I'll be there: uma segunda ch...

Por jakesumoon

15.8K 1.6K 1.3K

O que aconteceria se Lee Rang recebesse uma segunda chance? Por conta de um bug no sistema no Escritório de I... Más

Dedicatória
Prólogo
1. O apelo de Yeon
2. A nova vida de Rang
3. O acordo
4. Da água para o vinho
5. Eu sei do que estou falando
6. Nem tão bem quanto parece
7. No meu rosto bonito, não.
9. Brincando com fogo
10. Certezas e Incertezas
11. Um dia bom para recordar
12. Ligando os pontos
13. A rush, a glance, a touch, a dance.
14. A verdade dói
15. Prazo de Validade
16. Apenas sentimentos humanos
17. Tic- Tac
18. Love already bloomed in my heart. (PARTE 01)
18. Love already bloomed in my heart. (PARTE 02)
19. Brothers Reunited
20. Fique comigo (PARTE 01)
20. Fique comigo (PARTE 02)
21. A pequena grande Mi-rae
23. A intrusa
24. Agindo como uma raposa.
25. Moonchild Ballad
26. Eu sou melhor que ele.
27. Sad Fate
28.Parting at the River of Three Crossings
29. I'll be there
30. Atos e consequências
31. Tudo tem um preço
32. É tudo culpa do Rang
32. Dias Dourados
33. That was everthing for me
Epílogo
I'll be there em "UM CONTO DE NATAL"
Um conto de Natal- Parte 1: Com amor
Um conto de Natal - Parte 2: O Karma
Um conto de Natal - Parte 3: Meu caro amigo secreto
Um conto de Natal: Epílogo

22. Of course, I laugh

320 34 53
Por jakesumoon

Ao chegar em casa, Yeon não teve muito tempo para refletir, da sala pode ouvir Ji-ah passando mal no banheiro.

— Yeon, que bom que você chegou, eu estou colocando a Mi-rae para dormir, não pude ir até lá.

— Tudo bem sogra, fez bem, a Mi-rae já passou por um susto hoje. Eu vou lá.

No banheiro, Yeon encontrou Ji-ah de joelhos debruçada sobre o vaso, se aproximou e molhou a mão com agua fria até que a temperatura da mão dele caísse um pouco, colocou uma na testa da humana e a outra afastou o cabelo dela do rosto.

— Acabou, amor? Consegue levantar? — Yeon perguntou cauteloso. Ao ver ela afirmar com a cabeça, segurou pela cintura e a levantou devagar, a levou até a pia para que pudesse lavar o rosto.

Ji-ah sentia a preocupação de Yeon apenas de vê-lo olhar para ela pelo reflexo do espelho, a mulher sentiu suas pernas um pouco trêmulas, se apoiou com força na pia. A raposa notou, e a segurou pelo quadril sem esforço algum. Sob protestos da humana, Yeon a carregou no colo e a levou para o quarto.

— Eu consigo andar! — ela protestou quando ele a pôs sentada na cama.

— Eu sei, mas se estou aqui para carregar você, porque fazer esforço?

— Eu estou com a cabeça um pouco confusa, eu sonhei que você havia me dito que teríamos outro bebê.

Por mais preocupado e aflito que tivesse pela situação delicada que sua humana se encontrava, Yeon sorriu.

— Ji-ah. — ele sentou ao seu lado na cama e olhou ternamente para ela. Por mais que se vissem todos os dias, e já estivessem juntos por três anos, o sentimento que Yeon carregou durante séculos por não tê-la ao seu lado, ainda rondava o seu coração, por isso todos os momentos vivendo com ela ainda eram surreais, e certas vezes era inevitável não fazer uma cara de bobo ao olhar para a sua Ji-ah.

— O que foi? Por que você está me olhando assim? — Ji-ah perguntou curiosa.

— Amor, não foi um sonho. Vamos ter um bebê.

— Você sentiu o bebê de novo?

— Sim, mas dessa vez foi a Mi-rae quem sentiu primeiro. — enquanto conversava com a humana, Yeon se concentrou no bebê, que ainda pulsava fraco no ventre de Ji-ah.

— Por que você está tão preocupado? Com Mi-rae eu fiquei um pouco cansada, mas consegui viver normalmente. Gravidez não é...

— Eu sei amor. Acontece que... — Yeon inspirou fundo, não sabia por onde começar.

