Malfoy Flavor [pt/br] • drarry

By tradutorazinhagay

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Harry está pronto para banir a imagem do Garoto de Ouro e assumir o controle de sua vida. Infelizmente, ou fe... More

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By tradutorazinhagay

"Dustin, acorde!"

Harry com os olhos turvos abriu os olhos ao som da voz urgente. "Blaise, o que diabos você quer?" Ele sentiu como se a morte tivesse esquentado e certamente não gostaria de enfrentar a alegria de Blaise. Embora, depois de tentar se concentrar, ele percebeu que Blaise parecia ansioso, não alegre.

"Seu pai quer você esta manhã", disse Blaise, sua voz tão ansiosa quanto sua expressão.

"Foda-se meu pai," Harry murmurou, aconchegando-se mais perto de Draco e tentando ignorar a dor em sua cabeça.

"Dustin!" Blaise disse com urgência. "Ele me mandou uma coruja e eu devo levar sua bunda para o Hall de Entrada nos próximos trinta minutos. Draco também", acrescentou.

Harry abriu os olhos novamente. "Por que ele mandou uma coruja para você?"

"Eu não sei", disse Blaise, sua testa franzida em confusão. "Eu juro, é como se ele soubesse que eu realmente estava acordado."

Harry poderia resolver essa parte do mistério. Seu pai tinha o Mapa do Maroto e poderia facilmente ter visto Blaise se movendo. Mas agora a questão era por que Blaise estava acordado em primeiro lugar. "Por que você está acordado?"

"Despertador ligado," Blaise admitiu. "Outra razão para eu não beber ontem à noite. Eu me senti meio responsável por garantir que todos estivessem bem esta manhã e voltassem para seus dormitórios."

Harry olhou para Neville, que estava parado ao lado de Blaise, sorrindo orgulhosamente para seu namorado.

"Deuses, Draco está certo," Harry murmurou. "Você seria um otimo Grifinório."

Blaise e Neville caíram na risada e Harry gemeu, segurando sua cabeça. Eles se acalmaram quase instantaneamente, mas Blaise ainda parecia divertido quando ele falou. "Você tem algo contra Grifinórios?"

"No momento, sim", disse Harry irritado. "Vá embora."

"Anjo, cale a boca e fique quieto," veio a voz de Draco, rouca de sono, mas já parecendo extremamente irritada.

"Eles estão me incomodando", Harry choramingou. "Não é minha culpa."

"Quem?" Draco perguntou, sem se preocupar em abrir os olhos.

"O aspirante a Grifinório," Harry respondeu, acordando um pouco apesar de si mesmo.

"O que diabos Blaise quer?" Draco retrucou.

Harry reuniu energia suficiente para sorrir maliciosamente para Blaise, que parecia não ter certeza se deveria se divertir ou ficar indignado por Draco saber, sem nem mesmo olhar, a quem Harry estava se referindo.

"Eu te disse," Harry zombou, ainda infeliz por ter sido acordado.

"Você fica mau como o Draco quando tem uma ressaca", disse Blaise, optando por fazer beicinho.

"Então me deixe em paz", Harry respondeu.

A expressão de Blaise ficou ansiosa novamente. "Eu não posso. Snape vai me matar se eu não levar vocês dois até o saguão de entrada."

"Que porra" Draco falou, finalmente abrindo os olhos.

Blaise explicou a Draco o que ele já havia contado a Harry. "Agora tenho cerca de vinte minutos para vestir vocês dois e descer para o Hall de Entrada."

"Por que?" Harry perguntou, de volta ao choramingo novamente.

"Eu ainda não sei", disse Blaise exasperado.

"Parece importante, Dustin," Neville falou baixinho. "Parece que você está indo a algum lugar."

Harry franziu a testa e finalmente se sentou, gemendo ao fazê-lo. Neville entregou a ele a nota que Severus havia enviado. Harry leu e empalideceu ainda mais do que já estava. "Oh, merda", ele respirou.

"O que?"

Todos os três estavam olhando para ele preocupados. "Dumbledore é um filho da puta doente ou algo está errado", disse Harry. Ele estendeu a mão e Neville o puxou, apontando uma muda de roupa. Harry começou a se vestir, sem se importar onde estava.

Havia muitas outras pessoas na sala, mas uma rápida olhada mostrou que todos além dos quatro ainda estavam desmaiados.

