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By fxnfiqueira

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❝'Cause I, I feel like I'm ready for love And I wanna be your everyt... More

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By fxnfiqueira

O OLHAR DE LUCYLLE ESTAVA FIXO sobre a mesa do restaurante que antes estivera sentada na companhia dos melhores amigos. Havia deixado Thorin e Bilbo sozinhos por alguns instantes, fazendo com que ambos tivessem um momento de privacidade e, dessa forma, pudessem se conhecer melhor. Fili a observava em silêncio, sem compreender o motivo que a fez o arrastar para fora do restaurante antes da sobremesa. Não que ele não tivesse notado o interesse de seu tio em relação ao novo secretário, Thorin deixava óbvio com seus olhares desconfortáveis, porém o loiro conseguia ser extremamente desatento aos pequenos detalhes, principalmente envolvendo situações românticas.

― Quer tirar uma foto? ― Lucylle perguntou brincalhona ao encarar os olhos verdes do melhor amigo.

― Só quero entender o motivo de ter saído antes de comermos a sobremesa. ― Disse Fili retirando o cigarro das mãos da amiga e levando até os lábios.

― Nossa... Sério? Você é muito lento, seu burro tapado. ― Ela revirou os olhos rindo sarcástica. ― Você não notou nada?

― O que eu deveria ter notado? ― Ele devolveu o cigarro a ela.

― Que eu quero te levar pro meu carro e te foder com força. ― Lucy piscou sorrindo maliciosa, mesmo que brincando havia um fundo de verdade em sua frase.

― Estou falando sério. ― Fili arqueou a sobrancelha direita e cruzou os braços. Odiava quando fazia uma pergunta séria e ela o respondia com ironias.

― Não sei se percebeu, mas Thorin vem sendo um porre na vida do Bilbo...

― Ele comentou alguma coisa, sobre os olhares.

― 'Tá! Me deixe continuar... ― Lucylle jogou a fumaça em direção ao Fili assim que ele a interrompeu. ― Só quero que eles tenham uma conversa saudável. Assim o Bilbo pode se sentir mais tranquilo e relaxado na empresa, e, talvez, Thorin pare de comportar como um assassino psicopata.

― E você acha que o Bilbo é gay? ― Fili soltou uma risada divertida.

― Eu não tinha pensado sobre isso... ― Lucy mordeu o canto do lábio e voltou a olhar para dentro do restaurante. ― Nossa, agora você me pegou.

― Bilbo não possui trejeitos. ― Os olhos do Fili também se voltaram para o tio e o secretário dentro do restaurante.

― Thorin também não. ― Ela dá com os ombros. ― Tanto que fiquei chocada quando ele me contou que já havia namorado com o gostoso do Thranduil.

― Na maior parte do tempo, me esqueço que você chegou na família com oito anos de idade. Eles namoraram quando jovens, Kili ainda nem era nascido. ― Fili estendeu a mão, tocando com sutileza o antebraço da melhor amiga. ― Já estou tão acostumado a ter você em minha vida, que chega a ser estranho recordar dos tempos antes da sua chegada.

― Que palavras lindas, eu poderia te beijar agora. ― Lucylle falou em tom de brincadeira enquanto acariciava a face do Fili com a mão livre.

― Eu sei, sou irresistível, Lucynha. ― Fili piscou e utilizou o mesmo tom de brincadeira que a amiga.

― A conversa está boa, mas acho melhor voltarmos. ― Lucy apontou com o pescoço para a mesa, Bilbo havia acabado de gesticular para que o garçom lhe trouxesse a conta. ― Acho que Thorin andou deixando o Bilbo desconfortável. O que não seria uma novidade.

A garota espremeu a ponta do cigarro na terra da jardineira sobre a mureta, deixando a bituca no mesmo lugar que fora apagada, como se estivesse sido plantada e caminhou rapidamente de volta para a mesa. Ao chegar olhou intrigada do Bilbo para o Thorin, afim de compreender o que estava acontecendo.

― Já vai embora, Bilbo? ― Fili perguntou assim que o secretário pagou a conta. ― Falta meia hora para voltarmos ao serviço.

― Eu sei, me desculpem. ― Falou Bilbo constrangido. ― Pode ficar com os seus amigos, irei voltar a pé, quero apreciar a vista do bairro.

― Não, eu te levo. ― Lucylle pegou sua bolsa amarela que estava pendurada na cadeira e remexeu, retirando de dentro dela a carteira vermelha e as chaves do carro. ― Só vou pagar a conta.

― Pode deixar Lucynha, hoje é por minha conta. ― Fili forçou a garota a baixar a mão antes que pegasse o cartão de crédito.

