~Fiquei preso na sua mentira e aprendi a sangrar. Eu fui preso na sua cama e a devorei completamente~
Antes mesmo de abrir os olhos, Harry ficou dolorosamente consciente de que estava deitado no chão frio, duro e sujo do banheiro da garota morta. Ele se empurrou com um gemido de desconforto e ficou olhando para seu reflexo rupido no espelho. Com um suspiro, ele virou a torneira e espirrou um pouco de água no rosto, depois colocou as mãos e enxaguando o mau sabor não escovado da boca.
Os corredores estavam movimentados com estudantes a caminho do café da manhã quando Harry se juntou à multidão barulhenta em direção ao Grande Salão. Apenas um punhado de Grifinórios já estavam sentados quando Harry entrou e, em sua aproximação, todos se afastaram simultaneamente para que ele estivesse sentado em uma extremidade da mesa sozinho.
No começo, Harry se sentiu magoado com a rejeição óbvia, mas rapidamente se lembrou de que todos estavam trabalhando contra ele com Ron e Hermione. Um sorriso caloroso e uma piscada de Ethan na mesa Sonserina sufocaram instantaneamente quaisquer dúvidas persistentes sobre a traição de seu amigo. Mais e mais Grifinórioz se acumularam ao redor da longa mesa, ignorando descaradamente o Menino-Que-Viveu e sentando-se o mais longe possível dele.
Harry olhou para o seu prato com vergonha quando o resto da escola começou a tomar conhecimento do estranho arranjo de assentos na mesa da Grifinória.
"Harry! Harry, onde você esteve?"
Harry estalou a cabeça para os gritos frenéticos de Hermione quando ela e Ron entraram no Hall. Ele estreitou os olhos e se recusou a responder, escolhendo se afastar deles e dar sua atenção à mesa. Ele trancou os olhos com Snape e imediatamente deixou cair o olhar do olhar de busca do Professor.
"Harry?" Ron se aventurou provisoriamente, enquanto se sentava do outro lado da mesa dele.
Hermione embolsou os lábios enquanto notava que os olhares venenosos direcionavam o caminho de Harry do resto de sua casa.
"Harry?" ela tentou, quando a hesitante inquisição de Ron ficou sem resposta.
"Pensei ter deixado perfeitamente claro ontem que não queria mais falar com vocês dois", Harry finalmente respondeu com calma.
"Mas-" Ron começou.
Harry calou a boca com um brilho gelado.
"Você não era você mesmo ontem", Hermione terminou com firmeza.
Ron assentiu com a cabeça.
"Este é o verdadeiro eu, e se você não consegue lidar com isso, sugiro que você se afaste e encontre outra pessoa que se encaixe na sua ideia de 'normal'", disse Harry friamente.
"Você não pode esperar que acreditemos..."
"Tudo o que eu espero", Harry cortou drasticamente, "é que vocês dois me deixem em paz!"
Com isso, Harry se levantou do banco e saiu do Hall. As mesas próximas zumbiram de curiosidade, alguns dos alunos disparando olhares furtivos em direção a Draco para ver sua reação.
Draco observava a saída irritada de Harry com um ar imparcial, mas por dentro ele estava louco para saber o que estava acontecendo com o mal-humorado Grifinório. Ele estava confuso com o comportamento incomum de Harry; desde encontrá-lo vulnerável e fraco escondido debaixo de escadas, até caminhar confiantemente pelos corredores do calabouço vestidos com nada além de pijama, até demitir publicamente seus dois melhores amigos no café da manhã - tudo parecia muito estranho.
Na mesa da Grifinória, Ron e Hermione estavam pensando exatamente a mesma coisa.
"Apenas deixe-o ir", Seamus os aconselhou em voz alta.
"Esqueça-o", acrescentou Dean obscuramente. "Eu, pelo menos, já tive o suficiente de seu comportamento egoísta."
Houve acenos e murmúrios de acordo ao redor da mesa hostil.
"Temos que falar com ele", Ron sussurrou urgentemente de lado para Hermione.
"Eu sei", ela respondeu silenciosamente. "Vamos lá."
Sob o escrutínio do resto da escola, os Grifinórios saíram em busca de seu amigo.