— Yeon. — Ji-ah se encosta nos travesseiros, e o encara de frente. — O que está acontecendo? A mamãe disse que você saiu, onde estava?

— Eu consegui descobrir o motivo da Mi-rae fazer coisas surpreendentes até mesmo para uma meia raposa. Mais cedo eu fui a casa da sua mãe e consegui achar as sobrancelhas de tigre, e assim que eu vi a Mi-rae com eles... — Yeon foi contando detalhadamente tudo o que viu e sobre o que Taluipa havia dito sobre Dalnim.

— Então a Mi-rae é a reencarnação dessa tal Dalnim?

— Sim. E é por isso que ela conseguiu sentir o bebê e "dar forças" a vocês duas. É por causa do dom dela também que quando estava grávida não se sentia tão mal como está agora.

— Mas Yeon, eu me sinto bem, só estou um pouco enjoada...

— Não Ji-ah, não! Você não está bem, meu amor. — a raposa mostra o vidro que Taluipa entregou a ele. — A anciã pediu para eu dar isso a você, é para que você consiga ficar mais forte e levar a gravidez adiante. — Yeon sentou-se ao lado dela na cama e a trouxe para perto de si, a abraçou fazendo com que ela ficasse com a cabeça em seu peito e a raposa pudesse colocar as mãos na barriga dela. — Mas eu estou preocupado amor, essa gravidez vai ser ainda mais perigosa, você pode ficar muito fraca e... — ele não conseguiu continuar.

— Yeon. — Ji-ah colocou a mão no rosto dele para que olhasse para ela. — Eu mais do que ninguém consigo perceber como as coisas estão aqui dentro. Sim, me sinto fraca e enjoada, mas eu tenho você, a Mi-rae e... — ela olhou para o vidro. — temos isso aqui também. Eu já aguentei coisa muito pior do que esse mal-estar todo, não precisa me olhar com essa cara.

— Amanhã vamos ao hospital e vamos ouvir o que o médico vai dizer, tudo bem? E seria bom se você conversasse com o seu chefe para trabalhar... — Ji-ah fez com que Yeon calasse a boca o surpreendendo com um terno beijo.

— Tudo bem.

— Papai! — Mi-rae aparece no quarto segurando a mão da avó. — Eu não quero dormir agora. — ela levantou os bracinhos pedindo colo.

— Eu tentei colocar ela para dormir, mas a Mi-rae estava tão inquieta. E você querida, está melhor?

— Vou ficar. — Ji-ah disse confiante. — Eu tenho todos vocês aqui, e sei que nada de ruim vai acontecer, nem comigo e nem com o bebê.

— Não é o bebê, é a minha irmã. — Mi-rae disse apoiando a cabeça na barriga de Ji-ah — E eu vou cuidar muito dela, ouviu irmã? — todos admiraram a cena e como a garota falava com a barriga da mãe.

— Já está tarde, eu avisei ao seu pai que vou passar a noite aqui. Vou ficar lá no quarto da Mi-rae.

— Tudo bem sogra, pela manhã eu levo a senhora em casa. Pode ir descansar, eu cuido da Mi-rae agora.

A senhora Nam saiu do quarto e deixou os três na cama, Mi-rae ainda estava deitada na barriga da mãe, que estava tranquila e não se sentia mais enjoada. Ainda assim, Yeon fez como Taluipa havia instruído e deu uma colher do líquido para Ji-ah. Não demorou muito e a humana pegou no sono.

— Agora, somos só nós dois, mocinha. — Yeon disse carregando a filha no colo e levando para a varanda.

— A mamãe vai ficar bem papai. — a garota disse enquanto Yeon a colocava deitada em seus braços.

— Princesa, você foi muito forte hoje. Você salvou a mamãe e o bebê.

— Eu sei.

— Vamos dormir agora? Qual história você quer que o papai te conte?

— Quando eu estava com a vovó eu quase dormi. Mas eu sonhei com o tio Rang, aí eu quis ver você papai.

— Um sonho? — Yeon ficou tenso de imediato. Poderia sim ser apenas um sonho, mas a filha já tinha dado provas suficientes que ele teria que pelos menos checar se estava tudo bem antes descartar alguma coisa. Pegou o telefone e ligou para Rang.

