— Você é Ginny Weasley?
Ginny olhou por cima de sua lição de casa e viu Ethan em frente a ela na mesa da biblioteca que ela estava ocupando. — Sim —, ela respondeu, colocando sua pena sobre a folha do livro.
— Posso falar com você por um minuto? — ele perguntou com um sorriso.
— Claro —, ela disse lentamente, imaginando sobre o que um Sonserino queria falar com ela.
Ethan sentou-se e dobrou as mãos em cima da mesa de uma maneira muito comercial. — Me disseram que dois de seus irmãos mais velhos possuem sua própria loja de brinquedos. Isso é verdade?
— Sim, Fred e George, — Ginny sorriu. — Eles têm dezessete anos.
— Uau —, disse Ethan, impressionado. — Eles ainda não deveriam estar na escola?
— Eles desistiram no ano passado por causa de uma mulher horrível que assumiu a escola. Você tem sorte de não ter vindo no ano passado, foi uma época horrível. Eles iam abrir uma loja de brinquedos de qualquer maneira, só acabaram fazendo isso um ano antes.
— Eles devem ser uns irmãos divertidos para se ter por perto —, sorriu Ethan.
— Sim, eles estão sempre fazendo piadas práticas com as pessoas e inventando coisas úteis para tirá-los das aulas —, riu Ginny.
Ethan riu. — Ouvi dizer que eles conheciam todas as passagens secretas em torno de Hogwarts também.
— Ah, sim, — Ginny assentiu orgulhosamente. — Todas elas.
— Eles também devem te dizer todas essas coisas, estou certo?
— Claro, eles adoram quando continuamos sua tradição de quebrar regras escolares.
— Minha antiga escola também tinha muitas passagens secretas, eu meio que tenho interesse nesse tipo de coisa. Eu só encontrei uma aqui até agora.
— Sério? Qual delas?
— Está lá fora, debaixo daquele monstro de árvore.
— O Salgueiro? Como diabos você se deparou com essa? — Ginny perguntou com espanto.
— Por acidente, de verdade —, Ethan sorriu. — Eu cheguei muito perto dela quando estava andando do lado de fora e essa monstra me deu um golpe, quase me pegou também, então peguei uma pedra e joguei-a no tronco em retaliação. Bem, devo ter atingido algum ponto especial porque parou de bater e abriu.
— Uau, você passou?
— Não, fiquei muito chocado e não sabia se seria capaz de sair novamente. Sou um ótimo explorador corajoso, hein?
— Mas de qualquer maneira, você não gostaria de passar, ela leva a Casa dos gritos.
Ethan se inclinou para frente, com um olhar faminto em seus olhos. — O que é a Casa dos gritos?
— É uma casa assombrada em Hogsmeade, você conhece aquela aldeia?
— Sim. É assombrada que você diz?
— Muito, ninguém mais se atreve a pisar lá.
— Então, ninguém nunca entra lá, está completamente isolado, e a entrada é um segredo... — Ethan disse devagar.
— Sim, — Ginny concordou em afirmação.
— De qualquer forma, — Ethan balançou a cabeça um pouco. — A razão pela qual eu queria falar com você em primeiro lugar era perguntar se eu poderia pedir algo de você na loja do seu irmão.
— O que você quer?
— Não tenho certeza, o que eles têm?
— Bem, você quer algo para dar a outras pessoas como uma brincadeira? Como uma comida que muda a cor do cabelo de alguém ou o transformar em um animal.
— Oh não, nada disso. — Ethan riu. — Isso seria mal.
— Você com certeza não é como os outros Sonserinos —, observou Ginny com prazer.
— Eu notei, eu realmente não sinto que pertenço nessa casa. Algumas das coisas que eles dizem e fazem à portas fechadas... — Ethan balançou a cabeça com nojo.
— Isso deve ser horrível para você —, simpatizou Ginny, dando tapinhas na mão.
— Está tudo bem, — Ethan encolheu os ombros. — Não há lei dizendo que não posso falar com pessoas em outras casas, certo?
