Ouvi magias sendo lançadas e tentava ao máximo esmurrar a porta, minha varinha tinha ficado nas mãos de Draco.
- PARA COM ISSO POTTER - eu tentava gritar, mas parece que não me ouviam.
Countinuei forçando contra a porta, o máximo que pude. No segundo em que consegui arrombar a porta, caí no chão e ouvi um:
- Sectumsempra - eu nunca tinha ouvido essa magia antes. Pulei na frente de Draco antes que atingíssi-lo. Caí no chão, cheia de dores no corpo, parecia que milhões de cortes tinham sido feitos em mim, Tudo doía, tudo latejava.
- AMOR - gritou Draco se aproximando. - OQUE VOCÊ FEZ POTTER? O QUE VOCÊ FEZ? Amor, olha para mim, olha. Vai ficar tudo bem. Respira.
Nesse momento Severus Snape se aproximou de mim, agachou ao meu lado. Foi sussurando umas magias:
- Vulnera sanentur, vamos Draco me ajude. - Ambos com suas varinhas repetiam.
- Vulnera sanentur.
E eu sentia todo o sangue voltando pro meu corpo e todos os buracos se fechando, doía tanto quando eles estavam saíndo. De canto de olho, vi Harry me olhando assustado, e saindo de fininho do banheiro. Draco chorava. Eu queria dizer para ele que estava tudo bem, mas pela primeira vez eu tinha certeza que não estava, e que não ficaria tudo bem.
🌟🖤
Uma semana depois do ocorrido, estávamos na mansão Malfoy, era recesso pelo Natal.
Evidentemente Voldemort soube do que aconteceu comigo, todos souberam. Uns queriam vingança, outros me achavam uma inútil.
- O que ele falou? - perguntei a Narcisa quando Draco contou a ele o que Harry Potter havia feito. Ela me respondeu:
- Ele, ele disse que você mereceu. Mereceu porque foi fraca, e não foi boa e forte o suficiente para revidar - eu odeio aquele filho da puta, cuzão, nojento, sem nariz.
Mais um natal passou e o vem piorado desde o último.
Esse ano não teria as incríveis e tradicionais trocas de presente no sonsalão em Hogwarts, não teria diversas corujas chegando com cartinhas dos meus amigos, não teria a festa divertida de Narcisa ou até mesmo o Natal aconchegante na casa dos Weasley. Não teria troca de presentes, não teria música, apenas não.
De natal Lorde das Trevas - me recuso a chamá-lo de pai - me deu um "vestido". Entre aspas porque mais parecia um pedacinho de pano. Disse que eu deveria usá-lo na "festa". Um vestido super vulgar para eu usar, e olha que eu amo roupas curtas e apertadas.
No jantar natalino, estava sentada ao lado de Draco, a frente do senhor das Trevas. Fora isso, o nojento proibiu qualquer mulher dos comensais - fora eu - por tanto eu parecia um pedaço de carne no meio daqueles velhos nojentos. Lucius me olhava preocupado, e Draco apertava minha mão.
- Como presente de natal - começou a voz rouca - Escolhemos dar ao nosso jovem casal a imensa oportunidade de se tornar de uma vez comensais da morte - os homens aplaudiram e riram - Estendam os punhos. - olhei para Draco que mantinha um olhar marejado, estava triste. Abraxas se aproximou de nós, e ficou olhando para meu amor como se fosse um chocolate gostoso. Começou a fazer a tatuagem, gemeu de dor. Eu fui a próxima.
🌟🖤
- Me desculpa. - decidimos dar uma volta pelo jardim. - Por não ter comprado presente e tal, e-eu não consegui sair, você sabe, ele fica em cima de mim o tempo todo.
- Ta tudo bem amor, eu não comprei nada, mas preparei uma surpresa, acho que vai ser legal - Draco Malfoy e suas surpresas, sorri. - Me segue - Quando chegamos mais próximos a piscina, dentro de uma bóia: tinha uma garrafa de vinho rosê - com estranhas 7 taças de cristal, morangos, uvas e foundie de chocolate - em uma quantidade que serveria uns 10 elefantes, e uma carta. Sem contar aquelas típicas luzinhas de natal, eram a única luz dali, nem a luz interna da piscina estava ligada.
- A-amo, i-isso é lindo - o abracei. - Obrigada.
- Achei que merecíamos uma diversão em meio a esse caos.
