limits of attraction • JJK

By byloveyoon

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LIMITES DE ATRAÇÃO Ao mesmo tempo em que ele é afável e sensível, demostra ser petulante e protervo. Sua pers... More

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Depois do fim pt. 1
Depois do fim pt. 2

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By byloveyoon

O lobo irá de se esconder na pele de um cordeiro, mas o tempo irá desmascara as aparências, revelará as mentiras e irá expôr o verdadeiro caráter.

BOA LEITURA.

ANNA

Completou-se uma semana.
Uma semana sem saber de Jungkook.
Eu já não aguentava mais esperar, aquela angústia estava me consumindo cada vez mais.

- Não, Anna. Não o procure.

Namjoon alertou, preocupado.
Eu neguei, sem dizer nada, enquanto me direcionava ao elevador.
Eu precisava fazer isso, estava sendo torturante esperar por Jungkook.

- Namjoon, eu já estou dentro do elevador.

Informei, ouvindo o mesmo suspirar pesadamente, aflito.

- Eu conheço o Jungkook a anos, já presenciei vários surtos dele, dos mais simples aos mais graves, mas esse último surto, foi o pior que ele já teve. - Informou, calmo. - Jungkook é mesmo capaz de matar alguém, Anna. Ele já tentou, eu não estou brincando, não o procure!

- Não se preocupe, ele não fará nada comigo. - Suspirei, tentando fazer com que eu mesma acreditasse naquilo. -

Namjoon permaneceu em silêncio, por um bom tempo. Talvez estivesse pensativo, o mesmo apenas respondeu depois de ser chamado pela segunda vez.

- Não é porque você supostamente é o gatilho dele que significa que ele não possa se alterar contigo, quando a raiva o domina, Jungkook é capaz de agredir a qualquer um, seja quem for. Você está brincando com fogo, não esqueça que ele é um alter-ego, a personalidade repulsa que existe naquele corpo.

- Fala como se ele fosse insignificante. - Fraquejei, parando enfrente a porta da casa do mesmo. -

- Não é isso, só estou dizendo o que de fato é a verdade.

- Preciso desligar, irei tocar o interfone agora. - Avisei, levando a mão até o mesmo e apertando. - Pronto.

- Você é mesmo muito corajosa, mas não acho que sua coragem sirva de algo agora. Estou á caminho, não demoro.

Ele não disse algo mais, apenas encerrou a ligação.
Passou-se uns minutos, Jungkook havia demorado para atender a porta, algo não muito diferente do normal.
Assim que a porta foi aperta, a imagem reconhecida me encarou, sem demostrar alguma reação significativa.

Jungkook usava sapatos sociais, calça justa jeans da cor preta e uma blusa simples, justa, também da cor preta.
Seus braços livres, dando libertada a todas aquelas tatuagens marcantes, de ambos braços.
Ele parecia ter chegado a pouco tempo, seus cabelos estavam úmidos e bem penteados.

- E-eu posso entrar? - Perguntei por fim, quebrando aquele silêncio. Ele apenas se afastou da entrada, indo até a nova mesa central, que estava ali no meio. - Vejo que arrumou toda aquela bagunça.

Jungkook não respondeu algo, apenas pegou o copo que continha um pouco de whisky com cubos de gelos, reaproximando-se de mim.

- Porque não me procurou? Eu estava preocupada. - Queixei, franzindo os celhos. Eu já estava um pouco irritada por ele estar bebendo, coisa que ele não gostava de fazer. -

- Eu não queria ver ninguém. - A voz saiu um pouco rouca, talvez cansada. - O que você quer aqui?

- Porque está bebendo? - Respondi com outra pergunta. -

- Estou comemorando, não posso? - Questionou, bebendo de uma vez só o restante da bebida. -

- Comemorando o que? O que tem para comemorar? - Perguntei afobada, cruzando os braços. -

- Ei, não se altere tanto. - Pediu, sorrindo de lado. - As vitórias precisam ser comemoradas, não quer me acompanhar?

Semi-cerrei os olhos, vendo seu sorriso sacana alargar enquanto ele inclinava o copo em minha direção.

