Registro de Amor - "My Sin"

由 holliejnls

779K 45.9K 17.2K

Registro de Amor é um romance sáfico escrito por Hannah Machado, a história é contada através de Aurora Garcí... 更多

DECLARAÇÃO
Capítulo 01 - All These Years
Capítulo 02 - Party in the U. S. A.
Capítulo 03 - I Found a Girl
Capítulo 04 - Highway to Hell
Capítulo 05 - Moves Like Jagger
Capítulo 06 - Curious
Capítulo 07 - Mi Mala
Capítulo 08 - Bel Air
Capítulo 09 - Lust For Life
Capítulo 10 - Wings
Capítulo 11 - Photograph
Capítulo 12 - You'll be a bitch because you can...
Capítulo 13 - Best Mistake
Capítulo 14 - Youngblood
Capítulo 15 - Corazón
Capítulo 17 - From Now On
Capítulo 18 - Bad Intentions
Capítulo 19 - Gorgeous
Capitulo 20 - That's why I love you
Capítulo 21 - In My Blood
Capítulo 22 - Thriller
Capítulo 23 - Replay
Capítulo 24 - What I Need
Capítulo 25 - I'll Be Home
Capítulo 26 - Tell Me You Love Me
Capítulo 27 - I Have Questions
Capítulo 28 - Roots Before Branches
Capítulo 29 - Delicate
Capítulo 30 - Thousand Years
Capítulo 31 - Perfect Ilusion
Capítulo 32 - Taking Chances
Capítulo 33 - We Just Don't Care
Capítulo 34 - Reputation
Capítulo 35 - Sweet Dreams
Capítulo 36 - Love Me Like You Do
Capítulo 37 - Divide
Capítulo 38 - My Love
Capítulo 39 - Worth the pain
Capítulo 40 - Give All To You
Capítulo 41 - Beautiful Now
Capítulo 42 - She Will Be Loved
Capítulo 43 - Little Do You Know
Capítulo 44 - All I Want
Capítulo 45 - Forever Like This
Epilog
Alternative Final

Capítulo 16 - Head in the Game

17.4K 1.1K 548
由 holliejnls




Sabe quando tudo está bom demais pra ser verdade?! Então.

Luna estava apenas de olho em tudo que acontecia. Escorada na parede, cansada de ter falado com milhões de pessoas desconhecidas e conhecidas, observava Lauren e Camila. Gostava de Camila e gostava do que Lo era com ela. Mas não era a favor do que sua amiga estava fazendo, mesmo sabendo que ela estava morrendo de medo de contar a verdade.

A paciência de Luna foi para o espaço quando Lauren beijou Camila, e Carlos começou a marchar em direção a elas. Em passos rápidos a ruiva o alcançou e pegou ele pelo braço. Do mesmo jeito que havia visto ele fazer com Camila horas antes.

- Me acompanhe Sr. Cabello. - Ela disse o olhando nos olhos.

Carlos arqueou uma sobrancelha, lançou um último olhar para sua sobrinha.

Ally que antes estava conversando animada com Zoey sobre a faculdade notou Luna saindo com Carlos, decidiu nem comentar nada com ninguém. Já imaginava que ela iria defender Lauren e consecutivamente Camila.

Luna alcançou uma sala e se virou para Carlos. - Qual teu problema?

- Não tenho nenhum.

- Ou você é viado encubado ou é mau comido. Ou você realmente tem problemas. - Luna soltou rápida e nervosa.

- Mas vocês todas precisam de filtro nessas línguas. - Carlos disse franzindo o cenho e coçando a barba. - Não sou gay.

- Então porque tanto ódio?

- Não gosto. Simples assim.

- Então vamos fazer um acordo. Arrumo dois acionistas, fecho um contrato do Fountainebleau com você, e amanhã mesmo você vai embora e ainda compro ações. - Luna disse calma. - Qual seu preço?

- Você. - Ele cruzou os braços.

A ruiva passou a língua entre os lábios e arqueou as sobrancelhas inclinando a cabeça, enquanto absorvia aquela única palavra. - Eu?

- Sim. - Ele assentiu.

- Eu taquei pedra na cruz foi? - Luna se perguntou. - Ou tenho cara de prostituta, por que né.

- Disse algo errado?

- Todo homem que me tromba acha que me vendo.

- Você já é uma mulher e eu não vou ficar de rodeios. Te quero na minha cama desde a hora em que te vi no saguão do hotel na hora que cheguei. - Carlos se aproximou e Luna permaneceu no mesmo lugar. Carlos era alto. - Se você for parar na minha cama, eu arrumo minhas malas, fecho apenas parceria com seu hotel e conto para Alejandro que está tudo bem por aqui e que ele não tem com o que se preocupar.

