Onde estão nossos filhos?" Lucius perguntou.
Severus bufou divertido. "Provavelmente transando como coelhos no quarto deles," ele disse ironicamente.
Lucius ergueu uma sobrancelha em questionamento, mas se divertiu com a escolha de palavras de Severus. Por mais que Severus fosse relutante em admitir, ele pegava algumas das frases dos meninos periodicamente.
"Eles têm um exame de poções amanhã, o que significa que provavelmente estão evitando estudar," Severus explicou.
Lucius riu. "Ah, isso significa que você sabe muito bem que os dois estão mais do que prontos para o exame, então eles têm um pouco de tempo livre em suas mãos."
"E provavelmente estão usando para transar como coelhos," Severus repetiu, concordando com ele.
"Você está pronto para o exame de amanhã?" Lúcio questionou. "Ou você ainda tem trabalho a fazer esta noite?"
"Estou pronto," Severus afirmou.
"Então talvez pudéssemos nos deitar mais cedo esta noite?" Lúcio sugeriu.
Como resposta, Severus simplesmente se levantou e foi até o quarto, começando a desfazer os botões de seu robe enquanto caminhava. Lucius o seguiu, bastante satisfeito com a virada dos acontecimentos.
Severus tirou suas roupas, olhar intenso enquanto observava Lucius fazer o mesmo. As vestes foram cuidadosamente colocadas nas costas de uma cadeira, em vez de serem jogadas descuidadamente no chão.
Severus deu um passo à frente para o abraço de Lucius, bocas se encontrando em um beijo apaixonado. Ele ainda estava surpreso às vezes que este belo homem era seu agora. Ele estava vagamente ciente de que estava sendo movido para trás, e quando a parte de trás de suas pernas bateu na cama, ele foi empurrado sem a menor cerimônia para ela.
Lucius olhou para ele, um sorriso selvagem enfeitando suas feições. Severus se moveu ainda mais para a cama, sorrindo maliciosamente para Lucius. Lucius pegou o lubrificante da mesinha de cabeceira antes de se juntar a ele.
"Impaciente esta noite?" Severus perguntou.
"De joelhos," Lucius ordenou.
Severus ergueu uma sobrancelha, mas obedeceu imediatamente. Claramente Lucius o dominaria naquela noite e Severus alegremente deu a ele o controle. Ele estava se perguntando sobre a brusquidão e a rapidez, mas não questionou.
Severus respirou fundo quando um dedo longo entrou nele sem aviso, rapidamente acompanhado por um segundo. Quando aqueles dedos se curvaram, atingindo sua próstata, Severus gritou, não se importando mais com o que parecia estar dirigindo Lúcio. Momentos depois, Severus estava sibilando com a leve queimadura quando Lucius entrou nele. Ele logo estava gemendo de prazer, Lucius empurrando nele rápido e forte, as mãos segurando os quadris com força suficiente para deixar hematomas.
Severus gritou quando uma das mãos de Lucius se esticou e agarrou firmemente sua ereção, combinando golpe com golpe.
"Goze para mim," Lucius exigiu, e Severus fez exatamente isso, cobrindo os lençóis da cama com o seu gozo enquanto Lucius gozava, enterrado bem fundo dentro dele.
Depois, eles deitaram lado a lado na cama, respirando pesadamente.
"Velhos demônios?" Severus perguntou baixinho.
"Sim," Lúcio respondeu simplesmente.
Nada mais precisava ser dito. Severus rolou para o lado, envolvendo um braço em volta do peito de Lucius, grato por eles se entenderem.
~ * ~ * ~ * ~
"Pai, há algo errado?" Harry perguntou a Severus na manhã seguinte, tendo acabado de ver Lucius partir.
Severus suspirou pesadamente, olhando para as expressões preocupadas de Harry e Draco. "Não, não há nada especificamente errado."
Draco lançou um olhar penetrante para Harry, que Severus percebeu. "Draco, há uma razão pela qual você deveria associar esse comentário com Harry?" ele perguntou, sobrancelha levantada.
Draco olhou para Harry e Severus com desconfiança. "Vocês três estão sentindo isso, não estão?" ele perguntou a Severus.
