I'll be there: uma segunda ch...

By jakesumoon

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O que aconteceria se Lee Rang recebesse uma segunda chance? Por conta de um bug no sistema no Escritório de I... More

Dedicatória
Prólogo
1. O apelo de Yeon
2. A nova vida de Rang
3. O acordo
4. Da água para o vinho
5. Eu sei do que estou falando
6. Nem tão bem quanto parece
7. No meu rosto bonito, não.
9. Brincando com fogo
10. Certezas e Incertezas
11. Um dia bom para recordar
12. Ligando os pontos
13. A rush, a glance, a touch, a dance.
14. A verdade dói
15. Prazo de Validade
16. Apenas sentimentos humanos
17. Tic- Tac
18. Love already bloomed in my heart. (PARTE 01)
18. Love already bloomed in my heart. (PARTE 02)
20. Fique comigo (PARTE 01)
20. Fique comigo (PARTE 02)
21. A pequena grande Mi-rae
22. Of course, I laugh
23. A intrusa
24. Agindo como uma raposa.
25. Moonchild Ballad
26. Eu sou melhor que ele.
27. Sad Fate
28.Parting at the River of Three Crossings
29. I'll be there
30. Atos e consequências
31. Tudo tem um preço
32. É tudo culpa do Rang
32. Dias Dourados
33. That was everthing for me
Epílogo
I'll be there em "UM CONTO DE NATAL"
Um conto de Natal- Parte 1: Com amor
Um conto de Natal - Parte 2: O Karma
Um conto de Natal - Parte 3: Meu caro amigo secreto
Um conto de Natal: Epílogo

19. Brothers Reunited

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By jakesumoon

Lee Rang chegou em casa inquieto. Ao mesmo tempo em que pensava no final de semana que teve com Yu-na, pensava no melhor jeito de contar ao irmão toda a verdade, afinal, não seria ele se não encontrasse o melhor jeito aparecer em grande estilo. Antes de ir para o seu quarto montar um plano, quis falar com os pais sobre outra coisa que passava pela sua cabeça.

— Jihoon, querido. Como foi o passeio? Vocês se divertiram? — perguntou a senhora Kang.

— Mas é claro que eles se divertiram yeobo, os dois ficaram sozinhos...

— AISH!!! Nos divertimos muito sim, mas não dessa forma que imagina, pai. — Rang havia se habituado bem com a sua família postiça, tanto que não sentia nenhuma dificuldade em chamá-los de pai e mãe.

— Não entendo, realmente não entendo os jovens de hoje. Eu me casei com sua mãe um mês depois de conhece-la num encontro às cegas. Agora aí estão vocês enrolando um casamento há anos.

— O senhor tem razão, podem organizar.

— O QUÊ? — o casal disse em uníssono.

— Exatamente o que ouviram, eu vou pedir a mão da Yu-na em noivado. Vai ser apenas o noivado por enquanto, mas...

— QUERIDO! Um compromisso já é suficiente, pode deixar que eu vou organizar tudo, mas preciso falar com a Yu-na para acertar alguns detalhes.

— Então, sobre isso... ela não vai saber. Quero fazer uma surpresa, vou falar com os pais dela sem que ela saiba também. Conto com o silêncio de vocês. Não precisa ser nada muito pomposo, só os amigos mais íntimos da família e está tudo certo. Pode ser aqui em casa mesmo.

Rang sabia que estava agindo imprudentemente, mas se tudo desse errado queria ter se unido a ela de alguma forma antes de partir. O futuro noivo deixou os pais confabulando sobre a lista de convidados e foi para o quarto. Estava levemente nauseado, tomou um banho, e se deitou na cama para mandar uma mensagem para Yu-na antes de dormir, no entanto, apagou antes de receber a reposta dela.

______֎______

Yeon acordou cedo, Ji-ah e Mi-rae ainda estavam dormindo. Como Ji-ah havia tirado folga, ele não se preocupou em deixar a filha com Shin-joo ou com os sogros. Estava vestido todo de preto, fazia tempo que não se vestia assim, ainda mais acompanhado do seu guarda-chuva vermelho.

Chegou no escritório de Taluipa com dois cafés americanos, um ele já tomava enquanto caminhava, o canudo no canto da boca o deixava com um ar entediado, e era isso que queria passar. A anciã não podia perceber que ele estava aflito.

— Lee Yeon! Quanto tempo eu não o via por aqui! — disse Hyun Eui-ong ao vê-lo no hall de entrada.

