Paraíso - Oneshot Fem WangXia...

By avlwangxian

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Apenas uma história curtinha com nossos dois queridos em gêneros trocados. More

Único

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By avlwangxian

A ideia NÃO era idiota, não importava o que a voz em sua cabeça ficava repetindo. Wei Ying continuou sentada no escuro, com a venda, esperando. Essa brincadeira na verdade era meio antiga, tirada de um de seus filmes favoritos, mas tinha um motivo especial para ela ter sugerido, e ter se oferecido para ser a única a passar por aquilo: Lan Zhan estava na festa.

Lan Zhan era sua melhor amiga, colega de quarto, e seu grande amor secreto e impossível. Impossível porque é claro que ela, Wei Ying, não tinha a menor chance. Se por um acaso a outra tivesse algum sentimento por ela seria um amor de irmã mais velha. Bem, cancele isso, é claro que ela sabia que Lan Zhan tinha sim um grande carinho por ela, afinal por qual outro motivo teria recebido-a em seu apartamento quando sua madrasta a colocou para fora de casa (Sra. Yu na verdade era sua mãe adotiva, mas ela gostava de dizer madrasta por causa de toda a coisa de princesa e madrasta malvada. Talvez uma pequena parte sua ainda esperasse pelo final feliz com o príncipe num cavalo branco. Ou melhor, uma princesa num jaleco branco). Mas enfim, Lan Zhan sem dúvida a via como uma pirralha problemática que claramente precisava dos cuidados de alguém responsável, e ela, Lan Zhan, como a mais responsável, talentosa, dedicada, inteligente e perfeita futura pediatra, resolveu que iria bancar o papel de irmã mais velha.

Wei Ying suspirou no escuro. Aquilo era tão estúpido. A probabilidade de ser Lan Zhan a entrar ali e lhe dar '15 minutos no paraíso' era quase nula. Quem ela estava querendo enganar?! Era totalmente impossível. 

Bem nesse momento a porta se abriu, mas curiosamente não houve barulho de conversa ou música vindo de fora, nem passos entrando no quarto. A festa não era grande, era mais como uma pequena reunião de amigas, na verdade. A irmã mais velha de Lan Zhan, com a namorada líder do time de basquete, a irmã mais nova da tal namorada com sua própria irmã mais nova, Wen Qinq pelas bebidas, e pela MianMian, embora nenhuma das duas estivesse disposta a admitir o interessa uma pela outra, Wei Ying, e Lan Zhan, que provavelmente só concordou em participar porque a coisa toda estava acontecendo no apartamento que as duas dividiam. 

Mas, apesar de poucas pessoas, era para estar vindo algum barulho lá de fora. Algo estava errado. Mas, assim que ela se preparou para tirar a venda dos olhos e ir descobrir o que estava havendo, uma mão forte segurou seu pulso, firme mas sem machucar. O coração de Wei Ying disparou, porque é claro que ela conhecia aquele toque. Lan Zhan não era muito de tocar, então ela havia catalogado na memória cada vez que isso aconteceu, a ponto de conseguir identificar a mão, a pele da outra em qualquer situação. Ela abriu a boca, mas estava seca, e não conseguiu emitir nenhum som. E então lá estava o cheiro de Sândalo ao seu redor, muito forte, o calor do corpo maior passando para o seu, e logo ela não poderia dizer nada, mesmo se quisesse, pois lábios quentes e macios cobriram os seus, e seu raciocínio lógico simplesmente resolveu que era hora de dar um cochilo. 

Wei Ying não é uma menininha inexperiente, ela já namorou bastante, tudo antes de conhecer Lan Zhan, claro, mas ainda assim ela sabia como beijar outra garota. Pelo menos ela achava que sabia. Mas quando um braço passou por sua cintura, puxando-a para perto, e uma mão se fechou em sua nuca, aprofundando o beijo, ela percebeu  que podia até saber como vadiar por aí com garotas que ela não queria realmente, mas em se tratando de estar com a única pessoa que ela realmente, totalmente desejava, e não só de maneira física (embora é claro que ela quisesse Lan Zhan de maneira física, queria muito. Seu vibrador azul claro estava aí pra comprovar), mas ela queria Lan Zhan pela mulher que ela era, pelo quanto se sentia feliz com a maneira séria, silenciosa e totalmente confiável que a outra se comportava. Então ela só pode se entregar ao toque que estava sentindo. 