Luna trincou a mandíbula o encarando, suspirou profundamente e apertou a ponte do nariz. Não seria a primeira vez. - Tudo bem. Te quero longe de Miami antes das 13hrs de amanhã.

Carlos avançou a beijando, Luna franziu o cenho. Mas colocou as mãos no pescoço dele, e com uma paciência assombrosa o beijou de volta. Assim que se afastou pediu para ele esperar ali. Foi atrás de sua mãe alegando que iria cuidar de negócios e que precisava de documentos até as 10hrs da manhã sobre ações dos Cabello's sobre o Fountainebleau. Lena assentiu curiosa, Luna nunca fechava negócios com ninguém, era sempre ela. Mas decidiu deixar ela resolver.

- Avise Lauren que eu já volto, não vou demorar. - Olhou o relógio na parede eram 23:53. - Eu vou precisar de tempo, volto aqui as 1:30 no máximo.

- Tudo bem, tome cuidado. - Lena disse.

Luna pegou o cartão de uma suíte presidencial na recepção e subiu com Carlos, conversando normalmente e explicando sobre o hotel.

Depois da meia noite, as pessoas foram indo embora. Chris e Taylor estavam sentados com a meninas e o DJ arrumando o equipamento. As horas iam passando, as meninas haviam maneirado bastante na bebida e a mesa estava lotada de garrafas de água, mas ainda era possível ver taças com batida.

- Cadê a Luna? - Camila perguntou.

- Não sei, Lena disse que ela ia cuidar de negócios. E nem duvido, tinha tantos agentes aqui.

- Mas ela não sumiu com nenhum agente. - Dinah disse. - Ela sumiu junto com Carlos.

Ally ergueu as sobrancelhas. - Eu vou procurar por ela.

- Cuidado pra não se perder. - Lauren sorriu.

Camila e Ally compartilharam um olhar antes de Ally sair do local.

Não foi preciso muito, encontrou a ruiva na recepção.

- Lu? - Ally chamou.

A ruiva olhou para trás e encontrou ela. - Oi.

- Tudo bem?

- Sim, só me dê dois minutos. Eu tenho que resolver uma coisa aqui. - Luna disse se virando para a recepcionista.

A loira aguardou paciente observando sua amiga, o sexto sentido dela estava berrando escandalosamente. Olhou o relógio, eram quase duas da madrugada. Luna se aproximou com um sorriso calmo no rosto.

- Você viu Carlos? - Ally perguntou.

- Não, a última vez que vi ele foi quando o chamei para conversar sobre Lauren e Camila. - Luna disse franzindo o cenho, sua resposta não era uma mentira, mas não deixava de ser verdade.

- Uh. Ele sumiu. - Ally disse como quem não queria nada.

- Deve estar infernizando a vida de alguém. - Luna deu de ombros.

Ally prensou os lábios e decidiu ficar quieta. era o melhor que podia fazer. Elas seguiram para o salão.

- Olha só, a sumida apareceu. - Lauren disse.

- Estava fazendo acordos e em uma reunião de negócios. Me desculpem. - Ela sorriu apertando os ombros de Lauren.

Ally arqueou uma sobrancelha então cutucou Luna para que se abaixasse, assim que o fez Ally sussurrou. - Depois você vai me contar o que andou aprontando, não sou trouxa. E você não sorri que nem uma idiota pra tudo.

Foi um soco no estomago misturado com borboletas, mas no fundo a ruiva nem sabia como realmente se sentir. Ela apenas olhou para Ally e em seguida se curvou tirando os saltos. - O que estão fazendo sentadas?

E elas dançaram, brincaram. Os casais presentes namoraram, curtiram e beberam. Quando eram cinco horas Luna que era a única que não conseguia beber e se sentia mais do que agoniada, colocou todas as amigas dentro dos táxis mandando-as para suas casas. Depois subiu com Camila e Allyson para o apartamento delas, as colocou sã e salvas por lá e subiu para sua casa. A primeira coisa que fez foi rasgar o vestido, depois se trocou pegou um energético e desceu para a academia do hotel, com fones de ouvido estourando. Em seu próprio mundo, malhou até sentir dores.

Correu por três quarteirões e voltou para sua casa. Tomou banho, prendeu o cabelo e colocou um vestido grafite, enfiando saltos nos pés e pegou os documentos em cima da bancada de sua cozinha.

Sua mãe havia os deixado, ali mais cedo, as dez em ponto desceu para o restaurante e encontrou Carlos sentado em uma mesa do canto.

- Bom dia. - Luna disse.

- Muito bom. - Carlos sorriu.

Um garçom se aproximou. - O de sempre Srta. Fountaine?

- Eu preciso de um cappuccino forte, torradas e ricota. - Ela o olhou e sorriu.

- Em cinco minutos. - Ele assentiu anotando.

- Leve o tempo que precisar. - O dispensou.