— Exatamente, acho que a sua esposa esqueceu do serviço que estou fazendo para ela. — Yeon disse passando por ele e entrando na sala de Taluipa.

— Não me lembro de ter ligado para você, Yeon. — a anciã fala digitando algo no computador sem nem prestar atenção a ele.

A raposa coloca o café em cima da mesa dela e senta numa cadeira de frente para ela. Yeon sabia que não precisa fazer nada, a sua própria presença lá já seria um incômodo.

— YA! VOCÊ VEIO ME VER DE MANHÃ CEDO SÓ PARA ME IRRITAR?

— Eu vim atrás de respostas, eu não tive mais notícias suas, o Ra...

— Yeon, você ainda não percebeu que eu não vou dizer onde ele está? — Yeon ia protestar, mas Taluipa foi mais rápida. — CALADO! O nosso acordo está desfeito, eu não posso e nem quero deixar que você continue se envolvendo nisso. Lee Rang não pertence a esse mundo, e quanto mais cedo você aceitar esse fato, melhor será.

— Eu não vou aceitar isso nunca, Taluipa. Com ou sem a sua ajuda eu vou encontrar o meu irmão.

Ele não esperou por uma resposta da anciã, deu as costas para ela e saiu da sala. O punho fechado com força era o único sinal do tamanho da raiva que sentia agora. A raposa foi caminhar num parque próximo, precisava se acalmar antes de voltar para casa. Enquanto isso pensava por onde poderia começar a procurar.

______֎______

Rang acordou com uma dor de cabeça terrível, quase não conseguiu sair da cama, mas não podia se dar por vencido, tinha um plano para executar e ele começaria antes da palestra que combinou de ir com Yu-na. A senhora Kang estava tão animada com os preparativos da festa de noivado que não percebeu o filho sair de óculos escuros.

Não precisou de gps, o caminho que estava seguindo conhecia bem. Rang havia passado momentos bons e ruins ali, e agora estava voltando para lá mais uma vez, esperava conseguir a ajuda que tanto queria. O Noiva Caracol ainda estava fechado, mas ainda assim, ele desceu do carro e bateu na porta.

— Bok Hye-ja! Eu preciso entrar. Bok Hye-ja!

Quando ia bater pela terceira vez ouviu passos vindo de dentro do ambiente.

Aigoo, ainda estamos fechados, o que deseja? — a Noiva Caracol olhou para o rapaz, mesmo com óculos escuros, ele lhe parecia familiar. — Você veio aqui antes com uma jovem não foi. Como sabe o meu nome?

— Posso entrar? — disse Rang já passando pela porta. Como o local estava fechado ainda, ele pode tirar os óculos sem sentir desconforto da claridade. — Eu vim aqui porque preciso de um favor.

— Um favor meu?

A Noiva Caracol analisou o jovem mais atentamente, de fato ele era o rapaz que havia jantado lá há algumas semanas atrás. Mas não era isso que o fazia tão familiar, o jeito como ele sentava, o ar desafiador, até mesmo a singularidade na escolha da roupa, ela conhecia alguém com os mesmos traços. Mas não era possível, pois a pessoa que ela conhecia estava morta.

Rang percebeu que ela o avaliava, para auxiliar, colocou o seu melhor olhar desafiador e sorriu sarcasticamente.

— Você me reconhece? — ela levou as mãos a boca, levemente assombrada.

— Lee Rang... Como...

— Você foi bem mais atenta que o meu irmão, pelo visto.

— Você já se encontrou com ele?

— Sim, duas vezes, e ele não soube que era eu. — ele riu. — Mas a verdade é que nas duas ocasiões aparentemente ele não estava bem. Então eu vou ter que ser um pouco mais incisivo dessa vez. E é por isso que preciso de você.

— Como você conseguiu roubar esse corpo? Como você saiu de lá? — Bok Hye-ja cochichava mesmo estando apenas os dois no lugar.

— Ya! Eu não roubei o corpo, até hoje não sei bem como eu saí, só vi uma luz e segui, quando acordei estava no hospital, e aqui. — ele disse fazendo um gesto com as mãos apontando para o corpo.

— Os Ceifadores devem estar atrás de você, onde você está escondido. Espera, a garota... Você está morando com ela?

Rang ficou desconcertado com a dedução da mulher, mas soube se recompor no momento exato.

— Não! Eu estou muito bem infiltrado vivendo a vida do ex dono desse receptáculo.

— E ao que parece ele não está suportando mais você. Seu nariz... — ela disse entranhando um guardanapo a Rang. Saía sangue pela narina esquerda ele.