- Quando está se drogando, você também comemora? - O encarei, recebendo o mesmo olhar diretamente em meus olhos. - Huh? Fiz uma pergunta.

O sorriso de Jungkook se desfez, o fazendo engolir em seco.

- Quem você pensa que é, garota? - Brandou, deixando de lado o copo vazio. - Não te devo explicações do que faço.

- Então é um sim? - Neguei, não surpreendida. -

- Você queria o que!? - Esbravejou sem forças. - A mãe de Jeon voltou, o pai dele revelou que tentou o matar e reforçou que o odiava, Jeon está cada vez mais forte e prestes a me tirar do comando! Isso tudo me enoja, eu me sinto perdido.

- Você não precisa agir assim, impulsivamente. Podemos achar uma solução juntos. - Encorajei, me aproximando. - Você não tem que ser egoísta com Jeon, podem facilmente compartilharem a luz, juntos.

- O viu uma única vez e já está o defendendo tanto? - Perguntou incrédulo, afastando-se um pouco. - Não é porque Jeon é a personalidade infantil deste corpo que signifique ser flor que se cheire.

- Ele não é só uma personalidade infantil, você sabe disso. - Contestei, firme. - Ambos são o mecanismo de defesa um do outro, não feche os olhos para isso.

- Eu nunca precisei do Jeon e nem nunca vou precisar, Anna. - Ele disse, rindo com nojo. - Ele é tão fraco e imaturo quanto o verdadeiro Jeon Jungkook era, me poupe...

- Como pode dizer isso... - Lamentei. -

- Para pra pensar um pouquinho, os dois foram tão fracos com aquele velho maldito que o subconsciente dele viu a necessidade de me criar! - Jungkook ergueu uma de suas sobrancelhas, enquanto falava. -

- Ele tinha 8 anos quando Jeon surgiu... Ele era uma criança.

- Ele era fraco!

- Não é culpa dele. - Eu disse, triste por vê-lo agir assim. - Você fala como o pai dele.

Jungkook apenas caminhou até a porta, a abrindo novamente.
Eu já sabia o que significava aquilo.

- Foi um erro você ter vindo. - Apertou com força a maçaneta, a girando involuntariamente. -

- Diferente de você, eu me preocupo e dói ver como você está. Mas você vê como eu estou? Não dói em você também? - Fraquejei pouco, andando devagar até o mesmo. - Porque assim como eu, você não se esforça por nós? Por esse relacionamento?

Jungkook continuou em silêncio, apenas olhando a própria mão que segurava a maçaneta.
Eu neguei, com os olhos úmidos.
Aquilo doía, muito.

- Eu queria poder conversar antes de tomar está decisão, mas será inútil se você permanecer em silêncio. - Suspirei, jogando os cabelos para trás. - Preciso de um espaço, tempo para refletir sobre nós, não será difícil para você já que prefere ficar sozinho, não é? Espero que tente refletir apenas em nós, em nosso relacionamento e no futuro dele, para podermos chegar a uma conclusão juntos.

No mesmo instante, assim que mais um passo foi dado por mim, Jungkook fechou rapidamente a porta, transmitido um eco alto, impedindo com que eu saísse dali.
Ele me olhou, unindo as sobrancelhas grossas e umidecendo os lábios com sua língua.

- Você quer terminar comigo!? - Perguntou alterado, um pouco nervoso. -

- Preciso de um tempo para pensar, mas se for o melhor para os dois, mesmo que doa em mim, eu o farei. - Afirmei com certeza daquilo, sentindo suas mãos me tocarem. - Jungkook?

Jungkook puxou-me pela cintura, fazendo com que ambos nós se afastassem da porta.
Ele me tinha em suas mãos, frente a frente de seu rosto. Seus olhos percorrendo pelo meu rosto, procurando algo.

- Me solta. Agora.

Jungkook sorriu torto, semi-cerrando os olhos. Afastou-me devagar e caminhou até o copo vazio, o enchendo novamente de whisky.
Ele me fitava enquanto bebia calmamente seu whisky.
Depois dos três primeiros goles, eu me pronunciei.

