ALICE E FRANK estavam noivos.
Mesmo com uma guerra cada vez mais presente, foram capazes de encontrar o amor em meio a todos os outros sentimentos que abatiam cada vez mais os bruxos da Europa Continental.
Com a aproximação do natal e formatura, muitos alunos de Hogwarts deserdaram, em grande parte comensais, que já não podiam se esconder entre os corredores após os ataques recentes e a procura, da ordem recém formado, por qualquer aluno com a marca negra estampada no braço.
E até mesmo a relação de James e Friday havia esfriado a medida que a formatura chegava; realmente não sabiam o que fariam depois dela, e se o fariam juntos.
Parecia que os adolescentes que uma vez se perseguiam como gato e rato, estavam de volta.
— Você está prendendo o meu cabelo! — Friday gritou, empurrando o braço pesado de James.
— Me lembre de nunca mais te chamar para passar o natal comigo.
A loura chutou a neve em resposta.
— Qual é o seu problema com o natal? Sinceramente, você nunca esteve tão irritante.
— O Natal é chato. Só isso.
James franziu a testa. O problema não era o natal.
— Tá bom, Grinch. Vem, vamos dar uma volta.
Dessa vez, Friday não resistiu quando James abraçou-a.
As casas que formavam os arredores da mesma rua em que o enorme casarão dos Potter se localizava estavam decoradas pelos mais diversos e elaboramos enfeites, mas se uma vez comparadas com a de James, perderiam brutalmente em relação a decoração e requinte.
Euphemia arrumara tudo uma semana antes da chegada de Dunequim, providenciado bebidas trouxas para que se sentisse em casa e ornado tudo com cores verde e vermelho, sua casa inteira comemorava receptivamente a época nevada.
E Friday suspeitava que até o final da noite James ganharia pelo menos cinco embrulhos apenas vindos de seus pais.
Gelo envolvia os telhados e lampiões elétricos da rua como pequenos estalactites, os passos pesados do casal chamavam atenção dos pequenos insetos que por ali habitavam e eram a única movimentação pelo local, já que a maioria das famílias se divertiam com beberes e comeres dentro de suas casas.
Claro, se não fosse por um grupo de lobisomens na rua seguinte.
— Então... gostou dos meus pais?
— Eles são bons demais com você. Regulhs está completamente certo em te chamar de mimadinho. — Friday lembrou-se da recepção dos pais do namorado, chamando-o de bebê. Havia sido particularmente irritante.
— Minha tia já disse que eu era mimado... ela nunca mais apareceu em nenhuma reunião de família. Tenho arrepios até hoje só de pensar na carranca dela quando minha mãe a mandou embora. Nunca vi Euphemia Potter tão brava.
— Sinceramente, eu não disc...
James tampou a boca da menina e a jogou na moita mais próxima.
Por entre as folhas e galhos presos, os dois tiveram a visão torta de quatro homens, arrastando outro com um saco na cabeça.
— James, nós precisamos ajudar.
Os lobisomens aparataram.
James pegou Friday pelo o braço e a levou para longe, com a respiração pesada e acelerada.
— Você não iria ajudar aquele homem, não é?
— É claro que eu iria! Se tivesse a chance, eu iria até lá.
James entortou um pouco a cabeça, era claro que iria, ele não era um covarde.
— Sozinho? Você realmente acha que...
— Friday, você sabe quem era aquele? O mais alto? — Potter interrompeu, apertando os olhos raivosos por trás da armação amassada de seu óculos. — Não! Porque você não sabe sobre esse tipo de coisa, aquele era o lobisomem que mordeu o Remus! O que acha que ele iria fazer conosco? Dar uma mordidinha que não nos transformasse? Você quer passar suas luas cheias como o nosso amigo? Porque eu vi o seu rosto assustado, você consegue se imaginar passando por tudo que Remus passou?
Ok. Aquelas eram muitas perguntas.
— James, eu...
— E se você quer se ferrar, vá em frente!
Eu aguentei os seus dramas, e o seu problema com o Natal, estar sendo incrivelmente chata durante um mês e ao menos falar comigo sobre o que está acontecendo. Você nem parabenizou Frank pelo noivado e ele é um de seus melhores amigos! Qual é o próximo passo? Brigar com Regulus? Eu não aguento mais isso. Não consigo manter algo assim.
Foram-se minutos para que Friday finalmente piscasse os olhos, encarando as grossas lágrimas que desviam pelo rosto do moreno e suas bochechas avermelhadas.
— Bom, eu suponho que seja melhor terminarmos.
James engasgou aos poucos, sentindo sua garganta fechar ao mesmo ritmo que a de Friday, os dois já não respiravam direito, e não se davam tão bem quanto antes.
— É-é, eu também acho.
— Queridos, a janta está pronta. — a voz doce e velha de Euphemia os chamou, por entre uma pequena fresta da porta principal.
— Eu preciso ir... — Friday sussurrou, abaixando a cabeça para a senhora — Muito obrigada, estava tudo ótimo.
Euphemia forçou um sorriso, fingindo não ter notado as lágrimas espessas nos olhos dos dois, principalmente nos de seu filho.
— Volte sempre, Friday.
Dunequim encarou a mulher de cabelos brancos com tristeza, virando as costas para a mansão Potter e seguindo seu caminho sem olhar para James uma única vez.
Na rua seguinte, ela desabou.
oi gente! sinto que devo uma explicação para vocês, do motivo das atualizações demorarem tanto e de andar tão desanimada com a fic.
ultimamente os comentários tem caído muito, e é justo o que me deixa animada para escrever, uma vez que a opinião de vocês importa muito. e sério, eu tenho uma média de 900 leituras para capítulo, e menos de um quarto desses leitores comentam! sabe, é tão simples e é um negócio que anima muitos escritores, enfim, peço que me desculpem pela demora e pelo textão :)
planejo voltar com as atualizações frequentes, mas vocês precisam me ajudar, porque isso realmente acaba com qualquer um.
a todos que votam e comentam, muito obrigada! vocês deixam meu dia melhor. amo vocês, de verdade!
bom, é isso.
até o próximo capítulo :)