HAPPIER | Vhope

By Gabbieah

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[CONCLUÍDA] Quero te ver sorrir, quero que seja mais feliz, mesmo que isso signifique que eu tenha que partir... More

[1] O Fim
[2] Como Tudo Começou
[3] Eu Te Amo
[4] Gatinho
[5] Você e só você
[6] Flores e Chocolate
[7] O motivo da minha felicidade
[8] Titanic
[9] Hippie
[10] clichê
[11] uma semana antes
[12] amanhã talvez
[13] saudade dele
[14] destino
[15] só hoje
[16] carta da alma
[17] recaída
[18] De volta ao lar

[Epílogo] Taehyung

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By Gabbieah

Fitei as folhas em minhas mãos por mais alguns instantes. Lendo a última frase escrita em uma caligrafia bonita.

Com meu coração acelerado e borboletas voando no estômago.

Li muitos livros durante a minha vida, mas nada que fosse tão intenso, nada que chegasse a me deixar quase que sem ar.

E ele ainda diz ser ruim com as palavras...

É engraçado, porque há momentos nossos escritos nessas folhas nos quais eu sequer me lembrava até então. Há sentimentos que eu sequer imaginava que poderiam ser tão intensos, todos escritos bem ali. Da maneira mais pura e sincera.

Organizei novamente as dezoito folhas, desde a primeira data até a ultima, as dobrando exatamente como estavam e guardando de volta na caixa.

– Taehyung! – o ouvi gritar por mim, seus passos se aproximando e o encontrei finalmente na porta – Por que está demorando tanto?

– Onde você disse que estava mesmo a câmera?

Hoseok bufou, se aproximou de mim e ajoelhando-se ao meu lado ele tomou para si a caixa. Revirou as coisas lá dentro e acabou puxando a câmera fotográfica para fora.

– Aqui, cabeça de vento.

Contive um sorriso, o assistindo mexer nas coisas que restaram na caixa.

– Não sabia que eu guardava tanta coisa assim... – murmurou de cenho franzido, largando no chão a câmera e levando todo seu foco para a caixa – Olha... – sorriu largo.

Hoseok me mostrava uma foto nossa bem no início do nosso namoro, em uma festa na praia.

– Saudade de quando éramos só nós dois – digo e ele me empurra pelo ombro – Estou brincando!

– Não diga essas coisas – disse mesmo assim – Olha aqui, você loirinho – riu soprado, me mostrando uma foto onde eu aparecia com os cabelos tingidos – Lindo...

E continuou mexendo em todas aquelas coisas, bilhetes antigos, fotos e rolos de câmera, até finalmente parar nas folhas dobradas.

De cenho franzido ele a ergueu, desdobrou e quando percebeu do que se tratavam se afastou de mim para que eu não pudesse ver.

– O que é isso? – pergunto como se não houvesse acabado de ler.

Hoseok não responde, folheia os papeis e até passa os olhos por alguns deles, lendo suas palavras. Antes de fazer que não com a cabeça e dobra-los todos de volta.

– O que é? – repito a pergunta.

– Besteira.

– Me mostra?

– Não.

Diz e guarda toda as dezoito folhas de volta da caixa, antes de tira-la do chão e guarda-la de volta no guarda-roupas.

– Vamos, não quero sair de casa tarde – pegou a câmera e me puxou para fora do quarto.

Contive o riso, antes de puxa-lo de volta para dentro. Abraçando sua cintura e deixando um beijo em sua boca.

– Eu te amo, sabia?

– Eu sei – sussurra.

– E tu sabe que é o único na minha vida?

– Eu espero que eu seja mesmo – brincou e eu contive um risinho.

– Você é sim – beijei seu rosto e Hoseok passou os braços em volta do meu pescoço.

– Vamos logo – chamou, para finalmente se afastar e me puxar pela mão até a sala.

– Pai!

