12 dias até minha morte

By faehrin

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Você já imaginou saber o dia de sua própria morte? É assim que começa a história de Lucas: um garoto de 16 an... More

Prólogo
Dia 1
Dia 2
Dia 3.5
Dia 4
Dia 5 ou algo assim
Dia 6
Domingo a noite.
Dia 7
Dia 7, noite.
Dia 8
Dia 9
Dia 10
Dia 11.
Dia 12.
Dia 13.

Dia 3

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By faehrin

BOM DIA MUNDOOO!

07:26 da manhã.

Acordei realmente feliz hoje! São exatamente 5:43 da manhã, estou com um ânimo sem condições de ser explicado!

MEU REI! Ela me chamou de MEU REI!! Estou surtando.

Tive uma noite de sonho espetacular, dormi igual a um bebezinho. Não me lembro de ter sonhado, mas, se sonhei, deve ter sido com ela.

Dia 3 de 12.

Estou muito animado para ficar sentado esperando meus pais acordarem sem fazer nada. Será que eles vão gostar de receber café da manhã? Vou fazer, se der algum problema eu culpo vocês hein!

Pus a mesa em questão de segundos. Como sempre, três pratos, garfos e facas em três pares e só dois copos (minha mãe tem uma canequinha com "melhor mãe do mundo" escrito, só ela usa). Agora, falta só a comida.

Pensei em fazer ovos, como sempre. Mas isso não seria especial. Hoje será um dia incrível para mim, por que não prover o mesmo aos meus pais? Decidi fazer waffles com manteiga e morangos. Vou por todas minhas habilidades culinárias, que por sinal não tenho, à prova. Se ficar ruim, não irei me perdoar!

Pesquisei uma receita de waffle na internet e comecei o trabalho. Estava tudo indo bem no começo. Dois ovos, xícaras de farinha de trigo, bastante açúcar para uma manhã bem doce e manteiga. Tinham mais alguns ingredientes, mas estes eu lembro porque errei umas duas vezes a medida certa.

Depois de uma meia hora (eu acho, não tenho muita noção de tempo) consegui terminar todos os waffles. Como esperado, consegui queimar só um, que era o meu. Azarado? Sim, mas pelo menos meus pais poderiam comer algo fresquinho e não torrado.

Estava passando o café quando ouvi meu pai acordando e minha mãe berrar com o atraso. Eles pareceram espancar o armário, pois todo o barulho vinha só de suas roupas sendo retiradas com força e pressa. Meu pai talvez tenha batido a cabeça na porta, apressado para fazer o café da manhã, mas não tenho certeza.

— Amor, vai acordar o Luquin... — gritou meu pai enquanto entrava na cozinha. Ele só ficou lá, parado, olhando para a mesa posta, um tanto confuso. E também olheiras grandes, por que será?

— To indo querido! — berrou minha mãe de volta, correndo até meu quarto.

— Calma querida, ele já tá aqui. E já pôs a mesa. E fez o café. Quem é você e o que fez com meu filho? Isso são waffles?!

— Bom dia pai, bom dia mãe! Fiz o café da manhã hoje, 'tava' bem animado e resolvi cozinhar. Aqui, seu café mãe — entreguei sua caneca especial. Resolvi passar café para ambos, mas minha mãe amava um tipo diferente, com chocolate e tudo mais. Então resolvi comprar o chocolate e voltar correndo antes deles acordarem. O melhor filho de todos, né?

— Ok, quem é a garota? — disse meu pai enquanto mastigava seu waffle.

Eu realmente fiquei em choque. Mas que chute perfeito! Ou eles já sabiam, ou me conhecem bem até demais!

— Ah, garota? — questionei, disfarçando minha surpresa.

— Você nunca fica animado assim, e muito menos acordar cedo para fazer café. Algo te deixou muito feliz, ou alguém. Ah, e eu também recebi um e-mail que você tinha pulado o muro da escola junto da sua amiga Letícia. É verdade? — perguntou minha mãe. Agora sim eu estava lascado.

— Eles mandaram um e-mail? Bom, talvez estejam confusos, eu não pulo muros. Não é bem minha especialidade. — Pensando sobre ontem, realmente não era minha especialidade.

— Então esse machucado na sua cabeça é a prova disso, você é horrível pulando muros. Pelo menos vocês foram ao cinema ver Star Wars? Não adianta negar, a gente já sabe disso, só não sabemos do resto. – disse meu pai com um olhar de julgamento. Eu estava bem ferrado.

Desisti de tentar esconder. Eles já sabiam de qualquer forma, esconder só iria me prejudicar ainda mais.