"Sentindo o quê?" Severus perguntou, lançando seu olhar em direção a Harry brevemente.
"Você e papai também não gostam desse silêncio de Voldemort," Draco disse rispidamente. "Vocês dois estão ficando nervosos que algo vai acontecer em breve."
"Acreditamos que é certamente possível com a história do Lord das Trevas em relação a Harry," Severus admitiu.
"Porra!" Draco exclamou. "Por que você não pode simplesmente ficar feliz por estar tudo quieto?" Draco gritou com Harry. Ele se virou para encarar Severus. "E eu pensei que você o estaria encorajando a ficar longe de problemas, não o levando a esperar que isso acontecesse."
"É melhor estar preparado, Draco," Severus disse calmamente. "Você sabe disso."
Draco o encarou por mais alguns momentos antes de voltar para o quarto sem responder.
Harry olhou para a porta, antes de olhar atentamente para seu pai. "Achei que Lucius se parecia muito com Sirius," ele disse baixinho, avaliando a reação de seu pai a essa afirmação.
Severus pareceu surpreso por um momento, confirmando a suspeita de Harry. "Como você sabia?" Severus perguntou.
Harry encolheu os ombros desamparadamente. "Ele apenas tinha aquele olhar assombrado", disse ele suavemente. "Sirius parecia assim às vezes."
"Não é sua culpa que qualquer um deles tenha passado um tempo em Azkaban, Harry," Severus disse bruscamente.
"Eu sei", disse Harry.
"Você sabe mesmo?" Severus questionou.
"Sim," Harry respondeu, encontrando o olhar de Severus.
Severus o encarou atentamente por vários longos minutos antes de ceder e dar a Harry um breve aceno de cabeça.
"É o que você disse a Draco também?" Harry perguntou. Ele passou a esclarecer. "Lucius também está estressado com esse jogo de espera que parecemos estar jogando com Voldemort?"
Harry deu um abraço rápido em seu pai antes de ir atrás de Draco.
*
"Ele está dormindo?" Neville perguntou baixinho a Draco.
Harry estava sentado e lendo um livro como os outros. Gradualmente ele escorregou e agora estava deitado com a cabeça no colo de Draco, olhos fechados e o livro simplesmente deitado ao seu lado.
Os olhos de Draco nem deixaram a página que estava lendo. "Não, ele está acordado", ele respondeu distraidamente.
Neville olhou para Blaise, que estava sentado do outro lado do sofá em que Neville estava sentado. Blaise simplesmente deu de ombros. Ele ainda não tinha ideia de como Draco sempre parecia saber. Draco provou estar certo, entretanto, quando Harry falou.
"Você precisa de algo, Neville?"
"Na verdade não", Neville disse, encolhendo os ombros desconfortavelmente. "Você parecia um pouco preocupado a noite toda e agora está praticamente dormindo. Só me perguntando se há algo errado."
Draco bufou e Harry abriu os olhos e deu a Neville um sorriso triste. "Estou bem", disse ele, ignorando Draco.
"Draco?" Blaise questionou.
Harry fez beicinho quando Draco sorriu, ambos sabendo que Blaise estava pedindo a Draco uma resposta direta.
"Ele só está pensando demais de novo," Draco falou lentamente.
"Pensando sobre oque?" Blaise perguntou curiosamente.
"Por um lado, ele está pensando em jogar contra os Grifinórios no jogo que virá em apenas algumas semanas, finalmente," Draco sorriu.
"Oh," Neville disse, lançando um olhar preocupado para Harry.
Draco revirou os olhos. "Não é como se todos nós fossemos mais rivais", ele falou lentamente.
"Sim, e eu gostaria de manter assim", disse Harry. "Vencer a Grifinória no Quadribol deve ajudar a garantir que vou manter uma boa relação com Rony," ele disse sarcasticamente.
"Weasley se dá muito bem até com Draco hoje em dia," Blaise disse em um tom razoável.
"Mas Ron não vai se dar bem com ele quando descobrir que Draco tinha Harry jogando em seu time", disse Neville.
"Neville, às vezes você simplesmente não sabe quando manter a boca fechada", Draco retrucou. Harry ainda estava um pouco impressionado por eles finalmente terem feito Draco começar a chamar Neville pelo primeiro nome.
