No Mundo de Wanda Maximoff

By DaredevilosaPTBR

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Após uma sequência de eventos devastadores em sua vida, Wanda Maximoff, a Feiticeira Escarlate, supostamente... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19

Capítulo 6

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By DaredevilosaPTBR

Steve: Natasha?

Steve chamou assim que desceu para a sala de estar.

Natasha: Sim, Steve?

Respondeu Natasha que estava sentada em frente a TV, procurando algo para assistir e haviam apenas dois canais que pegavam de forma decente, apesar da imagem em preto e branco e ambos os canais só passavam séries de TV bem antigas com A Feiticeira e Lucy, Eu te amo.

Steve ficou em silêncio depois de chama-la, o que fez Natasha mover o olhar da TV para ele, ela ergueu as sobrancelhas como quem questiona o motivo de ter sido chamada.

S: Eu estou quase pronto.

Natasha olhou Steve da cabeça aos pés, ele estava usando um uniforme do exército todo em cor cáqui, um crachá metálico e retangular com o nome e sobrenome dele, preso ao bolso da camisa de botão.

N: Eu posso ver isso, querido.

Natasha comentou, sem entender o comentário de Steve sobre estar quase pronto, mas ainda assim, ela deu um pequeno sorriso para ele, depois voltou a alternar os canais de TV e acabou colocando no terceiro canal exibido, que nada mais era que um canal fora do ar.

Steve pigarreou propositalmente, querendo ainda a atenção de Natasha, o que ela considera um pouco irritante, ele poderia apenas dizer o que quer e não tentar fazê-la advinhar do que se trata.

N: Você precisa de algo, querido?

S: Sim... eu estou quase pronto, mas... falta fechar esses botões.

Steve indicou os primeiros botões da camisa, faltavem três a serem fechados apenas, aqueles mais próximos da gola.

N: Oh!

Natasha parecia confusa.

N: E...

Natasha queria saber o que faltava para ele fechar sua camisa.

N: Não consegue fechá-la você mesmo?

S: Eu consigo.

N: Ótimo!

Natasha sorriu mais e pegou o controle da TV novamente.

S: Mas... eu achei que minha esposa gostaria de ter a honra de fechá-la pra mim, já que é o meu primeiro dia, como soldado no exército de WestView.

N: Oh...

Então é isso. Natasha franziu a testa de leve.

N: O-kay...

Natasha sorriu e se levantou, ajeitando o vestido rodado e sua enorme anágua, ela se aproximou de Steve que corrigiu bem a postura e ergueu o rosto para permitir que Natasha fechasse os tais botões, ele parecia bem orgulhoso de estar naquele uniforme.

Enquanto Natasha fechava os botões, ela olhou para Steve.

N: Então... primeiro dia como soldado... está nervoso?

S: Sim, um pouco.

N: Não se preocupe, você vai se sair muito bem.

S: Como sabe disso?

N: Bem, você é um homem muito comprometido, corajoso, esforçado e está sempre buscando defender o mais fraco. Não são esses os ingredientes que compõem um soldado?

Steve sorriu.

S: E força.

N: Ah! Você é forte, meu amor. Definitivamente.

Natasha apertou os músculos do braço de Steve assim que terminou de fechar os botões.

N: Muito forte.

Steve sorriu.

N: Oh, falta o mais importante...

S: O que?

N: O chapéu! É claro!

Natasha pegou o chapéu da mão de Steve e o mesmo abaixou um pouco para permitir que Natasha colocasse o chapéu na cabeça dele.

N: Agora sim! Está pronto pra ir.

S: Certo... vamos apenas tomar café da manhã.

N: Vamos!

Steve e Natasha foram para a mesa de jantar e assim que Steve encostou na mesa, ele sentiu um pequeno lapso de memória.

S: Natasha? Você se sentou aqui?

N: Aqui aonde?

S: Na mesa.

N: Você quer dizer à mesa? Sim, querido, tantas vezes.

S: Não eu quis dizer sobre a mesa. Acho que estávamos os dois sobre ela.

Natasha riu baixo do comentário e achou a ideia um tanto estranha e absurda.

N: Eu não lembro de fazer isso, mas eu acho que não, afinal por que alguém iria subir em cima da mesa? Especialmente com o marido?