Aish... — a ex raposa levantou a cabeça limpando o nariz com o guardanapo. — É por isso que eu preciso da sua ajuda, não tenho muito tempo. Preciso que você arrume um jeito de fazer com que o Yeon venha aqui amanhã, este é o meu telefone. Assim que marcar me avisa e eu venho direto pra cá.

— Só isso que eu preciso fazer?

— Sim. Agora eu preciso ir, tenho uma palestra na universidade. — Rang disse dando uma piscadinha divertida, antes de sair pegou outro guardanapo caso o nariz voltasse a sangrar.

Antes de entrar no auditório, ele resolveu passar no banheiro para ver o seu estado, se tivesse muito abatido, Yu-na ia perceber imediatamente, mas por sorte, apenas uma discreta olheira apontava que havia algo errado, mas que poderia ser justificado com uma noite mal dormida.

O local estava praticamente cheio, alunos veteranos e calouros estavam ansiosos para ouvir a palestra, Rang mandou uma mensagem para Yu-na dizendo que havia chegado, assim que leu a garota levantou e fez um sinal com o braço para que ele a achasse.

Por conta de Yoon-seo, elas estavam sentadas na segunda fileira mais perto do palco, a garota estava ansiosíssima para ver o chefe falar sobre o um caso que tinha dado bastante repercussão há uns tempos atrás.

— Hey meninas. — Rang disse chegando perto delas, Yu-na havia guardado um lugar para ele, provavelmente deve ter enfrentado algumas caras feias por isso, mas eram poucos os que tinham coragem de falar algo para ela.

Assim que sentou, a garota entrelaçou sua mão na dele.

— Sua mão está fria, você está bem? — como esperado a garota notou que havia algo errado.

— Não foi nada, só estou com um pouco de dor de cabeça.

— Silêncio os dois! O sr. Advogado vai entrar. — Yoon-seo falou. Seus olhos brilhavam de alegria ao ver o homem que entrava no auditório para falar com eles.

— Gostaria que dessem uma salva de palmas a um grande amigo meu, que já foi meu júnior, e hoje é um dos melhores advogados de Seul. É um prazer ter você aqui conosco hoje, Kwon Jung-rok! — o auditório encheu com os aplausos e gritos dos estudantes.

Rang olhou para a amiga de Yu-na que quase o deixou surdo com o grito agudo que dera. O rapaz observou o homem e se surpreendeu com o que viu. O advogado era completamente o inverso de Yoon-seo, sério, contido e reservado.

— Obrigado, Sunbae. — Jung-rok agradeceu fazendo uma reverência. — Obrigado a todos. — de relance o advogado olhou para direção onde Rang, Yu-na e Yoon-seo estavam, onde a última o encorajou com um " fighting! " discreto.

Todos estavam concentrados e anotavam o máximo de coisas possíveis, com exceção de Rang, sua cabeça latejava e depois de muito lutar contra, acabou encostando a cabeça no ombro de Yu-na.

— Está ruim assim? — ela cochichou.

— Só preciso fechar os olhos um pouco, vai já passar.

A palestra durou aproximadamente duas horas, a ex raposa havia conseguido cochilar um pouco no ombro de Yu-na e se sentia um pouco melhor. Uma pequena multidão começava a se formar na beira do palco para cumprimentar o advogado, as duas garotas quiseram ir falar com ele também, logo, Rang disse que as esperava ali mesmo, se ajeitou confortavelmente na poltrona e fechou os olhos quando sentiu o celular vibrar no seu bolso.

O número não estava salvo, quem ligaria para ele? Geralmente apenas a mãe e Yu-na o ligavam, o jovem chegou a pensar em recusar e voltar a cochilar, mas até que teve um insight.

— Alô?

— Lee Rang? — ele reconheceu a voz imediatamente, trava-se de Bok Hye-ja.

— Sim, sou eu. Já conse...

— Escute, venha rápido para cá, o seu irmão está aqui. Não foi preciso que eu fizesse nada.

O coração dele acelerou, precisava sair de lá o mais rápido possível, procurou por Yu-na, mas ela estava no meio da multidão. Ele não podia esperar, saiu do auditório e enquanto corria para o carro mandava uma mensagem de voz para ela.

" — Yu-na-ssi, eu precisei resolver uma coisa urgente. Acho que vou encontrar o meu irmão agora. Eu falo com você mais tarde. "

Rang saiu da universidade cantando pneus de tão rápido que dirigia, teve sorte em não pegar engarrafamento e nem sinais vermelhos. Ao chegar no Noiva Caracol pela segunda vez no dia, a dona o esperava na porta, suas vestes tradicionais contrastando com toda a arquitetura ao redor.