"Anjo," Draco disse, seu tom exigente. "O que diabos está acontecendo?"

Harry fez uma pausa antes de vestir sua camisa limpa, tentando descobrir uma maneira de responder a Draco, na chance de alguém estar acordado e ouvindo. "Parece que tenho que ir a algum lugar que não quero." Harry encontrou os olhos de Draco. "Eu quero que você venha, embora tecnicamente você não seja permitido. Meu pai também parece ter mandado o foda-se para o protocolo, dadas as circunstâncias."

Ele entregou o pergaminho para Draco. Inferno, Draco era melhor em ler as mensagens codificadas de qualquer maneira, estando acostumado com elas depois de anos lendo as cartas codificadas de seu próprio pai.

Draco leu a mensagem e começou a se vestir com roupas limpas. "Eu vou com você", disse ele, seu tom não tolerando nenhum argumento.

"Obrigado," Harry disse simplesmente, colocando suas vestes antes de se sentar para colocar suas botas de volta. "Não sei se eles vão deixar você entrar, mas parece que papai disse que você pode pelo menos ir comigo."

"Onde você está indo?" Blaise perguntou, seus olhos extremamente arregalados.

Harry olhou para cima e percebeu que Blaise estava começando a parecer um pouco em pânico, e Neville estava olhando entre Blaise e Harry, ligeiramente alarmado com a reação de Blaise.

"Blaise, não é isso," Harry disse tranquilizador, descobrindo que Blaise pensava que ele estava indo para outra reunião de Comensais da Morte. Harry não tinha contado a Neville sobre essa pequena parte de sua vida ainda. Neville já havia enfrentado choques suficientes.

Blaise pareceu ligeiramente aliviado e abriu a boca para falar, antes de olhar para as pessoas desmaiadas ao redor deles e fechar a boca novamente.

"Ele não sabe de nada para responder às suas perguntas de qualquer maneira", Draco disse asperamente.

Blaise parecia devidamente castigado, embora ainda preocupado. Neville agarrou a mão de Blaise, garantindo a si mesmo ou a Blaise, Harry não tinha certeza. "Apenas cuide de todos aqui", disse Harry. "Estaremos de volta quando pudermos."

Blaise se recuperou um pouco. "Vai se esconder no seu quarto hoje para se livrar das ressacas?" ele perguntou. Em outras palavras, ele estava perguntando se isso era o que deveria dizer a quem perguntasse sobre eles.

"Merlin, sim," Draco respirou, esfregando a testa.

Inconscientemente, Harry estava imitando a ação de Draco, sua cabeça ainda latejando impiedosamente. "Vamos," ele disse calmamente.

Parando para se refrescar rapidamente ao longo do caminho, eles desceram para o Saguão de Entrada quando Severus estava saindo das masmorras. Severus entregou a cada um deles um frasco, que eles aceitaram ansiosamente, puxando as rolhas e bebendo o conteúdo imediatamente.

"Se divertiu?" Severus zombou, apreciando o óbvio desconforto deles. Ao receber apenas olhares em resposta, ele riu levemente. "Você já deve estar sentindo algum alívio e provavelmente se sentirá meio normal em trinta minutos."

"Hm ainda muito cansado," Harry murmurou mal-humorado.

"Talvez," Severus disse, olhando-o contemplativamente.

Harry pegou seu olhar. "O que está errado?" ele perguntou, seu tom sério.

"Eu acredito que talvez sua influência possa ser útil", Severus disse.

"Como?" Harry perguntou, seus olhos se estreitaram suspeitosamente.

Severus não respondeu, ao invés disso se virou e os conduziu ao escritório de Dumbledore. Harry entendeu porque seu pai não estava respondendo a ele ainda, mas isso o estava deixando mais nervoso quanto mais ele teve que esperar por uma explicação. Não estava ajudando o fato de Draco estar resmungando sobre descer as escadas simplesmente para subir a metade deles.

A poção para ressaca estava ajudando a dor de cabeça de Harry, mas certamente não tinha ido embora completamente. Pelo menos seu estômago não estava se revirando desconfortavelmente como antes. Ele jogou um pouco de água no rosto, mas de alguma forma não estava exatamente o deixando muito mais alerta. Ele estava tenso e ansioso com qualquer que fosse o desconhecido problema atual.