— Tá bem, a gente ia ver Star Wars junto. Mas nem deu. Ela ficou preocupada com esse machucado da minha testa — disse apontando para o lugar enfaixado.

— AHAAAAA, EU SABIA! — berrou minha mãe, estendendo a mão na direção do meu pai — PODE IR PAGANDO OS VINTE 'PILA'! EU DISSE QUE ELE NÃO TINHA IDO!

— Bla bla bla, sua chata. Toma aqui — resmungou meu pai enquanto tirava vinte reais do bolso e os jogava na mesa — Eu jurava que você iria de qualquer forma pro cinema.

— Bom, eu ia mesmo machucado. Mas ela disse que eu importava mais que o cinema e acabamos indo na farmácia. Depois tomamos um sorvete pra compensar. — eu disse enquanto engolia meu waffle. Mesmo queimado ficou gostoso!

— Bem, parece que foi até legal então. — falou meu pai enquanto se queimava com café — E hoje, vão matar aula onde?

— Pera, que?

— Quando conheci sua mãe, matava aula praticamente todo dia para sair com ela. Não é nada demais garoto, você só tem que correr atrás depois. — e ele se queimou de novo com o café. Meu pai é demais, não acham?

— Olha, eu não sei. Ela disse que "queria viver como nunca", mas não entendi bem onde queria ir. Vou só deixar rolar, sabe? — perguntei para os dois, que se encararam de uma forma estranha.

— Não me surpreende que seja nosso filho. Vai lá baixinho, curte teu dia. Aproveite bem o pôr do sol! — exclamou minha mãe. O que ela quis dizer com aproveitar o pôr do sol? É muito cedo ainda!

Acabamos de tomar café alguns minutos depois e minha mãe começou a tirar a mesa. Me ofereci para lavar a louça, mas já estava no horário da escola e eu já pretendia perder muitas aulas hoje. Então, só me despedi dela e fomos até o carro. Hoje, infelizmente, não ia rolar a moto.

Não demorou muito para chegarmos na escola. Não estava atrasado, mas também não podia vacilar. Dei um tchauzinho rápido para meu pai e comecei a subir os degraus até a porta da frente.

Foi subindo os últimos degraus que eu percebi a Letícia, parada em minha frente, com um rosto vermelho e um olhar triste. Parecia que estava chorando.

–Oi... Bom dia. — sussurrou ela, quase não consegui ouvir.

— Bom dia, o que rolou Let? — questionei, enquanto seu rosto parecia avermelhar mais e seus olhos umedeceram aos poucos.

— Meus pais receberam um e-mail, falando tudo que rolou ontem. Da gente pular o muro e tals. Eu neguei tudo, mas você sabe como eles são. Agora eu não posso sair pelo resto do mês...

Pelo resto do mês? Eu vou literalmente morrer antes disso acabar.

— Mas, como a escola soube disso? Não tinha ninguém olhando a gente! — exclamei, começando a questionar se alguém tinha visto. Eu tinha certeza que não tinha ninguém lá e a escola nunca teve câmeras.

— O Gabriel nos seguiu. E contou tudo aqui na escola. Eles acreditaram fácil, já que ele é o idiota filho do riquinho da cidade. Foi mal, não vai rolar de sair por um tempo. Perdão...

Filha da puta. Eu não consigo descrever o ódio que eu senti daquele cara no momento. Eu não o conhecia, mas já o detestava completamente.

— Bom, ainda bem que você tem o melhor amigo de todos. — eu disse, com um rosto maléfico.

— Lucas, que merda você vai fazer? — questionou ela, apontando na minha cara — Você não tá pensando em arranjar briga, né?

— Relaxa. Eu estou apenas prestes a mandar o cara mais rico da cidade se lascar. — exclamei, e saí andando.

Ninguém nesse mundo ia me parar. Sinceramente, um mês de castigo? Por pular um muro? Os pais dela são realmente uns idiotas. Não me surpreende que ela tenha que sair escondida com as amigas às vezes.

Porém, mais idiota que os pais dela é aquele imbecil. Gabriel, você arranjou uma briga sem motivo, com alguém que não tinha tantos motivos para te odiar. Pelo menos, não até agora.

Isso me fez pensar: o quê aconteceu naquele encontro dos dois? Ele não iria querer ferrar com ela por nada. Ela contou só para mim que aquilo foi horrível, para mais ninguém. E se rolou algo que deixou ele irritado?

Nada nesse mundo vai justificar isso agora.

E, é claro que foi à caminho da minha sala, pensando no que eu falaria quando encontrasse o bocudo, que eu acabei encontrando o grupo de Beverly Hills.

