar falar com o idiota do primo do meu melhor amigo, com certeza ele iria falar alguma merda pra mim.

Eu apareço no corredor dos armários e pego o meu skate. A minha mochila já está em minhas costas e então saio do corredor.
Saio do pátio e fico andando de skate na rua.

Depois de um tempinho apareço em casa. Fecho a porta e seguro com as mãos o skate.

Meu papai levanta do sofá e diz:

- O almoço está quase pronto, minha gigante Suh Suh.

- Ok, obrigada, papai. - Eu falei.

Eu subo as escadas e apareço no corredor. Tem três quartos. Um meu, um que era de meus pais, agora só meu papai dorme e o outro quarto era do Felix.

Felix ficava dormindo muito aqui e então deixamos esse quarto pra ele, era de qualquer pessoa que viesse me visitar ou visitar meus pais e agora e sempre será o quarto do Felix. Ele decorou do jeito dele.

Eu entro no meu quarto.
As cores da parede são azuis claros, o chão tem pisos brancos, tem a estante com os livros e minha televisão. Tem uma mesa, cadeira e um computador. Uma cama de solteiro. Um sofá pequeno que parece uma cama de solteiro perto da janela de vidro. Uma porta com o closet e lá também eu deixo meu skate.

Meu papai trabalha como professor em outra escola. Ele vai de manhã, volta de tarde e depois de almoçar e tomar banho vai de novo para o trabalho e volta de noite.
Ele deixa o almoço pra mim e eu deixo a janta pra ele.

Depois de tomar banho no banheiro que fica perto da varanda dos fundos, onde tem uma rede. Fico de pijama, que é minha calça moletom e blusa branca.

Então eu fico almoçando na cozinha com meu papai. Eu digo:

- Conheci o idiota do primo do meu melhor amigo. Ele me disse o nome dele, mas já esqueci.

- Jonathan Machado. - Meu papai disse me deixando surpresa. Ele diz: - Eu também o conheci. Ele apareceu aqui procurando por você, horas depois de você ter saído de manhã.

- O quê? - Falei surpresa.

- Pois é. Ele é igualzinho a Fátima, acha que você é culpada pela morte do Felix.

- Pois é. Qual o problema dessa família?

- Nem quero descobrir. Fátima vai embora e ele vai ficar. Isso só pode ser um pesadelo!

- Não se preocupe papai, eu soube lidar com a Fátima, irei saber lidar com o Jonathan.

Fico assistindo filme de terror no meu quarto e depois resolvo dormir um pouco.
Faz tempo que não sonho e nem tenho pesadelos com o meu melhor amigo.

A noite chega rápido.
Eu tomo banho e fico com calça jeans, camiseta preta que tem a foto personalizada de um skate.
Aprendi a andar de skate graças ao Felix, ele amava andar.

Saio do banheiro e vou à cozinha.
Eu pego manga na geladeira, um prato no armário e também a vasilha com sal no armário. Fico chupando manga com sal sentada no sofá da sala e assistindo desenho na televisão da sala.

Alguém toca a campainha da minha casa.
Eu deixo em cima da estante perto da televisão o prato que tem a manga com sal. Então me aproximo da porta de madeira e olho no olho mágico. Percebo que é o Nicolas Alvim. Ele é meu amigo e do Felix. Não mora perto de mim, mas já veio muitas vezes aqui em casa e foi assim que ele conheceu o Felix.
Nicolas também estuda na minha escola e na minha sala. Mas pelo visto ele não foi hoje, pois não o vi na escola. A pessoa que mais conheço na minha sala.

Eu abro a porta e digo:

- Olá, Nicolas.

- Ei Suellen, posso entrar? - Nicolas falou.

- Claro.

Ele entra em minha casa e eu fecho a porta.

Nicolas diz:

- Estava morrendo de dor de barriga e não conseguir ir ao colégio. Vim saber se teve algo importante?

Ele senta no sofá grande e eu sento ao lado dele e digo:

- Um trabalho. Vou anotar tudo pra você no caderno e você ler.

- Muito obrigado. - Nicolas disse. - Soube que Fátima vai viajar?

- A notícia do dia! - Falei irritada cruzando os braços. - Não aguento mais ouvir isso.

- Sinto muito que ela vai embora sem te perdoar. Na verdade não tem nada pra perdoar, mas eu queria que vocês fossem amigas como antes.

- Eu também, mas infelizmente não será possível. - Eu paro de cruzar os braços e digo: - Eu tentei você sabe ser amiga dela de novo, mas cansei de insistir.

- Tenho certeza que ela ainda vai te pedir desculpas por tudo que te disse.

