SWEET FIGHTER ━ tfatws. βœ“

By ifvross

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𖀐˖ ΰ£ͺ ꜝꜞ 𝒅𝒐𝒄𝒆 𝒍𝒖𝒕𝒂𝒅𝒐𝒓𝒂 ꜞꜝ ΰ£ͺΛ– 𖀐 Liana Barnes era a definição perfeita de vida complicada, foi aba... More

𝐒𝐖𝐄𝐄𝐓 π…πˆπ†π‡π“π„π‘
π—šπ—₯π—”π—£π—›π—œπ—–π—¦
O1. know liana
O2. new world order
O3. the star-spangled man
O4. power broker
O6. truth
O7. one world. one people
O8. dad and mom?
O9. take me home
1O. peace restaured (or almost)
𝐚𝐠𝐫𝐚𝐝𝐞𝐜𝐒𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨𝐬.
OO. bΓ΄nus

O5. the whole world is watching

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By ifvross

capítulo cinco
'o mundo está vendo'

Riga, Letonia.

Liana passou a mão nos cabelos, apesar dos fios estarem na altura dos ombros o cabelo por vezes incomodava a menina que se prontificou a tirar o prendedor de seu pulso e fazer um pequeno rabo de cavalo.

Observou Bucky se afastar com a desculpa de que precisava andar e negou com a cabeça, já tinha uma noção do que se tratava e com certeza não iria atrás dele sabendo o que o esperava. Sabia que as Dora Milaje levavam a lealdade a Wakanda em um nível absurdo e nunca concordariam com que fizeram, ao soltar o autor do assassinato do rei T'chaka.

A menina se jogou no sofá que havia na sala, retirando o coturno de seus pés e o movimentando, respirou fundo e fechou os olhos.

— estou com fome. – falou para ninguém em específico — não vou comer nada seu, Zemo. Essas comidas devem estar estragadas e eu prezo pela minha fauna intestinal.

— usa palavras difíceis... tem quantos anos mesmo? – o Barão perguntou enquanto entrava no banheiro que havia ali

— o suficiente para ser sua filha. – Sam respondeu e Lia sorriu

— acha mesmo que eu quero algo com ela? Só percebi que é muito inteligente para alguém tão jovem. – o homem se defendeu, fechando a porta

— Sam, tem alguma tomada por aí? – a menina virou o rosto, Wilson assentiu com a cabeça

Ela se levantou do sofá, retirando do bolso da jaqueta o carregador e o aparelho que agora estava com a película de vidro quebrada. Conectou na tomada e voltou a se sentar no sofá admirando todo o imóvel que estava.

— O que leva uma pessoa que tem todo esse conforto, fazer algo que acabe com ele? – a loira sussurrou

— ele estava indignado, queria justiça. – Samuel respondeu

— e você, faria tudo isso por justiça? – falcão negou com a cabeça — então acredito que, isso não é motivo o suficiente para acabar não só com a própria vida, como com a vida de outras pessoas. – murmurou

— se pensar pelo lado positivo, isso foi bom para o Bucky. Ele está livre, não está? – Sam pontoou e a Barnes assentiu com a cabeça — tudo tem um porquê, Lia. Podemos não entender no momento exato, mas lá na frente, tudo faz sentido.

— se tudo tem um porquê, por que você entregou o escudo? – retrucou e se virou, encarando o mais velho que mexia nos copos a sua frente

— era um legado muito forte, não sei se sou totalmente digno de tê-lo. – explicou e se virou para a garota — agora entendi porquê Torres gostou de você, tem um ponto de vista interessante

— ele só gostou porquê já lia minhas matérias... falar lia é muito estranho quando esse é o meu apelido. – a menina murmurou a última frase, olhando para o chão

— os wakandanos estão aqui, querem o Zemo. – a voz de James soou na sala e Liana levantou o rosto, ao mesmo tempo que seu pai se aproximava, Zemo saía do banheiro. Bucky jogou um saco de papel para a menina — mas nós deram mais um tempo

— lanche – a garota comemorou, abrindo a sacola

— você foi seguido? – Sam perguntou e o homem negou

— como tem certeza? – foi a vez do Barão questionar

— por que eu sei quando estou sendo seguido. – James respondeu

— alguém quer um pedaço? – Lia perguntou, enquanto retirava o lanche da sacola — como ninguém respondeu vou levar como um, não Lia querida muito obrigada – sussurrou mudando o tom de voz

Parou de prestar atenção na conversa dos três quando mordeu o alimento a sua frente, saboreando a comida. Encostou as costas no sofá e retirou a garrafa com o suco de laranja de dentro.