Carlos observou ela calmo demais, mas nem adiantava tentar culpar Carlos. Ele não havia feito nada que Luna não tivesse deixado.

- Como está? - Ele perguntou.

- Bem e você? - Luna era uma profissional de primeira qualidade. - Já pediu seu café?

- Estou bem, e sim já pedi. - Ele aquiesceu.

- Aqui estão seus papéis. - Luna esticou. - Preciso da sua assinatura em todas as folhas, aonde é solicitado. Leia tudo com calma e atenção, vocês têm 7% de comissão conosco.

- Confio em você. - Ele disse assinando a primeira folha.

- Quando terminar, te entrego suas copias e assino a última. - Luna disse, então esticou o passaporte dele com a passagem dentro. - Você parte às 12:30.

Carlos sorriu sem exibir os dentes, gostava de ver como Luna não falhava no serviço, ambos foram servidos. Luna comia em silêncio enquanto Carlos assinava as folhas. Quando ele terminou, esticou novamente para ela.

Luna apenas assinou a última folha e dividiu as suas copias e as dele. Colocou o guardanapo em cima do prato e sorriu se levantando.

- Espero que faça uma ótima viagem Sr. Cabello. - Ela disse esticando a mão para ele.

- Irei fazer. - Apertou a mão dela.

Luna suspirou profundamente e saiu do restaurante indo para o elevador.

Carlos após ler rapidamente os papéis e terminar seu café, se levantou e subiu para o apartamento de Camila. Bateu na porta, ouviu resmungos e logo a porta foi aberta.

- Bom dia. - Ele disse.

- Não tão bom, mas a vida segue. - Camila abriu espaço para ele.

Carlos olhou seu relógio, ia dar onze horas já. - Não vou entrar, vim avisar que estou indo embora.

Camila abriu os olhos e Ally que estava deitada no sofá ergueu a cabeça. - Mas está tudo bem?

- Ótimo na verdade, fechei um bom negócio. - Carlos disse.

- Com quem? - Camila franziu.

- Luna Fountaine. - Carlos disse.

Ally naquele momento suspirou e escondeu a cabeça em baixo da coberta, sabia que algo tinha acontecido. Só não imaginava que eram negócios com Carlos. Não gostou daquilo para sua amiga.

- Bom, faça boa viagem. - Camila disse o olhando.

- E você se mantenha nas rédeas. - Carlos disse e então se afastou.

A latina bufou e fechou a porta com um baque.

- Como pode um homem ser tão insuportável?

- E nojento. - Ally acrescentou.

Em meio à enigmas, todas passaram a tarde entre cochilos. Lauren passou a tarde com Drew, contando para ele as novidades e a noite, as meninas se reuniram no Jauregui's Center, aquilo estava lotado de pessoas.

- Hey baby. - Lauren passou o braço pela cintura de Camila e chocou seus lábios.

- Hm. Oi. - A latina sorriu pressionando os lábios contra os dela novamente.

As meninas foram se aproximando, Dinah estava com um boné vermelho da aba azul marinho, uma pantera e o Panthers escrito na parte vermelha. A maioria das meninas estava com camisa do time.

- Aqui ó. - Luna tirou o boné de sua cabeça e colocou na de Ally virado para trás, o dela era todo azul escuro e a pantera estava na frente.

- Boyfriend Ally. - Vero disse rindo dela e mergulhou os dedos na tinta azul e vermelha traçando duas linhas na bochecha esquerda da loirinha.

- Hm delicia, me pega. - Camila levantou as sobrancelhas duas vezes.

- Vai se foder tanajura. - Ally disse e Vero riu enquanto fazia mais duas linhas na bochecha direita.

Aquela eram as cores do time, azul marinho, vermelho, branco e amarelo mostarda. Lauren entregou um moletom para Camz que colocou rapidamente.

Luna passou a camisa do time pelo corpo e logo abaixou para Vero fazer linhas em seu rosto.

- Olha a foto. - Lauren disse tirando a câmera do pescoço assim que todas estavam prontas.

As meninas se ajeitaram rapidamente.

- Eu tiro. - Brad disse atrás de Lauren pegando ela de surpresa.

A morena se virou e viu Brad e Tristan com camisas do Hurricanes.

- Vai perder hein. - Lauren alfinetou.

- Vamos ver. - Ele abraçou Lauren.

- Olá Tristan. - A morena disse.

- Oi Lauren. - Ele sorriu para ela.

Brad tirou a foto das meninas, e logo elas se dispersaram, Laur apresentou Camz como sua namorada com um sorriso que mal cabia em seu rosto para Brad e eles entraram no ringue. Como os dois times tinham cores parecidas, Hurricanes iriam usar escuro e Panthers claro.

As meninas se ajeitaram na área vip e Lucy como uma boa líder de torcida começou a arrastar todos aos berros e gritos pelo seu time. Lauren já estava nervosa.