- Eu não ligo mais.

Eu levanto do sofá e pego o controle em cima da estante e abaixo a televisão que está muito alta e Nicolas diz:

- O sobrinho de Fátima vai morar do seu lado agora, na casa dela, ela disse que quer que eu o conheça. Ela passou lá em casa essa manhã, por isso eu soube de tudo.

- Não sabia que você e Fátima eram tão próximos. - Eu falei deixando o controle de volta em cima da estante.

- É depois que minha mãe foi presa nos aproximamos por acaso. Ela se identificou afinal o marido dela também está preso.

- Você vai ficar bem não é? Com sua mãe na cadeia? - Eu sento no sofá ao lado dele e digo: - Tenho certeza que o caso dela é diferente do pai do Felix. Ela não matou aquele cara, aposto que foi engano, alguém armou pra ela. E o pai do Felix realmente batia em Fátima e por isso ela o denunciou.

- Verdade, eu também tenho certeza que minha mãe é inocente. Espero que o advogado dela consiga resolver.

- Eu também espero.

Nicolas com a mão direita coça a cabeça, tem o cabelo castanho claro curto liso com franja de lado. Ele coça a cabeça quando está nervoso.
Ele para de coçar e me olhando com seus olhos castanhos claros, ele diz:

- Vamos jogar basquete?

- Ainda não aprendi. - Eu falei.

- Eu te ensino.

Eu sorrio e pego a minha sandália perto da porta. Então nós dois saímos da minha casa.

Depois de pegarmos um táxi. Uma hora depois... Aparecemos na casa dele.

Então ficamos na varanda do fundo da casa dele jogando basquete, ele é meu treinador incrível.

Nicolas tira a camiseta, pois está suado. Continua usando a calça vermelha personalizada com a foto de aranhas do herói de um filme. Nicolas tem um corpo magro e é alto da pele branca. Ele ama ler quadrinhos e assistir filmes de heróis.

Depois de um tempo jogando basquete e depois de pegar um táxi...
Apareço em casa, tomo banho, visto o meu pijama e preparo a janta.

Depois de horas... Meu pai aparece, toma banho e janta comigo.

O dia chegou. Sexta-feira finalmente, depois vem sábado e domingo pra relaxar da escola.

Levanto da cama e saio do quarto. Entro no banheiro e tomo banho. Depois de um tempinho... Saio do banheiro vestindo calça jeans, camiseta cinza. Apareço no meu quarto. Eu pego o meu boné no closet e deixo de frente na minha cabeça. Pego o sapato e coloco nos pés.

Apareço na cozinha e meu papai está comendo um pedaço de lasanha.

Eu sento perto dele e digo:

- Bom dia, papai.

- Bom dia minha gigante Suh Suh. - Meu papai disse.

- Papai, vai ter um passeio amanhã no meu colégio. O professor vai dá o papel pra o senhor assinar. Eu posso ir não é? É sobre um trabalho valendo cinco pontos.

- É claro que pode. Quero que sempre se divirta e faça os trabalhos. Você voltou a pensar muito no Felix? Está chorando?

- Não, só quando o idiota do primo dele falou comigo. Mas eu conseguir parar de chorar, não demorou muito.

- Se esse garoto continuar falando coisas horríveis pra você, me avise.

- Não se preocupe papai.

Depois de tomar o café da manhã... Corro para o quarto e pego meu skate no meu closet e minha mochila e então saio do quarto e saio de casa.

Vejo Fátima dessa vez colocando as malas dentro de um táxi.
O idiota do primo do meu melhor amigo aparece saindo da casa dela e dizendo:

- Vou sentir sua falta, tia. - Ele me ver e diz: - Ótimo, o meu dia acabou de virar um pesadelo.

Eu viro os olhos e coloco o skate no chão e minha mochila nas costas.
Fátima termina de colocar as malas no táxi e me olhando com seus olhos da cor preto, ela diz:

- Adeus, Suellen Fernandes.

- Adeus, Fátima Ramos. - Eu falei.

- Sobrenome Ramos é do meu marido. - Fátima disse. - Odeio lembrar que coloquei esse sobrenome. Me chame pelo meu sobrenome Machado, irei me divorciar.

- Eu te chamo como eu quiser. - Eu falei.

Ela parece surpresa pela minha grosseria e então entra no táxi e eu ando de skate.

Então novamente eu fico indo de skate para uma praça que tem nessa rua. Então eu me aproximo com o meu skate e fico dando voltas ao redor de todas as mesas.

Então depois de rodar com o meu skate em todas as mesas, eu fico indo de skate para o colégio.