Se levantou e andou até Bucky, entregando o objeto para ele que abriu, sorriu e voltou ao seu lugar de antes, fazendo um pequeno sorriso brotar no rosto do homem que negou com a cabeça.

— essa menina não pode continuar com a gente. – Zemo falou e Lia o encarou — é visível que os dois fariam qualquer coisa para que ela continue protegida.

— cala boca que ninguém pediu sua opinião, zé comeia. – Liana falou o olhando — e em minha defesa, eu nunca peço ajuda deles. Não tenho culpa se querem me proteger a todo custo, e tenho certeza que, já existiu alguém no mundo que você quisesse proteger assim.

— Liana. – Bucky murmurou e a garota voltou sua atenção ao lanche — é, acho que podemos entregar ele aos Wakandanos – continuou, andando até o sofá e se sentando ao lado de sua filha, passando a mão em sua cabeça e deixando um beijo ali

— e vai perder seu guia turístico? – Zemo perguntou, enquanto abria o armário

— vou. – James respondeu

— pelo o que eu entendi, Donya era tipo um pilar da comunidade, certo? – Sam começou — quando eu era criança, minha titi faleceu – a loira enfiou o último pedaço do lanche na boca e olhou para o homem

— sua... sua titi? – Bucky perguntou

— minha titi, é

— quem é sua titi? – Lia perguntou

— ta bem. Quando eu era criança, minha tia faleceu e o bairro inteiro se reuniu para a cerimônia. Durou uma semana. – Wilson explicou — Talvez estejam fazendo o mesmo para Donya.

— que fofo, você chama sua tia de titi. – a menina murmurou, dando um gole em seu suco

— sua titi, ficaria orgulhosa. – Zemo disse — Manjar turco.

— é tipo o que tem em Narnia? – Liana perguntou e sentiu o olhar dos homens em si — aquele que a feiticeira branca da para o Edmundo... deixa pra lá – suspirou

— eu vou dar uma olhada lá em cima, vê se conseguem descobrir alguma coisa aqui e fiquem de olho nele. – Sam falou, assim que eles pararam na entrada do casarão que parecia uma escola

Liana olhou em volta e andou até onde um grupo de crianças estavam, colocou a mão no bolso e sorriu ao ver eles brincando.

— oi – tirou as mãos dos bolsos, sentando na cadeira que havia ali. — do que estão brincando?

— não tem um nome certo. – uma garota respondeu

— quando eu era menor, costumava brincar de amarelinha, é claro que não tinha tantos amigos que nem você, na verdade eu costumava brincar sozinha. – Lia falou, colocando uma mecha do cabelo agora solto, atrás da orelha

— ah, eu gosto dessa mas sempre caio quando a pedrinha cai em número par. – a menina explicou

— eu tenho uma tática incrível para não cair, sem querer me gabar, tenho um ótimo equilíbrio. – a pequena sorriu animada

— você faz ballet? – perguntou, curiosa — eu queria fazer ballet

— não, eu também sempre quis fazer ballet... te conto meu truque, se me ajudar com uma coisinha. – propôs e a menina assentiu

— o que ela ta fazendo? – Sam perguntou, parando ao lado de Bucky e Zemo que a observava conversando com a criança de longe

— a mesma coisa que eu fiz, parabéns, sua filha é realmente inteligente. – Barão murmurou

— você conhece a Donya? Ela era uma tia minha e fiquei sabendo que faleceu. – Lia perguntou, olhando para a garota que concordou com a cabeça. — gostaria de prestar minhas homenagens, você sabe onde vai ser o funeral?