______֎______

Já era noite quando Rang estacionava o carro em frente à casa de Yu-na. Mais cedo quando se despediu do irmão, decidiu tentar encontrar o vidente, mas sem as pessoas saberem quem ele era, seria praticamente impossível ter alguma informação sobre. A humana o esperava na entrada e percebeu imediatamente seu descontentamento.

— Aconteceu alguma coisa? — ela perguntou ao vê-lo se aproximar, o vento soprava um pouco forte, Yu-na enterrou as mãos dentro do casaco.

— Nada demais, uma tarde sem respostas, apenas isso.

Aigoo, está frio. — a jovem disse ao abraça-lo. — Vamos conversar lá dentro um pouco, espera...

Quando se aproximou, sentiu de imediato que a temperatura do parceiro estava um pouco elevada, ele próprio não tinha dado importância devido a sua chateação, mas Yu-na entrou logo em modo de alerta, sem se afastar colocou a mão em sua testa.

— Rang você está febril, eu disse que não era para você sair com essa camisa de manhã, ventando como está, era quase inevitável não ficar resfriado. Vem, vamos entrar, vou fazer um chá para você.

— Não, não precisa, eu passei aqui só para ver você. Já vou pra casa.

— De jeito nenhum, eu conheço você, chateado como está, quando chegar vai abrir uma garrafa de vinho, e só. Sei que não vai tomar nenhum remédio. Não me faça ligar para a sua mãe, anda, vamos entrar. — ela disse puxando Rang pela manga da camisa.

— Cadê os seus pais? — perguntou ao notar o silêncio na casa.

— Foram jantar fora. — Yu-na disse enchendo um bule com água e colocando para ferver.

—Hum... — ao ouvir o que a garota disse, Rang se sentou mais confortavelmente no sofá. Agora que tinha parado para sentar um pouco, se deu conta de como estava cansado, apoiou a cabeça nas costas do sofá e fechou os olhos.

— Qual o motivo da pergunta? — ela diz chegando sorrateiramente por trás dele. Ele riu.

— Nenhum...

— Sei... — ela sentou no sofá ao lado dele, não fez cerimônia em manter a distância como quando os pais estão em casa. — Você está sentindo alguma coisa? — ela se aproximou mais, colocando as mãos no ombro do rapaz. — Rang? — o silêncio dele estava começando a incomodá-la. — Se isso for uma brincadeira eu acabo com você. — Yu-na o sacudiu e a cabeça dele pendeu para um lado, ao que parecia era sério, ele tinha desmaiado. — Rang!

Foi uma tarefa extremamente difícil para a garota manter a calma, as únicas coisas que conseguiu fazer foi desligar o bule que começava a apitar com a água fervendo, e ligar para a emergência do hospital que os pais dela trabalhavam.

— Eu preciso de uma ambulância, é uma emergência, o meu namorado, ele está inconsciente. POR FAVOR, NÃO DEMOREM.

— Uma ambulância está a caminho senhorita, mantenha a calma. Verifique o pulso dele e veja os batimentos cardíacos.

— Já vi, o pulso está mais fraco que o normal. — nesse momento as lágrimas já rolavam pelo rosto de Yu-na.

— Eles chegarão aí em breve.

Ao desligar o telefone, a humana ficou prestando atenção em todas as expressões de Rang, aparentemente ele parecia dormir, mas era só se aproximar que poderia notar as gotículas de suas que se formavam sua testa, e o pulso, que batia descompassado.

A ambulância não demorou a chegar, e nem nos seus piores pesadelos, Yu-na imaginava entrar em uma com ele novamente em uma, e reviver um dos piores dias de sua vida.

— Por favor, fique aqui. — ela pediu baixinho, enquanto observava os paramédicos o colocarem no oxigênio.

— Os sinais vitais dele estão muito baixos, estejam preparados caso ele entre em choque.

As mãos de Yu-na tremiam com as coisas dele na mão, não sabia o que fazer, e nem a quem avisar, o irmão ou aos "pais". Vê-lo desacordado daquela forma a assustava, o que aconteceria se ele tivesse uma parada? Com o corpo naquele estado, ele conseguiria voltar?

Como que respondendo as suas dúvidas, o telefone de Rang começou a tocar.

