- MANTER A CALMA? COMO EU VOU MANTER A CALMA, MADS? FAZ VINTE E QUATRO HORAS QUE VINNIE NÃO DÁ AS CARAS... - Respirei fundo e tentei conter as lágrimas de preocupação.- E o celular dele ainda está fora de ar, droga. Eu não sei o que fazer.
- Os garotos estão à procura dele, eu sei que eles vão achar... - Mads dizia com a voz calma.
- Achar eu sei que eles vão, mas e se acharem, mas acharem morto? Esses troços de gangue não é brincadeira. - Falei.
- Puta que pariu, deixa de ser pessimista, vamos pensar positivo. Ele vai aparecer, não é a primeira vez que isso acontece.
- É, só que agora eu estou com um pressentimento ruim. - Não consegui me segurar e comecei a chorar. - Se acontecer algo com o meu marido... Eu não sei... Não sei o que eu faria...
- Não vai acontecer nada, nada...
- Mamãe... - Angel entrou no quarto, acompanhada de Ethan. - Você está chorando? Onde está o papai?
- Papai... - Ethan disse em sua voz angelical de criança. Recuperei minha postura.
- Meus amores. - Abracei os dois. - Já está tarde, vou colocar vocês na cama. - Falei levanto ambos para seus quartos. - Hoje você vai dormir com sua irmã. - Falei para Ethan que segurava seu boneco do homem-aranha.
- Você não respondeu minha pergunta, mãe... Onde está meu pai? - Angel disse com firmeza. - A ultima vez que eu o vi foi ontem. Ele tá bem, né?
- Sim, meu amor. Ele está. - Ao mesmo tempo que eu falava para Angel, eu tentava me convencer disso também. - Agora vamos, amanhã cedo vocês tem aula.
- Se meu pai não voltar, eu não vou na aula. - Ela cruzou os braços, se fazendo de menina rebelde.
- Angel, agora não, ok? Eu realmente não estou com cabeça para as suas birras. - Falei pegando Ethan no colo. - Vamos. - Ela me seguiu até seu quarto e assim que entrou, pulou em sua cama.
- Eu quero meu pai... - Ela disse, eu não sabia o que fazer, realmente não sabia, esse desaparecimento de Hacker, era estranho, totalmente estranho.
- Ele vai voltar, meu amor. - A beijei e coloquei Ethan ao seu lado, fiquei um pouco ali com os dois, esperando que ambos dormissem e tentando conter o choro e o aperto que estava em meu coração. Assim que os dois dormiram, eu saí cuidadosamente do quarto, Mads estava ocupada com Suzie que chorava altamente, me dando mais dor de cabeça e me deixando mais nervosa ainda.
Liguei para Kio.
- Desty... - Ele disse.
- Por favor, me diz que vocês estão com o meu marido. - Falei.
- Nós não o achamos... - Kio disse com tristeza na voz. - eu comuniquei até os Canadians de Los Angeles, The Legions também estão na espreita, mas nada...
- Por que esse idiota faz isso? Meu Deus, eu juro que se ele aparecer aqui de manhã, como se nada tivesse acontecido, eu vou quebrar ele. - Porém algo me dizia, que ele não iria voltar de manhã.
- Desty, descanse, ok? Nós iremos fazer de tudo...
- Descansar? Você só pode estar brincando né? O homem que eu amo está desaparecido e você me pede para descansar? Sério, Kio, vai tomar no...
- Porra, calma, nós também estamos tão preocupados quanto você...
- Eu sei, desculpa, mas é que...
- Eu entendo...
- Onde vocês estão?
- Na casa de Bob, ele está nos ajudando.
- Estou indo para aí. - Afirmei.
- Vindo para cá? - Kio perguntou.
- Você não pode deixar Mads e Suzie sozinhas. - Jaden tirou o telefone da mão de Kio e falou.
- Elas não estão sozinhas, estão com Deus. - Falei indiferente, pois não tinha perigo nenhum, a casa era mais vigiada que não sei o que.
- Você não vai vir, Vinnie não gostaria nada disso, não se meta, nós iremos encontrá-lo.
- Eu ouvi isso antes e aí, onde está Vinnie? - Perguntei e tudo que Jaden fez foi desligar em minha cara, joguei o telefone no chão, mas no momento seguinte o peguei de volta desesperada, vendo se não tinha quebrado nada, pois Vinnie poderia me ligar.
- Vinnie, onde você está? - Murmurei para mim mesma. - Apareça...
Deitei-me e caí em prantos, mas eu chorava com esperança de que eu iria dormir e acordar pela manhã com Justin ao meu lado e foi assim, que eu consegui cair no sono.
Acordei e a primeira coisa que fiz, foi olhar ao meu lado, nada. Saí correndo desesperada do quarto, procurei pela casa e nenhum dos garotos havia chegado ainda. Mads dormia com Suzie ao seu lado e meus filhos também estavam apagadinhos.
Ouvi o barulho da porta da sala se abrindo e fui correndo ver quem era, imaginei Justin entrando com cara de cansado, como alguém que trabalhou muito, mas não, quem entrou foi Helen, a babá.
- Bom dia. - Ela disse. Mumurei um oi. - Aconteceu algo?
- Você viu Vinnie? - Perguntei.
- A ultima vez que eu vi ele, foi ante-ontem, não?
- Tudo bem... - Tentei um sorriso.
- Vou acordar as crianças. - Ela disse. - E depois levar Ethan para a creche e Angel para a escola.
- Sim, daqui a pouco vou lá dar um beijo neles. - Falei desanimada, subi de volta para meu quarto e resolvi tomar um banho, que não demorou muito.
Dois minutos após eu ter saído, meu celular apitou, saí correndo e o peguei. Era uma mensagem:
Preocupada com o seu marido? Pois bem, acho que sei onde ele se encontra, mas isso, isso será uma missão sua, apenas sua. Vá até a quinta avenida, hoje às três horas da tarde.
Comecei à tremer e quase deixei meu celular cair, olhei as horas e ainda era cedo, oito e meia da manhã. Pensei em ligar para os garotos, mas algo me dizia que eu deveria deixar isso por minha conta.
- Mamãe. - As crianças entraram no quarto. - Se o papai chegar você me busca na escola mais cedo? - Angel perguntou com uma expressão bem triste.
- Óbvio meu amor e ainda iremos comer pizza. - Tentei sorrir e ela me abraçou forte. - E você, meu garoto, deixa eu ver os dentinhos. - Ele me mostrou. - Escovou direitinho?
- Xim. - Ele disse.
- Então me dá uma abraço. - O apertei forte e por pouco não chorei. - Se comportem os dois. - Falei. - E você, Angel, nada de brigas, seu histórico escolar não está dos melhores e você só está na segunda série.
- Ok. - Ela revirou os olhos. Pegou a mão de Ethan e os dois foram até Helen.
Duas horas depois, os garotos chegaram em casa, suas faces não estavam nada boas, eles estavam horas sem dormir, Suzie ficou com febre, então Mads resolveu levá-la no médico.
- O que aconteceu com a minha filha? - Jaden perguntou assustado.
- Foi só uma pequena febre, coisa que Mads poderia curar em casa mesmo, mas ela é exagerada. - Falei.
- Eu vou ir lá. - Ele disse saindo novamente.
- E então, descobriram algo? - Kio e Nick se entreolharam.
- Nada, nada mesmo. Vinnie realmente sumiu do mapa, a gente fez o que pôde. - Nick disse.
- Mas nós iremos continuar a procurar. - Kio disse. - Com toda a certeza.
- Eu não sei o que fazer. - Joguei-me no sofá. - Não sei.
[...]