— sei – Liana a chamou para perto, e a garota sussurrou em seu ouvido

— obrigada, de coração. Está me ajudando a me despedir dela de um modo certo. – sorriu e se levantou — agora o segredo para conseguir pular no número par sem cair, é concentrar seu peso no seu tronco, assim – levantou uma das pernas e olhou para a menina que na primeira tentativa conseguiu — isso – sorriu animada — agora, para você e seus amigos comprarem algo. — entregou dez euros para a criança e se virou voltando a andar até os três homens

— o que descobriu? – Sam perguntou

— preciso ir ao banheiro, podemos voltar? – olhou para os três, e continuou andando

Assim que chegaram no imóvel onde estavam, a menina correu para o banheiro e trancou a porta atrás de si. Se apoiou na pia e abriu a torneira, passando a água gelada em seu rosto, secou a mão na calça e foi até a privada, abaixando as duas peças de roupa e se sentando ali, assim que terminou de fazer xixi se secou e ajeitou novamente a roupa em seu corpo.

Saiu do banheiro e se assustou com os três homens a encarando.

— o que você sabe? – Sam cruzou os braços

— o que a menininha te contou, Lia? – Bucky perguntou

— o mesmo que contou para ele – apontou para Zemo e andou até a banqueta, se sentando ali — eu vi você conversando com eles minutos antes, não tenta se fazer de desentendido, acabei com a vantagem que você achou que tinha. Agora entendi o que quis dizer, quando falou que eu só atrapalharia. Uma pessoa tão inteligente quanto você, te incomoda, não é Zemo?

— me deixa intrigado, na verdade. – murmurou

— o funeral vai ser essa tarde, em um memorial. – olhou para Sam e Bucky

— para de olhar minha filha como se ela fosse um pedaço de carne, ou eu soco a sua cara. – James murmurou, andando até Zemo que havia feito um chá e colocado sobre a mesa de centro

— ela é realmente inteligente, presumo que não tenha herdado isso de você. – Barão falou

— pai, não cai na dele. – Lia se levantou, andando até o homem e o afastou de Zemo

— vou fazer uma ligação, tenta manter os dois em harmonia. – Sam avisou

— mas fácil pedir para uma baleia plantar bananeira. – A garota murmurou — vai James, senta naquele sofá e fica quieto.

— eu vou, mas eu sou o pai aqui. – a menina concordou com a cabeça e sentou ao lado dele, deitando sua cabeça no ombro do homem

Assim que Samuel voltou de sua ligação misteriosa, os quatro voltaram a sair da casa indo em direção ao funeral de Donya.

— Karli Morgenthau é perigosa demais para seguirem com esse plano. – assim que ouviu a voz de John a garota revirou os olhos tão forte que jurou ter visto o interior de seu corpo por um momento

— por isso o ar ficou meio pesado, chernobyl chegou aqui. – murmurou

— ah, como acharam a gente agora? – Bucky perguntou

— acha mesmo que dois vingadores e uma aspirante a jornalista podem andar pela Letonia sem chamar a atenção? – Lemar disse

— chega de deixar a gente no escuro. Pode começar nos dizendo por que tiraram ele da prisão. – Walker falou

— a aspirante a jornalista é melhor que dois ex militares que agoram trabalham como heróis, cara ainda bem que eu não sou vocês. – Liana murmurou, segurando o riso

— Pior que ele saiu sozinho. – Bucky afirmou

— essa explicação tem que ser absurdamente convincente. – o loiro falou nervoso, se aproximando da garota

— grita com ela denovo. – James falou empurrando o homem

— te garanto que o soco dele é mais forte que o meu. – Lia desabafou e deu de ombros

— eu sei onde a Karli está – Zemo falou e se virou, pronto para seguir caminho

— Onde? – John colocou a mão sobre o peitoral dele, e gritou

— só sabemos que é em um memorial e vamos intercepta-lá lá. – Sam explicou

— vai haver civis, alto risco de vitimas. – Lemar falou

Liana respirou fundo, só de ouvir a voz de John já sentia a vontade de soca-lo crescer e nem entendi o porquê disso. Passou entre eles, seguindo Zemo.

— você cheirou cocaina antes de vir aqui? – Liana perguntou, assim que o homem parou na frente deles

— cala a boca – John apontou o dedo para ela — estou cansado dessa criança achar que é mais inteligente do que eu, eu sou o Capitão América.