Pois é, foi exatamente isso que você leu. Na minha escola existe meio que uma divisão: Os nerds isolados, a rapaziada indie, os jogadores de futebol ou basquete, patricinhas legais e nojentinhas, a galera sem graça normal e os patricinhos de Beverly Hills.

Essa divisão consegue ser a pior de todas: eles ganham dinheiro dos pais, têm tudo que querem e são mimados como nenhum príncipe nunca foi. E, mesmo assim, vivem falando como são incríveis suas festas com bebidas, seus cigarros coloridos e seus "crimes hediondos" . O pior tipo de gente, basicamente.

E, pela surpresa de todos, é óbvio que o Gabriel está no pior grupo da escola.

Claro, para uma surpresa maior ainda, o grupo todo dele está parado na minha frente agora.

— Bom dia nerdão, como vai com seus pais? — zombou Gabriel, que começou a rir com o grupinho. O Bando de Maria vai com as outras.

— Felizes, e os seus? Ainda não te pagaram uma escova de dentes? — zombei, com um sorriso de canto.

Eu nunca tive motivo para odiar eles. E eles nunca encheram meu saco. Agora, acho que algumas coisinhas mudaram. E muito.

— Oh, parece que alguém está bravinho! Quê foi, seus pais te deixaram sem suas bonecas? — Exclamou, tentando criar algum tipo de piada para seu grupo. Sinceramente, até uma criança é melhor em fazer piadas desse tipo. Tá precisando de umas aulas, hein, Gabriel?

— Meus pais não fizeram nada, se esse era seu plano. — Apontei, observando os quatro mamutes atrás dele — Agora, a Letícia sim que acabou se ferrando. Qual foi a tua, pô? Pelo menos falasse que eu pulei o muro sozinho! Agora ela está de castigo por não ter feito nada demais!

— A Letícia ficou de castigo? Mas não foi nada demais... — disse ele, olhando para trás com uma cara de cachorro molhado.

— Ficou, e por um bom tempo. Não sei o que tem entre vocês, mas pelo amor de Deus, toma postura. Se ela te deu um fora, não age como criança. — Engraçado comentar isso para um cara com pelo menos duas vezes mais músculo que eu.

Olhando para frente, com um ar meio ilógico, Gabriel parecia pensar. Pela primeira vez na vida dele, mas parecia.

— Tá, esquisito, quem liga? Não é problema meu mesmo. Toma seu rumo vai! — Exclamou, falando ainda avoado. O quê será que deu nessa cabeça vazia?

O sinal começou a tocar, forte, indicando o início das aulas. Gabriel olhou para cima, e depois para mim, e partiu sem dizer mais nada. Fiquei irritado, queria dizer mais coisas, pelo menos, algo que jogasse toda minha raiva fora, mas...

Alguma coisa naquele seu "nada demais" me deixou pensativo. No fundo, algo me dizia que estava um pouco lascado.

Não voltei a vê-los de novo durante todo o período da manhã. "Assisti" todas as aulas, irritado, pensando em mais coisas para dizer quando o encontrasse. Talvez algo o fizesse mandar outro e-mail, desmentindo tudo? Só consegui prestar atenção na aula de história, é incrível como um professor se escondendo debaixo de uma cadeira para fingir ser um soldado da segunda guerra mundial atrai a sua atenção.

Finalmente a hora do recreio tinha chegado, mas parecia mais triste que o normal. Além da Letícia desaparecer (o que me deixa meio preocupado, ela nunca some desse jeito) o grupo INTEIRO dos imbecis se juntou na lanchonete da escola.

Eu estava com muita vontade de encher o saco deles, ou fazer qualquer coisa para irritá-los. Eu pensei nisso por muito tempo. Se valia a pena. Cheguei a conclusão que não. O importante aqui não são eles, muito menos eu. E sim a Let. Para alguém como eu, perder tempo não era uma boa opção. E, sem a Let, eu estava perdendo tempo.

Meu sangue ainda ferve e eu sinto um calor descomunal no meu corpo, mas a memória da Let com os olhos tristes conseguia me manter focado. Não é questão de ser melhor que ninguém, mas sim ser melhor para quem eu amo. E eu amo ela.

Sai do refeitório e comecei a procurá-la. Ela nunca desapareceu por muito tempo. Só quando saía com algum garoto ou garota, mas sinto que esse não é o caso. Algo me diz que alguma coisa está rolando, algo pior que só um e-mailzinho para os pais. Só não sei oque é, ainda.

Procurei por um tempo, nas salas, perguntando a seus amigos, amigas, todos com quem ela conversava. Alguns sequer sabiam quem eu era, mas sabiam que algo tinha acontecido e não questionaram muito. Fui nos banheiros, ginásio, em todo lugar do colégio, e nada. Ela simplesmente desapareceu.