Ele estava evitando desesperadamente pensar sobre para onde estavam indo. Draco fez uma pausa em seus resmungos e apertou a mão de Harry para tranquilizá-lo. Harry sorriu para ele fracamente, apreciando que Draco estava indo com ele, embora Draco não estivesse exatamente de melhor humor do que ele.

Severus disse a senha e os levou até o escritório de Dumbledore, antes de se virar para encará-los. "Lucius, assim como Draco, serão revelados à Ordem", disse ele, finalmente respondendo à pergunta de Harry.

"O que aconteceu?" Harry perguntou, entendendo as implicações.

"Parece que o Lord das Trevas informou a Lucius esta manhã sobre um ataque que ele estará liderando esta noite," Severus explicou. "A Ordem deve ser informada para contra-atacar, e eles devem ser informados de que Lucius está, para todos os efeitos, do lado deles, para que eles não o matem", disse ele secamente.

"Adorável", disse Harry sarcasticamente.

"De fato," Severus concordou.

Harry olhou para Draco, que estava quase doentiamente pálido. Harry de repente não tinha certeza de quem iria tranquilizá-lo, principalmente porque não havia tempo para garantias, e nenhum dos dois estava exatamente com um humor tranquilizador. Parecia que seria um dia muito longo.

"Você vai ficar bem?" Severus perguntou preocupado.

Harry suspirou pesadamente. "Não. Mas, é claro, eu não tenho escolha a não ser ficar bem, de qualquer maneira. Por que  desta vez? Por que não em Hogwarts?"

"Esta não é uma reunião de rotina", Severus disse gravemente. "Haverá muito mais atividade com pessoas indo e vindo. Não é apropriado."

Harry deu a seu pai um olhar penetrante. "Onde?"

Severus hesitou por um momento. "O ataque tem como objetivo a casa dos Weasley. Você não fará parte disso," ele comandou.

Os olhos de Harry se fecharam com força, sua mente girando com toda essa informação repentina. "Eu não posso", disse ele lentamente.

"Não, não com nenhuma das personas," Severus disse firmemente. "Estou feliz que você entenda isso. A Ordem entrará em ação para proteger os Weasleys e sua casa," ele zombou. "Você deve ter certeza de que eles aceitam Lucius, assim como Draco."

"Ótimo," Harry disse sarcasticamente, seus olhos se abrindo novamente. "Como é que eu consigo o trabalho difícil?"

"É melhor você ter sucesso," Draco exigiu, falando de repente.

"Draco, use esse tom comigo na reunião e eu vou muito bem dar um tapa na sua cabeça", Harry retrucou, olhando para Draco. "Porque esse tom com certeza não vai me ajudar a convencer a Ordem a aceitar você."

Severus entregou um pequeno pedaço de pergaminho para Harry, antes de se virar para a lareira. "Boa sorte para você, filho", ele sorriu, pouco antes de desaparecer através do Flu.

Harry não estava com humor para isso, e nem Draco. Draco agora estava olhando furiosamente para Harry. "Que porra é essa, Anjo? Desde quando você sai falando comigo desse jeito?"

Harry pressionou as palmas das mãos nos olhos, respirando fundo. "Sinto muito", disse ele, sua voz tensa, e não querendo tentar dizer mais nada.

"Percebi que a vida do meu pai está em jogo se você não convencer esses idiotas", Draco disse friamente.

"Eu sei muito bem disso," Harry retrucou. "É por isso que preciso que você mantenha a porra da sua boca fechada. Ou isso ou apenas fique aqui se você vai ser assim."

"Eu não vou ficar aqui!" Draco disse com raiva.

Harry colocou o pedaço de pergaminho nas mãos de Draco. "Leia, memorize e queime", ele ordenou.

Draco pegou o pergaminho automaticamente.

"Agora, se você quiser ir, entre no maldito Flu e vá," Harry retrucou. "Eu preciso ir salvar seu pai e não tenho tempo para ficar aqui e discutir com você."

Harry já estava caminhando para a lareira e beliscando um pouco do pó de Flu.

"Anjo," Draco disse, parecendo perceber de repente que eles estavam discutindo sobre algo em que concordaram. Draco tinha o péssimo hábito de discutir dessa maneira, e Harry estava longe de estar com disposição para lidar com isso dessa vez. Harry sabia que Draco estava chateado com a atitude de Harry mais do que qualquer coisa, mas Harry simplesmente não conseguia encontrar coragem para tranquilizar Draco, tentando lidar com tudo consigo mesmo. Harry já estava jogando o pó de Flu e com um grito de seu destino, ele desapareceu nas chamas verdes.