— mas não é o meu Capitão América, sendo assim, esse seu título não vale de nada para mim. – falou e bateu no dedo do homem que abaixou a mão, passou por ele continuando seu caminho

— minha garota. – Bucky sussurrou

Parou de andar assim que chegou na menininha e sorriu.

— oi querida – sorriu — pode nos levar até o local?

— primeiro uma adolescente sabe mais do que eu, depois eu tenho que seguir uma criança? – John murmurou

— nossa, quanto custa o seu silêncio? Juro que pago o preço que for. – Liana respondeu, ainda seguindo a menina que alguns metros a frente abriu uma porta e sumiu entre os corredores

Depois de Sam seguir a criança, Liana se sentou nos degraus e levou as mãos até o cabelo. O barulho de passos de John que andava de um lado para o outro já estava lhe incomodando, odiava barulhos repetitivos.

— você pode, por favor ficar parado. – pediu olhando para o homem

— eles já estão a tempo demais lá dentro – respondeu

— ele acabou de entrar. Pot să-l dau cu pumnul, să spun da (eu posso socar ele, diz que sim) – a garota falou em romeno, olhando para Bucky

— Nu încă (ainda não) – James respondeu

— gosto dela cada vez mais, posso te adotar? – Barão perguntou

— eu vou entrar – Walker falou, e andou até a porta onde Liana estava sentada nas escadas e Bucky em pé logo na frente — tudo isso é muito fácil pra você, não é? Todo esse soro correndo nas suas veias – a menina se levantou, sabia que seu pai não precisaria de ajuda para nada, mas nunca evitaria de tentar faze-lo — Barnes, seu parceiro precisa de ajuda lá dentro

— não acredita nele, você sabe que o Sam consegue se virar. – colocou a mão no ombro do homem

— você quer mesmo o sangue dele nas suas mãos? – a garota negou com a cabeça, aquilo seria o ápice para que Bucky caísse no papo de John

Assim que ele se virou para entrar, a garota cruzou os braços parando em sua frente.

— não vão entrar, não enquanto os dez minutos não passarem. – falou autoritária

— sai da frente – John a olhou

— ele pode estar achando que o sangue de Sam vai estar nas mãos dele, mas não encostaria um dedo em mim e eu não vou sair daqui e ainda te aconselho a nem pensar em se aproximar um centímetro se quer. – desafiou o loiro com o traje azul e vermelho a sua frente

— Lia, me deixa passar. – Bucky pediu

— se quiser passar, vai ter que me empurrar e se fizer isso sabe que vai me machucar, você quer me machucar? – falou olhando nos olhos do homem que desviou o olhar

— Liana Barnes, eu sou o pai aqui e eu estou pedindo gentilmente para que você me deixe passar. – a menina engoliu a seco, mas não mexeu um músculo se quer, sentiu braços em sua cintura e gritou batendo nas costas do homem

— me solta – gritou e James a colocou ao lado, seguindo o caminho a procura de Sam — eu tentei, Samuel não pode me culpar por isso.

Prendeu o cabelo e bufou indo atrás dos homens, olhou assustada para o lado assim que sentiu braços ao redor da sua cintura.

— quem é você? – perguntou, enquanto tentava se soltar do homem — me solta, é sério.

— você vai ser boa, vem com a gente. – o cara falou, puxando a garota que se rebatia pela cintura

— me solta, por favor. Pai! – gritou, sentindo o desespero tomar conta de seu corpo e as lembranças voltarem a sua cabeça — por favor, não faz nada comigo. Sam! Bucky! – voltou a gritar

— não vou, mas a Karli pediu para te levar.

— me solta, eu to implorando. – as lágrimas desciam por seu rosto na mesma velocidade em que ela deixava socos no braço em sua cintura, o desespero era imenso e ela só queria conseguir fugir dali

— é ela? – outra voz masculina soou — para de chorar, não vamos te machucar

— me soltem, por favor. – pediu, ainda tentando se soltar — James, me ajuda... – arregalou os olhos quando um pano foi colocado sobre sua boca e nariz e, aos poucos foi perdendo os sentidos

Abriu os olhos devagar, tentando se acostumar com a claridade em seu campo de visão, balançou a cabeça e assim que sentiu suas mãos presas o desespero voltou ao seu corpo.