― Sempre é... ― Sussurrou Thorin com ironia. Sabiamente a menina o ignorou, já conhecia o comportamento do homem e como ele costumava agir quando algo não saia como planejado.

― Então já vamos, daqui a pouco nos vemos outra vez. ― Lucylle beijou primeiro o rosto do Fili, em seguida o do Thorin, ela aproximou os lábios do ouvido dele. ― Dependendo de como for, eu te darei um soco na cara.

― Também te amo. ― Thorin sorriu sarcástico enquanto ela se afastava.

Bilbo acompanhou Lucylle até seu carro em silêncio, sentiu-se culpado por ter a afastado dos seus amigos. Mais precisamente por tê-la afastado do Fili, o rapaz por quem ela possuía grandes sentimentos guardados, mesmo que quando questionada negasse o fato até a morte.

― Então, vai me contar o que aconteceu? ― Ela perguntou assim que deu a partida com o carro.

― Thorin, ele... Hum... Ele me assediou. ― Bilbo ruborizou ao responder à pergunta da amiga.

― Como assim? ― Lucylle arregalou os olhos, não era aquela resposta que esperava. Thorin poderia ter todos os defeitos do mundo, mas era muito justo e jamais assediaria alguém. ― Me explique melhor, Bilbo. Por favor, quero todos os detalhes dessa conversa.

Sabendo que poderia confiar qualquer segredo a garota, Bilbo suspirou e narrou toda a breve conversa constrangedora que teve com o líder da companhia. Desde os olhares na mesa, até a parte do sonho. A apreensão que estava no rosto da garota ao imaginar que Thorin realmente havia assediado Bilbo se dissipou como fumaça, dando espaço a uma risada aliviada. O amigo compreendeu errado o significado do sonho e se talvez tivesse dado a chance do Thorin explicar ou se Thorin tivesse exposto suas ideias de outra forma, quem sabe os dois amigos ainda não estariam conversando no restaurante.

― Você quase me matou do coração agora. ― Ela falou assim que parou de rir. ― Assedio é um crime, tanto que é punível com demissão na empresa.

― Agora estou feliz em saber que meus problemas te fazem rir. ― Bilbo ironizou a frase e cruzou os braços sobre o peito. ― Ele disse que tem sonhos comigo, sonhos eróticos.

― Ele deixou explicito que os sonhos eram eróticos? ― Lucylle arqueou uma das sobrancelhas e virou a esquina com o carro.

― Não, mas para um bom entendedor...

― Okay, Bilbo. Vou te contar uma historinha. ― A mulher suspirou e estacionou a minivan na sua costumeira vaga na empresa, fechando as janelas e trancando as portas logo em seguida. ― Mas não vamos entrar, Bofur deve estar me esperando para o ajudar com o marketing e precisamos desse momento a sós.

― Estou sentindo que me comportei como um idiota. ― Ele entortou o canto do lábio.

― Mais ou menos, porém não lhe culpo. Thorin não explicou direito a situação. ― Lucy deitou o banco para trás, ficando confortável e olhou para o amigo. ― Você acredita em vidas passadas?

― Não, eu acredito apenas nessa vida. Vidas passadas é apenas um mito, histórias para dormir. ― Ele respondeu também deitando o banco do carro.

― Há uma teoria de que os sonhos são resquícios de nossas vidas passadas. E Thorin, assim como Kili e outras pessoas que conheço, acreditam fielmente nisso. ― Lucy fez uma pequena pausa e balançou a cabeça em negação. ― E desde que entrei na família escuto Thorin narrar sobre seus sonhos mais comuns, onde ele é um rei em uma terra distante que luta para recuperar aquilo que lhe é de direito, o seu lar. Nessa aventura ele conhece uma pessoa que se torna muito importante. Mas infelizmente ele morreu na guerra.

― A pessoa?

― Não, o Thorin. ― A jovem mulher suspirou pensando nas próximas palavras que utilizaria, como em breve teriam que entrar e não havia uma forma fácil de dizer, ela resolveu ser direta com o assunto. ― A questão é que ele acredita fielmente que você é aquela pessoa, o pequenino que aparece em seus sonhos. E não, os sonhos não são eróticos.

― Estou me sentindo um idiota agora. ― Bilbo levou a língua até o céu da boca e a puxou para baixo, fazendo um estralo. ― Mas acreditar nisso é babaquice.

― Eu sei, já disse isso a ele várias vezes. ― Ela deu com os ombros, não entraria em detalhes sobre os pés-peludos que Thorin dizia que a pessoa baixinha possuía. ― Igual, já sonhei várias vezes que eu era a Dorothy Gale de O mágico de Oz. Eu sou a Dorothy? Não sou! Poderei ser um dia? Também não, infelizmente.

― Dorothy? ― Perguntou Bilbo ficando um pouco mais relaxado e achando graça da fissura da melhor amiga pela personagem do livro infantil.