Arrumei-me, peguei minha bolsa e saí de casa, fui até meu carro e logo cantei pneu, a quinta avenida era estranha, um pouco deserta demais para uma avenida, estacionei meu carro e saí, fiquei parada na calçada, sem saber o que realmente fazer, ou para onde ir, havia vários estabelecimentos, porém a maioria estava fechado. Alguns carros velhos passavam e os homens jogavam piadinhas impróprias para mim, o que me deixava assustada. Fiquei parada ali, em uma calçada, sem saber o que fazer por um tempo, até que de repente, um vulto passa por mim, um cara todo de preto passou correndo, mas quando eu dei-me por si, ele já estava longe.
Meu coração parecia que iria sair pela a boca, eu comecei à achar que aquilo era uma brincadeira de mau-gosto, mas então, eu olhei para os meus pés e vi um papel branco, um papel que provaria que aquilo poderia ser tudo, menos uma brincadeira. Agachei-me e peguei aquele papel dobrado, desdobrei-o e nele havia algo escrito:
Você deve estar vendo esta pequena mancha de sangue neste papel. Sim, é dele. Você vai encontrá-lo, ah, eu tenho certeza que vai, mas vai depender de você se ele vai estar vivo ou morto, basta você seguir todas as pistas perfeitamente. Hoje às sete e meia na frente do restaurante " La vie et de la Santé " faça tudo direitinho e seu marido não irá morrer.
Amassei aquele papel com certo ódio e coloquei em meu bolso, eu me odiava por não ter nenhuma ideia sobre quem estava fazendo isso, todas as pessoas que eu pensara, estavam fora de cogitação.
Entrei no carro e no caminho busquei Ethan e Angel na escola, levei-os para comer algo, afim de amenizar as coisas e depois fui até a casa de Mary.
- Mary... - Minha voz saiu triste quando ela abriu a porta.
- Os garotos me falaram. - Ela disse abatida.
- Vovó... - Ethan disse feliz e se agarrou nas pernas de Mary, Angel também a abraçou.
- Angel, leve seu irmão e larguem as mochilas lá no quarto. - Falei.
- Por que? Eu sei que isso é só pra eu sair e vocês terem conversa de adulto, mas eu também já sou adulta.
- Você já é adulta? Sério mesmo?
- Sim. - Ela cruzou os braços.
- Não, você não é, agora suba.
- Ai que coisa chata. - Ela reclamou, pegou a mão de Ethan e subiu junto com ele.
- Essa garotinha está um pouco rebelde... - Maria observou.
- Filha de quem? - Arqueei uma sobrancelha.
- Vinnie... Aliás, é sobre ele que temos que falar, o que aconteceu com meu filho?
- É isso que estamos tentando descobrir, preciso que você fique com as crianças, porque... - Eu estava meio receosa de falar.
- Por que? - Mary me olhou séria.
- Eu pretendo entrar nesta ''investigação''. - Fiz aspas com os dedos.
- Ah, mas você não vai mesmo. - Ela quase surtou. - Não, Destiny, de jeito nenhum, deixe isso com os garotos, eu sei que eles vão encontrar meu filho, aliás, eu espero. - Ela disse quase chorando. - Mas nós nunca poderíamos nos meter nessas coisas, é algo suicida, você pode ser casada com um gangster, mas você não faz parte disso, o mundo deles é cruel, exige cuidado, você não pode simplesmente sair enfrentando todo mundo assim à procura de Vinnie. Você sabe qual seria o fim.
- Mas e se esse sequestro não tiver a ver com gangues? - Sugeri a coisa mais idiota do mundo.
- E com que mais teria a ver? - Maria perguntou totalmente tensa. - Espera aí, como você tem tanta certeza de que é um sequestro? Você está sabendo algo? - Droga, eu não deveria falar para ela da mensagem e da carta.
- Não... Eu não sei de nada, mas é estranho, foi a primeira coisa que veio em minha cabeça e geralmente quando as pessoas somem é porque foram sequestra... - Ela não deixou eu terminar.
- Não fala isso, pelo amor de Deus, Destiny. Nós não podemos simplesmente pensar que ele está resolvendo mais um de seus negócios totalmente sigilosos e que logo ele estará de volta? - Fui obrigada a desabar, eu também queria muito pensar nisso, mas não era isso, e os fatos já havia se confirmado.
Subi para ver as crianças e me deparei com dois anjos dormindo na cama de Pattie, beijei os dois e vi que já estava quase no horário de eu ir para a frente daquele restaurante, eu havia ficado um bom tempinho lá com Mary, porém nós não havíamos conseguido falar muito, o ar exalava nossa preocupação.
- Então, eu vou indo... - Falei.
- Você vai para a casa não vai?
- Sim. - Menti. - Mas vou deixar as crianças aqui, o clima lá está bem tenso, não quero elas submetidas à isso.
- Tudo bem.
- Mais tarde eu ligo para os dois. - Falei. - Tchau. - A abracei fortemente.
- Tudo vai dar certo. - Ela sussurrou e eu apenas assenti.
Fui até meu carro e dirigi-me até o tal restaurante, ficava á mais ou menos vinte minutos, assim que cheguei, estacionei o carro e parei na frente do estabelecimento, o frio era intenso, mas meu nervosismo e preocupação eram mais, muito mais, porém eu tinha que ser forte, eu acharia Hacker até que eu tivesse que ir no inferno, porque eu sei que ele faria a mesma coisa por mim, a única diferença... Era que ele saberia o que fazer.
O lugar estava realmente cheio e eu estranhei eles terem me enviado para um local assim, em seguida meu celular apitou: Siga reto e dobre a esquerda.
Respirei fundo e tentei afastar o medo que me dominava, mas em nenhum momento hesitei, segui reto e dobrei a esquerda, onde tudo mudava, a rua estava deserta. Fiquei parada sem saber o que fazer, até que alguém chegou por trás, tapou minha boca e me arrastou para um canto, assim que a tal pessoa me largou, virei-me para ver e me deparei com o que aparentava ser um cara todo de preto, dos pés a cabeça, eu não podia identificá-lo em nada, a não ser pelos olhos que estavam aparecendo, mas não era nenhum olhar conhecido.
- Quem é você? - Consegui perguntar e logo ele levou seu indicador à boca, exigindo silêncio e então, ele tirou de seu bolso um smartphone e logo colocou em uma gravação, onde dizia: - Destiny, não faça nada o que eles pedirem, está entendendo? Não se meta nisso, é só mais uma armação de... - Comecei à chorar e então tudo ficou em silêncio, logo uma outra gravação entrou em cena: - Não dê ouvidos para ele... - Uma voz metálica disse. - Ele acha que estamos brincando e que não ousaríamos matá-lo, oh, ele está muito enganado, faça tudo direitinho, Desty... E tenha seu marido de volta, mas agora, agora as coisas vão começar à se complicar...Você terá uma tarefa, uma tarefa muito desagradável para fazer, alias, não só uma. Mas a primeira é o seguinte: Há um clube na décima avenida, paralela com a rua cinco, amanhã vá até este clube e fale com Johnny J. Diga que você será uma das dançarinas da noite e estará disposta a fazer de tudo, tudo mesmo, contei para Justin essa minha ideia, não entendi porque ele odiou. - Então a gravação se encerrou.
- E lembre-se. - O cara de preto disse. - Se você não fizer isso, iremos ficar sabendo... E as coisas irão se complicar. - Logo ele mostrou uma imagem de Justin preso nos pulsos e nos pés em uma cadeira, eu pensei no pior.
- Eu farei isso. - Mal terminei de falar e o cara saiu correndo como um vulto. Fui correndo para meu carro, chorar já estava me perturbando, então resolvi que se eu fizesse tudo direitinho, Vinnie estaria bem, eu poderia me submeter à esses tipos de humilhação, tudo por ele.