— A-Alô. — Yu-na atende o telefone soluçando. — Ele... Ele passou mal Yeon, estou dentro da ambulância com ele... Ele está desacordado... — a humana parou de falar e começou a chorar. Pode ouvir a raposa do outro lado da linha tentando tranquiliza-la.

"— Yu-na-ssi, calma, eu vou encontrar vocês no hospital, ok? Não vai acontecer nada com ele."

­— Tudo bem.

O caminho da casa dela para o hospital parecia interminável, estava ansiosa e preocupada com o estado do namorado, mas agradeceu por ele não ter tido nenhuma complicação durante o trajeto e quando chegaram ao hospital o estado dele não tinha piorado.

______֎______

Yeon desligou o telefone pensativo. Precisava pensar em alguma forma de ajudar o irmão o mais rápido possível, agora estava mais nítido do que nunca que ele não tinha muito tempo.

— Vamos ajudar ele, papai.

— O quê? Não, de jeito nenhum, Mi-rae. Você é apenas um bebê, não tem energia suficiente para curar um adulto assim.

— Eu só vou ajudar um pouquinho, só para ele melhorar. Não vou dar minha força todinha para ele, ora.

A raposa olhou para a filha que o encarava confiante. Nessas horas, ela era persistente e sabia argumentar tão bem quanto a mãe, de forma alguma Yeon queria envolver uma criança nesse problema, mas de acordo com as circunstâncias, a pequena tinha razão, assim como ela ajudou Ji-ah e o bebê, poderia dar um pouco de energia para Rang o suficiente para ele melhorar. O próprio Lee Yeon estaria lá e supervisionaria o processo.

— Okay, vamos ajudar o tio Rang.

Yeon deu uma olhada em Ji-ah, viu que ela dormia profundamente, saiu com Mi-rae do quarto sem fazer barulho, e esperava que a humana não acordasse enquanto os dois estivessem fora, ou teriam problemas. Enquanto dirigia a caminho do hospital, se perguntava se o que ele estava fazendo seria mesmo a coisa certa ou não.

Encontraram Yu-na sentada numa das cadeiras do corredor da ala de emergência, ela estava com a cabeça baixa, e quando ouviu a voz do homem falando com ela, mostrou o seu nariz e olhos vermelhos de tanto chorar.

— Yu-na, o que aconteceu?

— Ele foi lá em casa e eu senti ele febril, insisti para entrarmos porque estava muito frio, enquanto fui fazer o chá ele apagou no sofá...

— Ok, ok. — Yeon dava tapinhas nas costas da jovem.

O médico saiu da sala onde Rang se encontrava com uma expressão séria no rosto.

— Quem é o tutor do rapaz?

— Eu, sou o... — Yu-na o impediu de falar e entrou na frente, a raposa tinha esquecido que o irmão não estava no corpo dele, e não tinha como serem considerados irmãos.

— Eu sou a noiva dele, Kim Yu-na.

— O quadro dele não é bom. Ele vai precisar ficar internado durante uns dias para avaliarmos melhor a situação. Os sinais vitais dele ainda não foram estabilizados, é um milagre ele não ter tido uma parada no caminho para cá.

— Podemos vê-lo?

— Sim, me acompanhem.

Foi extremamente difícil para Yeon ver o irmão naquele estado, deitado numa cama, repleto de fios pelo corpo. Não era acostumado a esses tratamentos humanos, e não deixava de se sentir culpado pela condição que o irmão se encontrava. Mas ainda assim, lamentava ainda mais pela humana que chorava segurando a mão dele.

— Você disse que ia ficar bem, lembra? Não pode fazer isso comigo.

— Papai! — Mi-rae chamou o pai segurando o dedo indicador. — Me carrega até o tio?

— Sim, querida. Vem com o papai. Yu-na. ­— a jovem olhou para ele. — Preciso que você vigie a porta.

— O que vocês vão fazer?

— O que o Rang tem não é algo humano, então não pode ser curado por tratamentos humanos também.

Yu-na compreendeu pouco do que a raposa disse mas obedeceu. Enquanto isso, Mi-rae foi colocada na cama onde o tio estava e aproximou as mãos pequeninas na direção do coração do tio. Yeon viu a mão da filha ser iluminada por uma fraca luz laranja. Ao mesmo tempo que observava Mi-rae, prestava atenção a Rang e a máquina de monitoramento, alguns segundos se passaram sem mudanças, mas assim que a garota resolveu abraçar o tio, tanto a pressão arterial, como os batimentos cardíacos dele foram ficando estáveis. Até o rosto de Rang estava com mais cor.