S: Sim, é estranho. Deixa pra lá.

Steve suspirou e em seguida se sentou à mesa e Natasha também se sentou.

Steve a olhou como se esperasse algo dela.

S: Querida?

N: Sim?

S: O café?

N: O café??

S: Sim... o café da manhã... você fez?

Natasha ficou confusa novamente.

N: Era pra eu ter feito?

S: Ham... sim... você é a mulher da casa.

N: E o que isso quer dizer?? Obviamente sou a mulher e você o homem.

S: Sim, mas nesse caso, você cuida da casa... faz o café da manhã, todas as refeições, a limpeza... você sabe, você é uma mulher.

N: Eu sei que sou mulher, Steve. Não precisa repetir.

S: Por que está ficando agressiva?

N: Não estou sendo agressiva.

S: Parece estar.

N: Mas não estou!

Natasha disse num tom mais sério e seco. Nitidamente agressiva agora, mas ela respirou fundo e falou com calma a seguir.

N: Eu apenas não entendo, se somos dois aqui, por que os dois não podem arrumar a casa e fazer a comida, igualmente...

Steve ergueu os ombros e fez negativo com a cabeça.

S: Eu não sei, eu não faço as regras. As coisas são como são.

N: E quem decidiu isso?

Steve ficou pensativo e não encontrou uma resposta imediata.

N: É mesmo uma regra? O que acontece se... nós não seguirmos a regra?

S: Eu não sei.

N: Seríamos presos??

S: Pelo que fazemos na nossa casa? Eu acho que não.

N: Hum...

S: Mas eu acho que é só porque eu, como homem, preciso e vou sair pra trabalhar fora e você vai ficar em casa, então por que não dedicar o seu tempo a alguma coisa, já que você não trabalha?

N: Eu não trabalho...

Natasha ficou pensativa.

S: Não, meu amor. Então é justo que eu trabalhe fora e você aqui. Certo?

N: Acho que sim.

Natasha parecia decepcionada e confusa, mais decepcionada do que confusa e Steve a percebeu.

S: Eu posso tomar café da manhã no quartel...

Steve sugeriu para ver se Natasha ficava mais feliz.

N: Não.

Natasha se levantou devagar.

N: Eu farei o café. Eu farei a minha parte, você já traz o dinheiro.

Natasha sorriu forçadamente em seguida.

N: É justo.

Natasha não sustentou o sorriso por muito tempo.

S: Mas você não parece feliz, querida.

N: Não se preocupe com isso, eu estou bem.

Natasha se preparou para se afastar da mesa e ir até a cozinha, mas Steve segurou a mão dela e isso a fez parar e olhar nos olhos dele, ele estava a olhando com um jeito bem compreensivo e com um pequeno sorriso nos lábios que transmitia muita calma.

S: Na nossa casa, se você quiser quebrar as regras, eu não serei contra, se isso a faria feliz.

Natasha encarou o olhar de Steve por alguns instantes e suspirou, ela não pode negar que está se sentindo um pouco mais calma e consolada agora.

N: Deixe-me pensar melhor sobre isso.

S: Okay.

N: Mas obrigada... por oferecer.

S: Eu só quero que seja feliz.

Natasha deu um pequeno sorriso e finalmente foi para a cozinha, aonde preparou café, torradas, ovos e bacon fritos.

Natasha trouxe o café da manhã para a mesa e também as louças para servir e ela se sentou a mesa e notou que Steve não moveu um músculo para por café na sua xícara, ele a estava encarando como quem esperasse que ela o servisse até mesmo nisso e por motivos que nem ela sabe porque, ela odiou isso, mas ainda assim, ela estava sorrindo e apoiou a mão sobre a mão de Steve que estava repousada sobre a mesa, ela o olhou bem no fundo dos olhos e apesar do sorriso, o olhar dela era o mais frio que Steve já sentiu em toda sua vida, isso o perturbou de imediato.

N: Você precisa que eu lhe sirva o café na xícara? Que-ri-do...?

Natasha disse o "querido" pausadamente e Steve automaticamente sentiu um frio percorrer a espinha, ele engoliu a seco e fez negativo com a cabeça.

S: Não, eu posso me servir, meu amor.