Neville enrubesceu. "Desculpe," ele disse a Harry.
Harry dispensou o pedido de desculpas. "Tudo bem. Você está certo de qualquer maneira." Ele suspirou. "Não estou realmente chateado com o jogo. O que acontecer, vai acontecer."
"Então o que está te incomodando?" Blaise perguntou, franzindo a testa para Harry.
Harry trocou um olhar com Draco. Draco deu de ombros, parecendo dizer que era escolha de Harry responder ou não à pergunta de Blaise.
Harry suspirou. "Não há nada realmente errado, e é isso que está me incomodando."
Blaise e Neville olharam fixamente para Harry e Draco riu. "Angel está chateado porque não há problemas para ele há meses."
"Não é por isso que estou chateado", protestou Harry.
Draco arqueou uma sobrancelha, desafiando silenciosamente a resposta de Harry.
"Oh, cale a boca, Draco," Harry retrucou.
Blaise estava abertamente rindo enquanto Neville estava obviamente tentando controlar seu sorriso. "Ele nem disse nada," Blaise apontou, prestativo.
"Sim, ele disse," Harry respondeu, parecendo mal-humorado. "Ele simplesmente não disse com palavras. E eu não quero problemas", acrescentou.
"Talvez você não queira, mas você espera de qualquer maneira," Draco disse secamente.
"Está muito quieto", disse Harry.
"Acontece alguma coisa no final de cada ano, não é?" Neville perguntou.
"Sim. Eu sei que parece estúpido", disse Harry, colocando a mão sobre a boca de Draco para que ele não respondesse automaticamente a esse comentário. "Mas já é final de abril e tenho certeza que Voldemort está planejando algo."
"Você não sabe disso", Draco disse asperamente, removendo a mão de Harry de sua boca.
Harry suspirou pesadamente. Eles já haviam discutido - mais de uma vez. "Não tenho certeza," ele admitiu baixinho, não querendo discutir com Draco novamente.
"O que te faz pensar que ele está planejando algo?" Blaise perguntou preocupado. Nem Harry nem Draco disseram nada sobre isso até agora.
Harry olhou para Draco, que estava carrancudo para Blaise por perguntar. Harry sabia que Draco acreditava nele, embora seus argumentos fizessem parecer que ele não acreditava. Draco estava preocupado e não era um preocupante agradável.
Olhando para Neville e Blaise, Harry percebeu que não tinha sido a ideia mais inteligente trazer isso à tona. Isso irritava Draco infinitamente e agora Blaise e Neville estavam provavelmente mais preocupados também.
"Não é nada realmente", disse Harry. "Eu simplesmente não gosto de toda essa quietude de Voldemort, e como algo sempre parece acontecer no final de cada ano letivo, isso só me deixa um pouco mais nervoso."
Ele deixou de fora a parte sobre sentir pontadas na cicatriz com mais frequência ultimamente. Ele não deveria estar sentindo nada, mas ele estava. Muito raramente seus escudos de Oclumência escorregavam, especialmente desde que ele bagunçou tudo naquela noite no outono quando Draco descobriu quem ele era.
O problema não era apenas que ele estava sentindo pequenas pontadas. Eles pareciam vir em momentos estranhos. Severus e Lucius nunca tiveram nada a relatar que pudesse corresponder às pontadas. Na verdade, eles tinham muito pouco a relatar. Principalmente era simplesmente Voldemort recrutando novos membros para suas fileiras, tentando construir um exército maior. Em comparação com a pequena reunião após sua ressurreição, ele agora tinha cerca de cem seguidores marcados.
Harry tinha certeza de que Voldemort achou surpreendente que ele não tivesse sido capaz de recrutar ainda mais seguidores. Harry não ficou surpreso que as pessoas parecessem não querer ser recrutadas, mas ele não entendia porque Voldemort estava se escondendo com todos os novos membros que ele tinha. Por que o impulso repentino de recrutamento? Ele não sabia e isso o preocupava.