Harry teve muito mais graça ao sair da lareira do que antes, mas ele sentia o mesmo. Ele estava começando a pensar que imaginou beber aquela poção, porque se sentiu enjoado depois de viajar pelo Flu. Sua cabeça latejava com força de novo, ele estava chateado por lutar com Draco, ele estava preocupado com Lucius e os Weasleys, e as memórias de repentinamente estar de volta ao Largo Grimmauld estavam ameaçando dominá-lo.

E, no entanto, ele tinha uma espécie de batalha para lutar com a Ordem. Amável.

Harry respirou fundo e tentou puxar seu foco para que pudesse passar por isso. Ele ouviu o clarão do fogo e Draco entrando na sala. Quase imediatamente, os braços de Draco o envolveram, segurando-o com força. "Sinto muito", Draco sussurrou em seu ouvido.

Harry não disse nada, seu olhar focado nos dois homens entrando na sala, que devem tê-los ouvido entrar no Flu. Ele ficou surpreso ao não encontrar ninguém na cozinha, sabendo que geralmente era aqui que aconteciam as reuniões.

"O que Malfoy está fazendo aqui?" Moody rosnou.

Draco deu um passo para o lado de Harry, olhando com ódio para o homem.

"Moody, guarde pra você sua paranoia", Harry retrucou com raiva. "Não estou com vontade de lidar com isso hoje."

Moody pareceu surpreso por um momento, mas se recuperou rapidamente, voltando-se para encarar Severus. "É assim que você ensina seu filho a respeitar os outros?"

Severus o encarou. "Eu sugiro que você fique longe do meu filho hoje se quiser manter um pouco do seu auto-respeito."

"Eu não vou aceitar ordens de um jovem arrivista como ele," Moody rosnou.

"Então eu sinceramente espero que você goste de ser humilhado na frente da Ordem," Severus zombou maliciosamente. "Ele o avisou. É sua escolha se você vai dar ouvidos ao seu aviso ou não. Pessoalmente, eu adoraria vê-lo deitar você hoje."

Sem perder o ritmo, Severus se virou para Harry e Draco. "A reunião está prestes a começar", disse ele uniformemente. "Moody vai te mostrar lá em cima, Dustin. Por causa do número de pessoas, está acontecendo na sala de cima. Fique quieto no Hall de Entrada", alertou. Harry mal se absteve de revirar os olhos. Ainda ninguém foi capaz de remover aquele maldito retrato da mãe de Sirius.

"Eu estarei aí em breve," Severus disse, o significado não perdido em Harry enquanto ele lançava um rápido olhar para Draco. Severus provavelmente estaria entrando na reunião com os dois Malfoys.

Dando a seu pai um aceno rápido, ele caminhou com confiança para fora da sala, agindo como se fosse o dono do lugar. O que, na verdade, ele fez. Era irrelevante que ele não tivesse pisado no lugar desde que o herdou.

Moody estava olhando feio para ele, mas Harry o ignorou enquanto ele subia as escadas. Entrando na sala, Harry ficou surpreso. Parecia uma grande sala de conferências, em vez de uma sala de estar. Na verdade, parecia que a sala de Hogwarts onde a Ordem se reunia, exceto pela grande tapeçaria na parede oposta que, junto com o retrato, ninguém havia descoberto como remover.

Dumbledore o viu imediatamente e acenou para várias cadeiras vazias perto dele na cabeceira da mesa. O velho bruxo lançou-lhe um olhar simpático enquanto ele se sentava, mas Harry agradeceu quando ele não disse nada. Em vez disso, Dumbledore rapidamente deu início à reunião, todos menos Harry olhando para ele com expectativa.

Harry rapidamente percebeu que ele era o único que recebera algum aviso sobre o que era aquela reunião. Ele ouviu Dumbledore explicar que eles tinham uma emergência que precisava ser resolvida, mas primeiro eles trariam duas pessoas importantes para a Ordem. Ele avisou a todos para respeitarem os recém-chegados.

Harry bufou baixinho, pensando que aquele pequeno aviso de Dumbledore não iria adiantar nada. Moody já estava olhando com desconfiança para Harry e Dumbledore, obviamente se lembrando muito bem de com quem Harry havia chegado. Harry olhou para Dumbledore com a forte suspeita de que, como Severus, Dumbledore estava contando com Harry para convencer a lealdade da Ordem de Lucius.