Natasha sorriu mais, mas o olhar permanecia o mesmo... frio. Ela soltou a mão de Steve e pegou o guardanapo de tecido, o sacudiu no ar para desdobrá-lo, sem deixar de olhar Steve e sem piscar, o que fez Steve começar a servir o próprio café e logo após terminar de encher sua xícara, ele colocou o bule na direção da xícara de Natasha.

S: Você me permite, meu amor?

N: É claro!

Natasha sorriu, um tanto satisfeita e Steve lhe serviu o café, depois ele adoçou o dele e viu Natasha tomar o café sem açúcar mesmo.

S: Não está um amargo?

N: Não, está perfeito desse jeito.

Steve sorriu, e depois de adoçar tomou dois goles de café, mordeu uma torrada e conferiu a hora no relógio.

S: Uau! Olha a hora... nem vi passar.

N: Você não está atrasado ainda.

S: Mas eu posso acabar ficando, é melhor eu me adiantar. Antes cedo, do que atrasado. Primeiro dia.

N: É importante causar uma boa impressão no primeiro dia.

S: Exato. Perdoe-me e com licença.

Natasha assentiu com a cabeça, recebeu um beijo de Steve bem na lateral da testa e o assistiu deixar a casa.

...

Depois de ficar sozinha em casa, Natasha terminou de tomar o café e comeu tudo que Steve deixou para trás, depois ela olhou para a TV e sentiu repulsa por aquele objeto, ela não quer assistir aquele tipo de entretenimento, não acha engraçado. Logo, Natasha sentiu que deveria preencher o seu tempo em casa da melhor forma possível, não tem inguém para conversar, o que ela acha ótimo por sinal, ficar sozinha faz bem a ela, porém mesmo quando sozinha, ela ainda precisa ter o que fazer e a primeira coisa que ela pensou foi lavar a louça do café da manhã e assim o fez e isso levou apenas 10 minutos, porém depois disso, Natasha já não sabia o que deveria fazer, ela olhou para a sala e se sentiu inquieta por não ter nada para fazer e seria assim o dia todo.

Natasha reparou no telefone e achou que telefonar para alguém, espeficiamente mulher e especificamente para alguma mulher casada, como ela, e que é claramente feliz no casamento, poderia ter umas dicas sobre como passar o tempo dentro de casa e se sentir feliz.

Natasha pensou em duas pessoas de imediato. Pepper Potts e Laura Barton e optou pela segunda opção pois se sentia mais confortável em falar com ela, já que é esposa de um dos melhores amigos dela.

Natasha se sentou na poltona ao lado da mesinha em que o telefone ficava, ela procurou o telefone dos Barton na lista telefônica e discou imediatamente, levou uns minutos até atenderem a chamada.

- Horta e granja dos Barton. Como posso ajudar?

N: Laura?

Laura: Natasha?!

N: Sim!

Laura: Querida! Como vai? Que bom ouvir sua voz!

Laura estava entusiasmada por falar com Natasha, que apenas deu um pequeno sorriso.

N: Estou bem e você?

Laura: Estou ótima!

N: Mesmo?

Laura: Sim! Por que?? Não pareço estar?

N: Ah, não, não é isso. Você parece sim estar ótima, está com uma ótima voz.

Laura: Sim, mas... a sua nem tanto assim... está tudo bem mesmo?

N: Está.

Laura: Como está o Steve?

N: Steve está bem, ele acabou de sair. Primeiro dia no exército.

L: Uau! Casada com um soldado! Que honra! Como você sse sente sendo esposa de um militar?

N: Eu... não sinto nada.

Natasha disse o que realmente sentia.

L: Oh!

N: Quer dizer, fico feliz por ele. Ele está bem feliz e isso é bom.

L: Mas me diga... por que me ligou?

N: Bem... eu não tenho muita certeza.

L: Como assim?

N: Quer dizer... eu queria saber o que você faz...

L: O que eu faço??

Laura estava confusa.

N: Sim! Na sua casa, quer dizer, aí na fazenda... o Clint trabalha ativamente aí, certo? Ele cultiva vegetais e legumes, vende leite de vaca e cabra...

L: Sim! Tudo do mais fresco e melhor! E agora ele caça... na floresta... com um arco e flecha que ele mesmo fez! Acredita?? Ele nos trouxe um delicioso coelho para o almoço.