Agora, uma coisa que ela não havia esperado, mas que deveria ter imaginado, é que, assim como todo o resto, Lan Zhan também seria habilidosa nisso. Ser empurrada para a cama até estar deitada nos travesseiros macios, o peso do corpo da outra sobre o seu, as mãos que agora começavam a lhe percorrer, tudo isso lhe causava arrepios e prazer além de qualquer coisa que já havia experimentado. Talvez porque na sua cabeça ela apenas conseguisse repetir de novo e de novo e de novo 'Lan Zhan também me quer'.

Suas mãos foram para os cabelos longos e macios da outra, ainda presos na trança que Lan Zhan estava usando durante a festa, e essa foi a última e definitiva constatação de que sim, ela realmente estava ali. Esse fato teve o efeito de uma descarga elétrica em seu corpo, e toda aquela atitude passiva e surpreendida passou. Suas mãos seguraram o lindo rosto da outra, que mesmo estando oculto pela venda e pela escuridão, ainda era a coisa mais linda em seu mundo, e enfim correspondeu aquele beijo à altura, sua língua explorando o calor da boca de Lan Zhan, deliciando-se ao tocar a da outra.

Suas pernas se afastaram, acomodando melhor a mais velha entre elas, e a saia curta e ligeiramente rodada que usava lhe pareceu uma dádiva naquele momento, quando subiu por suas coxas com aquele movimento. E quando uma das mãos de Lan Zhan lhe tocaram exatamente ali, um pouco mais frias em comparação com sua própria temperatura, Wei Ying não conseguiu evitar gemer baixinho contra os lábios da outra. Isso pareceu ser um incentivo, já que a boca de Lan Zhan foi para seu pescoço, distribuindo beijos e fazendo sua respiração ficar entrecortada. 

As mãos de Wei Ying começaram a vagar, indo para as costas de Lan Zhan e encontrando a fileira de botões de seu vestido. Que se fodesse qualquer senso de decoro, quinze minutos o caramba! Ela teria muito mais, ela teria tudo que Lan Zhan estivesse disposta a lhe dar. Seus dedos abriram cada botão com a maior facilidade, e logo estavam tocando a pele lisa e macia por baixo do tecido. E sem se importar com mais nada, puxou a peça dos ombros de Lan Zhan. Seu deleite só cresceu quando a outra interrompeu os beijos em seu pescoço para se afastar e permitir que o vestido fosse retirado da parte de cima de seu corpo, libertando cada braço de uma vez enquanto pairava sobre a mais nova. 

O sorriso no rosto de Wei foi terno, apesar de tudo, quando suas mãos tocaram a frente do colo de Lan Zhan, sentindo a renda de seu sutiã, identificando o pequeno laço que ficava no vale entre seus seios. Ela abraçou a maior, puxando-a para perto, voltando a beijá-la na boca, enquanto seus dedos abriam o fecho da parte de trás, soltando a peça íntima. 

– Wei Ying. – Lan Zhan sussurrou em sua boca, interrompendo o beijo brevemente. 

As testas das duas se tocaram, seus narizes se esfregaram, e elas ficaram assim por um instante, apenas sentindo a presença, a proximidade uma da outra. 

– Lan Zhan. – Ela respondeu, mas soou como se o nome fosse na verdade o mais delicioso que ela estava saboreando em sua língua. – Eu quero você. Tanto. Há tanto tempo. – Ela então confessou, baixinho. 

Uma mão gentil soltou o nó atrás de sua cabeça, tirando a venda. Mas Wei Ying seguiu de olhos fechados até sentir a claridade suave vindo do lado da cama, indicação de que o abajur havia sido aceso. Ela então piscou devagar, até se acostumar com a luz fraca e amanteigada que banhava as duas sobre a cama. E então seus olhos ficaram presos ao rosto afogueado de Lan Zhan pairando próximo ao seu. 

– Eu também quero você. Demais. Há muito tempo. – A mais velha disse, e havia tanta sinceridade na maneira que suas palavras soaram, que o coração de Wei Ying quase doeu, disparado e tão, tão completamente feliz, que de repente era difícil respirar, difícil falar, difícil impedir o ardor em seus olhos. 