– Ele chamou você – Hoseok foi rápido em jogar a bola para mim, se enfiando na cozinha instantes depois.

– Pai – assisti o Seojun se aproximar correndo, segurando em suas mãos um balde de areia amarelo – Eu não estou achando a pá.

– Procurou direito?

Ele fez que sim com a cabeça.

– Nesse caso, leva uma colher.

Ele concordou, entrou na cozinha e não demorou para aparecer com uma colher grande dentro do balde de areia.

Hoseok veio logo atrás com as sacolas de comida. Ao mesmo tempo em que Eujin e Minjeong passavam correndo pela sala.

– Taehyung, pode pegar o restante das coisas? – Hoseok perguntou, mas estava mais para uma ordem.

Joguei a bolsa nas costas, colhendo da mesa as chaves e me dirigindo até a porta.

– Quem chegar por último no carro não vai ganhar sorvete – gritei assim que abri a porta, as crianças correram todas para fora atropelando uma as outras.

Contive o riso, correndo logo atrás para quando chegar perto o suficiente começar a guardar as coisas no porta-malas.

– Papai Hoseok não vai ganhar sorvete – Eujin gritou já de dentro do carro, apontando para Hoseok que agora trancava a porta de casa.

– Eu vou ganhar sim – retrucou, colocando o restante das bolsas no porta malas – Coloquem o cinto – mandou, os observando pela janela do carro, para só então entrar no lado do passageiro.

Fomos direto para a praia, e assim que pusemos os pés na areia a correria começou. Hoseok desesperou-se sem saber se tirava as coisas do carro ou se corria atrás das crianças.

– Venham aqui – gritei, antes de sair atrás deles para o seu alívio – Sem correr – agarrei Eujin, a jogando por cima dos ombros e ouvindo sua risada.

Demorei para pegar os outros dois, e só então retornando para a sombra onde Hoseok nos esperava.

– Já podemos entrar na água? – perguntou Minjeong, puxando minha mão para que eu o encarasse.

– Deixa o pai passar protetor em você antes.

Ele assentiu e foi até Hoseok, resmungando quando este passou a esfregar o protetor solar em seu rosto.

Tirei Eujin dos ombros, a erguendo na altura dos olhos e encontrando seu sorriso largo.

– Quer entrar na água também, pequenininha?

– Eu quero ver os caranguejos!

– Depois de passar protetor você vai poder ver todos os caranguejos – a coloquei no chão, bem a tempo de ver Hoseok agarra-la para passar o protetor solar.

Me virei na direção de Seojun, sentado na areia usando a colher para cavar um buraco no chão.

Hoseok me entregou o frasco de protetor solar e fiz o trabalho de passa-lo no garoto, que não reclamou tanto quanto os outros.

– Fiquem na margem – gritou quando viu os outros dois correrem para a água.

Suspirei, antes de me sentar ao seu lado na sombra. Puxando para fora do corpo a camisa e a usando para cobrir o rosto.

– Tae...

– Oi, amor?

– Você quer ir para aquele casamento?

– O casamento do seu amigo?

– Sim, o casamento do Jimin – reforçou – Quer ir?

– Claro, por que não? – dou de ombros e o ouço suspirar – Você não quer ir? – tiro a camisa dos olhos para olha-lo.

– Quero – ele apoia os braços nos joelhos, com o olhar fixo nas crianças brincando na água – Vamos ter que comprar roupas novas para as crianças, e sapatos...

– Pensa nisso depois.

– E você também, não vamos à um casamento com vocês vestidos de qualquer jeito.

– Está chamando o seu homem e os seus filhos de molambentos?

– Estou chamando de largados. Por deus, Taehyung, você os busca na escola de pijama.

– E dai?

– Eujin usa uma camisa sua como pijama.

– Você também usa.

Ele me deixou um tapa no braço em resposta.