N: Que excitante!

L: Sim! Lhe convidaria se não estivesse tão perto do horário e claro se Steve estivesse em casa.

N: Steve?

L: Sim, ele precisa autorizar ou vir junto.

N: Laura... e quando Barton está trabalhando, o que você faz?

Natasha decidiu mudar o rumo da conversa para o que realmente lhe interessa.

L: O que eu faço??

N: Sim... você fica em casa, certo?

L: Fico, mas eu também trabalho.

N: Trabalha??

L: Sim, com meu marido! Faço deliciosas geleias em compota com as frutas que ele colhe. Vocês comem dela.

N: Ah, sim, é verdade! São ótimas... então você trabalha... com o seu marido.

L: Sim.

Natasha suspirou.

L: O que está te incomodando, Natasha?

N: Não comente com ninguém, eu me senti estranha hoje por não trabalhar como você, como meu marido também.

L: Mas o normal é ser como você. Eu apenas me restrinjo a parte de cozinhar o que iremos vender e atender o telefone... as pessoas gostam mais da voz feminina.

N: Mas eu queria trabalhar também com o meu marido.

L: Como soldado?? Mulheres nas forças armadas? Que absurdo!

N: Não necessariamente como soldado.

L: Bem, eles aceitam enfermeiras. Você leva jeito pra isso?

N: Certamente não.

L: Então eu não sei o que você pode fazer.

N: Nem eu sei. Eu estou aqui olhando a minha casa e não sei o que fazer aqui para passar o dia.

L: Está entediada, tadinha... mas eu aposto que não tem louça para lavar.

N: Não. Já fiz isso.

L: E a cama? Está feita?

N: Não.

L: Então tem algo na lista. Já aspirou a casa??

N: Não. Eu não acho que a casa esteja suja.

L: Eu acho que você está tensa e tem coisas que eu faço que me ajuda muito quando estou tensa... uma dessas coisas é montar no Barton...

N: Montar??

Natasha estranhou a expressão.

L: Sim, querida. Isso me relaxa muito. Parece que você precisa fazer o mesmo. A outra coisa é jardinagem. Como estão suas flores?

Natasha olhou para o jardim da casa, pela janela e não haviam flores, apenas gramas.

N: Elas não existem.

L: Então melhor que plante algumas, isso traz vida para a casa e relaxa...

N: Eu posso fazer isso.

L: Faça! Eu apoio!

C: Amor, quem é?

Clint perguntou ao fundo.

L: Ah, é a Natasha, querido...

C: Mande um beijo pra ela.

N: Eu ouvi, está recebido!

L: Ela agradece.

C: Eu preciso de você lá em cima.

L: No nosso quarto?

C: Sim.

L: Para quê?

C: Eu digo quando chegarmos lá.

L: Uiii... mistério... eu gosto disso!

C: Você vai gostar do que tenho pra você também.

Laura voltou a atenção para Natasha.

L: Escute, Natasha, eu preciso ir, mas tente fazer o que falei. E se você quer trabalhar, não precisa ser no exército.

C: Natasha quer trabalhar???

L: Shhh!

Laura mandou Clint se calar.

L: Há boas profissões para mulheres ainda, contanto que seu marido aprove, está tudo bem... que mundo louco esse, não é? Seu marido tem que autorizar que trabalhe, que faça compras, que mude o cabelo...

Laura comentou.

C: Amor!!!

L: Preciso ir, ligue mais vezes! Adeus!

Laura encerrou a chamada e Natasha suspirou, ela odeia a ideia de ter que ter autorização para tudo, inclusive, quando ela foi até uma loja de floricultura, perguntaram se o marido dela estava ciente da compra e ela não quis responder a essa pergunta, então perguntaram como ela iria pagar e ela se deu conta de que não tinha dinheiro nenhum com ela ou em casa e lhe lembraram que ela podia colocar na conta do marido e ela teve que fazer isso e confirmar que tinha autorização.

- Você sabe escrever?

N: É claro que sei escrever!

- Então você pode assinar aqui.