Apareço no corredor dos armários e abro o meu armário, coloco minha mochila e o meu skate.

Vejo a adolescente ruiva do sorriso bonito se aproximando do armário dela que é perto do meu. Um adolescente alto, magro, pele branca e cabelo castanho escuro liso até o pescoço com franja de frente se aproxima da ruiva.

Me lembrei dele, ele é o filho do professor Vicente. E ele é rico como o pai e é popular na escola. Esse adolescente ama fazer festas no casarão dele e convida até os que não são populares, ele parece ser uma boa pessoa. Mas, eu nunca fui a uma festa dele, prefiro ir a festas de pessoas que eu sou próxima.
Ele usa estilo como aqueles caras populares dos filmes. Camiseta branca, jaqueta vermelha e branca com o M na frente, calça preta ou jeans.
Mas enquanto a maioria dos populares nos filmes são metidos e ruins. Esse jovem é um dos bons.
Fazia alguns dias que ele não vinha ao colégio.
Ele parece irritado com a ruiva e diz:

- Você não vai mais à minha casa, ignora minhas mensagens, quase nem olha pra mim. O que está acontecendo? O que eu te fiz Anna?

Agora sei o nome da ruiva.
Uau, ela está aqui, então posso pegar o meu lugar na biblioteca, que ótimo!

Anna com a mão direita coça o pescoço e diz:

- Eu só estou sem tempo, muitas atividades.

- Podemos fazer as atividades juntos. - O filho do professor disse.

Eu saio daqui. Corro até a biblioteca.

Apareço na biblioteca e vejo que a cadeira está vazia, ainda bem!
Bato minha mão com a da tia Rose e então sento na minha cadeira.
Sorrio e levanto da cadeira e pego na estante o mesmo livro que peguei ontem, está no mesmo lugar.
Volto a sentar na cadeira e abro o livro.

Vejo a ruiva entrando na biblioteca e sorrio pra ela, estou brincando com a cara dela, pois conseguir chegar primeiro na biblioteca.
Ela está me olhando e parece que acabou de chorar. Os olhos azuis dela estão vermelhos.
Eu paro de sorri e ela senta em uma cadeira longe de mim e coloca a cabeça na mesa, parece que vai chorar de novo.

A outra adolescente do cabelo curto que pensa que o meu lugar é dela aparece. Eu sorrio.

Ela diz:

- Não acredito! O meu lugar está ocupado de novo.

- Não sei de onde você tirou que esse lugar é seu. - Eu falei parando de sorri.

- Vou colocar o meu nome nessa cadeira e quero ver alguém dizer que não é o meu lugar.

- Continuarei dizendo.

A adolescente cruza os braços e senta em outra cadeira longe de mim. Eu sorrio mais ainda e olho para o livro.

Escuto a tia Rose dizendo:

- Ei! O que pensam que estão fazendo?

Eu paro de olhar o livro e vejo dois adolescentes carecas rindo.
Um deles segura uma garrafa com algo dentro e o outro segura isqueiro.

Eu paro de sorri assustada e digo:

- Minha nossa, o que irão fazer?

Eles param de rir, mas continuam sorrindo. E um deles que é bem alto diz:

- Vocês irão ver. Mas caso não saibam o que tem dentro dessa garrafa é gasolina. Então já devem imaginar o que irá acontecer não é? Entramos pelo muro do fundo dessa escola. Conseguimos subir e até agora não nos batemos com os vigias. E vamos admitir essa escola é péssima, qualquer um pode entrar aqui até com uma arma.

- Eu vou chamar um dos vigias agora mesmo seus malucos! - Falou a tia Rose.

- Vá lá sua velha. - Falou o outro adolescente que é baixinho.

- Me respeite! Sou velha, mas não fale assim comigo! - Falou Rose.

- ME RESPEITE VOCÊ ME CHAMANDO DE MALUCO! - O adolescente baixinho falou em voz alta.

A tia Rose parece assustada e sai da biblioteca e alguns adolescentes vão atrás dela.
Só fica eu, a ruiva e a adolescente do cabelo curto.

A ruiva levanta da cadeira e ia saindo da sala quando rapidamente o adolescente bem alto joga gasolina no chão perto da porta.
A ruiva para de andar se afastando da porta.

Não é uma boa ideia tentarmos fugir, não sei como tia Rose e os outros jovens conseguiram. Talvez esses rebeldes não tem armas.

O outro adolescente baixinho liga o isqueiro e eu, a adolescente do cabelo curto e a ruiva gritamos:

- NÃO!

Os dois adolescentes rir e o mais alto diz:

- Quero ficar famoso. Com certeza esse incêndio da biblioteca vai sair na televisão!