Harry vagava sem rumo pelo terreno da escola, inconscientemente terminando pelo Salgueiro-Lutador. Ele se afastou e olhou para a velha árvore orgulhosa tristemente. Era um lembrete de tempos mais felizes e ele sabia que nunca mais seria capaz de pisar na Casa dos Gritos sem evocar subconscientemente a imagem de Draco; toda a pele lisa e o cabelo prateado, o cheiro dele, o sabor, o som de sua risada ainda ecoando pelo túnel secreto como um fantasma. Era tudo apenas uma memória agora, uma que ele queria tão desesperadamente acabar.
"Harry?"
Perdido em pensamentos, Harry não tinha ouvido a aproximação de Rony e Hermione atrás dele. Ele suspirou cansado e manteve as costas para eles.
"Harry, por favor, fale conosco", Ron implorou. "Diga-nos o que está errado, por que você está agindo tão estranho."
Harry cerrou a mandíbula para a palavra 'estranho'. Ele sabia que o que eles realmente queriam dizer era, 'pare de ser gay e namorar garotos da Sonserina'.
"Você não pode me mudar", disse Harry silenciosamente.
"Não queremos mudar você", disse Hermione desesperadamente. "Nós só queremos o velho Harry de volta."
"Bem, que pena", Harry quebrou. "Este é o novo eu e você só terá que lidar com isso."
"Harry," Hermione franziu a testa, começando a se sentir frustrada. "Não sei por que você está agindo assim, mas não é quem você é."
"Você poderia parar de me dizer quem eu sou!" Harry gritou, girando para enfrentá-los.
"Ouça a si mesmo!" Ron exclamou. "Pare de ficar tão defensivo, estamos apenas tentando ajudar."
"Ajuda?" Harry zombou. "Se você realmente quisesse ajudar, ficaria fora da minha vida!"
"Não quando você está sendo tão obviamente manipulado por outra pessoa", Hermione disparou.
"Ah, eu estava pensando quando você arrastaria Ethan para isso," Harry zomou.
"Ele é a fonte de todos os seus problemas, Harry."
"Não, ele é a fonte da pouca felicidade que me resta, graças a vocês dois, e agora vocês são a fonte de todos os meus problemas."
"Por que você não consegue ver o que ele está fazendo com você?" Ron perguntou calorosamente. "Para alguém anunciado como o futuro salvador do mundo mágico, você com certeza não tem noção!"
"Saia," Harry secou.
"Não."
Harry passou uma mão pelo cabelo em exasperação. "Olha, obviamente nos separamos, então vamos aceitar isso e ir embora."
"Eu me recuso a acreditar que você de repente acordou uma manhã amando Sonserinos e chamando Hermione de..."
"Eu não me importo com o que você acredita!" Harry explodiu. "Coloca na sua cabeça: eu não quero mais ser seu amigo!"
"Tudo bem!" Ron gritou, bochechas coradas. "Eu não tenho que ficar aqui e aceitar isso quando estamos apenas tentando ajudá-lo."
"Você está cometendo um erro, Harry", alertou Hermione.
"Não, ser amigo de vocês foi o maior erro da minha vida." Harry virou o calcanhar e saiu.
"É isso aí", Ron murmurou com raiva. "Se ele recuperar o juízo, ele sabe onde nos encontrar, mas até lá eu não quero mais nada a ver com aquele cabeça de porco, ingrato-"
"Era realmente ele, Ron," Hermione disse ocamente. "Acho que ele não estava sob nenhum feitiço desta vez."
Ron balançou a cabeça e olhou para Harry lentamente com desprezo.
Harry perdeu todas as aulas durante o dia e passou o tempo se escondendo no corredor do terceiro andar. Ele se sentou no assento da janela de pedra com as pernas estendidas e o queixo descansando nos joelhos, enquanto olhava mal-humorado para a massa escura de árvores à distância que compunha a Floresta Proibida. O sol que afundou gradualmente lançou feixes de luz na sala mofada, iluminando o alçapão abandonado de Fluffy e as inúmeras partículas de poeira flutuando no ar.