Aparentemente na hora, Severus entrou na sala com Lucius e Draco. Instantaneamente, a sala ficou em alvoroço, pessoas gritando e várias varinhas em punho. Severus, Lucius e Draco ficaram olhando para o grupo.

"Boa sorte, Dustin," Dumbledore disse baixinho, de modo que Harry foi o único que o ouviu entre todos os gritos.

Harry deu a ele um olhar irônico, suas suspeitas confirmadas. "Obrigado," ele disse sarcasticamente, mas Dumbledore simplesmente sorriu gentilmente para ele, essencialmente entregando a Harry os controles para esta reunião.

Harry se perguntou se Dumbledore estava feliz por ter alguém assumindo um pouco a responsabilidade. Talvez tenha sido por isso que Dumbledore não estava questionando as decisões de Harry tanto quanto Harry originalmente pensava que faria. Ele não tinha tempo para pensar nisso agora, porém, com o impasse atual.

"Chega!" Harry gritou com força enquanto se levantava. Todos pararam de gritar e se viraram para Harry. "Guardem suas varinhas," ele ordenou. "Esta é uma reunião da Ordem, não uma batalha."

Várias pessoas protestaram e Harry olhou para todos eles friamente. "Eu preciso lembrar a todos vocês que vocês são adultos capazes de agir como seres civilizados? Eu disse para colocá-los de lado", ele ordenou.

"Mas Malfoy -" Molly começou, antes que Harry a interrompesse.

"Eu sei perfeitamente quem são essas pessoas, e vocês não estão em perigo", disse Harry, sua voz baixa e perigosa. "Guardem suas varinhas e obterão uma explicação."

Enquanto a maioria das pessoas guardava suas varinhas, ou olhando feio para os Malfoys ou olhando incrédulo para Harry, Moody falou. Não foi uma grande surpresa para Harry. "Eu quero uma explicação agora, garoto", ele rosnou.

"Então mantenha sua boca fechada para que você possa ouvir", Harry retrucou com raiva. "E você fará melhor se lembrar do meu aviso."

Moody ainda estava olhando, mas ele permaneceu em silêncio desta vez, esperando impacientemente. Harry olhou para ele por mais um momento antes de se virar para perceber que os outros três tinham se aproximado atrás dele. "Devo?" Harry perguntou a Lucius, levantando uma sobrancelha em questão.

Lucius deu um breve aceno de cabeça e Harry gesticulou para que eles se sentassem, imaginando que eles deveriam ficar confortáveis, já que isso provavelmente demoraria um pouco. Lúcio e Draco ocuparam os assentos mais próximos de Dumbledore, com Harry e Severus como amortecedores entre eles e os outros membros da Ordem.

Harry permaneceu de pé, movendo-se quase automaticamente para ficar atrás de Draco, colocando as mãos em seus ombros. Harry respirou fundo, olhando ao redor da mesa para todos os rostos cautelosos, mas expectantes.

"Como vocês todos sabem muito bem, Lucius é um Comensal da Morte," Harry começou calmamente. "O que não sabem é que ele estava espionando Voldemort e trazendo informações para nós."

"Se ele está espionando alguém, ele está nos espionando," Moody rosnou. Um flash saiu da varinha de Harry e um feitiço silenciador foi colocado nele.

"Eu te avisei para não mexer comigo hoje," Harry zombou do homem agora furioso. De repente ficou claro que Harry havia amarrado o homem à cadeira também, porque ele estava lutando para se mover, mas não conseguia chegar a lugar nenhum.

"Isso é mesmo necessário?" Remus perguntou baixinho, com os olhos um pouco arregalados para tudo o que estava testemunhando.

"Sim," veio a resposta desdenhosa de dois Snapes e dois Malfoys. As sobrancelhas de Remus ergueram-se de surpresa, mas ele não fez mais comentários. Olhares questionadores para Dumbledore não trouxeram ajuda para Moody, e ninguém parecia estar disposto a falar por ele.

"Temos muito que lidar hoje e não tenho tempo para lidar com a paranóia", disse Harry, sua voz forte e determinada. "Eu respeito o fato de que todos vocês têm preocupações. Também reconheço a legitimidade dessas preocupações. E se você me der uma chance", disse ele, incisivamente olhando para Moody. "Vou abordar essas preocupações."