Camila e Ally? Se sentiam em outro mundo.

As pessoas faziam barulho, gritavam. Haviam milhares de camisas iguais, todas as cadeiras estavam ocupadas. Musica alta rolava por ali, Diana, Alexa, Lucy e Nat pulavam entrando no embalo ao som de David Guetta. Luna estava gritando "Panthers! Panthers!" Lauren estava atrás de Camila com os braços ao redor da cintura dela. E Mani estava explicando como funcionava o Hockey.

Dinah se inclinou para Lauren.

- Viu quem está aqui? - Perguntou batendo o dedo no boné dela.

Lauren se virou franzindo e olhou ao redor. - Tem muita gente DJ.

- Mahone, Cece e essa trupe maravilhosa. - Dinah disse.

- Ah deixa eles pra lá. - Lauren deu de ombros e observou sua namorada totalmente concentrada em Mani.

Dinah sorriu e assentiu vendo os cinco jogadores do Panthers entrando no gelo com os tacos erguidos. A galera fazia um barulho enorme.

- São três tempos de vinte minutos cada. - Mani terminava de explicar. - Cada intervalo tem vinte minutos. E se empatar tem mais cinco minutos de acréscimo, cada equipe ganha 30 segundos pra tentar fazer mais pontos... Mas hoje estamos sossegados, nosso terror é o New Jersey Devils.

- Vocês são viciadas nisso. - Ally disse achando graça.

- Hockey, Football Americano e Baseball são nossas diversões e praticamente o que une as famílias. Tem que ver quando a família da Dinah se junta no dia de ação de graças pra ver o New England Patriots jogar. - Mani disse sorrindo e ganhou um beijo estralado na bochecha de Dinah.

- VAI LÁ PANTHERS! - Lauren disse atrás de Camila.

A morena se prontificou a tirar algumas fotos de Camila gritando animada, as meninas pulando e as outras conversando, também dos times se colocando em posição.

- Esse não é o mesmo ringue que a gente viu não é? - Camila se virou para Lauren.

- Não. - Lauren sorriu. - Temos quatro por aqui, o privado, o de patinação, o de hockey e o que minha mãe usa para dar aula e fica no ultimo andar. - Lauren explicou.

Willie, capitão dos Panthers e camisa 33 estava balançando os braços para cima como se incentivasse os torcedores a gritar e o barulho foi feito. E logo o jogo começou, Lauren estava esperando que dessa vez não tivesse briga, mas era quase impossível sempre acontecia no goal cage.

Dave Bolland 63 e Aaron Ekblad 5 jogavam pela direita, Tomas Kopecky 82, Brian Campbell 51 e Willie Michaell 33 jogavam pela esquerda, Roberto Luongo 1 era o goleiro... E elas não estavam interessadas em quem estava jogando pelo Hurricanes.

Camila estava besta com a quantidade de empurrões e tombos que os jogadores tomavam, mas logo se levantavam e jogavam novamente. Luongo agarrava tudo! Aquele disco de borracha não passaria tão fácil pela baliza do time.

O primeiro intervalo veio... E logo o segundo, o tempo voava.

- AH PELO AMOR DE DEUS! SAI DESSA PORRA DESSE RINGUE HAINSEY! - Vero e Lauren gritaram juntas para o jogador do Hurricanes.

Florida fez um Carolina três. Kopecky fez mais um depois de um faceoff o que deixou os Panthers com dois pontos.

Camila se rachava quando via os jogadores caindo e derrubando os outros dentro do gol. - Caralho, entra tudo nessa merda menos o disco!

Ally estava concentrada no jogo mordendo a ponta dos dedos, se encontrava fascinada pelo esporte, era um pouco menos violento que ver os jogos que seu pai gostava de assistir.

- TEM QUE JOGAR DIREITO! PORRA! - Dinah gritou quando o terceiro intervalo começou.

Lauren havia tomado remédio antes de ir assistir o jogo, então sua cabeça estava boa, mas teria que dormir cedo e descansar bem.

- Puta merda, eles mais caem do que ficam em pé. - Luna estava indignada.

- Eu achava que era mais fácil. - Ally disse se virando para ela.

- Que nada, acho que é até mais difícil. - Luna levantou a camisa e colocou na boca.

Ally tirou o boné e passou a mão entre os cabelos, o colocando de volta. - Tá louco, que coisa estressante.

- Cachorro quente. - Lucy, Alexa e Zoey disseram distribuindo entre si.

- Eu quero mais gol. - Camila disse após virar um copo de coca-cola na boca.

- Eu também. - Lauren disse agoniada.

Camila apertou a mão de Lauren que estava boa e sorriu. - Eles vão fazer.

O zamboni limpava o gelo lá em baixo para o que todos esperavam ser a ultima partida.

