Peaches | l.s. fic

By memimis

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Tudo que Louis Tomlinson quer é terminar seu curso e voltar para perto de sua família. Harry Styles é um aspi... More

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Prólogo

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By memimis

Eu não tenho ideia do que estou fazendo aqui!! Boa leitura! Não esqueçam de votar e comentar! 


xx


...


– Não é poético chamar um cavalo mandando beijos? – Niall falou.

– Que? – Louis levantou o olhar. Ele odiava aquele horário, mas não tinha sobrado outro, então lá estava ele tentando organizar as anamneses da melhor maneira possível, rezando para dar quatro da manhã e ele poder ir embora.

– Não é poético chamar um cavalo mandando beijos? – O amigo repetiu, como se Louis não tivesse escutado.

– Eu escutei o que você disse, apenas não entendi. – Resmungou.

– É que eu fui olhar se a Cath estava bem, sabe, a menininha do 302, e ela estava acordada. Ela disse que adora cavalos, cria um monte na fazenda que mora. E perguntou se eu sabia chamar um cavalo.

– E...?

– É assim! – Horan começou a lançar beijos seguidos no ar, para demonstrar. – Poético, não?!

– Acho que você está com sono, Ni. – Louis bateu a pilha de papéis na mesa para alinha-las antes de colocar o conjunto em uma pasta. Na hora em que ele se levantou, o relógio apitou em ponto, e ambos suspiraram aliviados.

– Vamos, emburradinho. - Niall chamou.

Assim que ele saiu do hospital, Louis acendeu seu cigarro; que semana bizarra aquela. Semanas de prova eram sempre um inferno, essa ainda mais, pelo fato deles não terem conseguido horários normais para pagar as horas remanescentes do internato. Louis Tomlinson estava orgulhosamente terminando sua graduação em medicina. Finalmente. Depois de longos anos. Aquele era seu penúltimo semestre e ele não poderia estar mais feliz.

Uma mensagem de sua mãe seis horas atrás; todos os dias, religiosamente, ela o mandava mensagem antes de dormir. E uma foto de toda a família reunida no jantar.

Como ele sentia falta daquilo.

Mesmo que estivesse em Londres há tempos – toda a graduação que estava fazendo em Oxford – ele odiava a cidade. Era lotada, pegajosa e líquida. Ele não conhecia seus vizinhos e não tinha seu quintal para pegar sol no final da tarde. Também não tinha sua mãe e seus abraços ou seus irmãos e o barulho maravilhoso que emanava da sua casa vinte e quatro horas por dia.

Agora, que faltava menos de um ano para que ele concluísse a faculdade, ele não conseguia mais suportar nada que Londres tinha para oferecer. Todas as manhãs quando ele acordava em seu apartamento dividido com os dois amigos – Niall e Zayn – a única coisa que o fazia aguentar mais um dia, era o fato de ser um dia mais perto de voltar a boa e velha Doncaster.

Donny, para os mais íntimos.

Tomlinson sempre soube que sentiria saudades de casa; mas o sonho de se formar em Oxford era compartilhado com sua família que o incentivava, sempre indo a seus jogos de futebol, debates ou mostras de ciências no ensino médio. Tudo que ele se propunha a fazer, Johannah estava presente, arrastando as gêmeas para cima e para baixo, montando cartazes, gritando e criando coreografias – juntamente a Fizzy e Lottie, suas irmãs mais crescidas.

Então, quando chegou um e-mail sobre a sua aprovação na universidade com bolsa cem por cento, tudo que ele conseguia era gritar sem parar, correndo até o hospital que a mãe trabalhava para contar. Eles fizeram um churrasco em seu quintal, com os amigos para comemorar antes que ele fosse embora.

Jay ia visita-lo a cada quinze dias. Agora, ela estava grávida novamente de seu novo casamento – seus pais eram separados há cinco ou seis anos. Mas Mark era tão presente em suas vidas que era estranho para quem não os conhecia. No início, Daniel tinha ciúmes. Depois, ele percebeu que Mark apenas queria ficar com sua família – e percebeu que ele e Jay eram muito amigos.