As duas decidiram a mesma coisa, ao mesmo tempo, e os lábios de ambas se encontraram no meio do caminho. Aquele beijo foi diferente, como se elas tivessem se tornado pessoas diferentes depois de confessar seus sentimentos uma pela outra. E quando Lan Zhan abriu a blusa de Wei Ying, ajudando-a a tirar, e em seguida fez o mesmo com seu sutiã, deixando-as pele contra pele, a sensação mais forte que sentiram foi de que aquilo era certo, era como deveria ser. 

Elas se conheciam muito bem, e ainda assim cada toque foi uma descoberta, a maneira como Wei Ying era sensível quando tocada em sua barriga e cintura, ou como os seios de Lan Zhan eram macios, tão cheios que quase não cabiam nas mãos pequenas da mais nova. Mas, em meio a tantas novas sensações, não houve nada que qualquer uma das duas não apreciasse. Elas apenas só podiam desejar mais e mais uma da outra, e foi essa necessidade que as tornou mais ousadas, o restante das roupas sendo jogadas no chão, a boca de Wei Ying nos mamilos de Lan Zhan, os dedos de Lan Zhan entre as pernas de Wei Yin, tocando onde ela estava tão, tão molhada e desejosa, escorregando com facilidade e fazendo com que ela emitisse gemidos de prazer. 

E ainda assim não era o suficiente. 

Talvez a mão de Lan Zhan no queixo de Wei Ying, trazendo sua boca de volta, tenha sido um pouco mais rude. Talvez a mordida que Lan Zhan deu nos lábios de Wei Yin depois de beijá-la profundamente tenha sido um pouco mais forte. Talvez os chupões que a maior ia depositando ao longo do pescoço esguio de Wei Ying enquanto ia aos poucos descendo fossem ficar marcados e aparentes por vários dias. Mas, mesmo que fosse esse o caso, Wei Ying amou tudo isso. Nunca imaginou que ter seus seios tocados, saboreados por Lan Zhan lhe deixariam com o corpo todo ardendo, precisando de mais. A trilha de beijos que Lan Zhan espalhou por sua barriga, enquanto descia, quase a fez erguer os quadris da cama, implorando por mais. Seu gemido foi definitivamente obsceno quando sentiu os dentes de Lan Zhan em sua coxa, enquanto mantinha a outra coxa bem afastada, deixando-a aberta e exposta. Talvez Wei Ying devesse ter ficado envergonhada, mas aquela ali era Lan Zhan, e tudo, seu corpo, seu coração, seus pensamentos, seu amor, e aquele ponto pulsando desejoso entre suas pernas pertenciam a ela. 

Wei Ying poderia ter dito tudo isso em voz alta, pela maneira que Lan Zhan desceu a boca sobre seu núcleo e apenas tomou posse. Cada deslizar de língua, cada sugada, cada pequena estocada com a ponta dos dedos poderia ter sido uma declaração: minha. Wei Ying só pode agarrar-se aos lençóis enquanto o mais puro e intenso prazer a percorria ao ser devastada pela boca de Lan Zhan, que lhe chupava como se ela fosse a coisa mais deliciosa que já havia provado. 

E assim, impossívelmente, o prazer apenas foi se acumulando, crescendo, até sua mente ficar em branco, até a única coisa real em seu mundo ser a língua de Lan Zhan entrando e saindo de seu sexo, até que ela apenas pudesse estremecer e gemer sobre a cama, enquanto onda após onda do orgasmo iam varrendo cada pequena parte sua. 

Quando ela enfim emergiu de volta à realidade, Lan Zhan estava deitada ao seu lado, a cabeça apoiada na mão, que estava apoiada no cotovelo, apenas observando-a e esperando. Wei Ying sorriu leve, totalmente saciada, e tocou com carinho o rosto que amava tanto. E foi isso que ela disse:

– Amo você. 

E o sorriso mais lindo do mundo curvou aquela boca pecaminosa que ainda há pouco havia lhe destruído. 

Isso fez com que Wei Yin se desse conta de algo, e assim ela reuniu a energia que ainda havia em seu corpo para rolar, derrubando Lan Zhan de costas, e dizer duas palavras cheias de promessas:

– Minha vez. 

Fim

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