- E eu só quero morrer. - Falou o adolescente baixinho.

- Por favor, me deixa sair primeiro. Preciso resolver umas coisas antes de morrer. - Falou a ruiva com a mão direita coçando o pescoço.

- Ei não diga isso. Nem a gente e nem eles precisam morrer. - Eu disse.

- Eu não quero que ninguém morra, mas eu quero sair daqui. - Falou a ruiva parando de coçar o pescoço.

O adolescente baixinho joga o isqueiro no chão. Eu grito e a biblioteca começa a pegar fogo. Começa pelo chão e depois pela porta e depois pelo balcão da tia Rose.
Ai, minha, nossa.

Os adolescentes ficam em cima de uma mesa e abrem a mochila e tem latas de cervejas. Eles começam a beber.
A ruiva fica gritando e a outra adolescente do cabelo curto fica abrindo a janela. Ela diz:

- Não dá pra pular.

- Meu celular! - Eu falei assustada. - Droga está na minha mochila.

- Eu tenho o meu.

A adolescente do cabelo curto pega o celular no bolso da calça jeans.

A ruiva para de gritar e se aproxima da gente, ela diz:

- O fogo está aumentando rápido.

A adolescente do cabelo curto diz:

- Me conte uma novidade. - No celular, ela diz: - É dos bombeiros? Por favor, preciso de ajuda. A biblioteca da minha escola está pegando fogo.

Vejo a tia Rose do outro lado da porta, se afastando do fogo, ela fala em voz alta:

- MENINAS VOCÊS ESTÃO BEM?

- POR ENQUANTO SIM! - Eu falei em voz alta.

Tem dois vigias perto dela. A tia Rose diz:

- VAMOS CHAMAR AJUDA!

- JÁ ESTOU CHAMANDO! - Falou a adolescente do cabelo curto em voz alta. - Ela olha para o celular e diz: - Escola Dirk da Bahia. Venham rápido, por favor!

Sinto muito calor e dificuldade pra respirar.
Os adolescentes estão em cima da mesa e ainda continuam bebendo rindo.
O adolescente mais alto diz:

- Será que já chegaram os repórteres?

- Achei que eles fossem nos matar, mas pelo visto só querem se divertir fazendo essa loucura. Enfim, obrigada por ligar. - Falou a ruiva com a adolescente do cabelo curto.

- De nada. - Falou a adolescente colocando o celular no bolso da calça jeans. - Vamos conversar pra se distrair. Eu sou Luana Alves. Dezessete anos.

- Prazer. - Eu falei. - Sou Suellen Fernandes. Dezesseis anos.

Luana sorri e eu e a ruiva sorrimos também.
Mas, paramos de sorrir, todas estamos com dificuldades pra respirar.

- Sou Anna Nery. - Disse a ruiva. - Tenho dezesseis anos. - Anna para de sorrir e diz: - Eu acabei de terminar com o meu namorado Pedro Morais, sim o filho do professor Vicente Morais.

Os olhos de Anna ficam de lágrimas. Luana diz:

- Eu sinto muito.

- Eu também sinto muito Anna. - Eu falei. - Nunca namorei, mas deve ser chato terminar.

- Eu já namorei um bom tempo atrás e foi ótimo terminar, ele é um idiota. - Luana disse. - Quando engordei, ele ficou com o preconceito dele e então eu terminei.

- Ele é um idiota. - Eu falei.

- Um grande idiota. - Anna disse. - E você nem está tão gorda e mesmo se tivesse, ele não deveria terminar.

- Valeu meninas. - Luana disse. - E porque você terminou com o seu Anna?

- Não posso dizer. - Anna disse abaixando a cabeça.

- Ok, você que sabe. - Luana falou tossindo.

- Se ele também é um idiota, você fez a coisa certa. - Eu falei e comeco a tossir.

Anna levanta a cabeça e as lágrimas caem no rosto dela e ela diz:

- Ele é o cara mais incrível que eu conheci. Já beijei outros e ele conseguiu ser o melhor, não só no beijo. Mas infelizmente não podemos ficar juntos e, por favor, podemos mudar de assunto?

- Claro. - Eu falei tossindo mais ainda por causa da fumaça.

- Ok. - Luana disse tossindo mais ainda.

Com as mãos Anna fica enxugando as lágrimas do rosto e também começa a tossir.

Os adolescentes não estão mais bebendo e sim sentados na mesa olhando o fogo.
Minha nossa o fogo não pode queimar os livros.

Eu olho para as meninas e digo:

- Meninas, o fogo não pode queimar os livros!

- Minha nossa! - Anna disse.

- É claro que não! - Luana falou.