Natasha assinou e saiu da loja, muito mais estressada com essas compras do que imaginava, ela retornou para casa e após pegar algumas ferramentas, foi até o jardim na frente da casa e começou a trabalhar no canteiro para plantar suas flores.

Laura Barton tinha razão, trabalhar na jardinagem da casa estava sendo prazeroso e muito melhor do que arrumar e limpar a casa.

Natasha estava cavando valas em toda extensão de sua cerca e além de sementes, ela também estava plantando pequenas mudas de arbustos baixos e alguns girassóis já crescidos.

Enquanto se distraía com sua nova atividade, Natasha percebeu alguém passar pela calçada na frente de sua casa, ela não queria olhar naquela direção, mas foi obrigada, porque a pessoa a chamou.

- Woo-hoo??

Natasha olhou para Agnes.

A: Natasha, querida, como vai?

N: Bem.

Natasha disse sem sorrisos.

A: Estou bem também! Obrigada por não perguntar. Você é uma mulher de poucas palavras. Steve deve achar isso um charme porque o Ralph vive me dizendo para calar a boca e deixa-lo em paz.

Agnes comentou com o bom humor de sempre.

A: Você parece bem ocupada aqui... eu amo jardinagem... precisa de ajuda?

N: Não.

Agnes ergueu as sobrancelhas.

N: Mas obrigada. Eu estou ocupando o meu tempo.

A: Ah, nem precisa dizer, querida. Sou mulher, te entendo. Inclusive, eu estou indo na casa da minha vizinha, Wanda... é o aniversário de casamento dela e do Visão e a pobrezinha está perdidinha sobre o que fazer, então estou levando reforços!

Agnes mostrou a caixa cheia de revistas e alguns objetos decorativos.

A: Faremos essa noite muito especial para o Visão. Por que não se junta a nós? Você pode dar dicas de sedução e de como manter seu marido atraído por você...

N: Estou muito ocupada aqui.

A: Certeza? Isso ocuparia o seu tempo...

N: Eu tenho tudo sob controle.

A: Queria ser como você. Até mais, amada!

Agnes acenou e finalmente foi para a casa de Wanda.

Natasha estava satisfeita por sua atividade ainda e trabalhou exaustivamente no canteiro novo porque queria tudo simetricamente alinhado e perfeito, gastara três horas fácil nessa atividade.

Quando Natasha estava finalizando por hoje esse lado do canteiro, ela estava colocando terra que tirou de volta nas valas que criou para fechá-las, ela ouviu passos do seu vizinho de porta, ele estava do lado do terreno dele, mas parou na cerca de divisa e olhou para Natasha.

- Você fez um bom trabalho.

Natasha olhou para o vizinho e geralmente seu instinto é de repulsa por quaisquer desconhecidos, mas os olhos do homem demonstravam melancolia, preocupação, ao mesmo tempo eram bem genuínos e gentis, não havia maldade nele.

N: Obrigada.

- Eu sempre quis ter um jardim melhor, porém o trabalho me impedia de cuidar dele, mas agora terei tempo de sobra para investir nisso, acho que farei como você depois.

Natasha analisou melhor o tom de voz dele, ainda era amigável mas também triste e agora ela entender porque, ele está segurando uma caixa com seu nome e seus pertences, claramente derrotado por ter sido mandado embora.

N: Eu lamento.

- Eu também. Não sei como contarei para a minha esposa, ela estava doida para trocar de carro para que pudéssemos viajar pra longe, o nosso está quebrado já tem mais de 2 meses. Ela vai ficar muito decepcionada por ter que ficar aqui.

Natasha não comentou nada, apenas demonstrou empatia ao ouvir.

- Meu nome é Jones, aliás.

N: Natasha.

- Olá, Natasha de...

N: Romanoff.

- Romanoff?? O seu marido é russo?

Novamente uma pergunta sem maldade nenhum, mas que causava incômodo em Natasha.

N: Não. Ele não é. Meu nome é Natasha Rogers.

- Ah, sim. Sra. Rogers.

Por parecer muito derrotado hoje, Natasha não se quis debater com a frase de Jones.

- Eu preciso ir e contar a novidade para a minha esposa, que eu perdi o emprego para o novato porque ela não fez um excelente jantar. Eu espero que ela não se sinta tão mal, ela se esforçou o máximo que pôde... mas o Sr. Hart é um homem difícil de agradar.