— a bela adormecida acordou. – olhou para o lado, vendo Karli se aproximar

— onde eu estou? – perguntou, sentindo sua respiração descompassada

— essa é você? – a ruiva perguntou, ignorando a pergunta de Lia e mostrou uma foto, havia duas garotas e um casal. Uma das meninas era ruiva com os cabelos cacheados e sardas por todo seu rosto, parecida com a mulher mais velha ao contrário da outra criança que tinha olhos azuis e fios loiros igual ao do homem — essa é você? – perguntou novamente com o tom de voz mais alto, fazendo com que a menina se assustasse

— sim, eu acho. – murmurou e olhou curiosa para a garota

— Liana? – Karli a olhou, confusa

— quem são esses três? – Lia perguntou

— é a única foto da minha família que eu tenho...

— não, isso não faz sentido. Eu sou romena, sabe? Bucareste na Romenia, não sou da Letonia. – Liana falou, desesperada — não faz o menor sentido

— eles te abandonaram primeiro, fizeram questão de ir para um local mais longe e me deixaram. – a loira olhava tudo confusa, não estava conseguindo processar as informações direito, era muita coisa para minutos

— e como sabia que era eu? – olhou para Karli

— você não é tão desconhecida assim, apareceu na TV em 2016 o próximo passo foi tentar te achar, mas nunca fiquei tão perto. – Explicou — desculpa pelas circunstâncias que te trouxemos até aqui, não havia outro jeito

— na verdade, era só conversar, não era nenhum pouco necessário ativar o meu desespero com um homem desconhecido me sequestrando. – esbravejou — agora me solta, chega dessa palhaçada. É uma brincadeira de muito mau gosto.

Sentiu o celular vibrando em seu bolso e logo a música começou a soar pelo cômodo, Karli se aproximou e retirou o aparelho da roupa.

— Torres está ligando e temos mais de vinte cinco chamadas perdidas do seu pai, conta onde está e eu esqueço o nosso laço sanguíneo. – a loira assentiu

Karli atendeu a chamada e colocou no vivo a voz

Lia, oi. Onde você ta? Bucky e Sam estão desesperados atrás de você. – a voz do homem soou e ela respirou fundo

— Oi, Torres. Fica tranquilo, eu sai para esfriar a cabeça... – parou por um segundo após uma ideia entrar em sua cabeça e torceu para que ele captasse a mensagem

onde você ta? – voltou a perguntar

— ah, sabe... por ai, lugar cheio de gente. Passeando entre as casas imensas da Letonia, aqui é tudo antigo, gosto desse designer. – respondeu, enquanto olhava ao redor

certo, tem certeza que está bem?

— não, é claro que eu estou bem. – torceu para que ele tivesse entendido a mensagem, ou pelo menos estivesse tentando rastrear o celular dela — avisa o meu pai que eu estou viva e que não atendi as ligações dele, porquê queria um tempo para mim.

— queria o que? Sinto muito a ligação está péssima

— queria um tempo... para mim. – sentiu o olhar de Karli sobre si e respirou fundo — Torres, vou ter que desligar. Espero que tenha conseguido chamar aquela garota para sair.

— ah, consegui sim. Tchau Lia, até logo. – desligou a chamada e Karli devolveu o telefone para o bolso da menina

— fica aqui, não deixem ela sair. Volto logo. – a lider dos apátridas avisou, e se virou saindo de lá

Lia mexeu suas mãos sentindo a pulseira de metal na metade de sua palma, olhou para os seus pés vendo que ele estava livre de amarras, subiu o olhar, havia apenas dois homens ali e tudo que ela tinha era uma cadeira de madeira e uma coragem que precisava aparecer nesse momento.

Respirou fundo, balançando os pés freneticamente. A respiração já estava começando a ficar totalmente fora de ritmo, o peito subia e descia rápido.

— com licença, algum de vocês pode coçar o meu nariz? Sabe, mãos presas. – disse, tentando parecer o mais simpática possível, o que felizmente para ela não era difícil

Um com uma jaqueta de couro e moletom cinza se aproximou, assim que ele parou na sua frente a menina subiu sua perna acertando em cheio o ponto de fraqueza dele e se levantou rápido, batendo com a cadeira nele que se quebrou

Agora os braços estavam presos, cada um em uma perna do antigo objeto de madeira e outro super soldado andava furioso até ela.