Blaise e Neville pareceram aceitar a resposta de Harry bem o suficiente, mas provavelmente foi por causa da resposta de Draco mais do que de Harry. "Eu não sei por que você está preocupado," Draco falou lentamente. "Estamos prontos para qualquer coisa que possa acontecer por aqui. Os Comensais da Morte podem invadir a escola neste momento e nós podemos lidar com isso, com todo o treinamento que fizemos."
"Verdade", disse Harry pensativamente.
"Claro, é verdade," Draco declarou arrogantemente. "Então, você pode parar de procurar problemas quando não há nenhum."
"Vocês dois realmente acham que poderíamos lidar com um ataque de Comensais da Morte?" Blaise perguntou, parecendo um pouco incrédulo.
Harry olhou para ele com desconfiança. "Blaise," ele disse lentamente. "Nosso grupo já lidou com um ataque", lembrou.
"Oh, isso mesmo", disse Blaise timidamente.
Draco revirou os olhos. "Talvez você tenha motivos para se preocupar afinal, Anjo," ele murmurou.
Harry riu, a tensão quebrada. Todos voltaram aos estudos com um humor mais leve.
*
Finalmente, era hora da partida de quadribol da Sonserina contra a Grifinória. Todo mundo estava animado com o jogo, e Harry estava tão pronto para isso como ele jamais estaria.
Ele puxou a vassoura no ar, acima dos outros jogadores, automaticamente mantendo um olho atento para o pomo. Ele se sentia incrivelmente estranho e fora do lugar, no entanto. Ele não teve um problema real quando eles jogaram contra Ravenclaw ou Lufflepuff, mas jogar contra o time vermelho e dourado - não parecia normal . Não parecia exatamente errado, mas com certeza também não parecia certo.
Harry voou ao redor do perímetro do campo com Ginny o seguindo. Eles passaram por Miles, que estava guardando os postes e ele teve que se lembrar que Miles estava em seu time. Eles passaram por Ron do outro lado do campo e Harry se lembrou de que estava jogando contra Ron.
Ele empurrou de lado a pontada de culpa que o trouxe e procurou Draco no campo. Draco deveria estar seguindo ele, não Ginny. Harry sorriu, entretanto, ao ver Draco marcar, conseguindo fazer a goles passar por Ron e através do arco mais distante.
Examinando o campo, ele não viu nenhum sinal do pomo. Sentindo o balaço se aproximando à sua esquerda, ele mergulhou para evitá-lo. Logo ficou óbvio qual era a estratégia de Grifinória quando Sloper e Kirke rebatiam os balaços em direção a Harry em todas as oportunidades.
Harry disparou para frente e veio ao lado de Crabbe, Goyle subindo do outro lado de Harry. "Vou lidar com os balaços vindo em minha direção", gritou ele. "Apenas fique com os artilheiros caso eles decidam tentar atacá-los novamente." Crabbe e Goyle concordaram com a cabeça, mesmo enquanto cada um deles empurrava os balaços para longe de Harry e de volta para os artilheiros da Grifinória.
"E não os incomode", acrescentou Harry. "Podemos vencer isso honestamente e provar que a Sonserina pode vencer um jogo justo."
Crabbe e Goyle olharam para ele de soslaio, mas acenaram concordando antes de voar. Harry mergulhou em um mergulho íngreme, evitando os balaços que já estavam apontados para ele.
Harry não teve tempo de prestar muita atenção ao resto do jogo, constantemente em movimento para evitar os balaços enquanto procurava pelo pomo, e ainda mantendo um olho em Ginny caso ela o visse primeiro. Especialmente porque ela não estava mais o seguindo de perto.
Harry acelerou para evitar outro balaço e, em seguida, girou em um looping em forma de saca-rolhas para errar o segundo. Ele se abaixou para passar pelos artilheiros da Grifinória para uma breve pausa e sorriu quando causou interferência suficiente, permitindo que Draco recuperasse a Goles.
O padrão continuou, Harry desviando e realizando manobras complicadas para evitar que os balaços fossem continuamente direcionados a ele.
Depois de uma ligação particularmente difícil, ele estava extremamente grato por Lockhart não estar por perto, apenas no caso de ser atingido. Sloper e Kirke foram extremamente precisos com seus golpes e mantiveram Harry em movimento.