Jones justificou e Natasha fez positivo com a cabeça.

N: Boa sorte.

Jones acenou e depois se afastou para ir pra casa.

Enquanto Natasha terminava de fechar a vala, ela pôde ouvir os vizinhos discutindo sobre o emprego e a renda que perderam. A esposa parecia irada e chateada, perguntava sempre o que eles iriam fazer, o que iriam comer, como pagariam as contas, mas a reclamação principal era sobre a viagem que queria fazer, como se viagem pesasse mais do que ter o que comer.

Novamente Natasha se sentiu incomodada sobre o assunto de manhã que teve com Laura e com Steve na hora do café da manhã.

E se fosse ela e Steve no lugar de Jones e sua esposa? E se ele for rejeitado no exército e não tiver mais trabalho? Ela e a casa dependem única e exclusivamente dele e isso não parece seguro por maior que fosse a regra de mulheres cuidam da casa e os homens vão para a rua para prover.

Natasha passou boa parte do dia, apenas pensando nisso, até chegar na decisão que nada a faria mais feliz e segura agora do que trabalhar e possuir algum tipo de renda própria, para fazer compras quando quiser e sem pedir e para servir como opção 2 de sustento da casa.

Natasha não sabe como dirá isso a Steve, mas espera que ele concorde, pois, a mente dela já está feita e não vai voltar atrás.

Então, mais tarde, quando o dia já estava escurecendo, Steve chegou em casa e assim que abriu a porta e entrou na sala, se deparou com uma mesa de jantar muito bem posta, a sala estava a meia-luz e também haviam velas acesas, ele estranhou todo o capricho, mas ficou animado, ainda mais que pelo peru assado, parecia que eles iam receber visitas, tinha um verdadeiro banquete ali.

S: Querida?

N: Steve??

Natasha comentou da cozinha e saiu de lá, um tanto produzida e segurando uma garrafa de vinho.

N: Você está finalmente em casa!

S: Sentiu saudades?

N: O tempo todo.

Ela não setiu, mas fingiu bem com o sorriso espontâneo.

Natasha se aproximou de Steve e Steve ia lhe cumprimentar com um beijo no rosto, mas Natasha segurou o rosto dele com uma das mãos e o fez beijar a boca dela, num selinho demorado, mas um tanto convidativo, chegou a deixar Steve zonzo, ela observou isso e adorou o efeito que teve nele, ela tirou o chapéu da cabeça dele e olhou para o que ele carregava nas mãos.

N: O que é isso?

S: Isso.... é um escudo.

N: Um escudo?

S: Sim, houve uma competição para ter o direito de usar isso.

N: E você ganhou!

S: Sim.

N: Que incrível, temos que celebrar!

Steve apenas sorriu.

N: Por que você não vai lavar suas mãos e se juntar a mim depois?

S: Eu acho que devo tomar banho antes de chegarem aqui.

N: Quem chegaria?

S: Eu não sei... esse jantar é só parar nós dois?

N: Mas é claro que é.

S: Uau!

N: Você merece... soldado Rogers. Agora vai, eu também estou faminta.

S: Okay...

Steve precisava de outro selinho como aquele, então logo inclinou rosto e Natasha não hesitou em matar a vontade dele, lhe dando mais um selinho demorado e bem estalado.

S: Já volto.

Steve deixou o escudo encostado na parede e foi até o banheiro, enquanto isso Natasha serviu o prato de Steve, assim como vinho para ele e para ela, ela também colocou o prato de comida dela e quando Steve voltou para a mesa, ele parecia bem animado.

N: Está cansado?

S: Nem um pouco.

N: Para o primeiro dia, é impressionante.

S: Foi o que meu superior disse.

Steve olhou para a mesa de novo.

S: Isso está fantástico e cheira muito bem. Você preparou isso?

N: Eu servi. Ao menos ainda é um ponto positivo.

Steve sorriu e estendeu a mão para Natasha.

S: Devemos das as graças?

N: O que??

S: Rezar e agradecer pela comida.

N: Oh... nós não fizemos isso no café.

S: Devo ter esquecido.

N: Me desculpe, eu não tenho ideia de como fazer isso.

S: Sem problemas, eu faço...