— Cara, você realmente não quer ser encontrada né — sussurrei para mim mesmo, sem esperanças de achá-la.

— Pois é, concordo contigo — uma voz feminina surge das trevas atrás de mim.

Lógico, eu assustei. Não foi um susto simples. Estava no meio da quadra do colégio, sozinho, olhando para frente e surge uma voz nas minhas costas. É claro que foi meio ridículo né.

— CRENDEUSPAI SOCORRO — gritei no meio do ginásio, um tanto alto demais.

— AAAAAAAAAAAAAAAH – e a garota também se assustou.

Ela era baixinha, cerca de uns 1,50? Seu cabelo era castanho com mechas azuis, olhos claros esverdeados, bochechuda e lábios finos. Seu maxilar era bem afinado no queixo, parecendo um triângulo, mas combinava bem com seu rosto. E, mais uma coisa, ela parecia estar eletrizada 24 horas por dia.

–Pelo amor de deus garota, quem fala com alguém assim do nada! — exclamei, com a mão no coração pelo susto — imagina se eu sou cardíaco!

— Ah, para! Você não tem nenhum problema de coração, a Lê me contou que só é um pouco medroso! — disse animada, quase berrando.

— A Let? Você sabe onde ela está? Preciso falar com ela...

— Eu tô na mesma que você Lucas, já disse. Não achei ela pela escola. Talvez ela queria só, sei lá, ficar sozinha? — questionou a garota baixinha.

— Olha, não sei bem se é o caso. Você não sab...

— Na verdade eu sei bem. Eu sei de tudo que rolou. — afirmou a garota, enquanto arrumava o cabelo com uma das mãos.

— E como pode 'tá' tão calma? Vai que ele 'tá' triste! — era só nisso que eu pensava, sinceramente.

Ela me encarou por alguns segundos. Eu estava desesperado, aquela calmaria junto a uma animação chata que ela tinha me irritava. Só queria achar a Let.

— Olha, ela é bem tranquila, você sabe. Se ela quer passar um tempo sozinha, deixa ela. Nem todo mundo precisa de ajuda de alguém pra se sentir melhor. Você confia nela? — Questionou, e toda aquela calma começou a fazer sentido.

— Claro que confio. Já entendi. Mas...

— Sem mais cara. Você pensou tanto no caso de tudo ter dado errado, que sequer imaginou que ela só poderia ter ido para casa resolver as coisas?

Ah, tem isso né. Okay, talvez eu realmente tenha ido um pouco longe nos meus pensamentos mas...

Tá eu fui um pouco longe. Ela deve só estar em casa. Aí Deus, que exagero.

— Qual seu nome mesmo? — perguntei, agora bem mais calmo. Meu sangue não fervia mais, o calor do corpo ia diminuindo e minha adrenalina ia baixando. Novamente, sai de mim por um tempo e quase me perdi do meu objetivo. Se ficar sozinha deixa ela feliz de novo, é isso que tem de acontecer.

— Sofia. Você é mesmo desligadão né? Vai para a aula, já começou.

— Ah, okay? Obrigado por isso, eu acho. — falei, enquanto corria até minha sala. Tudo que ela disse faz bastante sentido, mas alguma coisa nela me lembrava alguém que eu conhecia. Enfim.

O resto do dia foi bem mais calmo. Graças a Sofia, deixei de me preocupar um pouco com a Let. Ela deve estar bem, ela sempre sai ganhando em qualquer situação.

Tive minhas aulas finais, voltei para casa, conversei com meus pais sobre tudo que aconteceu no dia e meu pai soltou a seguinte pérola:

— Essa Sofia deve ser uma daquelas enviadas por Deus, sabe? Que resolvem nossos problemas. Tava precisando de uma Sofia para pagar as contas! — E logo depois se queimou com café.

Foi bem cansativo, mas em poucas horas aqui estou eu, sentado na cama, olhando para o celular, tomando coragem para mandar uma mensagem e escrevendo neste diário.

Não sei se é o certo. Talvez devesse deixá-la sozinha? Sabe, para ela ter um momento consigo mesma?

Pois é, eu escrevi isso e mandei mensagem.

Mandei o seguinte: "Heyy, tá tudo bem? Deu uma sumida hoje, fiquei preocupado!".

Fiz certo? Ou só estraguei tudo mais ainda?

Bom, eu vou tentar dormir agora, qualquer coisa (quero dizer, caso ela responda) eu escrevo aqui para vocês.

Boa noite, diário.

E este é o fim do dia 3 de 12 dias até minha morte.

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