– Seojun vai usar tênis, você sabe que ele sempre tira os sapatos para andar de calço. Vamos faze-lo calçar algo que seja difícil de tirar.

– Pare de se preocupar tanto com isso – me sentei, deixando um beijo no seu ombro.

Ele trouxe sua mão até meu cabelo, deixando um carinho ali.

E me vi pensando em tudo o que havia lido mais cedo. Todas aquelas coisas e assim que vi nossos filhos brincando na beira do mar, pensei nos trechos em que ele falava sobre isso. Sobre nossos planos para o futuro.

– Uma casa perto da praia, e filhos, porque Taehyung quer ter muitos – murmurei e Hoseok me encarou sem entender – Ele vai ler histórias para eles dormirem à noite e eu vou leva-los para a escola de manhã.

– Você leu as minhas anotações? – arregalou os olhos.

Fiz que sim com a cabeça.

– Meu deus, Taehyung...

– Me desculpa, foi mais forte do que eu.

– Mas... Eu nem lembro direito o que escrevi ali sobre você, sobre nós... – cobriu a boca com as mãos.

– Você só escreveu o que sentia, tá tudo bem – sorri diante da sua preocupação – Eu te amo e eu sempre vou ser seu – deixei outro beijo em seu ombro.

– Estou com vergonha agora... – virou o rosto para que eu não pudesse vê-lo vermelho.

– Hyung?

– Oi?

– Você tinha razão esse é o nosso romance clichê.

– Ah, eu escrevi isso também? – cobriu o rosto com as mãos grunhindo em vergonha.

– Sim – mordi o lábio – Você ainda me ama com toda aquela intensidade?

Ele ergueu a cabeça para me olhar, com as bochechas vermelhas.

– É claro que eu te amo com toda aquela intensidade, podem se passar anos e eu vou sentir tudo como dá primeira vez.

Contive um sorriso, desviando o olhar para pensar e quando estava prestes a responder, os meninos voltaram correndo. Eujin segurando o balde de areia amarelo enquanto os outros dois chamavam por nós.

– Olha, pai, um caranguejo!

Ela colocou o balde no chão, este com água até a metade e no fundo dele um caranguejinho.

– Podemos levar para casa?

– Claro que não – Hoseok respondeu sereno – Ele vai ficar triste se levarmos ele para longe dos outros caranguejos.

Ela concordou, os três se sentaram ao redor do balde para observar o caranguejinho. Ate que Eujin o tirou de lá e o segurou em sua mão.

Ele então pulou de sua mão para a areia e a garota riu.

Os assistimos pegar o balde e correr de volta para a beira do mar, onde começaram a procurar por outro caranguejo.

– Me desculpa por ter lido suas coisas.

– Tudo bem, ao menos você não leu minhas palavras de ódio contra você.

Arqueei as sobrancelhas e ele riu.

– Eu escrevia o quanto te odiava, daí quando a raiva passava eu rasgava as folhas – explicou – Era isso ou eu te mandaria mensagens dia e noite só xingando.

Ele me encarou por alguns segundos e riu.

– Não faz essa cara eu não te odiava de verdade, eu só estava magoado.

Passei os braços ao seu redor o trazendo para perto e fazendo com que apoiasse as costas no meu peito.

– Vamos parar de falar sobre isso. O que importa agora é o que construímos juntos – beijei sua cabeça – Enfrentamos tempestades demais para chegarmos até aqui.

Hoseok assentiu, correu a ponta dos dedos pelo meu braço e então soltou um riso frouxo.

– Não é estranho que sempre acabamos bem aqui na praia?

Parei para pensar e de fato, no fim, nós sempre terminamos aqui.

– Foi aqui que nos conhecemos. Foi aqui que você me pediu em namoro.

– Foi aqui que você me pediu pra voltar.

Ele manteve o silêncio, parecendo se lembrar perfeitamente daquele dia.

– Eu te amo tanto, meu lindo – murmurou, virando-se para me encarar.