Natasha deu a mão para Steve e ele agradeceu pela comida, pelo emprego e pela bela esposa.

S: Amém.

N: Amém...

Natasha se sentiu estranha e os dois começaram a jantar.

S: Como foi o seu dia? Eu vi que o jardim está diferente...

N: Sim, eu plantei algumas flores e sementes.

S: Eu acho que ficará muito bom. Boa ideia.

N: Obrigada.

S: Hum...

Steve estava mastigando e saboreando a comida, ele deu mais duas garfadas até conseguir parar pra falar.

S: Está delicioso.

N: Está.

Natasha ficou de olho em Steve e depois dele estar satisfeito o suficiente de tanto comer, ela decidiu que era hora de expor a ideia e decisão dela de trabalhar.

N: Steve?

Steve a olhou sem parar de comer.

N: Você sabia que o nosso vizinho, sr. Jones... perdeu o emprego hoje.

S: Poxa, não sabia! Sinto muito.

N: Pois é, ele estava bem abatido, por não saber como a esposa e ele irão sobreviver.

S: Imagino.

N: Então... eu estive pensando... que seria mais seguro se nós dois tivéssemos empregos. Assim, caso você seja mandado embora... nós ainda teríamos a minha renda.

Steve olhou para Natasha e fez negativo com a cabeça.

S: Amor... não, você não tem que se preocupar com isso, não serei mandado embora. E mesmo que eu morra, você receberá pensão.

N: Você não vai morrer.

S: Não hoje.

Steve sorriu e continuou comendo.

N: Ainda assim, Steve... se você fosse mandado embora... ou se machucasse ou algo do tipo...

S: Eu ainda iria prover pra você. Querida, eu sou um homem e sei meus deveres como tal. Nada lhe faltará. Você não precisa trabalhar ou se preocupar com dinheiro.

Natasha suspirou.

N: Acho que trabalhar é importante.

S: O que as pessoas iam pensar se eu deixasse minha mulher trabalhar??

N: Não dou a mínima para o que pensam. Eu quero trabalhar!

S: Natasha...

N: É sério!

S: Não.

N: Eu preciso ter minhas coisas! Pagar por elas!

S: E eu já não lhe dou o que precisa?

N: Mas às vezes, eu quero comprar algo novo.

S: Como o quê??? Um vestido??

Natasha apertou a faca na mão com toda a força e chegou a entortá-la, ela não sabe porque, mas acha que conseguiria acertar a jugular dele fácil de onde ela está.

N: Talvez.

S: Eu posso pagar um vestido pra você.

N: Mas e se eu quiser dois?

S: Por que precisaria de tantos vestidos?

N: Porque eu quero. Você não precisa pagar, eu posso pagar, com meu salário.

Steve riu baixo.

N: Eu não estou brincando.

S: Querida, você pode comprar dois vestidos, mas eu pagarei por isso. Basta dar meu nome nas lojas.

N: Para qualquer coisa que eu precisar??

S: Sim.

Steve deu de ombros.

N: E você vai pagar... com seu salário de soldado??

S: Eu estou aqui para prover.

N: E se eu disser que vou trabalhar assim mesmo?

S: Eu diria que não vai.

N: Você não é meu dono. Eu ainda iria mesmo assim!

Desafiou Natasha.

S: Eles me ligariam para saber o que acho e eu diria não.

Natasha semicerrou os olhos e respirou fundo e bem pesado. Que diabo de mundo é esse.

N: Então... eu acho que você devia pensar um pouco melhor sobre isso... eu estou dizendo que eu... quero... trabalhar. Sua resposta é...

Steve suspirou e finalmente parou de comer e largou os talheres na mesa, ele olhou para Natasha e ela estava de novo com aquele olhar frio e vazio, apenas esperando a resposta de Steve e que ela venha positiva.

S: Desculpe, meu amor, eu prefiro que não se esforce e fique em casa. Eu farei o possível para nada lhe faltar.

N: Então isso é um não...

S: É um não.

Natasha suspirou e em seguida fez positivo com a cabeça e sorriu.

N: Okay.

S: Okay??

N: Uhum.

Natasha expressou.

N: Termine seu jantar... Rogers.

Natasha completou ficando completamente séria de novo.

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