— Ok, querida, já está bom. — assim que Mi-rae ouviu a voz do pai, se afastou.

— Eu estou com muito sono agora papai. — a garota disse deitando a cabeça no ombro do pai. Agora Yeon sabia, que os poderes da filha tinham limitações, e se esgotavam.

— Hyung...? — Rang falou, estava meio grogue porque tinha acabado de acordar, mas só de olhar para ele dava para ver estava bem.

— Rang! — Yu-na e Yeon disseram em uníssono.

— O que aconteceu? — ele perguntou olhando para o braço que estava com o soro.

— Você desmaiou. Eu fiquei com tanto medo... — Yu-na o abraçou.

Rang tentava se manter neutro ao carinho da humana por conta do irmão que estava a sua frente, mas foi inevitável não passar a mão nos seus cabelos tentando acalmá-la.

— Hey, calma. Eu sou um vaso ruim, não quebro assim tão fácil.

— Ele está bem Yu-na, já está fazendo piadas. Eu vou chamar o médico. — disse a raposa saindo do quarto com a filha adormecida nos braços.

Foi uma tarefa difícil convencer os médicos de que ele estava bem e que queria ir para casa, no qual só conseguiu depois de Yeon ajudar fazendo com que o médico providenciasse um termo de responsabilidade para Rang assinar.

— É necessário ele fazer acompanhamento médico durante esse mês, fazer exames de sangue toda semana... — o médio disse saindo da sala com Yu-na indo preencher o prontuário.

Enquanto isso, Yeon colocou a filha deitada no pequeno sofá que tinha no quarto e foi conversar com o irmão enquanto se vestia.

— Foi ela não, não foi? — Rang perguntou apontando para a garotinha com a cabeça, enquanto colocava a calça, por baixo da roupa de hospital.

— Sim. Você está bem mesmo?

— Estou, não me sinto cansado, nem a minha cabeça dói. Estou novinho em folha.

— Wow! O que é isso no seu pescoço, irmãozinho? — Yeon perguntou inspecionando o irmão e o deixando completamente sem jeito.

— Dá um tempo, Yeon. Você sabe muito bem o que é isso, que idiota. — Rang disse dando um empurrão no irmão.

— Pelo visto você está bem mesmo. — Yu-na disse entrando no quarto novamente. — Yeon, obrigada por cumprir a sua promessa.

A raposa olhou para a humana ao lado do irmão e assentiu.

— Vamos? Eu deixei a Ji-ah dormindo, e ela não vai ficar nada feliz se acordar e eu não estiver lá.

— Me deixa na casa da Yu-na, meu carro ficou lá.

— Você tem certeza? Posso te deixar em casa e amanhã você passa lá para pegar.

— Eu posso deixar na sua casa amanhã, Rang. — Yu-na disse segurando a mão dele enquanto iam andando em direção a saída do hospital.

— Eu já disse que estou bem! Posso ir buscar o meu carro numa boa. Vai colocar a pirralha na cama, ela precisa descansar.

Todos se renderam aos argumentos do rapaz, e Yeon deixou os dois onde o irmão havia pedido.

— Estão entregues.

— Obrigada novamente, Yeon. Espero que possamos nos encontrar depois numa hora melhor. — a humana disse depois que saiu do carro.

— Sim, vamos providenciar isso.

— Obrigado por vir hyung.

— Me avisa qualquer mudança ok? Não sabemos quanto tempo a energia de Mi-rae vai permanecer dentro de você.

— Tudo bem. Agora vai logo. Agradece a baixinha por mim.

Os irmãos se despediram e Rang ficou vendo o carro sumir pela rua antes de virar para a humana que estava atrás de si.

— Yu-na, você está chorando de novo? — ele se aproximou e pegou o seu rosto nas mãos. — Eu estou bem, eu juro.

— Suas coisas... — a garota falou depois de se acalmar, entregando a carteira, o celular e a chave do carro.

— Ei, você vai ficar assim comigo? — ele sutilmente vai conduzindo ela a se encostar em seu carro.

— Eu tenho uma coisa para você, ia te dar lá em casa, mas... — do bolso do casaco, Yu-na retirou um colar. Era uma corrente de prata cujo o pingente era um vidro pequeno com um líquido lilás dentro. — É o meu perfume. Pensei que você fosse achar legal e...