"Estamos ouvindo", Tonks disse baixinho, sorrindo um pouco. Harry tinha certeza de que ela era uma das pessoas que achava engraçado que Harry tivesse calado Moody com tanta eficácia.

Harry deu a ela um aceno agradecido antes de continuar. "Como eu estava dizendo, Lucius é um de nossos espiões. Na verdade, ele traz mais informações porque está em uma posição muito próxima de Voldemort."

Harry não queria entrar em muitos detalhes, considerando que Lucius tinha uma grande história em relação a essas pessoas. Ele explicou o envolvimento de Lucius e Draco na primeira reunião dos Comensais da Morte que ele compareceu.

"Por que você não nos informou sobre isso antes?" McGonagall falou pela primeira vez. Normalmente ela tinha a tendência de sentar e observar mais, Harry notou.

"Para ajudar a proteger o status de espião de Lucius o máximo possível," Harry respondeu simplesmente.

"Dustin, você precisa informá-los sobre os eventos da semana passada," Lúcio afirmou.

Harry franziu a testa. "Como exatamente isso te ajuda?"

"Não importa," Lucius falou lentamente. "Isso deixa claro para a Ordem até onde você e Draco chegaram."

"Não é outra reunião de Comensais da Morte?" Molly explodiu com raiva.

"Sim," Harry respondeu, suspirando cansado, esfregando a têmpora e tentando afastar a dor de cabeça latejante. Ele não queria contar a eles o que havia acontecido com ele, mas Lucius estava certo. Certamente ajudaria a convencer a Ordem da lealdade de Draco.

"Explique," Molly exigiu.

Harry lançou um olhar furioso para Lucius apenas por princípios gerais e recebeu um sorriso divertido em troca. Soltando outro suspiro primeiro, Harry descreveu os eventos do último encontro dos Comensais da Morte. A maior parte da Ordem estava olhando para Draco em vários graus de espanto ou olhando para Harry com preocupação quando ele explicou tudo. Demorou quase tanto para assegurar a Molly que estava bem quanto para explicar a reunião.

"Bem, parece que podemos pelo menos confiar em Draco, tendo em vista como ele ajudou a salvar aquela família trouxa," Remus disse calmamente.

Draco baixou a cabeça, batendo na mesa e gemendo por ter feito isso. Harry sorriu, sabendo qual era o problema de Draco e imaginando que seria uma boa ideia se fizesse sua própria dor de cabeça piorar.

"O que há de errado com Malfoy, er, Draco?" um dos gêmeos perguntou curiosamente.

"Problemas de reputação", disse Harry secamente. "Agora todos vocês sabem que ele não é um bastardo do mal. Ele tem um problema em ser visto como um dos mocinhos, então, por favor, continue a reconhecer que ele ainda é um bastardo, simplesmente não é mau."

Draco ergueu a cabeça e olhou para ele. "Você tinha que dizer isso a eles?" ele assobiou.

"Sim", Harry sorriu. "Odeio informar você sobre isso, mas na verdade é uma coisa boa ser visto como um dos mocinhos desse grupo."

"Oh, tudo bem," Draco bufou.

Os gêmeos estavam rindo abertamente, e várias outras pessoas ao redor da sala tentavam esconder seus sorrisos.

Molly não era uma das que achavam graça. Ela parecia estar um pouco satisfeita com Harry e Draco agora, pelo menos, mas ela voltou a encarar Lucius. Harry ficou tenso novamente, percebendo que eles estavam voltando para Lucius. Ele realmente precisava que eles superassem sua desconfiança, porque eles ainda não tinham chegado à questão de como proteger os Weasleys e sua casa.

"Lucius Malfoy, eu já sabia que você não se importava com os filhos dos outros, mas com você nem mesmo cuidando do seu próprio filho? É deplorável", Molly gritou com raiva.

Harry gemeu. Lucius mal havia relaxado, e Harry, Draco e Severus provavelmente foram os únicos a saber que ele estava meio relaxado. Agora ele se parecia muito com o bastardo frio e malvado que Harry conhecia do passado.

"Eu sou perfeitamente capaz de cuidar do meu filho, garanto-lhe," Lúcio zombou.

Harry estava grato por Lucius não levar isso mais longe do que isso, mas Molly obviamente não estava disposta a deixar o assunto morrer. "Você levou seu filho para uma reunião de Comensais da Morte", disse ela.