Infelizmente, o dia seguinte chegou, à tarde, liguei para Maria e depois falei um pouco com as crianças, Angel estava bem brava por eu tê-la deixado lá sem avisar antes, porém Maria logo a acalmou.
Os garotos não paravam em casa, ainda estavam na procura de Bieber e estavam apavorados, pois nunca havia acontecido algo assim, Mads vinha tentar me consolar de minuto em minuto, o que me deixava mais nervosa ainda.
Arrumei-me e assim que eu estava prestes à sair, Mads perguntou: - Posso saber onde você vai?
- Tomar um ar. - Falei.
- Então eu vou com você.
- Ah claro, e deixar Suzie sozinha?
- Posso levá-la. Nós podemos sair para jantar...
- Sim, Mads, pode ter certeza que eu estou em um ótimo pique para sair para jantar, enquanto eu não sei onde o meu marido anda.
- Sua irônia me mata. - Ela murmurou. - Mas eu sei que você está aprontando algo, eu te conheço.
- Não estou aprontando nada, só quero sair para tomar um ar, essa casa sem Vinnie me deixa nervosa, os garotos não tem nenhuma pista, Mads, eu estou ficando louca. - Isso era verdade.
- Desty, eu sei que palavras não adiantam mais que atitudes, mas eu sei que Hacker vai voltar. - Sim, ele iria.
- Eu tento manter meu pensamento positivo. - Falei indo em direção á porta. - Tchau.
Assim que cheguei no local, minhas pernas ficaram bambas e eu mal conseguia andar, aquilo era horrível, pior que as boates que Vinnie me levava. Paguei a porcaria da entrada e quando eu estava dentro, o barulho da musica alta começaram a me ensurdecer, eu queria sair correndo, eu queria chorar, mas além de tudo, eu queria meu marido.
- Johnny J. - Gritei o nome para uma mulher que vendia bebidas.
- O que? - Ela parou por um momento.
- Johnny J. Quero falar com ele. - Eu disse.
- Você tem certeza?
- Sim. - Não, eu não tinha. Ela foi até um de seus colegas e sussurrou algo no ouvido dele, logo o cara desapareceu e a mulher foi atender outras pessoas, me deixando num vácuo enorme.
- E aí, gata. - Um cara chegou ao meu lado.
- Vaza. - Falei.
- Posso pagar uma bebida?
- Não.
- Por que?
- Porque não.
- Você que está procurando Johnny J. ? - Uma terceira voz me perguntou.
- Johnny J.? - O cara que estava dando em cima de mim antes fez uma cara de medo.
- Por que você fez essa cara? - Perguntei.
- Era melhor você ter aceitado tomar uma bebida comigo. - Ele riu e saiu, pelo visto eu estava metida numa encrenca enorme.
- Por incrível que pareça, alguém o avisou que você viria. - O cara que a garota das bebidas havia sussurrado no ouvido falou. - Venha comigo. - E então ele me puxou pelo braço e logo ele estava me arrastando até o fim daquele clube, onde havia uma porta enorme preta, onde ele fez eu entrar. Seguimos um corredor, onde as paredes possuíam uma cor vermelha que já estava me dando dor de cabeça, logo entramos em uma outra porta e foi aí, que eu estremeci.
Na sala havia vários homens que mais parecia um armário e sentado em uma cadeira havia um homem que me assustada mais ainda, ele era gordo e tinha uma barba muito mal feita, pelo o que eu pude ver por sua aparência ele era latino.
- Oh, hermosa... - Ele disse quando me viu. - Se aproxime, chica. - Aquele espanhol estava me dando mais medo ainda. Eu me aproximei meio hesitante. - Podem sair. - Ele disse para seus seguranças. Os caras saíram e naquela sala ficou só eu e o tal de Johnny J. Tenho certeza que esse não era seu nome verdadeiro. - Então, o que você tem para mí, hermosa?
- E-eu, eu vim me oferecer para dançar hoje à noite.
- Para mí? - Não, que nojo.
- N-não, era pra ser no clube, pras pessoas do clube...
- Ah, mas eu sou o dono deste local, porque não pode ser para mí? - Esse mi já estava me irritando.
- Garanto que há garotas muito melhores aqui... - Ele levantou-se com dificuldade por causa de seu peso e veio até mim.
- Mas eu quero que você dance para mim. - Ele sussurrou em meu ouvido.
- Mas...
- TIRE A ROUPA. - Ele foi rude.
- Não. - Falei.
- Você acha que eu não sei por que você está aqui? - Ele riu. - Ah mi niña, eu sei que você é a mulher de Vinnie Hacker, aquele cretino, assim como seu sei que ele está desaparecido e a vida dele está em suas mãos, então faça tudo o que eu mando, tudo bem, hermosa? - Eu apenas assenti e devagar, comecei à tirar minhas luvas, seguido por meu cachecol e logo meu casaco. Em seguida eu estava apenas com uma blusa de manga cumprida e minha calça jeans, o cara deu uma bela olhada para meu corpo e vi seus olhos se perderem. Uma vontade enorme de vomitar cresceu dentro de mim, mas tudo por Hacker, espero que eu tenha apenas que dançar.
- Ande logo. - Ele disse. - Tire a blusa, hermosa, quero o ver o que tem para mim.
- E foi o que fiz, tirei a blusa, ficando só com meu sutiã preto rendado. - Hm, Bieber come bem, muito bem. - Ele observou e eu respirei fundo para não respirar. - Pantalones... - Ele disse.
- Desculpa, eu não entend...
- As calças. - Ele disse.
- Ok. - Abri o zíper, tu fazia tudo na menor velocidade possível.
- Mais rápido. - Aquele cara me dava medo. - Delícia, delícia, delícia!!! - Ele disse enquanto ele passava sua mão lentamente por meu abdômen, me dando repulsa.
- Não era só dançar? - Eu me afastei.
- Eu escolho o que acontece aqui hoje à noite, eu sou o chefe. - Ele disse. - Agora tire a porra das calças. - Ele ordenou e foi o que eu fiz, logo me vi apenas de calcinha e sutiã diante dele, era muita humilhação, eu tinha marido e dois filhos, isso era uma vergonha. A raiva dentro de mim só crescia.
Johnny J. Foi até o rádio e colocou uma musica incrivelmente sensual e sentou-se em sua poltrona, esperando meu belo show, tentei mentalizar que era Justin ali, mas estava sendo bem difícil.
- DANCE. - Ele gritou, me assustando. Logo eu comecei a rebolar levemente, com os olhos fechados, pois eu não queria ver para quem eu estava fazendo isso. - Muy bueno, muy bueno. - Ele dizia e aplaudia rindo. Eu não queria parar na cama daquele cara, não queria mesmo. - Mas vamos parar com essa bobagem?
- Como assim? - Parei de dançar. - Acabou? - Perguntei esperançosa.
- Essa parte sim, agora vamos para algo mais interessante... - Confesso que fiquei tonta. - Tire o sutiã.
- O QUE? - Gritei. - Não, não, não. - Neguei. - Eu ainda não cheguei no meu movimento favorito. - Tentei enrolar.
- Sem enrolações, hermosa, tire essa porra logo, ou se não... - Ele não terminou de falar, pois ouviu-se um estrondo na porta.
- OU SE NÃO O QUE? - Olhei para trás e me deparei com Vinnie apontando uma arma para Johnny.
- VINNIE? - Gritei e comecei a chorar. Esqueci até que eu estava semi nua e fui correndo até ele, o lançando uma abraço apertando e lhe dando um beijo, tirando toda sua concentração de Johhny.
- Onde está meus homens? - Johnny perguntou apavorado.
- No inferno. - Ele disse. - Aliás, você vai para lá também. - Vinnie disse enquanto eu catava minhas roupas, as vestindo rapidamente.
- Eu só fiz o que me mandaram. - Johnny disse com certo medo.