Então, Louis tinha vários motivos para querer voltar. Ele queria tanto acompanhar o crescimento de seu irmão ou irmã (eles ainda não sabiam o gênero porque Jay não queria ver, ela tinha certeza que era uma menina e teimava nisso) igual ele fez com Phoebe e Daisy, ele queria trabalhar no hospital da cidade, fazer uma das residências que ele ofertava, comprar uma casa com quintal bem grande na rua em que crescera e encontrar seu marido, ter filhos e ser feliz.

Louis Tomlinson era um homem caseiro e interiorano, ele gostava do cenário bucólico ao seu redor e não se envergonhava por aquilo.

Ainda era quarta-feira, e suas provas acabavam na quinta-feira e ele nem tinha aula naquele dia. Por isso, tudo que fez ao chegar em casa foi tomar um banho rápido e se jogar na cama. Ele ligou o rádio e programou para acordá-lo dali a cinco horas, tempo suficiente para que ele conseguisse estudar com rendimento – mas não o suficiente para conseguir realmente descansar.

(Louis duvidava que, mesmo se o sono pudesse ser reposto, fisiologicamente falando, ele conseguisse algum dia repor todos os cochilos que aquele curso maluco o fizera perder. Entretanto, ele amava, não podia negar.)

I wanna wrap my arms around you, babyNever let you go, ohAnd I say, oh, there's nothing like your touchIt's the way you lift me up, yeahAnd I'll be right here with you 'til the end

Louis Tomlinson amava algumas coisas em Londres, entretanto. A primeira delas era encontrar café da manhã britânico a qualquer hora do dia. A outra era ter alguma exposição ou coisa artística acontecendo sempre.

As sextas-feiras pós provas eram para café e contemplação. Essa regra foi Zayn quem inventara, ainda no ensino médio em Donny City e depois conseguiu converter todos do seu curso à ideia. Malik, Niall e Louis sempre compartilharam tudo; moraram na mesma rua desde sempre, suas famílias eram amigas, gostavam de jornada nas estrelas, ler livros de aventura e andar de skate. 

Juntos, eles foram o trio com as melhores notas no colégio, eles se ajudaram com os primeiros romances, eles estavam um com o outro quando um garoto beijou Louis a primeira vez e ele percebeu que gostou, quando o mesmo aconteceu com Zayn e quando Niall conseguiu sua primeira garota. Eles estavam unidos para se apoiar quando cada um perdeu sua virgindade e até quando uma menina partiu o coração de Horan a primeira (e não última) vez.

Eles sempre tinham o loft no alçapão de Zayn para correr quando tudo estivesse meio ruim nao planeta terra. No verão, os raios de sol entravam pela claraboia e tornava o espaço tão agradável que eles passavam boa parte das férias enfurnados, lendo, criando alguma coisa ou apenas de corpo presente.

Quando passaram juntos para a mesma universidade, foi um grande alívio para Tomlinson. Já bastava que ele estivesse indo embora de Doncaster (mesmo que de maneira provisória), ir sem os seus amigos era impensável.

– Zayn, vamos logo! – Horan batia o pé no chão da pequena sala no apartamento em que dividiam. – Assim, não teremos mesa!

– Calma garoto, nasceu de cinco meses?! – O outro gritou do quarto.

O lugar que moravam era ridiculamente pequeno. Três quartinhos sem closet ou espaço para um armário, uma sala-cozinha com sofá mesa de centro e um único armário no corredor. Eles lavavam as roupas em uma lavanderia pública no quarteirão, mas ainda assim, aquilo era melhor que os dormitórios.

Além de serem extremamente caros, eles não podiam escolher com quem o dividiriam e eles eram duplos, não triplos como o desejado. No ensino médio, todos os professores desistiram logo no princípio de querer separar o trio, mas na faculdade ninguém ligava se eles trabalhavam melhor juntos ou não; eles tiveram que aprender a lidar sozinhos com suas coisas.

A melhor parte do estúdio era a pequena varanda – que na verdade era a saída de incêndio – que ficava virada para o sol nascente. Pela manhã, o sol frio de Londres entrava no ambiente e criava uma atmosfera gostosa. Na primavera, Louis tomava seu chá pelas manhãs ali, olhando para o movimento da cidade embaixo de seus pés.

Londres carregava muitas narrativas; isso era a segunda coisa que Tomlinson amava naquele lugar. Ele amava criar historietas em sua cabeça. Ver pessoas diferentes era interessante – na mesma medida que ruim.