- Não quero atrapalhar a sua comemoração, apenas pense no que eu disse, sabe aonde me procurar caso queira conversar. - Levantei, caminhando até a porta. -

- Você não vai a lugar algum. - Ele se apressou em dizer, segurando firme o meu braço. -

- Está me machucando. - Tentei, mas ele apenas segurou o meu outro braço. - Jungkook, pare com isso!

- Você não vai me deixar! - Esbravejou, rangendo os dentes. - Não vai!

- Me solta, por favor. - Pedi, tentando manter a pouca calma que ainda restava em mim. -

- Você quer me abandonar igual eles fizeram? - Fraquejou pouco, incrédulo. Rapidamente neguei, arregalando os olhos. - Sim, sim! Você quer sim!

Temem um grande medo de perda.
Foi a única resposta que achei para tal comportamento.
O ego de Jungkook estava sendo atingindo, ele não podia sentir que estava sendo abandonado, desprezado ou comparado.

- Porque está confrontando o meu ego desta forma!? É o que Jeon precisa para voltar. - Alterou a voz, detestável. - O controle da luz não deve ficar nas mãos de um fraco como ele.

- Está me machucando! - Retornei a dizer, firme. -

Eu sentia a respiração quente de Jungkook sobre meu rosto, o olhar hipnotizado em mim.
Ele apertou-me, puxando-me mais para si. Caminhamos com dificuldade e contra minha vontade até o sofá, aonde ele me empurrou, engatinhando sobre meu corpo.

- O que vai fazer!? - Exclamei, tentando afastar-lo de mim. -

- Vamos matar a saudade. - Ele disse perverso, fazendo-me engolir em seco e paralisar naquele momento. - Você é minha namorada, é melhor que haja como tal!

Jungkook tinha a expressão de um verdadeiro psicopata, aquilo transmitia medo.

- Não, você não vai tocar em mim! - Alterei a voz, nervosa. - Você prometeu... - Fraquejei. -

Jungkook teria mesmo essa coragem?
Meu corpo tremia, eu sentia as mãos úmidas pelo nervosismo.
A forma como ele me olhava, parecia um verdadeiro caçador prendendo sua presa fácil.

- Promessas são uma tolice, ninguém nunca as cumpre na realidade. - Afirmou enojado, avistando-me me debater contra seus toques. - CHEGA, ANNA! BASTA!

Eu sentia as poucas lágrimas escorrerem pelo meu rosto, sentia meu corpo quente e agitado, ao mesmo tempo em que o sentia frio e paralisado.
Eu nunca senti tanto medo de Jungkook.

- Podemos fazer isso por bem ou podemos fazer por mal, eu lhe deixo escolher. - Ele disse, ousando dar um mero sorriso. - Você tem dez segundos.

- Eu não quero, Jungkook! Eu não quero! - Retornei a afirmar, um pouco chorosa. - Por favor, não faz isso.

- Não foi o que eu perguntei, Anna. - Negou, deslizando a mão livre por baixo de minha blusa, causando-me arrepios com o contato direto. -

- JUNGKOOK, NÃO ME TOCA! - Gritei, imediatamente sentindo ele tampar minha boca com uma das mãos. -

- É melhor você se calar, antes que eu mesma a cale, e infelizmente não será utilizando a minha boca desta vez. - Informou-me, tirando a mão de meus lábios devagar. - Vamos fazer ser bom para ambos, Huh? Você é minha namorada, certo?

- Você deve estar maluco, seu doente!

O único sentimento presente era o receio e raiva.
Raiva por Jungkook estar descontrolado.
Raiva por não ter escutado Namjoon.
Raiva por não saber como e porque ele chegou a esse ponto.
Receio por ainda o amar, mesmo que ele ultrapassasse todos os limites.
Jungkook não tinha limites, mas eu tenho os meus.

- Saiba que se fazer isso, eu vou odiar olhar para a sua cara! - Esbravejei, como nunca visto antes. - Eu vou lhe odiar como nunca, Jungkook! Eu juro.

Jungkook riu seco, posicionando-se melhor encima de mim. Mantendo-me imóvel, por estar segurando meus braços.