— Isso mesmo, — Ginny sorriu. Ela admirava seus olhos castanhos por um segundo antes de recuperar o juízo. — Então, que tipo de coisas você estava procurando pedir?
— Talvez, algo para me tirar da aula de vez em quando.
— Bem, eu recomendo muito as cobras vibrantes.
— Excelente. Vou pegar uma e dar o dinheiro para você. Quanto custa?
— Cinco galeões. Então, em que aula você está querendo usar? — ela perguntou, enquanto ele pegava algum dinheiro do bolso.
— Poções — , disse Ethan, puxando um rosto.
— Eita, não sou fã do Professor Snape —, Ginny riu.
— Na verdade, nem eu —, ele sorriu.
— Acho que o Chapéu Seletor pode ter colocado você na casa errada.
— Eu também tô achando —, ele riu.
— Então, você quer saber outros segredos de Hogwarts? Quartos escondidos, entradas secretas ou outras passagens? — Ginny se ofereceu com um brilho travesso no olho.
Um canto dos lábios de Ethan se enrolou e seus olhos se estreitaram de prazer. — Claro, — ele disse inclinando-se mais para perto. — Diga-me tudo o que você sabe.
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Draco sorriu enquanto observava Harry dormindo profundamente ao seu lado. Ele se inclinou e colocou um beijo suave no ombro nu de Harry, antes de sair silenciosamente da cama e escorregar pela sala para o piquenique bagunçado colocado no chão. Ele se sentou e pegou um dos sanduíches de peru, arrancando delicadamente pequenos pedaços dele e colocando-os em sua boca. Ele se repreendeu mentalmente por não pensar em trazer suco de abóbora quando começou a sentir sede.
Harry se mexeu na cama e rolou, estendendo a mão para onde Draco estava deitado. Ele abriu os olhos e sentou-se, olhando em volta e sorrindo quando viu Draco sentado no chão.
— Olá —, Draco cumprimentou, balançando seu sanduíche no ar. — Almoço?
Harry riu e pegou suas roupas jogadas no chão.
— Êpa êpa êpa —, Draco acenou um dedo para ele. — Se você colocar roupas, não poderá comer.
— Bem, eu não posso comer enquanto você está sentado ao meu lado, com todos os seus... pedaços aparecendo.
Draco bufou e quase se engasgou com sua comida. — Você é não inocente demais pra isso, Harry. Você não pode sentar ao meu lado nu, mesmo depois de todas as coisas que acabamos de fazer? As coisas que você acabou de fazer?
— Isso é diferente! — Harry respondeu, com suas bochechas vermelhas. — Há um tempo e um lugar para tudo e ficar nu enquanto você come simplesmente não é... certo.
— E se combinarmos os dois? — Draco sorriu. — As pessoas não podem espalhar substâncias comestíveis, digamos molho de chocolate, na pele nua de outra pessoa e depois comê-la?
— Mas isso é diferente —, protestou Harry. — Isso não é comer porque você está com fome, isso é apenas preliminares eróticas.
— Ora, Harry, estou impressionado! Você disse isso sem corar.
Harry revirou os olhos e foi pegar suas roupas novamente.
— Não —, disse Draco.
— Draco... — Harry lamentou.
Draco virou as costas para Harry e começou a bater os lábios alto. — Mmm...isso é delicioso! — ele exagerou.
Harry pegou o travesseiro da cama e o jogou na parte de trás da cabeça de Draco.
— Ai! — ele gritou de surpresa. O loiro se virou e o olhou com uma falsa raiva. — Você vai conseguir, Harry.
— Ah, vou? O que você vai fazer? — Harry perguntou arrogantemente.
Draco se levantou e começou a caminhar lentamente em direção a ele, como uma pantera perseguindo sua presa. — Cuidado, Harry —, ele disse ameaçadoramente. — Estou vindo até você com todos os meus pedaços aparecendo.