Ele estava começando a ficar frustrado, tendo menos tempo para procurar o pomo. Ele voou ao lado de Ginny. "Teve sorte até agora?" ele perguntou com um sorriso, voando perto dela e agradecido pela trégua dos balaços.
"Não." Ginny sorriu de volta. "Apesar de ter mais tempo para olhar do que você."
Harry riu, mesmo enquanto seus olhos vasculhavam o campo novamente.
"Malfoy marca outro gol! 60-40 a favor de Slytherin!"
Harry ouviu o gemido de Ginny acima do rugido dos aplausos do sonserino. Muitos membros das outras casas pareciam estar torcendo pela Sonserina este ano também. Ele sorriu para Ginny enquanto eles se abatiam sobre as traves do gol da Sonserina.
De repente, eles avistaram o pomo ao mesmo tempo e decolaram. Mais uma vez, todo o resto ficou em segundo plano para Harry.
Ele desviou de todos os artilheiros, Ginny bem ao lado dele. Por todo o campo, eles mergulharam e desviaram. Harry se abaixou e seguiu o pomo por um dos postes da baliza antes de fazer uma curva rápida enquanto o pomo se levantava abruptamente antes de disparar de volta para o meio do campo.
Harry não sabia o que Ginny tinha feito, mas de repente ela estava perseguindo seu lado novamente. Eles se esquivaram dos outros jogadores mais uma vez antes de mergulharem rapidamente quando o pomo disparou em direção ao chão.
Ele sentiu a força da gravidade aumentando sua velocidade e a adrenalina corria por ele livremente enquanto corria em direção ao chão, os olhos focados no pomo. Ele mal percebeu quando Ginny se afastou, sua mão estendida. . . e seus dedos agarraram o pomo quando ele puxou bruscamente o cabo da vassoura com a outra mão, arqueando graciosamente de volta no ar, enquanto o som corria em seus ouvidos novamente.
"Slytherin vence! 210-40! Dustin Snape pegou o pomo e Slytherin vence!"
Harry estava sorrindo amplamente quando o time da Sonserina de repente o cercou, e Draco o estava beijando no ar. Draco se afastou, gritando triunfantemente. Harry piscou para ele atordoado, sentindo uma onda de um tipo diferente agora.
Ele não estava exatamente preocupado em cair de sua vassoura com a equipe amontoada ao redor deles enquanto eles voltavam para o chão.
"Você venceu! Nós vencemos!" Draco estava gritando.
Pelos próximos vinte minutos ou mais, Harry tentou ficar fora dos holofotes tanto quanto possível. Ele dirigiu toda a atenção que pôde para Draco, o capitão do time que parecia estar andando no ar em toda a emoção.
Harry estava observando Draco com uma indulgência um tanto perplexa, quando Ron e Ginny vieram por trás dele. Ron parecia que Ginny o havia arrastado contra sua vontade, sua expressão era de extrema decepção.
Harry achou que ele parecia um pouco verde nas bordas. "Você está bem, Ron?"
Ron abriu a boca, depois fechou novamente, aparentemente incapaz de falar. Ele estava observando Draco se empinando pelo campo, aceitando alegremente os parabéns de todos os simpatizantes.
"Ele vai ficar bem," Ginny disse revirando os olhos. "Viemos apenas para lhe dar os parabéns."
"Obrigado", disse Harry, compartilhando um sorriso com ela. "Você jogou um bom jogo."
Ela o estudou contemplativamente por um momento. "Você também", disse ela. Ela hesitou um pouco antes de continuar. "Para ser honesto, acho que a Sonserina jogou o jogo de maneira mais justa do que a Grifinória."
Harry encolheu os ombros despreocupadamente. "Sua estratégia era válida."
"Mas não exatamente ético," ela disse ironicamente. "É um pouco incomum para a Sonserina jogar um jogo mais ético do que a Grifinória."
"Talvez", Harry sorriu com outro encolher de ombros.
"Sabe," Ron disse lentamente, trazendo a atenção de Harry e Ginny de volta para ele. "Eu acho que esse jogo pode ter significado mais para Malfoy do que para mim mesmo."