— Ele não está com uma cara boa, eu disse que uns estudantes fizeram uma reserva grande aqui fora e o coloquei em uma das salas privadas.

— Ele pediu alguma coisa?

— Sim, uma porção de bibim-guksu. Acabou de ficar pronto.

Yeon não poderia ter escolhido um prato mais perfeito do que esse. Na realidade, pela segunda vez, ele poupava Rang de realizar seus planos. Era exatamente o que pediria para a Noiva Caracol preparar, caso o irmão tivesse pedido outra coisa.

— Perfeito. Eu levo.

Quando Bok Hye-ja colocou a bandeja nas mãos de Rang, elas tremiam um pouco. Desde que voltara, seu maior desejo era reencontrar e abraçar o irmão. Agora que sua vontade estava apenas alguns passos de se tornar realidade, ele ficou com medo.

— Vá devagar. — a Noiva Caracol disse dando tapinhas nas costas dele, para encorajá-lo. Quando ele olhou para ela e assentiu, a dona do restaurante pode ver lágrimas se formando em seus olhos.

O caminho que ele percorreu até a sala privada parecia não terminar nunca, um filme se passava em cada passo que dava e pode relembrar de todos os momentos que teve com o irmão até chegarem ali. Pensar nisso o fez chegar a conclusão de que haviam perdido muito tempo com brigas inúteis e infantis, grande parte por sua culpa.

Rang suspirou quando parou na porta indicada. Bateu na porta duas vezes, como Hye-ja havia lhe instruído, e só depois disso abriu a porta. Yeon estava de cabeça baixa, e não levantou nem para agradecer quando o prato chegou.

— Obrigado. Oh... — Yeon soltou uma expressão ao reparar que faltava um ingrediente do prato. O ingrediente que para ele era considerado o principal. — Onde está o ovo? — surpresa estampou o seu rosto quando viu quem o tinha servido.

— Você me deu da última vez, eu me antecipei dessa vez. — Rang disse sentando-se de frente para Yeon. Tentava manter toda a autoconfiança, mas à medida que a verdade ia ficando clara para o ruivo que o encarava, mais emocionado ele ficava.

— R-Rang? — o antigo espírito das montanhas quase não conseguiu falar. Como num raio, as lembranças das vezes que os dois haviam se encontrado com ele nesse corpo foram aparecendo. Yeon lembrou como o rapaz ficou ao segurar a sua mão no jantar de sua sogra, e como lhe pareceu familiar a forma que ele estava sentado no banco perto de sua casa. Agora sim ele entendia o que ele fazia lá àquela hora.

Hyung... — Rang finalmente deixou as lágrimas caírem por seu rosto, seu irmão estava a sua frente, e com plena consciência de quem ele era.

Os dois levantaram da mesa juntos. Yeon tinha os olhos marejados, não acreditava no que estava acontecendo, como ele não percebeu antes? Seu irmão mais novo havia voltado e estava perto dele e bem. Ao ir atrás das almas se perguntava em que tipo de corpo ele poderia teria parado, agora se sentia aliviado ao ver que era um corpo jovem e saudável.

O mais velho foi o que conseguiu se mover primeiro, andou na direção do outro e o abraçou.

— Rang... finalmente... — Yeon disse acalentando o irmão que chorava tanto quanto ele. Ambos tiveram uma despedida difícil, ambos se sacrificaram, e esse abraço tinha muito mais sentimentos do que se poderia imaginar.

— Eu disse que nos reencontraríamos não disse? — Rang disse ainda emocionado. A dor de sua cabeça havia duplicado, mas naquele momento não se importava.

— Por que você não me procurou antes?

— Eu não sabia direito o que estava acontecendo, quem estaria atrás de mim. Até que um dia eu segui você e descobri que era você quem estava atrás das almas. Que por sinal, foi ali que descobri também que não havia sido só eu. Você já pegou todas?

— Não. Taluipa por algum motivo não quis me dar mais pistas, bom eu estava fazendo isso para encontrar você, já que você me achou, eu não preciso mais me preocupar com isso. Talvez seja porque ela soubesse em que corpo você estava.

— É, pode ser sim. Então você fez um trato com ela só para descobrir onde eu estava?

— Quantas vezes será preciso eu dizer que "eu nunca vou abandonar você", para que acredite? — Rang riu.

— Me desculpe, hyung. — Yeon fez uma cara confusa ao ouvir o pedido, ao perceber que o irmão não entendia, Rang continuou. — Eu estraguei tudo, por minha culpa você...