Rang não esperou a garota terminar de falar, apoiou os braços no carro criando uma barreira que impedia Yu-na de se mover. A humana havia parado de falar, observando os movimentos do rapaz. O casal estava a uma distância mínima uma da outra, a jovem tentou impedir que ele se aproximasse mais colocando as mãos em seu tórax, e com o gesto sentiu o coração dele bater, forte e acelerado.

— Yu-na-ah... — ele aproximou o rosto do ouvido da garota. —Eu estou perfeitamente bem agora. — ao dizer isso deu um beijo no pescoço dela, causando arrepios na nuca da garota.

Ela apoiou a cabeça no peito de Rang tentando pensar, enquanto ele continuava brincando com o pescoço dela. Não era da mesma forma que ela havia feito antes, ele praticamente não a tocava, o que a estava deixando maluca e a um passo de perder o controle novamente.

— E-Eu acho m-m-elhor você ir. — Yu-na conseguiu afastá-lo. Rang olhava para ela com uma cara travessa. — Você quase morreu hoje, e já que você não vai poder ficar, acho melhor ir para casa descansar.

— Seu desejo é uma ordem. — Rang colocou o cabelo dela para detrás da orelha e balançou o colar na mão. — Obrigado por isso. Boa noite.

Rang entrou no carro e acelerou depressa como sempre fazia, foi questão de minutos para Yu-na não o ver mais na rua.

A humana entrou em casa exausta. Não era que precisasse confirmar os seus sentimentos por ele, pois já eram claros, mas o medo de perdê-lo foi enorme, e fez com que ela tivesse noção do quanto gostava dele. O relógio marcava a meia noite, e os pais dela ainda não haviam chegado, assim não precisaria explicar o que havia acontecido. Depois de uma demorada ducha quente, Yu-na deitou na cama, fechou os olhos ainda lembrando da despedida do seu namorado, e até quando eles teriam que manter o controle.

______֎______

Rang checou o telefone ao chegar em casa, já tinha uma mensagem do irmão, perguntando se havia chegado em casa, se estava bem e ao ler as últimas linhas o rapaz perdeu completamente o sono: Yu-ri havia voltado de viagem com Shin-joo e Soo-ho.

Ele se forçou a dormir para estar bem disposto para executar o seu plano no dia seguinte, iria reencontrar o resto da sua família e tudo teria que sair perfeito. Não podia simplesmente aparecer, Rang gostava de criar memórias inesquecíveis na mente das pessoas, principalmente as que tinham importância para ele.

Quando abriu os olhos pela manhã, primeiramente se observou. Havia dado um susto em todos, e até ele mesmo ficou preocupado depois que Yeon contou o estado em que ele ficou, mas o que quer que a sua sobrinha havia feito, ainda fazia efeito, Rang continuava perfeitamente bem.

O rapaz abriu o guarda roupa, sorriu ao encontrar a peça que procurava. Logo que saiu do hospital, ele havia feito compras por achar que as roupas do rapaz eram muito neutras, e agora lá estava ele, vestindo sua cor favorita, um suéter vermelho de gola alta destacava com o preto da calça e do casaco que havia pego, o inverno havia chegado, e a primeira neve estava prevista para acontecer nos próximos dois dias. Antes de sair do quarto, pegou o colar que Yu-na havia lhe dado e o pôs no pescoço.

— Jihoon meu filho, você está tão...

— Bonito? Atraente? — ele brinca com a senhora que o olhava admirada.

— Vermelho é uma cor que combina bem com você.

— Eu sei. — ele disse dando um beijo na testa da senhora.

Rang havia decidido começar por Soo-ho pois conhecendo sua parceira como conhecia, não teria espaço para mais ninguém assim que ela soubesse.

Chegou na porta da escola do garoto bem na hora da saída, várias crianças iam para casa sozinhas, até onde ele sabia, Soo-ho era uma delas, mas Rang não compreendia o por que dele ainda estar sentado num banco. Por sorte o garoto olhou em sua direção e veio andando até ele com uma expressão desconfiada.

— O que você está fazendo aqui ahjussi?

— Vim chamar você para tomar um sorvete.

— A tia Yu-ri vem me buscar, mas ela está um pouco atrasada.