- Não, não mesmo, Johnny... Ou devo dizer Miguel? Você fez o que você queria, até porque até onde eu sei, é você que gosta de mandar, não é mandado.
- Mas... - Ele tentou protestar.
- Minha mulher... MINHA MULHER, PORRA. - Vinnie gritou. - Foi a pior coisa que você já fez. - Assim que Vinnie terminou de falar, deu dois tiros no meio da testa de Johnny ou Miguel e me agarrou em seus braços, me puxando para a saída., onde os homens dele estavam mortos no corredor.
- Onde você estava? - Perguntei enquanto estávamos naquele corredor horrível. - Hacker...
- Calma, eu estou aqui. - Ele sorriu. - Quando voltarmos para casa, contarei tudo à você.
- Ai meu Deus, você está de volta. - O beijei intensamente. - Eu fiquei tão preocupada, seu idiota, eu te amo. - O beijei novamente.
- Eu sei, seu sei. - Ele disse e mordeu meu lábio inferior. - Mas nós temos que sair daqui, assim que nós sairmos por aquela porta, agiremos normalmente. Vamos rápido. - Apenas assenti e Vinnie segurou minha mão e logo nós saímos.
- Barulho irritante. - Falei.
- Musica ruim. - Vinnie disse.
- Feliz agora, Desty? - Kio apareceu ao nosso lado.
- Espero que esteja, porque esse foi o único Vinnie que conseguimos encontrar. - Nick disse.
- Vocês não me encontraram, eu saí dessa sozinho. - Vinnie disse.
- Como assim? - Perguntei.
- Vamos para a casa, lá eu te explico tudo. - Ele disse e eu parei no meio do clube, entre todas aquelas pessoas que dançavam.
- Eu não estou entendendo, Hacker, porque você está com tanto receio de me contar? - semicerrei os olhos.
- Porque eu sei que você vai pirar... - Ele disse.
- E e eu tenho certeza. - Nick complementou e eu o olhei desconfiada.
- Se você vai me contar isso só quando chegar em casa, então... VAMOS PARA A CASA AGORA. - Gritei e peguei sua mão, o puxando pelo meio daquela multidão que nem imaginava que no fundo da boate havia um cara com a testa estourada, graças aquele barulho todo.
[...]
- Droga, você voltou mesmo... - Mads disse assim que eu, Vinnie e os garotos chegamos. Ela estava sentada com Jaden e Suzie no sofá.
- É, ele tem algumas coisas para me contar. - Olhei para Vinnie. - Eu estava achando que esse idiota estava sofrendo a pior das torturas, mas você está vendo isso, Mads? - Mostrei o rosto de Vinnie para ela. - Ele não tem nenhum aranhão. - Ela levantou rapidamente do sofá.
- Isso é verdade. - Ela observou.
- E vocês estão triste com isso? - Vinnie se pronunciou. - Destiny deveria estar feliz que nada prejudicou esse rosto perfeito. - Ele disse convencido.
- Tem coisa aí. - O observei. - E você vai me contar. - Eu disse. - Agora.
- Desculpa me meter, mas eu também quero saber. Minha curiosidade despertou. - Mads disse.
- Ei, barata, sua baratinha está te chamando. - Ele se referiu à Suzie.- Não fala assim da minha filha. - Mads disse brava, mas ela sabia que Vinnie só brincava em relação a Suzie, porque na verdade ele vivia para lá e para cá com ela, as vezes Ethan até tinha ciúmes e começava á chorar.
- Ué, filha de barata, baratinha é. - Nick e Kio riram.
- Vinnie, se tu começar com essas putarias eu mesmo vou armar um sequestro pra ti e eu não vou ser bonzinho, pode ter certeza. - Jaden disse.
- Calem a boca. - Eu me estressei. - O que aconteceu? Porque algo me diz que não foi tão serio como eu imaginei. - Falei cruzando os braços.
- Vai lá, irmão, conta pra ela. - Jaden disse debochado.
- Essa eu quero ver... - Kio disse, pelo visto eu e Mads éramos as únicas que não sabíamos de nada.
- Foi uma armação... - Vinnie disse passando as mãos pelos cabelos.
- Uma armação? De quem? - Perguntei.
- É, Hacker, de quem? - Jaden pôs lenha na fogueira.
- Victória...
- O QUE? - Gritei e Mads me olhou rapidamente.
- E Jennifer. - Ele completou.
- Me explica essa porra direito, Vinnie Hacker. - Eu falava tentando me conter.
- É, explica essa porra direito, Vinnie Hacker . - Kio disse debochadamente.
- Verdade, explica essa porra direito, Vinnie Hacker. - Foi a vez de Nick falar.
- Também quero saber, explica essa porra direito, Vinnie Hacker. - Mads disse.
- Vou entrar isso só pra não estragar o roteiro: explica essa porra direito, Vinnie Hacker . - Jaden disse.
- Expica exa porra dileito, Vinnie Hacki. - Todos olharam ligeiramente para Suzie, e por um momento, não pude deixar de rir.
- Vocês fizeram minha filha falar palavrão. - Mads disse.
- Não joga a culpa na gente. - Nick disse.
- É sério, sai todo mundo daqui. - Falei.
- Mas eu também quero saber. - Mads protestou.
- Depois eu te conto, mas agora saiam, anda, todo mundo. - Falei.
- Tudo bem, tudo bem. - Kio murmurou e todos foram se retirando, cada um indo para um canto.
- Agora me explica isso. Mas explica detalhe por detalhe. - Exigi.
- Sim, explico, assim que Nick sair de baixo da escada. - Vinnie.
- Droga. - Nick saiu e subiu a mesma.
- Agora diga. - Falei.
- Ok, assim... Eu saí pela manhã, você sabe, fui no casarão resolver algumas coisas, de tarde, eu saí para comer algo, eu estava desarmado, então uma van preta parou ao meu lado e me puxou para dentro, eles vendaram meus olhos, colocaram uma fita em minha boca impedindo-me de falar e amarraram minhas mãos e pés, eu estava totalmente imóvel, mas lembro que antes chutei a cara de alguém, assim que cheguei lá, me colocaram em uma cadeira, onde me amarraram na mesma, me deixando mais imóvel ainda, logo ouvi barulho de salto ecoando no chão. Alguém veio até mim e tirou minha venda, vi Chloe em minha frente, no momento, o tamanho de minha raiva foi enorme, em seguida Victória chegou, me deixando com mais raiva ainda.
- Elas te estupraram? - Perguntei apavorada.
- Não, porra, deixa eu terminar. - Ele disse. - Então elas tiraram o pano da minha boca, fazendo eu lançar uns belos insultos para elas, então elas ficaram de blá blá blá, até que eu descobri que não era eu quem elas queriam.
- O que?
- Era você, elas queriam vingança, o plano delas era ela dar essas tarefas, tipo o que você teve que fazer naquele clube, elas queriam que você se humilhasse, e então, logo elas te diriam onde eu estava e quando você chegasse lá, elas ririam de você, fariam você se sentir mais humilhada ainda.
- Elas contaram todo o plano para você?
- É por isso que eu digo que elas são amadoras. - Vinnie deu um sorriso malicioso. - Consegui me soltar, usando minhas habilidades.
- E aí você matou elas? - Perguntei com certa esperança.
- Não, pois eu tinha que sair correndo para tirar você das mãos daquele idiota, eu não consigo nem imaginar o que aquele gordo latino faria com você. - Vi seriedade na face de Hacker.
- Onde elas estão? - Perguntei.
- Não sei, mas Victória não está mais morando com Bob.
- Vai haver vingança, Hacker. E você vai me ajudar. - Falei decidida.
- Acho que eu gostei dessa ideia. - Ele disse com um sorriso malicioso e eu fui obrigada á sorrir também. - Mas antes...
[...]