― Teve uma fase da minha vida que eu era MUITO fã do Mágico de OZ. Livros, filmes, musicais. Enfim... ― Ela fez uma pausa dando com os ombros outra vez. ― Foco, Bilbo, foco! A questão é que Thorin não está te assediando, infelizmente ele não sabe como se expressar em determinadas ocasiões, por isso que eu existo. Pelo menos agora, já que ele sempre me tirava daquelas histórias para dormir.

― Como são esses sonhos dele? ― Ele perguntou cheio de curiosidade.

― Não vou te contar, se quiser pergunte a ele. Quero que tenham um assunto, Thorin quer ser seu amigo, ele só não sabe como se aproximar. Peço desculpas por isso. ― Lucylle inclinou o corpo para frente e ligou o rádio, as músicas do seu iPod começaram a tocar. ― Olha Bilbo, sei que você não é o cara dos sonhos dele, mas isso é importante ao Thorin. Então se ao menos pudessem ser amigos, ficaria muito grata!

― Claro. ― Bilbo assentiu e deitou de costas, encarando a mancha de mostarda no teto, ele não conseguia compreender como aquilo havia acontecido. ― Mas não sei como encara-lo depois desse vexame.

― Deixa rolar naturalmente, mas acredito que hoje não será um bom dia para isso. Se pudesse nem entrava hoje, você não sabe o quanto vou ter que ouvir por você ter fugido daquela maneira, vai sobrar para mim. ― Ela faz uma careta.

― Me desculpe por isso. ― Pediu Bilbo constrangido.

― Tudo bem, vai ter volta. ― Lucy fez uma voz ameaçadora e riu, Bilbo acompanhou sua risada levemente ansioso. ― Baggins, última pergunta. Você é gay?

― Porque acha isso? ― Os olhos dele arregalaram, não esperava por aquela pergunta direta.

― Na verdade não sei se acho, por isso estou te perguntando. ― Lucylle franziu o cenho e encarou o amigo. ― Você não é obrigado a responder.

Por alguns segundos Bilbo permaneceu em silêncio, ele não sabia o que responder para a mulher, ninguém havia perguntado sobre a sua sexualidade daquela maneira tão abrupta. Sempre se considerou um cara solitário, desde a sua adolescência até a vida adulta, nunca havia se envolvido em um relacionamento com ninguém pois isso não o interessava, suas preocupações eram seus livros e o sonho de ser escritor, as histórias de amor alheia soavam interessantes, mas dar início a um namoro nunca lhe pareceu convidativo.

Ele estava prestes a responder com sinceridade a resposta da amiga com um grande e sincero "Não sei" quando alguém bateu no vidro do carro do lado do motorista, atraindo a atenção de ambos para a janela.

― Depois continuamos com o nosso assunto, se você quiser. Não se sinta pressionado, nem nada. É só curiosidade da minha parte, não que algo vá mudar entre a gente, continuara sendo meu melhor amigo ― Falou Lucy erguendo o banco do carro e desligando o som.

― Tudo bem. ― Bilbo suspirou aliviado e também ergueu o banco.

― Oi, Bofur! ― Lucylle forçou um sorriso ao abrir a porta e descer da minivan, necessitava de uma resposta para aquela pergunta para poder ajudar Thorin e Bofur a incomodou no momento mais inconveniente, como de costume.

― Atrapalhei alguma coisa? ― Ele perguntou olhando malicioso do Bilbo para a jovem mulher.

― Não, só estávamos conversando. ― Ela trancou as portas do carro assim que o amigo desceu e os três caminharam para dentro da empresa.

―Ah! É que você ficou de me ajudar com as papeladas do Marketing. ― Bofur sorriu empolgado para Lucylle, a última coisa que pretendia era lidar sozinho com a burocracia.

― Eu sei, já estava indo lhe ajudar. Mas se Thorin bipar, precisarei correr. ― Lucy falou com honestidade.

― Claro. ― Bofur assentiu.

Eles seguiram em silêncio até o elevador, onde seus caminhos se separaram. Bilbo prosseguiu, subindo até o andar onde ficava localizada a sua mesa de trabalho. Assim que o elevador abriu as portas, ele desceu em seu destino e caminhou até a mesa, se acomodando folgadamente na cadeira macia do escritório e fechando os olhos. Ele suspirou pensando naquilo que Lucy havia contado sobre Thorin quando estavam no carro, sobre o chefe acreditar fielmente que, de certa forma, estavam conectados pelo destino por todas as vidas.

― Bobagem. ― Bilbo sussurrou enquanto puxava as cadernetas espalhadas em sua mesa, tentando esquecer aquele assunto e voltando ao trabalho.

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