- Acertou, você sempre acerta. - dei um selinho, era a única coisa que acontecia desde que eu saí da enfermaria da Madame Ponfrey, uma semana atrás.
- Então? Vamos entrar? Eu pedi que aquecessem, do jeito que você gosta.
- Só arranca isso aqui de mim logo - falei rindo do vestido.
- Eu achei ele meio sexy.
- Você e todos aqueles velhos. - disse me ajudando a vestir o biquini que ele tinha separado.
- Nem me fale, eu mataria metade deles se pudesse.
- E a hora d-da t-tatuagem, o cuzão - Abraxas Malfoy - ficou secando você, como um pedaço de carne, sei lá. Eu juro, depois que isso acabar - eu vou morrer, mas - eu mato ele.
- Nossa, você é muito gostosa, Amélia Malfoy - eu ri, ele só me chama de Malfoy.
- Eu digo o mesmo Draco Spellman - eu ri da careta dele - O que foi? Não quer se tornar um Spellman.
- Não é isso, EI, EI - saiu correndo atrás de não sei o que. Eu estava p e l a d a, peladinha, peladérrima, terminando de vestir o top, não tinha muito o que eu pudesse fazer, vesti um roupão que estava em cima da mesinha e então só esperei, ele voltou cinco minutos depois - Acabei de matar um cara.
- Que?
- Eleestavanosolhandoaíeufuiatrásdelee - disse cuspindo as palavras.
- Ei, ei, calma, devagar, não entendi nada.
- E-eu, ele estava nos olhando, olhando para você, aí eu fui atrás dele, e ele começou a falar umas coisas de como você era gostosa e merecia ser, merecia ser - eu entendi. - Aí eu lancei um avada nele. - abri a boca em choque. - Vem ver.
Segui ele com medo, medo por ele, levantei minha varinha, caso, sei lá. Fomos andando um pouco pelo imenso jardim e chegamos.
- MEU MERLIN DRACOEL MALFOY - falei rindo. E correndo abraçar meus amigos. Estavam todos ali, bom todos não, mas até Finn estava.
Finn, Blás, Asty, Te e Noah.
- Que susto - falei dando um tapinha de leve no braço dele, depois de abraçar todos. - Acreditam que ele falou que tinha matado um cara? - riram.
- Eu não sei vocês - começou Finneas - Mas eu fui literalmente contrabandeado - rimos - É sério, minha família vai matar vocês se souberem aonde eu estou, ele está aqui? - acenti meio triste. - Que foda - o encaramos - Não foda foda, foda tipo, mais uma aventura para minha lista. Foda tipo, eu sou o filho rebelde da família - rimos mais.
- Bom, todos trouxeram roupas de banho né? - perguntou Draco, finalmente, verdadeiramente feliz. Todos assentiram. E fomos para a piscina.
...
- Acho que de todos, esse foi o meu melhor natal - falei no colo de Draco, na piscina.
- É, o meu também, fora todas as merdas que estão acontecendo.
- Você viu que eles não nos julgaram pela tatuagem - ele assentiu. Estavamos um pouco afastados de nossos amigos, agarradinhos, só curtindo a música.
- São nossos amigos amor.
- É, eu fico feliz que sejam. - sorri deitando a cabeça em seu peito molhado - Ei ei garoto, olha essa mão.
- Desculpa não resisti - disse depois de apertar meu bumbum. - Já fazem anos desde que
- Anos? Dramático - ri e lhe dei um selinho. - Depois que eles forem, nós podíamos foder bem gostoso na banheira - ele ficou vermelho.
- Sabe Amélia, você é a porra da mulher da minha vida - me beijou - Vamos fugir.
- Fugir?
- É, fugir, igual a vó de Finneas, eles foram para Itália, nós podemos ir sei lá, México, Estados Unidos, Brasil.
- Fugir agora? É o que eu mais quero, juro. M-mas não posso, não podemos. - ele levantou meu rosto, encarei seus lábios vermelhos. - Eles vão nos caçar, e milhares de pesssoas podem morrer, e
- Ei, ei, foda-se eles, casa comigo, vamos ter uma família, vamos viver no calor do Brasil, sei lá, aonde você preferir, desde que você esteja lá, eu vou estar bem, amor. - paralisei.
- EI COELHINHOS - gritou Blás - Deu de pegação, hora de aproveitar seus amigos - dei aquela deixa e sai nadando de perto do Draco, precisava de espaço. Fingi meu melhor sorriso e continuamos a brincar, o grupo todo.