Harry voltou para a cama enquanto ria e Draco pulou em cima dele, prendendo as mãos do garoto com um braço e fazendo cócegas no estômago nu de Harry.
— Não! Por favor, pare! — Harry ofegou entre risadas. — Draco!
Draco sorriu e parou, olhando para o rosto ruborizado de Harry. — Que tal uma Oferta? — ele se ofereceu.
— O quê? — Harry perguntou cético.
— Que tal comermos na cama? Dessa forma, podemos cobrir nossos 'pedaços' com os lençóis, mas ainda estar essencialmente nus.
— Aceito —, Harry aceitou.
Draco beijou a ponta do nariz de Harry e se embaralhou para recuperar a comida. Harry varreu os lençóis de volta e os envolveu em volta da cintura enquanto se acomodava perto dos travesseiros. Draco escorregou ao lado dele e espalhou a comida na frente deles.
— Devíamos construir uma tenda —, Harry refletiu enquanto mordiscava a borda de um pedaço de galinha.
— Vá em frente —, disse Draco com um sorriso. Não foi a primeira vez que Harry sugeriu, e não seria a última, mas o garoto nunca encontrou energia para realmente continuar com isso.
— Talvez... — Harry disse pensativamente, sabendo muito bem que provavelmente não faria isso.
Draco balançou a cabeça e lambeu as pontas dos dedos enquanto olhava para a última torta de melaço com um olhar predatório. Harry olhou para Draco de lado, percebendo o item em particular em que ele estava de olho, e o pegou.
— Ei! — Draco exclamou. — Você já comeu três!
— Com esse quatro, — Harry sorriu em triunfo.
— Acho que não, Potter, — rosnou Draco.
Harry embaralhou para trás e segurou a torta. Ele esticou a língua e lambeu a torta com um longo golpe. — Há, agora você não vai querer! — ele declarou infantilmente.
— Bem, se essa é a regra, então eu acho que também não quero mais isso —, disse ele, gesticulando até o colo.
— Draco! — Harry choramingou, horrorizado.
Draco aproveitou a oportunidade para estender a mão e pegar a torta do alcance de Harry. — Eu vou te explicar quando você for mais velho. Nossa, Harry, talvez você devesse estar na Lufa-Lufa.
— Ei! — Harry se esframou indignadamente. — Eu não sou um Lufano!
Draco sorriu e mordeu seu prêmio, fechando os olhos em êxtase simulado. Harry cruzou os braços sobre o peito e fez beicinho.
— Isso não vai funcionar desta vez —, disse Draco, com os olhos ainda fechados.
Harry descruzou os braços e rastejou até o Sonserino, inclinando-se para frente para lamber uma migalha do canto da boca de Draco.
Draco abriu os olhos de surpresa e não perdeu tempo inclinando-se para capturar os lábios de Harry com os seus. Harry manteve os olhos abertos enquanto se beijava, mantendo um olho na torta na mão de Draco. Draco finalmente abaixou a torta e estendeu a mão até o cabelo e a bochecha de Harry, aumentando a paixão do beijo rapidamente. Harry sorriu contra os lábios de Draco e pegou secretamente a sobremesa esquecida.
— Aha! — Harry disse, se separando e pulando para trás, acenando triunfantemente com a torta meio comida no ar.
Draco olhou para ele em choque quando Harry enfiou a coisa toda na boca e mastigou. — Isso foi muito Sonserino da sua parte —, comentou ele com a sobrancelha levantada.
Harry engoliu com dificuldade e sorriu, tentando e não conseguindo levantar uma sobrancelha. Draco se arregalou enquanto Harry usava o dedo para cutucar sua sobrancelha em concentração.
— Como você faz isso? — Harry perguntou frustrado. — Eles te puxam na Sonserina e dão uma aula separada?
— Sim, Snape reúne todos os Sonserinos do primeiro ano e passa uma hora ensinando aos novos alunos todos os aspectos de parecer esnobe e superior.
— Então você admite! — Harry sorriu, ainda se concentrando em sua sobrancelha.
— Snape diz que eu tenho talento natural.
