Toque. ~Drarry

By noahsfw

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O que você faria se soubesse que existem mesmo pessoas destinadas a serem suas para toda a eternidade? após... More

Um.
Dois.
Três.
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Sete.
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Dez.

Nove.

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By noahsfw

Abriu os olhos quando ouviu um barulho de algo caindo vindo de sua sala, Draco se assustou e olhou para o relógio que ficava ao lado de sua cama, eram 4:35 da manhã.
Se levantou apreensivo e foi até a sala com seus chinelos em mãos, se visse qualquer movimento suspeito atiraria o objeto na coisa que se mexesse.

— Harry? — perguntou observando Potter pegar o abajur que tinha derrubado no chão e colocar no lugar de volta. 

— Desculpa pelo abajur, foi sem querer. — disse baixo. — Aí, caralho! — resmungou de dor quando um chinelo foi lançado nele.

— Você sumiu, me deixou preocupado, me mandou uma mensagem se despedindo de mim apenas deduzindo que eu me forçaria a fazer qualquer coisa e agora aparece aqui dizendo apenas "Desculpa pelo abajur"? — jogou novamente o chinelo, logo em seguida duas almofadas e Harry resmungou.

— Calma, porra! — pediu e suspirou. — Eu não sabia o que fazer, ok? Eu só consegui pensar em fugir... Não queria passar por isso de novo.

— Como assim passar por isso de novo, Potter? Por que não conversa comigo, merda? — o coração dele estava acelerado, sua respiração estava ofegante e seu corpo parecia tomado pela emoção.

— Eu sei porque você pode me ver, Draco. Eu desconfiei disso desde o princípio, você é assustadoramente parecido com o Charlie, tem uma personalidade parecida com a dele, sentia saindo de você uma energia tão intensa quanto eu sentia dele. — a fala de Harry era triste, mas seu semblante parecia agoniado. — No início eu imaginei que me sentia tão necessitado de te ter por perto porque você parecia ele, mas quando te conheci eu percebi que vocês dois não tinham nada a ver.

Draco se sentia um lixo, Harry não o amava? Sua mãe estava errada? E se o amasse, seria por causa de Charlie?

— Eu não gostei de você por você ser parecido com ele, Draco. Eu gostei porque você é incrível. — Draco prendeu o ar enquanto ouvia o garoto. — Eu achei que era coisa da minha cabeça, mas quanto mais tempo nós passávamos juntos, mais eu te queria por perto. Eu passei a querer estar ao seu lado o tempo inteiro, passei a querer conversar com você, a querer te tocar e quando eu dei por mim, eu já estava apaixonado por você. Não por causa dele, não por causa do destino, não por você ser minha alma gêmea. Eu me apaixonei por você porque é impossível te conhecer sem se apaixonar. Seu jeito me encanta, seu sorriso me aquece e pensar que não posso te tocar me deixa maluco. E eu não queria passar por isso de novo. Eu só amei alguém desse jeito uma vez e além de não ter sido correspondido acabei enfeitiçado e culpado por sua morte. Só não queria amar sozinho de novo.

Harry não notou quando começou a chorar, ele sentia uma angústia enorme crescendo dentro de si, precisava muito colocar aquilo para fora ou sufocaria. Draco se aproximou do moreno, mas quando foi falar algo, notou uma coisa que não havia notado antes: Harry estava sangrando.

— Potter? O que é isso no seu ombro? — perguntou acendendo o abajur que o garoto havia derrubado minutos antes.

— Hm? Ah, eu tomei um tiro. — disse analisando o braço e desviando o olhar para Draco. — O que? — perguntou se referindo ao olhar arregalado do outro.

— "O que?" Como assim "o que", seu besta? Como isso aconteceu? — saiu de perto dele e foi até seu quarto. Harry o seguiu.

— Eu fui comprar cigarro, mas quando cheguei no local teve um assalto e levei um tiro de raspão. Geralmente isso se cura rápido, não leva mais que três horas, mas tô com isso sangrando desde meia noite. Acabei não aguentando a dor chata e precisei vir aqui... achei que talvez você pudesse me ajudar, já que é o único que consegue me ver. — falou se sentando na poltrona.

— Você é um idiota, eu disse que essa merda de cigarro ainda ia matar você. — voltou do banheiro com um kit com algumas gases, soro, anti-séptico, curativos e analgésicos. — Tira o casaco. — pediu colocando soro na gase. Harry fez o que ele lhe pediu e gemeu de dor quando a blusa passou por seu ombro. — Toma, coloca no machucado e limpa todo o sangue. — entregou a gase a ele sem que o tocasse.

— Obrigado. — agradeceu e começou a limpar o machucado, fazendo uma careta quando o líquido frio entrou em contato com sua pele.

— Quem disse a você que passaria por isso de novo?

— Hm? — franziu o cenho pegando outra gase embebida em anti-séptico e passando por seu machucado.

— Você falou que estava com medo de passar pela situação de não ser correspondido novamente. Quem disse que você passaria por isso de novo?

— Ninguém me disse, mas o universo não gosta muito de mim. Eu acho que fugir foi mais fácil do que ter que lidar com o fato de que estava apaixonado por alguém que eu sequer posso tocar. — colocou um curativo no machucado depois de ter limpado o mesmo, sentia seu braço latejar e apenas conseguia achar aquilo estranho, nunca havia ficado dolorido por tanto tempo. 

— Por que não dorme um pouco? Depois nós conversamos. — ofereceu e Harry resolveu aceitar, suspirou e se reencostou na poltrona para que pudesse dormir. — Na cama, Potter.

— Mas você vai dormir aonde?

— Na cama também.