Entramos no quarto e Hacker me atirou na cama, logo tirando sua camisa. Ele subiu em cima de mim e me deu um beijo terrivelmente quente e delicioso, logo ele começou a dar leves beijos em meu pescoço, e então eu já havia perdido toda a consciência.
Aproveitei que ele estava sem camisa e comecei à beijar seu peitoral nu, dando leves mordidas, Vinnie deu um gemido baixo que foi musica para os meus ouvidos, e quanto dei-me por conta, minha blusa estava tirada no outro lado do quarto. Logo estávamos totalmente nus. Vinnie assumiu o comando e ficou por cima de mim, enquanto me penetrava, fazendo-me dar um gemido meio alto, ele começou à dar leves bombadas, fazendo eu falar seu nome consecutivamente. Pedi para que ele aumentasse os movimentos e foi o que ele fez, me deixando totalmente louca, como ele sempre fazia. Em seguida, chegamos ao nosso ápice.
[...]
Dia seguinte.
- Kio, por favor, não esqueça de buscar Angel na casa de Maria depois e explique tudo à ela. - Falei.
- Sempre o lindo do Kio. - Ele murmurou. - Ok.
- Ah Kio, você sabe que eu te amo. - O abracei.
- Ok, ok. - Vinnie me puxou. - Chega e vamos. - Ele disse.
- Também quero entrar nisso. - Mads apareceu. - Jaden vai levar Suzie na creche.
- Você não vai participar das loucuras de Vinn e Destiny, isso pode ser contagioso. - Jaden rebateu.
- Cala a boca. - Mads disse e pegou sua bolsa. - Vamos. - Vinn apenas revirou os olhos, mas não protestou.
- Vamos. - Sorri para Mads e logo nós três saímos. Vinnie entrou no banco do motorista, eu tomei meu lugar no banco do carona e Mads atrás. - Temos que descobrir onde aquela cobra mora. - Falei.
- Com certeza Chloe deve estar na casa dela. - Mads disse.
- Sim, você sabe de algo, Vinnie? - Perguntei.
- Ele nunca sabe de nada. - Mads implicou.
- Ah e você sabe? - Vinnie disse.
- Agora não, por favor. - Falei tentando manter a calma. - Vinnie, você poderia perguntar à Bob, não?
- Ele não diria à mim.
- Por que não? - Perguntei.
- Com certeza ele tem medo que eu diga à você e você vá dar outra surra na irmã dele. - Ele disse como se fosse óbvio.
- É, ele tem razão. - Dei de ombros. - Eu faria exatamente isso.
- Deve ter outro jeito. - Mads disse. - Ah, vá até a casa de Bob e tente arrancar essa informação indiretamente. - Ela disse à Vinnie. - Você é amigo dele.
- Garanto que ela te causa o maior tesão. - Falei fazendo careta.
- Vai começar? - Ele me olhou sério.
- Agora não, por favor. - Mads disse imitando minha voz e eu mostrei o dedo do meio à ela.
- Espera um pouco... - Algo brilhou em minha mente. Os dois me olharam.
- Mads... Nós vimos Victória há um mês atrás mais ou menos. - Falei.
- Sim, eu tive que te segurar, se não você iria dar outro colado na cara dela, sim, eu lembro. - Ela disse.
- O bom é que eu não fico sabendo dessas coisas. - Vinnie disse sarcásticamente.
- Onde nós vimos ela? - Perguntei com o olhar fixo em algum ponto do carro.
- Naquela loja caríssima nova, que abriu no shopping. - Ela respondeu, não entendendo onde eu queria chegar.
- O que ela estava fazendo? - Perguntei.
- Porra... - Vinnie disse impaciente.
- Um cartão de crédito se eu não me engano. - Mads respondeu.
- Onde você quer chegar com isso? - Vinnie arqueou uma sobrancelha.
- Para fazer um cartão de créditos, você tem que dar todos os seus dados, inclusive seu endereço. - Falei.
- Ah, claro, Destiny. - Vinnie disse. - Ótima ideia, você vai chegar e vai dizer ''Oi, então, você pode me dar o endereço de Victória Laurent? '' eles não dizem os dados dos clientes.
- É, meu amor, mas acontece, que não sou eu quem vai falar com a atendente... Vai ser você.
- O que? - Ele ainda estava sem entender.
- O que aconteceu? Você sempre foi tão sedutor... - O desafiei.
- Acho que eu entendi onde você quis chegar. - Mads disse. - Sem contar, que aquela é uma loja feminina, todas as atendentes são mulheres, Hacker chega e seduz alguma.
- Seduzir? - Vinnie disse sorrindo. - Ah isso é comigo mesmo. - E então, ele arrancou o carro.
- Só não se aproveite da situação e me largue um par de chifres. - Falei assim que chegamos.
- Jamais. - Ele me deu um selinho e nós saímos do carro.
- Eca. - Mads disse.
Entramos no shopping, Vinnie no meio, eu e Mads de cada lado dele, fomos até a tal loja, onde Vinnie entrou e os olhos das mulheres que estavam lá, desde de clientes, até as atendentes, se viraram para ele, sim, meu marido era lindo. Eu faria o mesmo.
Eu e Mads entramos como quem não quer nada, nem olhamos para Vinnie, fingimos que nem conhecíamos e logo começamos à ver as roupas, confesso que eu e Mads até nos distraímos, pois as roupas daquelas lojas eram extremamente lindas.
P.O.V. VINNIE HACKER.
- Olá, garotas. - Falei e logo soltei um sorriso, havia três atendentes, pude ver o brilho nos olhos delas.
- Olá. - Me responderam, a loja estava um pouco cheia, percebi que assim que cheguei as atendentes até esqueceram dos clientes e logo todas estavam em cima de mim.
- Posso ajudar? - Uma perguntou.
- Está procurando algo para a sua mulher? - Disse a outra, a terceira estava atrás de um balcão, no caixa, e era nela que eu iria.
- Na verdade, estou procurando uma mulher. - Falei e olhei para a loira que estava no caixa, ela mantinha seus olhos em mim, pelo visto seria fácil. Fui na direção dela, deixando aquelas duas para trás.
- Oi. - Falei.
- Oi, posso ajudar? - Ela foi simpática.
- Finalmente eu tomei coragem de falar com você. - Falei. - Eu sempre vinha nesse shopping e ficava olhando você de longe. - Fingi que estava envergonhado. - Nossa, você é mais linda ainda de perto.
- Meu Deus, você só pode estar brincando. - Ela corou.
- Não, foi graças à você, que eu encontrei minha irmã... Se eu não viesse aqui e ficasse te observando de longe, eu nunca teria visto minha irmãzinha de novo, será
que você pode me ajudar? - Dei meu melhor sorriso.
- Com tudo o que você quiser. - Ela disse.
- Então, ano passado, eu tive uma briga com essa minha irmã. - Fingi tristeza. - E ela simplesmente foi embora de casa, hoje eu não sei onde ela mora, não sei se ela está bem, aquele dia que eu vi ela aqui, eu não tive coragem de pará-la e dizer o quando eu senti sua falta, eu me sinto horrível, mas agora eu quero concertar as coisas entre eu e ela, você me entende? - A mulher assentiu.
- E como eu posso ajudá-lo? - Ela perguntou.
- Quando eu a vi aqui, ela estava fazendo um cartão de crédito da loja, então com certeza vocês devem ter o endereço, eu imploro, essa é minha última chance de reunir minha família. - Vi que a atendente ficou meio intrigada.
- É que nós não podemos dar essas informações para clientes. - Ela disse.
- Eu não sou cliente, não comprei nada aqui. - Dei de ombros, tentando fazer algum tipo de piada sem graça, ela riu e mordeu os lábios. - Por favor, gata. - Implorei.