— Eu não duvido disso, — Harry bufou.
Draco não podia deixar de rir de Harry enquanto tentava olhar para a própria sobrancelha, sua testa estava enrugada na concentração. — Venha aqui, você.
Harry desistiu e rastejou de volta para Draco, aconchegando-se em seus braços. Draco levantou os lençóis de volta para cobrir os dois e apertou Harry gentilmente, como se fosse seu ursinho de pelúcia favorito. Ambos fecharam os olhos e depois de um tempo caíram em um sono profundo, sentindo-se quentes e satisfeitos. E o melhor, estavam se sentindo completos.
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Ethan cutucou cuidadosamente o tronco com a vara que tinha visto Draco usar, e a árvore imediatamente se acalmou e se abriu diante dele. Ele sorriu e olhou em volta uma vez para realmente ter certeza de que estava sozinho antes de escorregar para dentro. Ele se encontrou em um túnel muito escuro e empoeirado, acendeu sua varinha e iniciou a trilha repleta de sujeira, olhando ao seu redor com cuidado e ouvindo atentamente quaisquer sons de vida humana.
Depois de um tempo, ele se viu no que achava que deveria ser a Cada dos Gritos. Ele rastejou com cautela até cada porta e colocou a orelha contra elas, as tábuas do assoalho estavam rangendo ligeiramente sob seus pés. Ele olhou para baixo e notou dois pares de pegadas nas camadas de poeira que cobriam o chão de madeira. Ele sorriu e começou a seguir a trilha deles, seu coração estava batendo de emoção e suas mãos tremendo com o que ele esperava encontrar.
A trilha parou na última porta do corredor e Ethan caminhou em direção a ela propositalmente. Ele segurou a alça e a girou o mais devagar possível, depois a abriu um pouco - não fez barulho, e ele deu um suspiro de alívio.
Ele espiava pela pequena abertura que havia permitido na porta e olhou em volta. A sala estava cheia de uma luz pálida brilhando através de um par de cortinas velhas e esfarrapadas penduradas sobre a janela. A luz caiu sobre uma cama gigante de quatro pôsteres na qual estavam Harry Potter e Draco Malfoy.
Os olhos de Ethan se abriram quando ele notou que ambos os meninos estavam completamente nus e envoltos nos braços um do outro. Um sorriso maligno lentamente se espalhou por seu rosto bonito quando as rodas em sua cabeça começaram a girar. Isso foi ainda melhor do que ele esperava, ele nunca pensou que eles teriam ido tão longe.
— Um Sonserino e um Grifinório —, ele pensou feliz. — Malfoy e Potter. Ninguém vai acreditar em mim... mas eles terão que acreditar se virem por si mesmos.
Com um último olhar, ele gentilmente fechou a porta atrás dele e começou a andar de volta para a entrada da passagem. Ele quase sentiu vontade de cantarolar enquanto caminhava levemente ao longo do caminho e saía da árvore para o chão. Felizmente, ninguém o viu emergir e ele decidiu caminhar ao redor do lago enquanto trabalhava no melhor plano de ação.
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Draco abriu um olho com sono e olhou para a porta. Ele piscou. Ele balançou a cabeça enquanto pensava que havia escutado algo, mas não ouviu nenhum passo recuando. Ele suspirou e fechou os olhos novamente. Ele desviou seus braços e descansou o queixo no cabelo macio de Harry enquanto ele se afastava para dormir mais uma vez.
• Chegamos ao fim de mais um capítulo.
• É gente, por mais que o desgraçado seja bonito, ele é um tremendo babaca assustador, e parar pra pensar que existe gente assim... Socorro.
• Essa fanfic é de procedência duvidosa, e sei que todo mundo gosta disso. Enfim, eu estava pensado em escrever mais uns capítulos de pura depressão e desespero. Seila, quero que a sensação seja mais... real.
• Comentem muito, votem e compatilhem com seus amigos. Divulguem essa belezinha aqui.
Vejo vocês nos próximos capítulos.