A loira olhou em volta e correu até a primeira porta aberta que viu. Começou a subir as escadas, tropeçou em algo e olhou para o chão vendo uma arma ali, a pegou e se virou para o cara que a seguia.

— mais um passo e eu atiro – falou, destravando a arma de fogo

— vamos fazer assim, eu finjo que não te achei e você finge que eu não estava te perseguindo. – a garota o encarou — você tem uma arma e estou vendo que não tem medo de usá-la. Vou te dar cinco minutos para correr.

Colocou o objeto na cintura e voltou a correr, o barulho de algo se quebrando chamou sua atenção mas o medo de ter alguém a seguindo era maior.

Suspirou aliviada após ver Sam na mesma sala que ela havia entrado, mas o alívio não durou mais de dois minutos já que notou que eles estavam lutando.

— Liana. – ouviu a voz de seu pai e se virou, abaixando logo em seguida, tirou a arma da cintura e mirou no ombro do homem a sua frente acertando de raspão, mira com certeza não era o ponto forte dela

— tira isso aqui – pediu, se aproximando de Bucky e esticando os braços, que em segundos quebrou a madeira presa ali

— você ta bem? – ele levou as mãos até o rosto dela — nunca mais faz isso

— pai eu sei que você tava preocupado, mas agora temos problemas maiores. – avisou ouviu um barulho atrás de si e se abaixou novamente, andou para o lado e sentiu um peso em seu corpo

— garota me deixa em paz, eu não sou sua irmã. – gritou empurrando a ruiva de cima de si e se levantou rápido do chão

— irmã? – Sam e Bucky perguntaram ao mesmo tempo

Liana pareceu ignorar, já que agora tentava não apanhar de uma pessoa a sua frente enfurecida, mas olhou para o lado quando um barulho chamou sua atenção.

Arregalou os olhos ao ver Lemar encostado no pilar e possivelmente sem respirar, observou John se aproximar dele e todos os apátridas que haviam ali começaram a fugir.

Enquanto Sam e Bucky foram atrás de Karli, Liana observou Walker pular pela janela e correu até ali, vendo o ônibus logo embaixo.

— o que é uma perna manca pra quem ja teve ferimentos piores. – murmurou e pulou, sentindo todo seu corpo doer ao bater contra o automóvel, tentou ignorar isso e pulou novamente finalmente chegando ao chão

Com a perna esquerda doendo correu atrás de John, assim que finalmente o alcançou já era tarde demais para fazer qualquer coisa. O homem batia com o escudo contra o outro, levou as mãos até a boca, não acreditando no que estava vendo.

John Walker havia manchado o legado de Steve Rogers, o escudo agora carregava um sangue inocente, tendo em vista o motivo pelo qual foi usado.

Se aproximou dele, ainda olhando incrédula para o homem a sua frente.

— você matou ele – gritou, atraindo a atenção do loiro para si — Aquele que suja o escudo da liberdade com sangue, não merece ser chamado de capitão América. Você não é digno de tamanha honra, tampouco de defender um pais... de defender um mundo. Eu tenho nojo de você, John Walker. – cuspiu as palavras no rosto do homem que se aproximou dela e lhe deu um tapa — eu te odeio, mas vou te dar uma ajuda, é melhor você correr. – murmurou, com a mão sobre o rosto e o olhou, assim que ele começou a correr, soube que Bucky havia processado o que aconteceu

— Lia, você ta bem? – ouviu a voz de Sam que tirou a mão do rosto da garota com cuidado, a cor vermelha já estava começando a aparecer na região atingida

— eu vou matar ele, e não vai ter nenhum remorço da minha parte. – Bucky murmurou, após verificar se sua filha estava completamente bem

notas da autora.

— oi bebês, ces tão bem? Espero que sim

— amas ces nao esperavam por essa reviravolta na vida da Lia KKKKKKKK o plot inicial era esse, eu só precisava de mais episódios da série para enfiar isso no meio da fic

— o bucky com mais motivo ainda para socar o John 😍🙏🏻

— espero que tenham gostado. ❤️

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