Ginny olhou para o irmão com orgulho enquanto Harry o olhava surpreso. Essa deve ter sido uma das confissões mais difíceis que Ron já fizera.
"Significa muito para ele," Harry admitiu baixinho.
Ron fechou os olhos com força, parecendo que suas próximas palavras estavam custando tudo o que tinha. "Ele ganhou a vitória", disse ele. "Ele jogou limpo."
Harry sentiu a culpa se contorcendo em suas entranhas novamente. Foi considerado justo quando um dos jogadores não era quem todos pensavam que ele era?
"Claro, Malfoy também fez você jogar para ele, o que facilitou o jogo", Ron disse ironicamente.
Sem saber, as palavras de Ron fizeram Harry se sentir um pouco melhor. "Então você acha que Slytherin poderia ter vencido sem eu jogar?" Harry perguntou com um sorriso atrevido.
"Se não fosse você bancando o apanhador, então teria sido o Malfoy. Ginny tinha uma competição difícil de qualquer maneira," Ron admitiu com um encolher de ombros.
"Ei! Não sou de todo ruim!" Ginny protestou, mas estava rindo de seu irmão.
"Não, mas eles são melhores," Ron admitiu, suspirando pesadamente. Então ele se iluminou. "Acho que éramos bem parecidos de outra forma."
"Sim, acho que estávamos", disse Harry, sorrindo novamente. Ele estava se sentindo muito, muito feliz com a aceitação relutante de Ron da vitória de Slytherin. Se ele pudesse aceitar as coisas tão rapidamente após o jogo, e não estivesse segurando a vitória apenas como influência de Dustin, então as coisas estavam boas. Parecia que Ron estava crescendo também.
Eles ficaram em silêncio por um minuto, observando Draco saltar ao redor do campo. "Você pode querer ir ver se consegue controlá-lo novamente," Ron disse divertido.
"Você não quer parabenizá-lo você mesmo?" Harry perguntou inocentemente. "Capitão para capitão e tudo isso?"
Ron parecia em pânico. "Erm, acho que não. Ele parece um pouco ocupado agora."
Harry e Ginny estavam rindo. "Saiam daqui," Harry disse a eles. "Eu não te culpo por não querer enfrentá-lo agora." Ele olhou para Draco. "Eu também não tenho certeza se sei como lidar com ele", disse ele com um sorriso perplexo.
"Que bom que é você e não eu," Ron disse com um sorriso. Harry voltou a observar Draco enquanto Ron e Ginny saíam do campo.
"Parabéns."
Harry se virou e sorriu para seu pai. Ele ficou feliz quando recebeu o raro abraço em público. Ele sabia que seu pai também estava muito satisfeito com a vitória da Sonserina.
Severus ficou surpreso, mas satisfeito, quando Harry contou a conversa com Ron e Ginny. "Parece que você se saiu muito bem hoje em mais de um aspecto", Severus disse com orgulho.
Harry sorriu feliz. "Ficou melhor do que eu esperava", admitiu.
"Posso sugerir que você vá buscar Draco antes que ele humilhe a casa da Sonserina ainda mais?" Severus disse. "Não seria bom que todos se lembrassem de seu comportamento em vez da vitória."
"Eu tenho?" Harry choramingou.
Os olhos de Severus estavam brilhando de diversão. "Você criou aquele monstro, lide com isso."
"Eu não criei isso ," Harry protestou.
"Lide com isso", Severus ordenou novamente, sorrindo para Harry.
"Tudo bem," Harry bufou, mas não conseguiu mais conter sua diversão e sorriu novamente para o pai antes de ir buscar o namorado e arrastá-lo para os vestiários.
*
"Vencemos a Grifinória!" Draco cantou triunfante, agarrando Harry pela cintura e girando-o em um círculo.
"Ponha-me no chão!" Harry protestou, rindo de Draco. "Agora, quem tem passado muito tempo com Blaise?"
"Mas nós vencemos!" Draco cantou novamente, embora tenha colocado Harry no chão.
Harry balançou a cabeça tristemente, observando divertido enquanto seu namorado normalmente calmo e tranquilo saía andando pelo vestiário parabenizando o resto do time e se regozijando triunfante sobre como eles haviam derrotado a Grifinória.