- Tudo bem, tudo bem. - Ela disse mexendo em seu computador. - Qual o nome dela?
- Victória Laurent. - Falei.
- Hm... Aqui, achei. - Ela disse. - Ela está morando... - Ela me deu o endereço e fiquei feliz por não ser o endereço de Bob.
- Muito obrigada. - Falei dando meia volta.
- Você chega, diz que sempre me observou de longe e depois sai assim? - Ela perguntou e eu voltei.
- Você tem um papel e uma caneta? - Perguntei.
- Claro. - Ela me de eu e eu anotei um numero e em baixo, escrevi ''Kio''. Alguém coçou a garganta atrás de mim, olhei e me deparei com Destiny e Mads, cada uma com mais de duas peças de roupa nos braços. Revirei os olhos. Esperei fora da loja, enquanto elas pagavam e em seguida elas vieram até mim.
- Não entendi qual o motivo das compras. - Falei.
- Não tem motivo nenhum. - Ela deu de ombros. - Conseguiu o endereço? - Ela perguntou e deu-me uma sacola para segurar.
- Sim, eu sou Vinnie Hacker, consigo tudo o que eu quero, esqueceu?
- Ui, fodão. - Lilly debochou. - E agora? Nós vamos chegar lá e quebrar aquelas duas novamente? - Mads perguntou.
- Não, não. - Destiny disse. - Muito fácil e sem graça.
- Eu tenho uma ideia... - Falei com um sorriso de criança que estava aprontando algo.
- Qualquer ideia é super bem vinda. - Destiny disse.
[...]
P.O.V. DESTINY
Antes que eu pudesse colocar o plano em ação, puxei um espelho de minha bolsa e vi se minha maquiagem estava realmente horrível, pois era assim que ela deveria estar. Chloe havia ido em uma loja de roupas, pois acho que era só isso que ela sabia fazer. Sentei-me em uma praça que havia um pouco à frente desta tal loja, o carro de Chloe estava um pouco mais à frente, eu estava seguindo ela fazia um bom tempo. Me mantive sentada ali esperando o aviso de Mads.
Ela está saindo, prepare-se. - Mads me mandou uma mensagem. Respirei fundo e comecei a colocar meu plano em ação: Mantive meu olhar em algum ponto fixo, isso faria surgir algumas lágrimas. Dei uma olhada de relance e vi que a vadia realmente estava se aproximando, e então, comecei à soluçar, a fim de chamar sua atenção.
E consegui.
- Destiny? - Ela parou perto de mim e olhou-me com cara de nojo.
- Você? - Falei com voz de choro. - Eu não acredito, eu devo ter pecado muito nessa vida. - Fingi que estava limpando as lágrimas.
- Você aqui sozinha? Chorando? Hm, interessante. - Ela debochou.
- Eu te odeio, Chloe. - Levantei-me e fiquei cara a cara com ela. - Você destruiu minha vida. - Fingi um choro mais forte.
- Você é louca? Quem deveria te dizer isso sou eu. - Ela disse.
- Finalmente você conseguiu o que queria. - Falei. - Agora você está feliz? Porque meu marido agora você tem.
- O que? Eu não...
- Ele me largou! - Falei por fim. - Disse que não conseguia parar de pensar em você...
- Garanto que é mais uma de suas brincadeirinhas.
- Olha para a minha cara e vê se eu estou brincando, ah como eu gostaria, mas no momento eu só quero te esfolar todinha como Mads fez da outra vez.
- Se você encostar um dedo em mim, eu vou gritar. - Ela disse.
- Tudo bem, você ganhou, eu só devo aceitar isso. - Eu poderia ser atriz. - Agora eu vou embora, acho que eu já me humilhei o suficiente... - Mas antes que eu continuasse á andar, eu parei, olhei para trás, onde Chloe se mantinha intacta como se não estivesse raciocinando nada e disse: - Eu realmente espero que você e Vinnie sejam felizes... No inferno. - Então tornei à andar em direção ao meu carro, por um minuto tive que tentar conter o riso.
- Será que eu fui convincente? - Perguntei à Mads enquanto eu arrancava o carro.
- Não sei, mas espero que tenha sido. - Ela disse. - Vinnie me mandou uma mensagem, disse que já está fazendo a parte dele.
P.O.V. VINNIE HACKER.
Eu estava me direcionando até o endereço, onde era a suposta casa de Victória, eu realmente esperava que ela estivesse lá, mas antes meu celular tocou e eu antendi: - Alô.
- Vinnie, sou eu, Chloe. - Perfeito, abri um sorriso.
- Oi, gata. - Falei enquanto acendia um cigarro.
- Eu encontrei Destiny agora pouco, ela estava chorando...
- Nós terminamos, realmente terminamos, eu acabei de sair do advogado para ver a papelada do divórcio... - Menti.
- Ela disse que você havia dito à ela que não conseguia parar de pensar em mim...
- Droga, ela te disse isso? Destiny sempre estraga tudo, eu estava planejando uma surpresa, eu queria mostrar á você que eu realmente entendi que é com você que eu quero ficar, você sabe, no início eu te odiava, eu estava cego por Destiny, mas você tem toda essa persistência que já faz um bom tempo, eu simplesmente não posso deixar alguém assim escapar.
- Isso não é nenhuma brincadeira idiota? - Ela perguntou.
- Não, eu larguei minha família, estou saindo de casa amanhã, eu realmente quero viver algo novo, sabe? Talvez eu ainda não queria viver essa vida de casado, pena que eu fui perceber isso tarde demais.
- Mas você ama Destiny mais que tudo neste mundo, você mesmo já demonstrou isso tantas vezes... - Ela disse. - E eu achei que você odiaria ainda mais eu e Victória depois daquele sequestro...
- Eu achava que amava, Chlo... Eu achava. - Fiz uma voz triste. - E esqueça isso, isso me fez enxergar a realidade, quando cheguei em casa, Destiny fingiu-se um pouco de preocupada e depois nós brigamos novamente, como viemos fazendo faz um longo tempo, foi aí que eu decidi acabar com tudo, e agora aquela idiota quer chorar... Vê se pode isso. Desculpa por tudo. Tudo mesmo. - Tentei ser convincente.
- Isso só pode ser um sonho.
- Mas não é, gata, será que você pode me encontrar hoje na frente daquele restaurante... - Dei o nome do restaurante à ela. - Assim nós jantamos e conversamos melhor.
-Sim, claro, Vin. - Eca, Vin. - Que horas?
- Oito e meia, pode ser? - Perguntei.
- Sim, estarei lá, nossa, meu coração está à mil, acho que agora as coisas vão começar à dar certo. - Ela disse esperançosa.
- Será que é o certo à se fazer? E Victória? Ela não ficará triste?
- Bom, você sabe, eu gosto de você há mais tempo que ela, então...
- Tudo bem, só não comente com ela. - Falei.
- Não irei, meu lindo. - Pude sentir que ela sorria.
- Beijos, gata, te... amo. - Falei e logo desliguei. Um sorriso debochado surgiu me meu rosto. Hora de ir para Victória.
Bati na porta, eu rezava para que ela estivesse em casa, vi que alguém olhou no olho mágico, mas não atendeu, pelo visto ela estava com medo.
- Está tudo bem, Victória, eu não vim enfiar uma arma no seu cérebro por você ter me sequestrado. - Falei. - Há outras coisas mais importantes em jogo agora.
- Sério? - Ela perguntou.
- Sim, abra a porta. - Em seguida, ela destrancou e abriu.
- O que você quer? - Ela perguntou desconfiada.
- Falar com você... Estou meio mal. - Fiz cara de triste. - Posso entrar?
- Tudo bem... - Ela cedeu e eu fui entrando. - Como descobriu meu endereço?
- Tenho meus contatos. - Pisquei para ela e vi seus olhos transmitirem desejo.