Harry suspirou e verificou seu relógio pela centésima vez, impaciente para que a noite caísse para que ele pudesse passar algum tempo com Ethan; seu único aliado. Os eventos de hoje haviam trago memórias de seu segundo ano em Hogwarts, cada aluno observando-o e odiando-o, era uma situação difícil de lidar e, não importa o quanto você ache que os odeia em troca, ainda dói ser evitado e rotulado como um pária. Harry estava feliz por ter alguém como Ethan que cuidava dele e estava lá para ele quando ele precisava.
Outro olhar para o relógio disse a ele que o jantar estava quase no fim. Ele pulou do assento da janela e jogou seu manto de invisibilidade enquanto se dirigia para as masmorras. Ele cuidadosamente percorreu os corredores lotados, pressionando contra paredes e se esquivando em alcovas para manter sua presença desconhecida. Ele chegou sem fôlego na entrada secreta dos dormitórios da Sonserina e se inclinou contra a parede para esperar que um aluno viesse e abrisse o retrato para ele.
Dez minutos depois, dois alunos do terceiro ano vieram passeando, deram a senha e entraram. Harry habilmente se apertou antes que a grande pintura pudesse fechar novamente. Ele observou os dois Sonserinos que havia seguido, cairam no sofá verde e abriram sua lição de casa. Ele silenciosamente passou por eles e caminhou pelo corredor até o dormitório do sétimo ano de Ethan, mas descobriu que a porta estava trancada. Ele removeu a varinha debaixo do manto e tentou soletrar a porta, mas ela não se moveu. Aparentemente, estava magicamente fechado.
Ele só teve que esperar mais quinze minutos antes de ver o garoto alto e francês subir pelo corredor em sua direção.
"Psst! Ethan."
"Harry?" Ethan perguntou, olhando em volta desnorteado.
"Estou aqui", disse Harry, tocando seu braço e fazendo-o pular um pouco. "Estou usando um manto de invisibilidade."
Ethan expirou em alívio. "Oh, certo. Esqueci que você tinha um desses."
"Como você sabia?"
Ethan voltou para sua porta e levantou a varinha. "Vamos entrar antes que alguém venha e nos ouça."
Harry balançou a cabeça, invisível ao seu lado.
"Énigme," Ethan murmurou, liberando o feitiço de trancamento da porta. "Entre."
Harry seguiu Ethan para dentro e imediatamente deixou cair seu manto de invisibilidade na cadeira mais próxima.
"Vou mudar o feitiço de proteção para que você possa entrar sozinho se precisar ou quiser", disse Ethan, trancando novamente a porta atrás dele.
"Obrigado", Harry sorriu enquanto estava no tapete na frente da lareira.
"Então, o que aconteceu com você hoje?" Ethan perguntou, criando uma fogueira quente com o movimento de sua varinha e movendo-se para ficar ao lado dele.
"Ron e Hermione estão tentando nos separar."
"O quê? Por quê?" Ethan perguntou com uma carranca confusa.
"Eu não sei," Harry suspirou, olhando para as chamas dançantes. "Eles continuam fazendo todas essas acusações loucas... mas eu sei que é porque sou gay. Além disso, o fato de que meus únicos relacionamentos até agora foram com Sonserinos."
"E eles não conseguem lidar com isso", afirmou Ethan simplesmente. "Então, o que você disse a eles?"
"Eu disse a eles que, como eles não conseguem lidar com o verdadeiro eu, então eu não queria mais nada com eles. Acabou."
"Bom para você", Ethan sorriu solidariamente. "Você não precisa deles, você me tem."
Harry olhou para cima e sorriu fracamente. "Eu não sei o que eu faria se você não estivesse aqui."
Ethan abriu os braços e Harry entrou de bom grado no abraço reconfortante. Harry suspirou e relaxou em seu abraço, descansando a cabeça no ombro de Ethan e enrolando os braços na cintura fina. Eles ficaram quietos juntos por um tempo até que Harry finalmente recuou e sorriu para ele em gratidão não dita.
Ethan se inclinou e capturou os lábios de Harry com os seus, beijando suavemente os lábios cheios abaixo dos seus. Depois de um momento de hesitação, Harry fechou os olhos e devolveu a gentil pressão. Ethan apertou as mãos possessivamente nas costas de Harry e aprofundou o beijo, e Harry gentilmente abriu a boca, fazendo um barulho apreciativo na parte de trás da garganta quando suas línguas se encontravam pela primeira vez.