Eu corro e elas também.
Ficamos pegando os livros nas estantes e algumas vezes tossindo.
Os adolescentes ficam nos olhando, eles começam a rir.

Anna diz:

- Vou procurar um saco e colocamos os livros dentro.

Anna se afasta.
Eu e Luana continuamos pegando os livros e colocando na nossa mesa favorita.
E então Anna se aproxima da gente com uma caixa grande e diz:

- Achei essa caixa.

- Ótimo! - Eu falei.

- Legal! - Luana disse.

Ficamos colocando os livros dentro da caixa. Tossimos algumas vezes.

Não deu pra colocar todos os livros, infelizmente, a maioria dos livros ainda estão nas estantes.

Ouço barulho do carro de bombeiro, finalmente. Estou quase desmaiando.

Os adolescentes param de rir e se aproximam da janela e eu e as meninas também.
Ficamos olhando o carro dos bombeiros se aproximando.

Escuto o adolescente alto dizer:

- Não vejo repórteres.

- Esconde as cervejas e assim que eles apagarem o fogo corre. - Escuto o adolescente baixinho dizer. - Não quero morrer agora, mudei de ideia.

- Ok, mas relaxa, não vamos ser presos, somos menores de idade. - Escuto o adolescente alto dizer.

- Eu sei, mas não quero que encontrem a bebida. Meus pais iriam me matar! - Escuto o adolescente baixinho dizer.

Eu olho esses adolescentes idiotas e o adolescente alto diz:

- Eles irão te matar de qualquer jeito, cara. - O adolescente alto cruza os braços e diz: - Que merda! Quero ser famoso, espero que a gente tenha um pouco de fama.

Eu e as meninas nos olhamos.
Então depois olhamos para os meninos.

Eu me aproximo do adolescente baixinho e com minha mão direita dou um murro no rosto dele. Ele cai no chão. O outro adolescente bem alto ia se aproximar de mim quando Luana fica na frente dele e com o joelho direito dá um chute nas partes intimas da frente dele, ele coloca as mãos pela calça nas partes íntimas e se joga no chão.

Anna diz:

- Chega meninas, não apoio violência, por mais que eles merecem.

Então as mulheres e os homens bombeiros aparecem e ficam apagando o fogo.
Os vigias pegam os meninos e tiram eles daqui.

Rose abraça nós três e eu digo:

- Estamos bem.

Paramos de nos abraçar e Rose olhando ao redor da biblioteca diz:

- Pena que a biblioteca não está nada bem.

- Pelo menos os livros estão salvos, os livros em primeiro lugar. - Anna disse olhando as estantes.

- É, o fogo nem chegou nas estantes dos livros, ainda bem. - Eu falei olhando as estantes.

- Verdade. - Luana falou olhando as estantes.

Nós quatro nos olhamos e sorrimos.

Na sala de aula eu, Luana e Anna sentamos juntas e fazemos juntas a atividade do professor Vicente.

E no intervalo lanchamos juntas.
Falo que gosto de assistir desenhos, filmes além dos livros e de escrever livros.

Anna quer ser policial e gosta de assistir seriados além dos livros. Ela disse que se viciou em livros não tem muito tempo e foi depois que viu vários vídeos na internet falando sobre livros.

Luana não sabe o que quer ser e no momento não está assistindo nada. Ela disse que se viciou em livros quando era criança, ela não tinha nada pra fazer e resolveu ler algum livro que ela não lembra mais qual foi, mas depois daquele livro, ela procurou outros livros pra ler e se viciou.

Anna ama tocar piano e brincar com o animal dela, ela tem um cachorro puldo chamado Scott que ganhou de presente dos pais.

Luana não gosta de sair de casa, diz que sofre muito bullying com os colegas de escola e que os principais que fazem bullying com ela moram perto dela. Então ela evita sair. Ela prefere ficar em casa lendo ou comendo e vem à escola, pois os pais obrigam.

Eu e Anna ficamos tristes por saber que Luana sofre bullying. Luana diz que sofre desde criança, pois ela era muito quietinha, sem muitos amigos e também muito magra e depois que engordou continuou sofrendo bullying. Ela está tentando resolver o caso do bullying.

Eu resolvo não contar que tive um grande sofrimento por causa do meu melhor amigo. Resolvo não contar, pois já me sinto bem e não gosto de lembrar disso, apesar de que não esqueço. Mas falar isso para as pessoas, falar em voz alta é pior, algumas pessoas podem não entender, me julgar, ou ficar com pena de mim. Prefiro deixar só pra mim e só pra quem sabe.

Espero que Luana consiga lidar com esse bullying.

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