Quando Zayn finalmente estava pronto, eles desceram e Niall dirigiu até o clássico pub próximo a universidade. O louro era o único a ter um carro entre os três. Ele praticamente implorou para que seus pais deixassem ele levar seu velho Ford para a cidade grande, prometendo-os que seria extremamente cuidadoso e não dirigiria bêbado. Bem, isso não era exatamente cumprido. Ele nunca tinha causado ou se metido em um acidente, no entanto.

Como previsto, o lugar estava lotado; o último dia útil era quando tinha música ao vivo, e aquele não era diferente. Quando eles finalmente conseguiram entrar, comprar bebidas e sentar em algum lugar, o palco já estava sendo montado para a atração daquele dia.

Toda sua turma estava no bar esperando-os; eles conversavam animados, bebendo as cervejas e comentando sobre as provas. Era isso que eles sempre faziam, o único assunto que tinham entre si era medicina, medicina, medicina. Sempre. Isso era confortável para Louis, mas o entediava às vezes.

Ele estava em seu terceiro copo de cerveja quando as luzes apagaram, indicando o início do show.

Meet me in the hallway

Meet me in the hallway

I just left your bedroom

Give me some morphineIs there any more to do?

Just let me know I'll be at the door, at the door

Hoping you'll come aroundJust let me know I'll be on the floor, on the floorMaybe we'll work it out

I gotta get better, gotta get better

I gotta get better, gotta get betterI gotta get better, gotta get betterAnd maybe we'll work it out

Um homem com cabelos longos estava no meio do palco, um violão nas mãos, vestindo uma camiseta normal preta. Apenas ele e o instrumento.

– Louis, o que você acha? – Um dos seus colegas chamou sua atenção e ele embarcou em uma conversa aleatória sobre alguma questão das provas que tinham acabado.

Ele sequer notou o show passar; pop não era exatamente seu estilo musical e ele não ia ali realmente apreciar música. Ele ia se encontrar com os amigos e beber um pouco, sem toda a pressão exercida pelas paredes de tijolos expostos de Oxford.

Ele estava no bar quando ouviu a voz pela primeira vez.

– Seu grupo é bem barulhento! – O cantor disse, sentado ao balcão, um copo de cerveja na mão. – Não tive nenhuma chance de chegar perto de você a noite inteira. E eu tentei muito. – Ele sorriu, fazendo com que covinhas surgissem em suas bochechas.

A terceira coisa que Louis amava em Londres: poder flertar descompromissadamente, sem precisar ver o cara depois. A cidade era enorme, a universidade também, muito difícil que se encontrassem novamente.

– Ah é? – Ele encostou no balcão de lado, o corpo totalmente virado para o homem. Ele era lindo; com um par de olhos verdes intensos capazes de tirar o fôlego de qualquer um.

– Sim. O que vocês cursam? Medicina? Enfermagem? Nutrição? Com certeza algo da saúde, as conversas eram todas sobre doenças e métodos de tratamento. – Ele fez como se estivesse cochilando, entediado.

Louis sorriu de lado; então ele realmente tinha ido até lá.

– E você, faz o quê?

– Música. Mas já me formei tem um tempo. Vim cantar aqui hoje. – Ele arqueou uma sobrancelha. – Mas talvez o destino apenas quisesse que eu te conhecesse.

Merda. Ele era bom. Louis riu sem querer.

– E eu posso saber seu nome, stalker?

– Harry. Harry Styles. – Ele esticou a mão. Louis a apertou.

– Louis Tomlinson.

– Eu posso te pagar uma bebida, Louis Tomlinson? – Ele ainda apertava sua mão. – Tenho certeza que consigo te envolver em uma conversa bem mais interessante que qualquer outra que o aguarde de volta à mesa. – Seu tom era galante, ele tinha um cheiro amendoado e o sorriso parecia legitimar as palavras.

– Cinco minutos. Se você não me distrair nesses cinco minutos em estou fora. – Disse sentando-se no banco ao lado do maior, olhando no relógio, apenas porque gostava de desafios.

– Em cinco minutos eu consigo fazer qualquer coisa, Tomlinson. Até te dar um bebê. – Sua voz era um sussurro próximo ao ouvido de Louis. Ele sorriu sacana para o outro, completamente arrepiado.

– Mostre-me então.


...


Não sei quando teremos att, talvez a cada 15 dias. Espero que vocês gostem e é isso.


Mimis.

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