Ethan passou as mãos para cima sob o jumper de Harry e acariciou a pele nua por baixo. Harry gemeu silenciosamente e se afastou para permitir que Ethan levantasse a camisa sobre a cabeça e a arremesse no chão. Eles rapidamente retomaram os beijos, passando apaixonadamente as mãos pelas costas e pelos cabelos.
Ethan caminhou Harry para trás em direção à sua cama e o empurrou grosseiramente para ela. Harry piscou de surpresa, depois embaralhou para trás enquanto Ethan removeu sua própria camisa e rastejou, deitado ao lado dele. Harry saudou o sabor da boca e da pele de Ethan sob seus lábios enquanto eles se enredavam nos braços e pernas um do outro. Ele enterrou as mãos no cabelo macio e colorido de chocolate e fechou os olhos quando Ethan começou a beijar sua garganta e clavícula. De repente, as mãos de Ethan estavam em seu cinto e descascando suas calças.
Os olhos de Harry se abriram. Tudo isso estava acontecendo muito rápido, ainda era muito cedo, Draco...
"Não, espere." Ele soltou seu controle sobre Ethan e tentou se sentar.
"O que há de errado?" Ethan ofegou, suas mãos ainda trabalhando freneticamente com o zíper das calças de Harry.
"Por favor, pare", disse Harry, tentando puxar as pernas para fora debaixo do outro garoto.
"Está tudo bem, fofo," Ethan sorriu calmantemente. Ele rastejou e empurrou Harry de costas mais uma vez, depois começou a beijar seus lábios para abafar seus protestos.
Harry se alarmou novamente quando as mãos de Ethan voltaram para suas calças. "Pare!" ele exigiu alto, empurrando contra o peito de Ethan.
O tapa veio tão rápido que ele nem saberia que aconteceu se não fosse pela dor repentina cegando o lado esquerdo do rosto. Sua mão voou para a bochecha enquanto ele olhava para Ethan horrorizado.
"Oh, Deus," Ethan ofegou. "Sinto muito, amor. Eu não sei o que veio sobre mim. Sinto muito. Eu não sei por quê..."
Harry sentou-se lentamente, sua mão ainda pressionada até a bochecha.
"Harry?" Ethan tocou provisoriamente o ombro. "Você está tremendo, está com frio?"
Ethan estendeu a mão e puxou o cobertor pesado de sua cama e o envolveu nos ombros de Harry. "Sinto muito, Harry. Eu não quis fazer isso. Você sabe que eu te amo, não sabe, Harry?"
Harry piscou e viu uma lágrima deslizar pela bochecha de Ethan, ele imediatamente se sentiu mal por fazê-lo chorar. "Eu sei", ele respondeu em silêncio. "Desculpe, a culpa foi minha. Não fique bravo comigo."
"Está tudo bem," Ethan respirou em alívio. "Eu entendo, é muito cedo para você."
"Sim," Harry balançou a cabeça, feliz por ter entendido e não ficado chateado. "Sinto muito."
"Está tudo bem. Venha aqui", Ethan acenou.
Harry inclinou-se para os braços abertos de Ethan e se agarrou ao cobertor quente ainda envolto em torno dele como um casulo.
"Por favor, fique a noite", perguntou Ethan suavemente.
Harry tenso.
"Só para dormir", acrescentou Ethan às pressas. "Eu só quero estar perto de você."
"Claro," Harry prontamente concordou, ansioso para combiná-lo de qualquer maneira possível.
"Eu te amo, Harry."
Harry fechou os olhos, sabendo que não merecia ser amado e desesperado para segurar a única pessoa que restava em sua vida que o amava apesar disso.
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Tuts tuts...
Assim galera, eu não tenho muito oq comentar.. vocês devem odiar tanto o Ethan kaksksk.
🥳🥳🥳A FIC BATEU 1K GALERA 🥳🥳🥳
EU ESTOU TÃO FELIZ.. VOCÊS NÃO TEM NOÇÃO!! 1K, NUNCA IMAGINEI.. MUITO MUITO MUITO OBRIGADO POR ISSO GALERA, MUITO OBRIGADO MSM!!
Por favor gente, divulguem essa fic, ela me dá um trabalho enorme.. Por favor ok??
Em fim.. É isso gente, até 💜✨
R ||🌈 💕 🦋✨