- Quer mesmo saber? Eu não me importo. - Esbravejou sorrindo, fazendo-me derramar mais lágrimas involuntárias. - O ódio é um sentimento tão intenso quanto o amor, pode me odiar se quiser, você será completamente retribuída!

Após isso eu não disse mais nada, logo sentindo seus lábios percorrerem por meu pescoço, sentindo mordidas dolorosas, sem o mínimo carinho.
Eu não me mexi, deixei que Jungkook trabalhasse sozinho, aliás, eu me via apenas como um objeto explorado por suas mãos.
Jungkook deslizou as mãos por todo o meu corpo, causando-me calafrios.
Ele tentava achar gatilhos, queria que eu também o tocasse, mas eu não conseguiria, apenas tremia o corpo em suas mãos.

- Eu quero que você também me toque! - Exigiu, rangendo os dentes. -

- Não, eu nunca mais vou lhe tocar, Jungkook! Nunca mais! - Confrontei. -

- Não estou pedindo nada que você já não tenha feito antes, Anna! - Rebateu. -

- Você não está pedindo, está exigindo! - Corrigi, sentindo meus braços serem liberados. Jungkook havia me soltado, mas ainda se mantinha encima de mim, sentado sobre minhas coxas. -

- Então vamos fazer do meu jeito! - Cessou o peso, puxando-me com força até as escadas. -

Mesmo que eu tentasse, era impossível se livrar dos braços de Jungkook. A força e forma como ele me segurava e/ou prendia era a indicada para que eu não conseguisse nem ao menos me mover direito.

Antes que ele subisse comigo, ouvimos a porta bater, um eco maior do que quando Jungkook a bateu antes.

Jungkook suspirou pesadamente antes de olhar por cima do ombro e ver quem era.
Era ele, era Taehyung.
O olhar do mesmo era afiado, ameaçador, carregado de ódio.
Mas Jungkook não tinha medo, ousou dar uma risada, ao se aproximar de Taehyung.

- Peça para seu amigo sair, antes que eu mesmo tire ele. - Exigiu, fixando o olhar no mesmo. -

- Finalmente você mostrou quem é de verdade, sua hipocrisia já estava me cansando. - Taehyung brandou enojado, avistando Jungkook se aproximar mais. -

- Quer ver o verdadeiro Jungkook!? - Soou provocante, ficando frente a frente dele. - Eu vou lhe mostrar quem ele é.

Foi em um piscar de olhos. Jungkook segurou a gola da blusa de Taehyung, o empurrando para trás, fazendo com que as costas do mesmo choca-se contra a parede.
Taehyung pareceu não sentir aquela dor, fechou ambas mãos em punhos e acertou em cheio o rosto de Jungkook, fazendo com que o mesmo desequilibra-se e caísse no chão.

- Eu nunca agredi ninguém em toda minha vida, mas você merece cada soco que vou lhe dar. - Garantiu raivoso, rangendo os dentes. Por um momento Jungkook tocou o próprio rosto, tossindo, cuspindo algo no chão, possivelmente sendo sangue. -

Taehyung não esperou mais para montar encima de Jungkook, o presenteando com mais dois socos fortes. O mesmo que já tinha a face manchada de sangue. Taehyung olhou ambas mãos, o sangue fresco do adversário dava-lhe ainda mais adrenalina, seu sangue fervia naquele momento, ele certamente não pararia por ali.
Jungkook não reagiria? Apenas tentava tirá-lo de cima de si enquanto se esquivava de seus socos.

Mas foi no momento, em que Taehyung desviou por míseros segundos os olhos de Jungkook, que ele o acertou um soco no estômago, fazendo com que Taehyung caísse ao seu lado, quase sem ar.
Naquele mesmo instante, era Jungkook quem comandava, era ele quem estava encima de Taehyung.

- SEU INFELIZ! - Berrou, dando-lhe um soco forte no rosto. - EU VOU ACABAR COM VOCÊ, KIM TAEHYUNG! EU JURO.