Logo o terceiro tempo começou, Lauren estava apertando a cintura de Camila com a mão, Ally assistia o jogo por entre os dedos, Vero estava soltando palavrões até pelo cotovelo. Luna estava com as duas mãos atrás da cabeça.

Willie roubou o disco e foi, deslizava pelo gelo como ninguém. Passou o disco para Bolland que virou mandando o mesmo em direção o gol.

- AEEEEE PORRA! - Lauren gritou.

Dinah assoviou e as meninas pularam. Vero espalmou na mão de Lauren.

- Mais um! Mais um! Mais um! - As doze gritavam lá de cima fazendo a maior baderna.

Os torcedores entraram no embalo. Barulhos, de todos os lados.

Campbell pegou o disco no último minuto depois de uma tentativa de gol do Hurricanes, eles ainda podiam usar trinta segundos, e foi o que fizeram. Ekblad recebeu e com muita dificuldade mandou o disco para dentro no canto esquerdo entre o gelo e o joelho do goleiro do Carolina.

- Ganhamos? - Ally perguntou se virando para Mani.

- GANHAMOS?! - Lauren perguntou gritando, os olhos super abertos e esperando o juiz.

O homem foi para o meio do ringue erguendo os braços e as mãos. Lauren olhou para o telão pendurado, mostrando o reprise.

- GANHAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAMOS! - Vero pulava pra cima e pra baixo.

Dinah beijou Mani e Ally pulava que nem criança, sim era emocionante. Luna começou a dar risada do quão infantil a loirinha parecia e se dobrou sobre a barriga enquanto seus olhos lacrimejavam.

- Pizzaria gente, meu pai chamou a gente pra comer pizza. - Alexa disse.

- Sim! - Camila disse ao ouvir aquela palavra linda. - Vamos!

Aos poucos elas foram saindo, e indo para a pizzaria.

- Nossa como você é linda. - Camila dizia totalmente apaixonada e as meninas riam. - Meu Deus, a gente podia casar. Olha como é cheirosa?!

- Como se sente Laur? Sabendo que foi trocada por uma fatia de pizza? - Dinah perguntou secando os cantos dos olhos.

- Ai gente, como faz pra parar de rir? - Lucy estava com a barriga doendo.

- Eu deixo, pela pizza eu deixo. - Lauren ergueu seu copo de guaraná. - Ao Panthers.

- Panthers! - As meninas ergueram os copos.

Logo elas estavam se acabando em pizza.

Lauren levou Camila até o hotel.

As duas subiram um pouco, e Camila se abraçou na namorada.

- Mais uma semana. - Lauren sussurrou na orelha dela.

- Mais uma. - Camila gemeu em desconforto.

- Eu te ligo amanhã, tá bom? - Lauren informou.

- Tá ótimo. - Camila sorriu.

A morena passou o nariz devagar pela bochecha da latina. - Não olha pro lado na escola tá?

Camila riu. - Mas amor.

- É sério, você é linda demais. O pessoal vai ficar babando em você. - Lauren estava de olhos fechados sussurrando.

- Deixa babar Lolo, eu sou sua hm. - Camila respondeu sorrindo e ergueu a mão fazendo carinho na orelha dela.

- Tudo bem. - Lauren sussurrou.

A morena selou seus lábios, beijou o lábio superior da Camila e logo o inferior. Chupou devagar arrancando um suspiro da latina, ela encostou a ponta da língua no lábio superior da morena. E ambas avançaram, Lauren chupava gostoso sua boca, levava ao céu apenas com um beijo, e por mais engraçado que fosse Camila já não tinha mais presa nenhuma pra nada com Lauren, adorava a calma que ela passava.

A língua da morena explorava, percorria, suave, lenta. Pela de Camila que se sentia entregue a apenas um beijo e a latina deixou um som de satisfação escapar quando Laur puxou com os dentes seu lábio superior. Com a respiração acelerada Camila abraçou Lauren e sorriu contra o pescoço dela, depositando um beijo na ligação entre o pescoço e o ombro dela. Seus corações batiam juntos no mesmo ritmo, descompassado.

- Até amanhã. - Lauren sussurrou.

- Uhum, se Deus quiser. - Camila devolveu e uniu seus lábios uma última vez antes de ver Lauren partir usando o elevador.

Na Quinta feira daquela semana, as aulas estavam mais sossegadas então elas se encontravam mais em paz.

Luna estava sentada no sofá assistindo Cake Boss e babando nos bolos de Budy, quando a campainha tocou. A ruiva se levantou e abriu a porta dando de cara com Lena.

- Boa noite mãe. - Disse franzindo.

Lena segurou o rosto da filha e a beijou nas duas bochechas. - Boa noite querida.

Ally saiu do quarto com uma sobrancelha arqueada e sorriu ao ver Lena. - Boa noite Sra. Grey.