"Não! Eu fiz," Harry retrucou friamente, sem saber soando mais perigoso do que Lucius. Mas ele não estava disposto a deixar esse argumento ir mais longe, porque isso os levaria a lugar nenhum. "Levei Draco comigo como reforço, como já disse a você. Procuramos nossos pais em busca de orientação, não para eles ditarem nossas vidas."

"Vocês são meninos," Molly retrucou. "E obviamente você precisa de mais do que simplesmente orientação."

"Dustin," Severus disse seu nome bruscamente.

Harry virou a cabeça para olhar para seu pai. Severus não disse nada, mas seu olhar disse a Harry que era melhor se acalmar imediatamente. Harry respirou fundo, esfregando a têmpora novamente.

"Não estamos aqui para discutir a paternidade", disse Harry uniformemente. "Neste momento, nós simplesmente precisamos reconhecer que Lucius está do nosso lado quando se trata de Voldemort."

"Eu não vou confiar naquele homem!" Molly gritou. "Ele tentou matar minha filha!"

"Eu não tentei matar sua filha," Lúcio rosnou.

Harry ouviu enquanto os dois discutiam e lançavam insultos um ao outro. Severus estava se envolvendo, assim como Arthur. Harry não podia acreditar que acabara de ser repreendido por perder a paciência, e agora Severus rosnava insultos inúteis. A maioria dos outros membros da Ordem pareciam extremamente irritados, mas até agora conseguiram permanecer calados, olhando para Harry ou Dumbledore para parar as coisas.

Enquanto ouvia os adultos com frustração crescente, Harry olhou para Dumbledore. O velho sorriu para Harry com conhecimento de causa. Harry praticamente podia ouvir os pensamentos do velho, dizendo a Harry que agora Harry entendia o quão difícil era seu trabalho. Se não houvesse um 'eu te avisei' na cabeça daquele velho idiota agora, Harry ficaria muito surpreso.

Olhando para Draco, ele ficou surpreso ao ver Draco sorrindo em diversão ao invés de estar com raiva. Draco simplesmente acenou com a cabeça em direção ao outro lado da mesa. Olhando por cima, Harry pegou o olhar de Fred e Jorge. Ambos estavam sorrindo e pareciam estar olhando para Harry em busca de uma resposta sobre o que deveria ser feito com aqueles adultos que lutavam.

Harry balançou a cabeça. E pensar que os adultos provavelmente se perguntavam onde diabos seus filhos aprenderam a discutir tanto. Rivalidades de casa e rivalidade de família continuavam sendo transmitidas de uma geração para a outra. Bem, esta era uma geração que não suportaria isso.

"Pare!" Harry gritou. Ele ficou grato quando todos eles se calaram e olharam para ele.

Harry olhou para Lucius. "Você não acha que seria mais útil se você apenas explicasse?"

"Eu não preciso explicar minhas ações a ninguém," Lucius disse friamente.

"Lucius, você é humano como o resto de nós e seria útil se agisse assim," Harry retrucou em frustração.

Lucius olhou para ele.

"Como você pode esperar que confiemos nele, se até mesmo você parece não se dar bem com aquele que está tentando defender?" Perguntou Remus.

"Eu me dou muito bem com o bastardo," Harry retrucou irritado.

A maior parte da sala o encarou incrédula, enquanto Severus e Draco bufavam divertidos. Lucius ainda estava olhando para ele friamente.

"Não tenho certeza se você está convencendo-os de que se dá bem", Draco falou lentamente.

"Bem, se ele não tivesse problemas de reputação como você, eu não teria esse problema", disse Harry. "Pelo amor de Merlin, interpretar o papel de 'bastardo malvado' é ótimo e maravilhoso quando você está tentando convencer Voldemort de que você é um Comensal da Morte maravilhoso. Não funciona tão bem quando você está tentando convencer uma sala cheia de pessoas do outro lado que você está realmente tentando ajudá-los. "

"Não temos problemas de reputação," Draco respondeu com petulância.

Harry bufou. "Oh, por favor. Vocês dois prosperam em fazer as pessoas acreditarem que vocês são todos maus."

"Dustin," Lucius retrucou friamente, trazendo a atenção de Harry para ele. "Acho que é o bastante."

"O quê? Estou revelando o segredo da família Malfoy?" Harry zombou, nem mesmo remotamente intimidado. "O segredo mantido bem escondido é que vocês não são realmente maus. Embora vocês ainda possam ser uns merdas quando querem."