- JUNGKOOK, NÃO! - Gritei, totalmente em vão. - Namjoon, cadê você... - Murmurei aflita. -

Eu não serviria de nada ali, não conseguiria afastar-los e menos ainda controlar Jungkook.
Sem mencionar que eu poderia levar um soco.
Certamente aquela gritaria era ouvida por todo o prédio, e quando mais precisamos de alguém, ninguém nunca aparece.

Jungkook depositava toda sua raiva em Taehyung, o mesmo que já estava um pouco zonzo, mas não se deixava vencer facilmente.
Ele então segurou Taehyung pelo pescoço, o pondo de joelhos em sua frente. Ambos estavam cheios de hematomas em lugares distintos.

- EU VOU GARANTIR QUE VOCÊ VÁ PARA O HOSPITAL E NÃO VOLTE NUNCA MAIS! - Jungkook esgoelou, com a boca sangrando. Forçou o maxilar de Taehyung para cima, afim de fazer seus olhares se reencontrarem. - PRIMEIRO SERÁ VOCÊ E DEPOIS AQUELE VERME NOJENTO DO SENHOR JEON, OS DOIS ANDARAM DE MÃOS DADAS NO INFERNO! - Riu enjoando, sádico eu diria. -

Jungkook vendo que Taehyung não reagiria tão rapidamente, posicionou-se atrás dele, envolvendo seus músculos ao redor do pescoço do mesmo. Dando-lhe um mata-leão.
Um golpe fatal.

- Bons sonhos, Kim Taehyung!

Taehyung tentava, mas não resistiu por muito tempo. Seus olhos repousaram em mim, e eu os vi, fechando-se devagarinho.

Automaticamente sinto-me em estado de catalepsia, eu não consigo me mexer, e assim como um pássaro a beira da morte, meu coração bate devagar, minha respiração se torna quase inaudível, sem forças para puxar o ar de meu pulmão.
Meus olhos ficam embasados pela quantidade de lágrimas que ainda não permiti serem libertas, apenas ouço o barulho da porta novamente sendo aberta, passos apressados e alguma gritaria.

- JUNGKOOK! - Ouvi a voz familiar esbravejar, foi quando despertei do transe. - JUNGKOOK, CHEGA!

Pisquei fortemente, visando melhor a situação.
Namjoon e Jimin seguravam Jungkook que parecia cada vez mais descontrolado.
Seokjin estava ajoelhado no chão, avistando o estado atual de Taehyung.
Ele estava chocado com tanta violência e não era para menos, Taehyung estava mesmo muito machucado.
Eu apressadamente corri o pouco espaço que nos mantinha distantes, ajoelhando enfrente ao corpo de Taehyung.

- Tae! Tae, abre os olhos! - Pedi, chorosa. - Taehyung, por favor!

Ele não respondia, aquilo estava doendo tanto.
Eu não podia o perder, não desta forma tão cruel.

- A que ponto você chegou, Jungkook!? - Jimin esbravejou, o segurando forte por ele ainda estar se debatendo as vezes. - Você realmente não tem limite algum!

- Eu não acredito nisso... - Namjoon negou, entristecido. - Porque Jungkook, Porque!? - Exclamou, pouco alterado. -

- Namjoon, calma... - Jimin tentou. - Céus, como isso foi acontecer...

- Taehyung, por favor... - Acariciei seu rosto devagar, trêmula. -

- Eu não morri... - Fraquejou completamente. - Eu estava cochilando... - Riu fraco, gemendo de dor. -

- Taehyung... - Eu ri, chorando, mas feliz por ele estar respirando. - Não faça isso, pensei que lhe perderia para sempre. - Repreendi fraca, dando um singelo beijo em sua testa. -

- Ainda não... Ainda não... - Garantiu, tentando se levantar. -

Seokjin de imediato o ajudou, fazendo com que o mesmo se apoiasse quase completamente em si.

- Precisamos ir ao hospital. - Informei. Taehyung negou, rapidamente. -

- Nada de hospital. - Exigiu. -

- Vamos para minha casa então, precisamos cuidar desses ferimentos. - Passei as mãos em meu rosto, secando as lágrimas. - Eu prometo que não vou me separar de você.