- Boa noite Ally, o que combinamos? - A mulher perguntou.

- Lena! Eu vou me lembrar. - A pequena disse se sentando no sofá e olhou para a TV.

- O que queres mãe? - Luna perguntou passando o pé na batata da perna.

- Venha jantar conosco?

- Conosco quem?

- Eu sempre preciso responder a pergunta? Você sabe que Henry, vai estar lá.

- Não vou. - Luna negou.

- Pelo amor de Deus! O que tenho que fazer pra você ir conhecer ele?

Luna passou a mão pela cara e bufou. - Eu não vou, não quero.

- Ela vai sim. - Ally disse se metendo.

- Graças a Deus, alguém que me ajuda.

- Que horas? - Ela perguntou.

- As 17hrs no Hotel mesmo. - Lena disse.

Luna olhava para as duas com as sobrancelhas arqueadas e a boca aberta.

- Ela vai estar lá.

- Obrigada! - Lena disse e saiu pela porta que não havia sido fechada.

Luna a fechou e encarou Allyson. - Posso saber o porquê disse que vou?

- Por que vai! Simples assim.

- E quem vai me obrigar?

- Eu! Pelo amor, o que há demais em ir jantar com o namorado da sua mãe?

- Não quero, será que dá pra respeitar minhas escolhas?

- Urgh, não! Para já de frescura, vai se arrumar. Ele não vai te morder.

Luna fechou os olhos e colocou os dedos na ponte do nariz. - Você vai junto!

- O que?! - Ally estatelou os olhos.

- Isso mesmo, e tem 30 minutos pra ficar pronta, ou te levo do jeito que estiver. - Luna disse e entrou no quarto fechando a porta com força.

Ally ficou parada na sala por mais três minutos, mas se deu conta de que a ruiva ia fazer exatamente o que ela tinha dito.

As duas voavam pelos quartos se arrumando e exatos trinta minutos depois elas estavam prontas, na sala.

- Bom trabalho Brooke. - Luna sorriu ao ver que ela estava pronta.

A ruiva usava uma blusa bege, calças jeans skinny e o inseparável Nike de cano alto. Ally estava com short jeans, saltos, uma blusa branca e o cabelo estava solto com a franja presa para trás.

- Você e essa mania de usar saltos maiores do que você, vai se machucar ainda. - A ruiva disse trancando a porta ao sair.

- Tão engraçadinha. Me mata de rir! ha ha! - Ally disse nervosa.

- Porque toda baixinha pira quando a gente zoa com o tamanho dela?

- Olha aqui Fountaine!

Luna deu risada e abraçou a pequena de lado, quando Ally estava de salto e ela de tênis a diferença não era tão grande.

As duas chegaram no carro da ruiva, e ela abriu a porta para a menor. Fechou e foi para o lado do motorista, alguns minutinhos depois estava estacionando na frente do hotel. Abriu a porta para Ally e entregou a chave para um manobrista que estava por ali.

- Vamos para o restaurante?

- Não, minha mãe leva os futuros maridos dela para comer na sala de jantar sempre. Lá tem música ao vivo ambiente e é mais calmo.

Ally franziu, não sabia dessa sala, mas nem ligou muito. Apenas seguiu a ruiva que ia dando oi para algumas pessoas e apertando a mão de outras, até que uma menininha parou elas.

Ally observou aquela mulher enorme se agachar e brincar com a menininha e depois autografar um cartão.

- Às vezes esqueço que é famosa.

- Não sou famosa.

- Diz isso para o bando de atirada que se joga em cima de você sempre que pode lá na faculdade e no final de algum jogo.

Luna arqueou as sobrancelhas e sorriu, as vezes aquela moça pequena nem se dava conta do que falava.

Elas entraram no salão de jantar, algumas mesas estavam ocupadas por pessoas em ternos e roupas sociais, elas atravessaram a sala e foram de encontro à Lena e cia.

- Boa noite. - Ally disse se aproximando, viu que Luna não ia falar nada.

A ruiva fez uma breve analise do homem ao lado de sua mãe, beijou a cabeça de Liza que estava com a cara no celular e a testa de sua mãe.

Henry se levantou e esticou a mão para a ruiva que hesitou em pegar. - É um prazer finalmente te conhecer Luna.

Ela suspirou duas vezes e pegou a mão dele apertando devagar. Não respondeu apenas aquiesceu. Se sentou ao lado de Ally que tocou a mão dela por baixo da mesa. Notando que tinha algo muito errado com aquele cenário todo.

- Então você joga basquete? - Ele tentou.

- Sim. - Luna assentiu.

- Eu jogava na época da escola.