"Que é aquele?" Miles perguntou baixinho, se esgueirando ao lado de Harry.
"Eu acho que é Draco," Harry disse ironicamente. "Mas não estou disposto a garantir isso."
Miles riu, mas deu a Harry um olhar malicioso. "Quer que eu tire o resto da equipe daqui para que você possa acalmá-lo novamente antes que ele se machuque?"
"Provavelmente uma boa ideia", disse Harry seriamente, observando Draco balançando em alguns canos pendurados conectados ao teto. Draco subiu rapidamente, pousando agilmente de pé em um dos bancos. Ele pulou ao longo do banco, cantando algo sobre Weasley não ser mais rei com um novo príncipe na cidade.
"Tem certeza que ele não está chateado?" Miles perguntou divertido.
Harry bufou. "Não, Draco é um bêbado tranquilo. Parece que ele só fica chapado com uma vitória sobre a Grifinória."
Harry começou a tirar seu equipamento de quadribol enquanto Miles reunia o resto do exuberante time, conduzindo-os para fora do vestiário.
"Ei! Onde todo mundo está indo?" Draco protestou.
"Voltar para os dormitórios para comemorar," Miles disparou de volta. "Você apenas fica aqui e comemora um pouco com Dustin."
Os olhos de Draco pousaram em Harry tirando sua camisa e foram imediatamente agradáveis. "Saiam daqui, então," ele ordenou aos outros. Eles saíram rindo até a porta.
Draco caminhou até Harry, mas Harry o contornou. "Tire a roupa", Harry ordenou. "Estamos tomando banho."
Tirando as calças, ele observou Draco divertido. Ele não tinha percebido que era possível remover todo aquele equipamento de quadribol tão rapidamente. Balançando a cabeça, Harry foi até o chuveiro e abriu a torneira.
Inclinando a cabeça para trás, ele deixou a água quente enxaguar o suor e a sujeira, permitindo que a água aliviasse um pouco da tensão. Depois de alguns minutos, ele percebeu que Draco não tinha se juntado a ele como esperava e abriu os olhos para procurá-lo. Ele piscou para tirar a água dos olhos e olhou para baixo com espanto quando percebeu que Draco estava ajoelhado na sua frente.
Draco estava olhando para ele com olhos cheios de luxúria e Harry sentiu-se imediatamente endurecer. "Draco?"
"Você me recompensa por me comportar bem com os Grifinórios," Draco falou lentamente. "Este parece ser um momento para recompensá-lo por jogar bem com os sonserinos."
Harry perdeu todo o pensamento sobre o que ele pretendia dizer quando a língua rosa de Draco bateu contra a cabeça de seu pênis. Draco olhou para ele através dos cílios brilhando com gotas de água enquanto seus lábios se separaram e pegaram o comprimento de Harry em sua boca.
"Recompensas são boas," Harry respirou, apreciando a explosão de sensação criada pela boca quente e úmida de Draco e sua língua talentosa.
Precisando de estabilidade, as mãos de Harry agarraram a cabeça de Draco, os dedos se enredando nas mechas molhadas. Seus quadris sacudiram por vontade própria quando Draco pegou mais do comprimento de Harry em sua boca e chupou com força.
As mãos de Draco seguravam frouxamente os quadris de Harry e Harry ficou um tanto surpreso, mas gloriosamente satisfeito, quando Draco puxou os quadris de Harry para frente, encorajando Harry a foder sua boca. Essa não era normalmente uma atividade que Draco gostava muito de permitir.
Harry não estava prestes a questionar, entretanto, gemeu profundamente quando Draco o engoliu inteiro. Harry teve o cuidado de não machucar Draco, mas começou a foder a boca de Draco para valer, arqueando lentamente seus quadris para frente e para trás, para dentro e para fora daquela caverna maravilhosa da boca de Draco.
Harry inclinou a cabeça para trás por alguns momentos, o jato do chuveiro o acertando diretamente no rosto, antes de olhar para Draco novamente.
"Oh deuses, Draco," ele respirou, percebendo que Draco estava se acariciando. "Draco", Harry gritou seu nome em advertência, e Draco respondeu engolindo-o até a raiz e cantarolando. Harry gozou forte, atirando sua semente diretamente na garganta de Draco.