– Te amo mais – murmurei, beijando sua boca e em menos de dois segundos, as crianças vieram correndo aos berros.

– Olha, pai! – Eujin vinha com um sorriso enorme em uma corridinha eufórica – Um peixinho!

E lá estava, o peixinho nadando na pouca água do balde.

– Podemos ficar com ele?

Hoseok segurou o riso, negando com a cabeça e me dando a tarefa de dizer que não.

Passaram um tempo admirados com o peixe e com muita insistência, eles finalmente cederam aos meus pedidos para que fossemos até a água solta-lo.

Para depois entrarem na brincadeira de jogar água uns nos outros, o que consequentemente sobrou para mim e por alguns segundos, me vi sendo atacado por aquelas três pestinhas.

Corremos na areia, tomamos sorvete, construímos castelos para depois destruí-los. E no finalzinho da tarde, as crianças se sentaram sonolentas, com as energias esgotadas.

Assistimos o pôr do sol, e voltamos para casa com os três dormindo nos bancos de trás. Difícil foi fazer com que tomassem banho para tirar a areia do corpo antes que pudessem dormir em suas camas.

Hoseok veio se juntar à mim no sofá quando a noite caiu, recolhendo os livros espalhados pela sala e os empilhando na estante.

Ele sempre manteve esse habito de andar pela casa pondo as coisas no lugar, arrumando a bagunça. O assisti, recolher alguns dos carros de brinquedo e bonecas das crianças do chão, os colocando no cesto junto dos outros brinquedos, para finalmente se sentar ao meu lado.

Se aconchegando nos meus braços, suspirando quando passei meus braços ao seu redor e beijei seu rosto.

– No que está pensando? – perguntei baixo, largando de lado o livro que lia.

– Eu nunca disse à você o quanto te amo. Todas as coisas que eu escrevi naquelas páginas nunca foram ditas a você.

Mantive o meu silêncio, deixando que continuasse.

– Eu sempre guardei essas coisas pra mim. E agora me pergunto se em algum momento você não se sentiu amado como deveria.

– Todos os dias em que passei do seu lado eu senti amor, Hyung – murmurei, enquanto ele fazia carinho nas costas da minha mão – Você não precisa dizer, não precisa se declarar porque você demonstra o que sente em cada gesto.

Ele beijou minha mão, entrelaçando nossos dedos.

– Como agora, ou quando você me abraça de noite, quando escreve bilhetes e coloca um coração no final... – sussurrei – Quando me beija e quando faz amor comigo...

Ele se virou para me encarar, com um sorriso no rosto ele me beijou. Devagar, por tempo o suficiente para me deixar sedento por mais.

E quando se afastou, meu corpo inteiro implorava por ele. O vi morder os lábios para conter o sorriso, se levantando e me encarando uma última vez antes de caminhar até o nosso quarto.

Me levantei quase que no mesmo instante, o acompanhando e apagando as luzes. Trancando a porta quando entrei no quarto, e o encontrando de costas para mim, tirando a camisa.

Eu sei que vamos fazer amor a noite toda.

Minha vida com Hoseok não é perfeita e nunca vai ser, mas não importa o que aconteça ou o final que tenhamos, eu sei que vou ama-lo enquanto meu coração continuar batendo.

E ao chegar ao fim desta vida, na próxima, sei que ele será meu outra vez.

Porque enquanto houver um Taehyung, existira um Hoseok. E seu coração será dele outra vez.

fim

🌻

happienes, foi um longo caminho até aqui, mas graças a deus, chegamos ao fim da estrada, o pote de ouro no fim do arco-íris.

fico imensamente feliz em dizer que finalmente me livrei de vocês pragas. brincadeira, gente, por deus kkkkk

obrigada, por nao terem desistido de mim e dessa fanfic depois de tantos meses.

espero ver vocês outra vez em outras obras minhas, obrigada!

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