- E então, o que te traz aqui? Veio me humilhar? Dizer suas palavras sujas?
- Não, eu sei que você já fez tanta coisa para acabar com o meu casamento, mas eu não quero falar sobre isso, como eu disse antes, tem outras coisas em jogo agora. - Olhei profundamente em seus olhos.
- Como o que? - Ela sentou-se ao meu lado no sofá.
- Meu casamento... Ele acabou. - Respirei fundo. - Simplesmente acabou.
- Isso é sério? - Ela perguntou.
- Sim... E você é um dos motivos?
- Por que eu te sequestrei?
- Não, porque eu abri o jogo à Destiny, eu disse á ela que... que...
- Desembucha, Hacker - Ela disse impaciente.
- Você não saía da minha mente e eu tinha certos desejos sexuais com você. Eu não nasci para essa vida de casado, sabe.
- Isso é algum tipo de pegadinha? Eu sei que isso é uma armação.
- Que tipo de armação? - Perguntei a olhando. - Depois que eu consegui me livrar desse sequestro idiota que vocês fizeram, eu saí correndo para salvar Melanie das mãos daquele gordo, e quando eu cheguei lá, você não vai acreditar o que eu vi...
- O que? - Ela perguntei interessada, um sorriso em seus lábios quase se formando.
- Ela estava fodendo com aquele gordo nojento, eu achei que ele havia a obrigado, mas não, ela fez por conta própria, disse que estava cansada de sempre ter o mesmo homem em sua cama, e então, nós discutimos, brigamos, quebramos coisas e eu abri o jogo, cansei de me fazer de cara apaixonado: falei à ela que enquanto eu estava preso naquela cadeira, eu desejei que você fizesse o que quisesse comigo, se é que você me entende. - Lancei um olhar malicioso para ela. - Não Chloe, eu não tenho atração nenhuma por ela, mas por você, porra, Victória, você me deixa louco, já tive que me controlar tantas vezes para não te pôr de quatro e te fode todinha.
- Repete. - Ela me puxou pela gola de minha camiseta e disse bem perto de meu rosto.
- Eu quero te foder todinha. - Falei. - Mas não agora... Sabe por que?
- Por que?
- Porque além de tudo, eu estou apaixonado por você. - Sorri.
- Você o que?
- Isso mesmo que você ouviu.
- Mas isso... Isso é surreal. - Ela disse. - Ou nem tanto, na verdade, sempre soube que você largaria aquela vadiazinha e um dia seria meu. - Ela me deu um selinho.
- Eu quero convidar você para jantar hoje à noite, e então depois, a noite é uma criança. - Falei.
- Eu aceito. - Falei para ela o nome do restaurante e o horário. - Você vai ver que eu sou muito melhor que Melanie.
- Eu nunca tive duvidas sobre isso... Mas tem algo me intrigando.
- Tipo o que? - Ela arqueou as sobrancelhas.
- Chloe... Ela também gosta de mim, não?
- Ela ama você. - Victória disse e revirou os olhos. - Mas você só pode ficar com uma não é mesmo? Não tenho culpa se você escolheu a melhor.
- Eu pensei que ela realmente gostasse de você como amiga. - Falei.
- E ela gosta, segundo ela, agora eu sou sua melhor amiga...
- Mas ela fala tão mal de você, pelo o que eu fiquei sabendo. - Menti.
- Sério?
- Sim, tenho algumas fonte, Chloe andou dizendo que você se acha a maioral, mas na verdade é uma ridícula e que só fala com você, com o interesse de conseguir me conquistar.
- Ela disse isso?
- Disse, mas tudo bem, não ligue, agora eu quero você, só você. - Sorri e ela atacou meus lábios, mantive meus olhos abertos enquanto a beijava. - Agora eu tenho que ir, tenho que resolver uns negócios no casarão, mas não esqueça, me encontre lá na frente do restaurante, hoje às oito e meia.
- Sim, eu estarei lá. - Ela disse com um sorriso enorme no rosto. - Eu te amo.
- Amo você também, gata. - Lhe dei um selinho e saí.
Fui até meu carro e tirei meu celular do bolso, liguei para Destiny: - Primeira parte concluída.
- É disso que eu gosto. - Ela disse rindo.
- Estou indo para a casa, te vejo lá. - Falei.
- Te amo.
- Eu sei. - Ela disse e desligou.
Cheguei em casa e Destiny estava atirada no sofá com Mads, me esperando, fui dar um beijo nela, mas ela me impediu: - Eu sei que você a beijou, agora vá lá e limpe sua boca. - Essa garota era de outro mundo, apenas sorri e fiz o que ela pediu, pois era os lábios dela que eu realmente queria sentir.
[...]
P.O.V. DESTINY
- Vocês vão ir, garotos? - Perguntei à Kio, Jaden e Nick.
- Óbvio, não perco essa porra por nada. - Nick disse animado.
- Mãe, posso ir junto? - Angel perguntou.
- Não, você vai ficar aqui com Helen, Suzie e seu irmão. - Falei.
- Ah, droga, você nunca deixa eu fazer nada.
- Você está se tornando uma criança muito reclamona.- Falei enquanto a enchia de cócegas.
- Para, mãe, para. - Ela dizia entre risos. - Pai, posso ir. - Ela foi até Vinnie.
- O que sua mãe disse? - Vinnie perguntou.
- Que não, mas eu imaginei que você diria sim.
- E por que você imaginou isso?
- Porque você é o melhor pai do mundo.
- Não adianta, Angel, você não vai me comprar com palavras, agora suba e vá lá com seu irmão. - Vinnie disse e beijou Angel.
- Que coisa chata. - Ela saiu batendo perna.
- Enfim, eu vou ir também. - Kio disse.
- Você vai, amor? - Mads perguntou à Jaden.
- Sim, já deixei você solta demais.
- Então vamos. - Falei e todos nos dirigimos até a garagem, onde se localizava os carros.
Todos nós procuramos usar um disfarce e ficamos irreconhecíveis, paramos na frente do restaurante como se fôssemos pessoas normais, esperando alguns amigos ou parentes, em um canto ficou eu e Mads, um pouco mais distante ficou Kio e Jaden e depois Vinnie e Nick, nós fingíamos que nem nos conhecíamos, ficamos ali por um tempo, até que Vinnie murmurou: - Chloe chegando.
Ela desceu do carro, vestindo uma calça de couro super apertada e uma clusa branca colada, com um decote enorme, os olhos de Kio se perderam por alguns minutos, ela nos olhou, mas fez pouco caso, pois estávamos irreconhecíveis. Ela ficou parada ali por um tempo, com a bolsa na mão, esperando Vinnie aparecer, Mads olhava para mim e tentava não rir.
Logo outro carro apareceu, era o de Victória, ela estacionou e desceu, dando de cara com Chloe, as duas se olharam por um momento.
- Você aqui? - Elas disseram na mesma hora.
- Ok, o que você está fazendo aqui? - Chloe perguntou.
- Tenho um encontro. - Victória deu de ombros.
- Eu digo o mesmo. - Chloe disse.
- E posso saber com quem? - Victória perguntou. - Amiga ou devo dizer ex amiga?
- Por que ex amiga? Só por que ele não quis você?
- Ele quem, fofa? Eu estou me referindo sobre o fato de eu ter descoberto que você fala mal de mim nas minhas costas. - Victória abriu o jogo. Isso estava ficando melhor do que eu pensava.
- Eu nunca falei mal de você, meu amor. - Chloe disse.
- Não minta, eu sei que você só se aproximou de mim para tentar conseguir Vinnie todinho para você, mas quer saber? Não deu certo, porque agora ele é
todinho meu.
- Ah, até onde eu sei, foi por mim que ele largou Destiny. - Chloe colocou as mãos na cintura.