— Não, não, não, Rang pare já com isso. — Yeon colocou as mãos nos ombros do mais novo. —Nada do que aconteceu foi culpa sua, você não conhece os deuses? Se não fosse você seria outra pessoa, já estava tudo traçado. E mais uma coisa: sem você eu não teria conseguido derrotar o Imoogi. Por favor, não se martirize por conta disso, não coloque um peso nas costas que não lhe cabe.

— Hum. — foi apenas o que Rang conseguiu falar.

— Agora me conte, como tem vivido? Você ainda tem algum traço de raposa?

— Não, sou completamente humano, quando acordei, fiquei muito tempo no hospital me recuperando dos ferimentos.

— Entendo... Mas e a família dele? Você está conseguindo lidar bem com eles?

— Ah, com certeza, a ma... Quer dizer, o senhor e a senhora Kang são pais exemplares e são bem legais. O Jihoon fazia direito, e ao ver mais de perto até que parece ser uma profissão realmente interessante.

— Nossa temos tanta coisa para conversar...

— Sim, a começar pelo fato de que sou tio.

— A Mi-rae! Ela vai adorar conhecer você. Precisa ver, essa garota é muito esperta.

— Ah, eu não duvido nada disso. — Rang se lembrou da pequena agarrada em sua perna o chamando de tio.

— Você já contou para a Yu-ri? Ela vai surtar de alegria.

— Você teria sido o primeiro se a Yu-na não tivesse descoberto antes, e a Noiva Caracol que soube hoje mais cedo.

— Yu-na? Aquela humana que estava com você no jantar?

Yeon percebeu o modo com Rang ficou ao falar o nome dela, ele já tinha visto aquele olhar muitas e muitas vezes.

— Vocês pareciam bem próximos no jantar... — o gumiho insinuou.

— Ya!

— Ela é sua namorada? O meu irmãozinho está namorando?

Hyung! Bem... no início eu me aproximei dela por conta do disfarce, mas aí...

— Você está gostando dela?

— Eu ando fazendo coisas estúpidas por aí, e eu me sinto um pouco estranho sempre que a vejo. Não acho que seja um problema cardíaco, então... Sim, eu estou gostando dela.

Daebak! Isso é maravilhoso Rang! Você gostando de alguém... eu estou muito feliz por isso. —Yeon disse dando tapinhas no ombro do outro.

Os irmãos conversaram durante horas a fio, Yeon contou sobre a sua família, também falou os maus bocados que Shin-joo estava enfrentando com Yu-ri agora que ela havia posto na cabeça que queria ter uma raposinha, e não podia deixar de falar de Soo-ho, que ainda não estava bem com a partida dele, mas que havia superado a fase rebelde.

Rang contou para o irmão as coisas que vinham acontecendo com ele desde que acordou no hospital, e de como a relação dele com Yu-na foi evoluindo para o nível que estava agora. Yeon não parava de brincar quando o irmão parava de falar meio sem jeito. Percebeu como tudo ainda era muito novo para ele e que como o caçula ainda não sabia como demonstrar seus sentimentos. Enquanto falava da humana que gostava, nenhuma vez ele usou termos como paixão, gostar, coração e etc.

Quando saíram do restaurante, já se aproximava do final da tarde. A Noiva Caracol ficou observando os dois saírem alegres e cheios de animação.

— Obrigado por hoje. — Rang disse ao se despedir. Ela ficou ligeiramente surpresa ao vê-lo agradecer por alguma coisa, realmente o fato dele ter ficado humano estava deixando mudanças visíveis.

Hyung. — Rang chamou ao passarem por uma joalheria. — Você me ajuda a escolher um anel?

— Não me diga que...

— Sim, sim, agora você pode, por favor, parar de encher meu saco e me ajudar? — o humano pediu enquanto a raposa apertava suas bochechas dizendo uma quantidade grande de gracejos.

Foi difícil para os dois se despedirem, mas ambos tinham ficado o dia fora sem dar notícias para ninguém. Os irmãos estavam reunidos, e agora poderiam finalmente desfrutar de uma relação familiar de verdade.

Rang ainda sentia um aperto no peito, faltava uma coisa para falar, mas não quis contar ali pois sabia que ia acabar com qualquer resquício de felicidade entre os dois. O próprio Yeon se deu conta de que não tinha perguntado sobre a saúde do irmão, mas quando ligou para ele horas mais tarde, este disse que podiam conversar sobre isso depois.

Imediatamente soube que algo não estava bem, ele só não sabia o quanto.

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