Com as pernas tremendo, Harry tropeçou para trás até bater na parede de azulejos e se encostou nela, grato pelo apoio.
Draco se levantou e se pressionou contra Harry, beijando-o languidamente. Harry saboreou a si mesmo enquanto chupava levemente a língua de Draco. Ele preguiçosamente pensou no fato de que um dos sabores de Malfoy era o seu próprio sabor. Não é algo ruim.
"Bom?" Draco perguntou, sua voz um pouco rouca. Harry sorriu, pensando que soava sexy, mas sabendo que Draco odiava.
"Eu gosto de recompensas", respondeu Harry, praticamente ronronando de satisfação.
Draco parecia bastante satisfeito também e sorriu para Harry. "Achei que você merecesse por vencer o jogo de hoje."
Harry balançou a cabeça com o lembrete. "Então, você está se sentindo mais calmo agora?" ele perguntou ironicamente.
Draco deu a ele um sorriso malicioso. "Talvez. Acho que deveríamos terminar de tomar banho e talvez parar em nosso quarto para que você possa transar comigo antes de irmos para a celebração da Sonserina."
"Funciona para mim", disse Harry ansiosamente, bastante feliz com o plano. Ele achou que fazia mais sentido transar com Draco como um bobo do que Draco agir como um bobo pela vitória.
*
Eles entraram na sala comunal da Sonserina, que quase imediatamente explodiu em gritos altos quando foram vistos. Draco e Harry sorriram maliciosamente para a multidão enquanto caminhavam até o sofá de sempre quando estavam lá.
Blaise entregou a ambos as bebidas, um sorriso largo enfeitando suas feições. "Parabéns!"
"Obrigado", disse Harry, retribuindo o sorriso de Blaise. Ele tomou um gole forte do uísque e distraidamente se perguntou de onde Blaise o tinha tirado. Ele certamente sabia o que Harry preferia. Harry não estava prestes a ficar chateado esta noite, no entanto. Com sua sorte, Voldemort causaria problemas novamente, e lidar com problemas de Voldemort com uma ressaca não era divertido.
Pela meia hora seguinte, pelo menos, quase todo mundo apareceu, parabenizando Draco e Harry pela vitória. Harry ignorou tudo, deixando Draco ter sua glória como capitão do time.
Neville estava lá e deu a Harry um sorriso um tanto confuso, mas compreensivo. Neville ainda estava perplexo com a ideia de Harry jogar e ajudar a Sonserina a vencer, mas ele também entendia a posição que Harry estava. Especialmente quando se tratava de toda a atenção que ele agora estava tentando ignorar.
Harry encolheu os ombros, dando a Neville um sorriso triste. Além da substituição da cerveja amanteigada pelo álcool, essa multidão barulhenta comemorando não era tão diferente das festas que a Grifinória geralmente organizava depois de vencer a Sonserina.
"Você está acostumado com tudo isso, não é?" Draco sussurrou em seu ouvido, tendo percebido a troca entre Neville e Harry.
Harry estremeceu ligeiramente. "Hum, sim," ele admitiu.
Draco balançou a cabeça tristemente. "Mais um motivo para eu estar grato por você ter sido selecionado para a Sonserina."
Harry deu de ombros, sorrindo timidamente para ele, grato que Draco não estava ficando bravo com as perdas anteriores.
Miles veio e deu um tapa no ombro de Harry. "Fico feliz em ver que você conseguiu trazer Draco de volta para nós."
Harry riu quando Draco protestou, "Eu nunca fui embora."
"Isso é sobre o quê?" Blaise perguntou com interesse.
Harry descreveu alegremente o comportamento de Draco no vestiário, para a diversão de todos.
"Draco estava um pouco agitado hoje," Blaise concordou com um grande sorriso. "Mas ele parece bem calmo agora."
Harry bufou divertido. "Bem, ele está todo bagunçado e maduro agora."
"Tem sido um dia de muito sucesso em todos os sentidos," Draco falou lentamente.
Todos riram, acomodando-se para simplesmente relaxar e comemorar.