- O que? Quem te disse isso? Eu acho que não. Hoje à tarde ele foi lá em casa e confessou todo seu amor por mim, aceita que dói menos.
- Você tem que entender que eu conheço Vinnie há muito mais tempo, meu amor por ele não é de agora, então é óbvio que ele ficaria comigo, eu nunca coloquei fé que um dia ele fosse gostar de você, você não tem nada a oferecer.
- Olha quem falando, e você tem? Você precisou da minha amizade para se aproximar novamente dele, porque você não se garante, sabe que nunca conseguiria conquistá-lo sozinha e mesmo assim, no fundo tinha medo, pois sabia que eu sempre fui muito melhor que você.
- Então é para falar verdades, tudo bem, aquela vez que nós dopamos Hacker eu tinha me mente dopar você também, assim eu ficava com ele só para mim. - Chloe disse.
- E você me dopou, fofa? Não, até porque você sabia que comigo você não pode, você vira um nada perto de mim. Você é só mais uma vadia que Vinnie comeu e largou, sabe por que? Porque você não foi o suficiente.
- Eu não acredito que você falou isso. - Agora não éramos só nós que prestávamos atenção na briga, eram todos que passavam por ali. Olhei para Vinnie e ele estava rindo.
- Sim, eu falei. - Victória disse firme e então, algo lindo aconteceu, Chloe se avançou nela e começou a agarrar seus cabelos com força.
- Porra, isso está ficando bom. - Ouvi a voz de Nick, um círculo começou á se formar em volta delas.
- VADIA. - Victória gritava enquanto as duas rolavam pelo chão e se arranhavam.
- NÃO QUERO VER VOCÊ NUNCA MAIS NA MINHA VIDA. - Chloe gritou e deu um tapa em Victória.
- VINNIE ME AMA, SEMPRE ME AMOU. - Victória disse com confiança.
- VOCÊ É UMA FALSA. - Chloe disse. - EU TE ODEIO. - As duas se arranhavam, se estapeavam, soqueava, chutavam, Victória pegou um bolo de cabelo de Chloe, as duas não se largavam de jeito nenhum.
- Porra, mano, tenho que filma isso, duas gostosas brigando. - Kio disse tirando o celular do bolso.
- Destiny, isso foi planejando? - Vinnie perguntou.
- Não, não foi mesmo. - Falei rindo. - O planejado era só você aparecer e rir da cara delas, nunca imaginei nenhum tipo de luta livre entre elas, cara, isso foi épico.
- É disso que o papai gosta. - Vinnie disse.
- Bom, pelo visto nós não iremos ter que bater nelas novamente, elas mesmas já estão se dando o trabalho. - Mads disse.
- Até que valeu a pena ter vindo. - Jaden disse com um sorriso.
- É disso que o tio Nick gosta, os peitos de Chloe estão de fora. - Nick disse feliz.
- Hoje o tio Nick resolveu ser hétero. - Vinnie debochou. - Mas é só porque ainda não apareceu um negão.
- PAREM COM ISSO, PAREM. - Um segurança começou à apartar a briga, as duas estavam horríveis, o rosto de Victória estava cheio de aranhões, igual o rosto de Chloe, as maquiagens não existiam mais e os cabelos, bom, vou nem comentar, eu só conseguia rir.
- Isso com certeza vai ficar na história. - Vinnie disse. - Vou escrever isso no meu diário, quero dizer, eu não tenho essas viadagem de diário, mas vou comprar um só pra registar isso. - Ele disse e eu ri.
- Agora nós podemos tirar essas idiotices de disfarces. - Falei tirando a peruca e em seguida, os óculos escuros. Assim que as duas nos reconheceram, arregalaram os olhos. Eu ri. - Fiquei sabendo que havia um tal plano, onde você sequestravam meu marido e me atraíram para a humilhação. - Comecei á falar, chegando mais perto das duas, que estavam uma de cada lado do segurança. Elas tinha a respiração ofegante e os olhos furiosos em mim. - Mas então, o jogo virou, a caça, vira o caçador. - Falei e os garotos começaram a gritar. - Tentaram fazer com que eu fosse humilhada, mas vocês mesmas se humilharam. - Falei pegando um fio de cabelo de Victória que estava todo bagunçado, a mesma deu um tapa em minha mão, fazendo eu rir mais ainda. - Patéticas, vocês precisam aprender.
- Vocês acham mesmo que um dia eu me apaixonaria por alguma de vocês? - Vinnie perguntou e riu. - Nossa, vocês acreditam em qualquer coisa, até naquelas que são realmente impossíveis.
- Eu te odeio, Vinnie Hacker. - Chloe disse.
- Isso é o que você pensa, mas eu sei que se eu te chamar agora para uma rapidinha, você vem latindo bem animadinha. - Vinnie disse e os garotos riram. - E você também, Victória. - Ele pôs os olhos nela que tentava se concertar, o segurança havia sumido, o salto de ambas estavam quebrados, elas estavam em um estado deplorável, eu até sentiria pena, mas era Victória e Chloe.
- Eu vou embora. - Victória disse. - Por hoje chega.
- Ah já vai? Por que você está tão brava? Por descobrir que foi enganada por Hacker... Ou por descobrir que também foi enganada por Chloe? A qual se dizia sua amiguinha.
- Vá se foder, Destiny. - Ela disse com ódio.
- Pode deixar, eu irei e Vinnie irá comigo. - Falei e Vinnie mordeu o lóbulo de minha orelha sorrindo. Victória entrou em seu carro e mesmo toda errada, arrancou aquilo na maior velocidade. - E você, Chloe? Ainda aí?
- Você é ridícula. - Ela disse.
- É tudo o que tem para me dizer? - Perguntei.
- Eu posso ter me humilhado, ter sido feita de idiota, nisso aqui, mas... - Eu vi que ela não tinha um ''mas.''
- Mas... Mas você foi humilhada e foi feita de idiota, simples, aceite. - Falei.
- O pior erro da minha vida, foi ter me submetido á amar você, Vinnie Hacker. - Ela disse com ódio.
- Você não é digna do amor de ninguém. - Vinnie disse e Hacker também resolveu se retirar.
- Eu gravei toda a briga, só te liga. - Kio veio com o seu celular e me mostrou. - Essa parte foi a mais foda.
- Eu quero ver. - Mads disse animada.
- Isso foi muito fooooooooda. - Nick disse todo alegre.
- E então... Feliz? - Vinnie perguntou com um sorriso maravilhoso em sua face.
- Isso foi o máximo. - Falei e o beijei. - Até que nós fazemos um belo trio.
- É... Tenho que concordar. O que você acha de nós sermos atores? - Fui obrigada à rir.
- Hoje eu percebi que nós temos futuro com isso. - Falei e Kio coçou a garganta.
- Então, só para lembrar... - Kio começou á dizer. - Que...
- Nós estamos na frente de um restaurante e você quer comer? Como sempre? - Perguntei.
- Bom, eu não diria comer, e sim ''alimentar o lindo do Kio.''
- E sabe o que eu queria? - Falei.
- O que? - Mads perguntou.
- Ir para uma festa. - Respondi.
- É uma boa. - Mads disse rindo.
- Será, Jaden? Uma festa? - Vinnie perguntou.
- Hm, acho que podemos fazer isso acontecer. - Jaden disse.
- Então vamos... Vamos porque hoje a noite é nossa. - Vinnie disse.
- Ah, malandro, pode ter certeza que vai bombar. - Nick disse indo até seu carro.
- É, e eu ainda estou com fome. - Sim, essa fala foi de Kio.
Oi💗i
Gente quero agradecer do fundo do meu coração pelos 100K, eu estou sem palavras, muito muito muito Obrigada de verdade 💗😭
Amo muito vocês, volto mais tarde ✨