- Eu sei... - Ele disse com dificuldade, tossindo logo em seguida. - Estou bem, tirando o fato de que seu namorado quase me matou, está tudo numa boa.

- É, é. - Seokjin interferiu. - Chega de emoções por hoje, vamos. - Caminhou devagar com Taehyung até a saída, virando-se apenas uma última vez para dar o recado. - Eu vou voltar para conversar contigo, Jungkook.

- Não tenho nada para conversar com você e nem com ninguém aqui. - Ele disse, o olhando por breves segundos. - Soltem logo os meus braços! - Pediu um pouco alterado. -

Sem exitar ou contradizer, Namjoon e Jimin atendeu o pedido.

- Você pode não ter, mas tenho certeza que seus ouvidos vão estourar hoje ou amanhã, todos iremos lhe repreender, pode esperar por isso. - Avisou, avistando o mesmo revirar os olhos contragosto. - Vamos, Taehyung. - Retornou a andar com o amigo, já fora daquela casa. -

Jungkook deu poucos passos, parando enfrente aonde havia acontecido aquela briga, minutos atrás.
Ele encarou o local, pensativo, talvez distante.

- Eu quero todos fora daqui. - Exigiu, sem vos olhar. - AGORA! - Gritou, assim que não viu nenhum movimento. -

Sem dizer nada, todos saíram.
Novamente Jungkook estava sozinho, sabe se lá pensando no que iria fazer.
Namjoon e Jimin estavam tão aflitos, pensativos, algo os incomodavam.

- No que pensam? - Perguntei, chamando o elevador. -

- Em Jungkook, no que ele fez e ainda vai ou poderá fazer. - Namjoon respondeu, preocupado. - Eu não acredito, porque ele piora cada vez mais? Não estava tudo bem? O que está acontecendo? - Fez muxoxo. - Ontem mesmo ele estava no colegial e tinha apenas dezoito anos. - Descontraiu, tentando amenizar a angústia. -

Jimin riu, fraco, sem jeito.

- Lembro-me de quando Jungkook socou a minha cara, eu tinha quinze anos e ele treze, foi quando descobri sobre os alter-egos e decidi me afastar. - Ele recordou, descontraindo enquanto discava o número de alguém em seu celular. -

- Pelo visto ele sempre foi assim... - Queixei, olhando algo aleatório. -

- É, não é fácil lidar com ele. - Jimin respondeu, ainda insistindo naquela ligação que nunca era atendida. -

- Para quem está ligando? - Perguntei-lhe, entrando com ambos no elevador. -

- Para um amigo, quero saber aonde compram essas porcarias. - Jimin respondeu, enojado. - As drogas. - Especificou. -

- Acha que ele irá atrás disso de novo? - Namjoon perguntou, claramente chateado. -

- Eu tenho certeza. - Afirmou contragosto, levando o celular até a orelha pela terceira vez. -

- Você e Seokjin, cuidem de Taehyung. - Namjoon pediu, apontando para mim. - Jimin e eu iremos seguir Jungkook.

Jimin concordou, acariciando o meu braço.

- Eu sinto muito por tudo isso. - Lamentou sincero. - Mas vamos resolver, não se preocupe. Nem que para isso tenhamos que internar o Jungkook, no final ele irá nos agradecer.

- Ou nos matar. - Namjoon disse, sério. -

Jimin engoliu em seco, percorrendo o olhar pelo chão.
Nem os próprios amigos confiavam nele, ninguém o reconhecia mais.

Assim que o elevador parou em meu andar, apenas eu saí. Namjoon e Jimin disseram que esperariam Jungkook no estacionamento ou no lado de fora do prédio.
Aquilo não era nem o começo, a noite ainda estava começando.

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A estrelinha!!⭐
Feliz 4K adiantado!!! Gracias por está aqui, isso é muito significativo.😢❤

Pediram para mim colocar uma caixinha de perguntas????? KKKKK bom, aqui está ela → 📩 se vocês quiserem perguntar algo, fiquem á vontade.

👼

Qualquer erro, avise-me.

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