"Dustin," Draco sibilou em advertência.

Harry olhou de soslaio para ele, surpreso que Draco o tivesse chamado de Dustin. Draco sempre evitou chamá-lo de Dustin ou Harry.

"Você deveria prestar atenção ao aviso de Draco", disse Lucius.

Harry ergueu as mãos em frustração. "O quê? Você vai lançar Crucio em mim porque ousei declarar a todo esse grupo de pessoas que você não é realmente mau?"

"Você não entende a história entre os Malfoys e os Weasleys," Lúcio disse friamente.

Harry colocou as mãos sobre a mesa e se inclinou. "Você está certo", disse ele, sua voz tão fria e perigosa. "Eu não entendo. Infelizmente para você, eu não dou a mínima para alguma velha rixa. Existem tradições para manter e tradições para jogar fora quando se tornam inúteis. Há também um tempo e um lugar para eles, e um velha rixa não pertence a este lugar. "

"Eu não aceito bem as insinuações e acusações," Lucius rosnou.

"Nem eu," Harry retrucou com raiva. "De qualquer lado", disse ele incisivamente. "Os Weasleys provavelmente recuariam se soubessem que você não tinha realmente tentado fazer com que a filha deles moresse. Você estava sendo um idiota tentando foder com eles, dando aquele diário para Ginny, mas nem mesmo você sabia o que aconteceria a partir dai."

"Ele não sabia?" Molly perguntou incrédula.

Lucius zombou dela. "Não, eu não sabia. Não era para ser um ataque à escola ou a qualquer um dos alunos."

"Oh," Molly disse, tentando assimilar.

"Tão eloqüente," Lucius falou lentamente, zombando de Molly.

"Pelo amor de Merlin, Lucius, apenas recue! Não iria matá-lo se desculpar, mas se você precisa manter suas malditas rivalidades familiares, então tudo bem. Apenas mantenha-os fora da Ordem. Estamos aqui por um motivo!" Ele parou de repente e piscou. Harry sorriu lentamente para Lucius. "Você é, não é?"

Lucius olhou feio para Harry, mas o sorriso de Harry aumentou. "Você é um bom homem, Lucius Malfoy, não importa o que alguém tente dizer sobre você." Lucius provavelmente nunca iria realmente se desculpar. Mas apenas por estar aqui e avisá-los, ele estava fazendo algo para compensar os eventos do segundo ano de Harry.

"Como você pode dizer aquilo?" Molly perguntou, parecendo muito mais confusa do que com raiva, sem entender o que quer que Harry tivesse acabado de descobrir.

"Eu obviamente não concordo com todos em certas questões, mas apesar da antipatia mútua entre algumas pessoas aqui, Lucius não veio aqui para trocar insultos com todos vocês. Ele também não veio aqui para espionar vocês", disse Harry , com um olhar aguçado para Moody, que ainda estava fervendo em silêncio.

"Ele é confiável?" Remus perguntou baixinho, não com raiva, parecendo querer a opinião honesta de Harry.

"Sim," Harry respondeu simplesmente. "Embora estivéssemos discutindo sobre habilidades parentais e rixas familiares, na verdade não tem qualquer influência aqui. Ele está aqui porque é um espião da Luz."

"Mas como sabemos? Como podemos simplesmente aceitar sua palavra?" Tonks perguntou melancolicamente.

Harry revirou os olhos. "Não é apenas minha palavra", disse ele, incisivamente olhando para Dumbledore. "O velho tende a me deixar louco às vezes, mas ele não é estúpido. E se vocês todos demorassem apenas dois segundos para pensar, vocês saberiam", ele retrucou. "Vocês estao completamente loucos se acham que Albus deixaria Lucius entrar aqui sem determinar em que lado da guerra ele esta realmente."

Todos eles estavam agora piscando como uma coruja, seus olhares mudando entre Harry, Dumbledore e Lucius.

"Por que você simplesmente não disse isso a eles em primeiro lugar?" Draco falou lentamente em diversão.

Harry encolheu os ombros. "Porque eles não estavam prontos para ouvir antes."

Remus deu a Harry um sorriso compassivo e compreensivo. "Eu imagino que nós, adultos, estejamos um pouco mais presos em nossas crenças do que os alunos que vocês trabalharam tanto para alcançar este ano."

"Definitivamente", disse Harry, aquela palavra expressando muitos sentimentos.

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