- Olha. - Luna respirou fundo e olhou nos olhos de Henry. - Você não precisa me bajular, tá legal? Minha mãe é uma mulher crescida e sabe o que faz e com quem faz, não se sinta na obrigação de tentar "conquistar". Não convivo mais com minha mãe, então não preciso de você tentando se fazer de amigo.

- Luna, isso foi rude. - Ally sussurrou.

As duas se encararam por um momento.

Henry suspirou. - Ela está certa... Hm qual seu nome?

- Allyson. - A pequena disse.

- Isso Allyson, ela está certa. Eu que sou o intruso tentando algo.

- Mas ela não tem que ser grossa.

Luna e Lena travavam uma guerra de olhares. - Eu estou aqui, e você mamãe nem me olhe desse jeito! Eu não queria estar aqui.

- Ora, largue a mão de ser uma menina mimada.

Luna trincou a mandíbula e chamou o garçom apenas com um olhar. - O que vão querer?

- As entradas, por favor. - Ela pediu ignorando a mãe e retirando a mão da de Ally.

Aguardaram em silêncio, Henry estudava Luna e via que a pequena a olhava confusa. Decidiu não comentar nada por hora.

Alguns pratos foram colocados ali e eles se serviram, a ruiva estava cavucando a perna de um caranguejo quando Ally franziu para ela.

- Ai que nojo. - Disse baixo.

Luna deu seu primeiro sorriso desde que tinha se sentado naquela mesa. - Nunca comeu?

- Eu não, com tanta coisa boa vou perder meu tempo comendo caranguejo?!

Luna enroscou a carne no garfo e esticou para Ally. - Vamos lá, se provar e achar ruim eu prometo que faço seu dever da faculdade por uma semana.

Ally arqueou as sobrancelhas, proposta quase irrecusável, tinha muita coisa para fazer nas próximas semanas. Inclusive mais provas.

- Fechado.

A loira cheirou primeiro e depois abriu a boca e puxou a carne do garfo, mastigou pouco e bufou. - Hm, oh droga. Isso é bom.

Luna riu baixo e se lembrou de sua mãe no outro lado da mesa, Lena tinha as sobrancelhas arqueadas para ela e Henry um sorriso discreto que sondava os lábios.

- Faz quanto tempo que estão saindo? - Lena perguntou para Ally.

A loira entrou em uma crise de tosse e franziu para Luna. - O que andou falando?

- Nada ouch. - Negou e olhou para a mãe. - Não saímos, somos colegas de apartamento na faculdade.

- Sei. - Liza disse pra ajudar.

Luna fuzilou ela com os olhos.

- Espero que não tenha dito nada mesmo. - Ally murmurou. - Eu e Luna não temos nada, somos amigas e isso é errado. Com licença.

E se levantou deixando a mesa.

- Obrigada. - Luna deixou o guardanapo em cima do prato e tentou alcançar Ally.

Achou ela entrando em um elevador e correu até o mesmo entrando e acionando seu apartamento por combinação, estava sem a chave.

As duas invadiram a casa Luna.

- O que acha que está fazendo Grey?

- Como assim? Ficou louca? - Luna perguntou acompanhando ela, que andava sem parar pela casa.

As duas pararam no quarto de hospedes.

- Anda espalhando que estamos saindo?

- Não estamos! Pra que eu pregaria mentiras?

Aguentar Ally era triste demais. Mordeu devagar o nervo que ficava entre o dedão e o indicador, se virando de costas. Contou até vinte. Ela já estava brava, de verdade, soltando fogos pelas narinas. Já tinha aguentado as merdas da noite, só de ter que jantar com sua mãe e aquele cara já a deixava a flor da pele... E para ajudar ainda tinha o peso do sentimento, não tinha escolhido se apaixonar justamente por aquela mulher.

- Olha você não.

- Quer saber Ally? - Luna se virou furiosa, mas como sempre ainda falando e interrompendo a pequena.

No fundo Ally tinha medo, sabia que o dia que Luna gritasse tudo estaria em extremos problemas. - Lu eu não...

- Olha, quem eu sou... - Luna apontou para si. - Não sou nenhuma garotinha, não estou brincando não, sou mulher Ally e infelizmente eu me apaixonei, por você.

Ally sentiu a dor dos tapas que aquelas palavras davam em sua cara. Era a primeira vez que ouvia aquilo, mesmo já tendo lido aquelas palavras nos olhos da ruiva. - Eu sinto muito...

- Sente o caralho. - Luna sussurrou.

Ally se aproximou dela e a ruiva esquivou. - Eu sou humana Luna... Eu tenho sentimentos, mas não é certo!

Ela franziu diante as palavras, mas sorriu irônica e começou a andar, a cada passo que dava para frente Ally quase corria para trás, as costas da pequena bateram contra a parede. Elas ficaram a centímetros, milímetros na verdade, as mãos grandes da ruiva espalmaram a parede e ela se curvou.