—É aqui em frente, podemos ver se ela aparecer. — o garoto pensou um pouco antes de seguir andando junto com o homem que já havia encontrado algumas vezes. Sabia que o que ele estava fazendo era errado e que Yu-ri ficaria furiosa, mas tinha algo nele que lhe era tão familiar, que o fazia se sentia seguro. — Aish! Você continua com esse nariz escorrendo.

O garoto andava um pouco atrás de Rang e parou ao ouvir o que ele tinha dito.

Ahjussi, você disse continua?

Rang virou para ele e sorriu. O garoto olhou para o homem que o acompanhava com mais atenção, os olhos de Soo-ho começaram a enxergar a verdade, mas ao mesmo tempo estava se perguntando se seria possível.

Ahjussi. — o garoto começou a chorar. — É você?

Lee Rang se aproximou do garoto e se abaixou para ficar da mesma altura que ele, com os olhos cheios d'água os dois se abraçaram.

— Sim, Soo-oh, sou eu.

______֎______

Yu-ri saiu extremamente atrasada de casa, havia combinado que buscaria Soo-ho na escola e na primeira tentativa já estava falhando. Dirigiu sem se preocupar com sinais vermelhos e ultrapassagens seguras, tudo para chegar lá o mais rápido possível. Quando estacionou, de dentro do carro pode ver que ele não estava no pátio, correu até dois garotos que brincavam de um jogo de cartas e perguntou por ele.

— O Soo-ho? Vimos ele saindo acompanhado de um senhor, faz uns 20 minutos.

— Um senhor? — Yu-ri já estava com os olhos faiscando. — Para onde eles foram?

— Em direção aquela sorveteria. — um dos garotos disse apontando com o dedo indicador.

Yu-ri não agradeceu os rapazes, foi andando furiosa em direção ao local que os meninos falaram, esperava que Soo-ho estivesse lá, e o tal do homem também, pois o comeria vivo. De longe conseguiu ver os dois, o homem ajudava o garoto limpar a boca completamente suja de sorvete. Achou estranho o garoto estar completamente à vontade com o rapaz, mas isso não impediu que ela entrasse no estabelecimento a passos largos, tendo sua presença percebida por todos.

Noona. Eu posso explicar...

— Eu falo com você depois. O meu papo é com esse senhor aqui.

Rang estava prestes a ter um ataque de riso ao ver como Yu-ri defendia o garoto com unhas e dentes, como se fosse seu filho.

— Posso saber o motivo de você pegar ele na escola sem permissão dos pais? — Rang não pode conter o riso, o que deixou Yu-ri infinitamente mais nervosa.

— Você está rindo? Vamos ver se você vai sorrir depois disso...

A raposa tirou os grampos afiados de cabelo, e desferiu vários golpes, sendo todos eles bloqueados por Rang, Yu-ri olhou surpresa quando ele a contra golpeou.

— Acontece que foi eu quem te ensinou isso, Ki Yu-ri. — Rang levantou uma das sobrancelhas e deu o seu sorriso característico, que mesmo em outro corpo era impossível não reconhecer.

Yu-ri levou as mãos a boca, os olhos já marejados diante do que estava presenciando. Eles estavam sendo observados por uma pequena plateia, mas ela não se importou antes quando o atacou, e não se importou agora quando o prendeu num abraço forte. Rang a recebeu e fechou os olhos, agora sim sua vida estava completa.

Seguir leyendo

También te gustarán

1.2K 112 15
Park Dang-gu Fanfiction Uma trágica história de amor, onde duas pessoas que foram obrigada a se casarem, tiveram que enfrentar severamente o destin...
47.4K 5.5K 22
Os verdes e os negros. Ambos querem o trono, o poder. Os dois desejam aquilo que acreditam ser seu por direito. Uma certa rainha chegará para mudar o...
8.5K 107 2
─── ㍿ KILLER SENT ° 。ᝰ ─ ꜜ ⁺.* Shin Soo-Mi uma menina doce, amigável e romântica. É totalmente diferente de sua mãe Já que a mãe da mesma é uma a...
70.2K 264 15
[C O N T O S] ❍ [ E R O T I C O] ❍ [ E M A N D A M E N T O] Ah eu acho que enganei os curiosos. Se perca no prazer. Quando as luzes se apagam, é...