- O que é certo pra você?! - Ela perguntou a encarando. - É certo pra você um homem se casar com uma mulher e abusar sexualmente da filha dela? - Havia magoa na voz de Luna quando ela soltou aquilo, seus olhos fraquejaram e ela emendou. - É certo pra você uma mulher usar um homem para conseguir bens materiais? É certo um homem usar uma mulher apenas para satisfazer desejos sexuais? É certo coisas assim acontecer, desde que um homem e uma mulher estejam juntos?

Ally se calou ficou quieta, não com medo, mas confusa... Aquilo era uma verdade, que a deixava triste.

- Sabe o que eu não quero oferecer à você? - Luna perguntou se sentando na cama após se afastar da pequena.

Já estava tudo fodido mesmo, falar umas verdades à mais não faria diferença nenhuma.

Ally negou com a cabeça confusa pra variar, geralmente as pessoas diziam o que queria oferecer.

- Nada do que você vê aqui, não quero te dar esse ou outro hotel, uma vida de luxo. Não quero te comprar com dinheiro ou presentes... Isso não significa nada, uma hora a gente morre e fica tudo aí. - Luna bufou batendo a mão no ar, cansada daquilo. - Eu quero te dar momentos Ally, quero te dar uma vida com sorrisos, com sentimentos, quero te dar amor... Mas eu não vou ficar me arrastando enquanto você decide o que é errado e o que é certo.

Ally fechou os olhos aquilo doeu, mais do que ouvir que aquela ruiva tinha se apaixonado por ela, doeu porque eram promessas tentadoras, e bagunçavam sua mente. - Só me leva para o alojamento.

- Tudo bem. - Luna se levantou e caminhou abrindo a porta do quarto.

Ally passou por ela, ambas desceram até o estacionamento, por força do habito a ruiva abriu a porta para ela. Ally entrou calada, Luna manobrou e saiu de sua vaga... Ligou o som, jamais aguentaria a tensão no carro. Percorreu Miami devagar, praguejou o transito de final de noite e finalmente conseguiu parar na frente do campus da faculdade.

Ally pousou a mão sobre a de Luna, a ruiva uniu as sobrancelhas e olhou para aquilo, virou sua mão para cima e os dedos de Allyson se encaixaram entre os dela.

O que estava acontecendo naquele carro era uma confusão que só, um campo minado de sentimentos estranhos.

Ally olhou para sua mão na de Luna, unhas quadradas e muito bem feitas rentes aos dedos. Unhas feitas, parecia tão errado.

Com a outra mão, a pequena segurou o maxilar dela fazendo com que seus olhos se encontrassem. - Eu não quero te machucar.

A ruiva fechou os olhos e sentiu os dedos pequenos percorrerem o desenho de seu rosto.

- Então para de tentar arrumar desculpas, você sabe que sente... Só tem medo. - Luna sempre era direta e sincera.

- Eu vou pensar, preciso pensar. - Ally disse.

- Te dou o tempo que precisar, só preciso que me avise quando decidir o que quer. - Luna devolveu em um sussurro.

Ally que já tinha soltado o cinto se inclinou para frente beijou o maxilar da ruiva. - Promete que vai me contar aquelas histórias direito? Incluindo o que aconteceu com Carlos.

Luna buscou os olhos dela, desespero percorreu rapidamente aqueles olhos escuros e intensos. - Não sei...

- Vamos esperar. - Ally roscou as unhas pela pele branca da bochecha de Luna a ruiva depositou um beijo demorado na testa da loira que se afastou em seguida abrindo a porta do carro.

Ela saiu e fechou a porta, Luna desceu o vidro e abaixou a cabeça olhando para ela... Ally pressionou os lábios e acenou devagar.

A ruiva arrancou dali em uma velocidade absurda, colocou o celular no suporte e fez várias ligações... Iria tirar o resto da semana pra pensar, se ficasse ia procurar Ally e era perigoso agarrar a pequena e fazer merda.

"Deixa ela se resolver! E seja mulher o suficiente pra saber conviver com as escolhas dela" Suspirou pegando a rodovia para a praia.

繼續閱讀

You'll Also Like

6.3M 304K 43
Um jogo perigoso, repleto de armadilhas. Uma disputa de poder, dinheiro e desejo. De um lado do tabuleiro, a delegada Lauren Jauregui, do outro, a es...
57.5K 7.5K 4
LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998. PLÁGIO É CRIME! Para os iniciantes no Wattpad, ou para aqueles que ainda precisam de um empurrão, aqui es...
58.6K 3.6K 38
Oieeee espero q gostem Sn: Seu nome Sa: Seu apelido Plágio é crimee
194K 30.1K 60
Eu fui o arqueira, eu fui a presa Gritando, quem poderia me deixar, querido Mas quem poderia ficar? (Eu vejo através de mim, vejo através de mim) Por...