— Comigo? — perguntou, nervoso.

— Sim, por que o nervosismo? Eu nem sequer posso te tocar, Potter.

— Eu acho que é por isso que estou nervoso. — confessou e Draco suspirou.

— Você quem sabe, mas o convite está de pé. — se deitou na cama, minutos depois Harry o acompanhou, ficando a uma distância considerável. 

Não demorou para que o moreno pegasse no sono, estava cansado e triste, o que contribuía para seu corpo pedir por descanso. Assim que Harry dormiu, Draco passou a pensar. Repassou cada fala dita pelo garoto ao seu lado em sua cabeça e a cada novo segundo se arrependia de não ter dito imediatamente que o amava de volta.

Ele havia ficado confuso, sabia que não era impossível ter sentimentos por Harry, mas não imaginava que eles existiam. Ou talvez soubesse e tentasse negar isso a si mesmo, seria loucura amar alguém que apenas ele podia ver, não seria?
Apoiou o cotovelo na cama e passou a observar Potter, mesmo dormindo ele ficava lindo! Desceu o olhar para seu ombro e sentiu seu peito apertar, o que teria feito se o tiro pegasse em seu coração?

Ele lembrava vagamente do moreno ter comentado que não conseguia morrer, mesmo que tentasse, mas as coisas seriam diferentes agora que ele estava amando alguém, não seriam? Se não fosse isso, por que não havia parado de sangrar como sempre parava?
Essas perguntas ficaram o assombrando por um longo tempo, tempo suficiente para que ele visse o sol nascer e a claridade invadir seu quarto, lhe tirando cedo da cama. Não estava nem um pouco afim de se levantar, mas seu sono já havia o abandonado.

Foi até a cozinha e resolveu preparar um café da manhã, tanto ele quanto Harry não comiam desde o dia anterior, então assim como ele, o garoto em sua cama provavelmente acordaria faminto.
Fez café, torradas, pegou cereal, frutas, geleia e tudo o que tinha em sua geladeira restante de suas compras e montou na mesa de jantar, queria agradar o outro de alguma forma. Era isso, ele estava pronto. Iria se declarar.

Ao terminar de arrumar a mesa foi tomar um banho e escovar os dentes, se fosse fazer isso, pelo menos faria direito. Viu o casaco furado de Harry em sua poltrona sujo de sangue e o pegou, era estranho o fato de conseguir tocar em suas roupas e nele não. Levou até a máquina de lavar que tinha em sua casa e colocou lá para que pudesse lavar junto de algumas outras roupas de Draco.
Quando terminou o banho olhou o horário, eram nove horas da manhã. Foi acordar Harry, mesmo que soubesse que ele havia dormido pouco o café esfriaria e ele poderia voltar a dormir depois que se declarasse.

— Potter, acorde. — experimentou chamar primeiro, mas quando não obteve sucesso jogou um travesseiro no garoto. Harry levantou assustado e gemeu de dor, colocando a mão no ombro.

— 'Tá ficando doido porra? — perguntou se recuperando.

— Você não acordou comigo te chamando, Potter. — disse risonho. — Você está bem?

— Estou, obrigado por me deixar dormir aqui. — agradeceu se levantando da cama.

— Eu fiz café. — acisou. — Por que não toma um banho e desce para comer comigo?

— Claro, me empresta um short?

— Uhum, pega o que precisar no armário. Vou te esperar lá na sala de jantar. — disse e Harry assentiu, Draco saiu para deixar o outro mais a vontade.

Harry estava levemente envergonhado, havia sonhado com Draco e as lembranças de ter dito que o amava o atingiram com força. Por que ele teve que dizer aquilo?

Tomou um banho morno, seu braço estava melhor, mas ainda latejava e ele não sabia dizer se o que doía mais era seu braço ou seu orgulho. Finalizou o banho e se secou, no fim vestiu apenas uma bermunda mesmo e foi até a sala de jantar.
Quando entrou na sala o azulado estava mexendo no celular, se sentou ao seu lado e observou a mesa, parecia uma delícia.

— Eu deveria ter feito o café enquanto você tomava banho, acabou esfriando. — disse desviando o olhar de seu celular e quase babou, era a primeira vez que via Harry sem camisa e sua vontade foi de se atracar ao moreno.

— Não tem problema, obrigado pelo café. — agradeceu começando a comer.

— Eu queria falar uma coisa que eu não consegui dizer ontem... — começou.

— Você não precisa fazer isso, Draco. Está tudo bem. — ele estava envergonhado, mas também estava triste.

— Você pode calar a boca e me escutar? — Harry suspirou e parou de comer para poder prestar atenção nele.

— Estou ouvindo, Malfoy.

— Eu te amo. — com o susto da frase acabou deixando a colher que estava usando para comer o cereal cair na mesa.

— Como? — achava que tinha ouvido errado, só podia ter ouvido errado.

— Eu tentei negar isso para mim mesmo antes, me recusava a acreditar que estava me apaixonando por alguém. Tive muitas decepções amorosas e aceitar o fato de que estava apaixonado novamente foi difícil para mim. Porém quando você sumiu ontem eu tive tanto medo de nunca mais ver você, tive medo de perder a única pessoa que eu faço questão que esteja do meu lado nesse momento. — Harry estava estático, aquilo estava mesmo acontecendo? — Não quero que pense que estou dizendo isso só porque ontem você também disse. Eu amo você, Harry Potter, te amo desde o dia que te vi roubando aquele chocolate e fumando no estacionamento. E eu quero namorar você.

— Você sabe que isso vai ser difícil, não sabe? — perguntou com algumas lágrimas nos olhos, seu coração estava acelerado.

— Eu não me importo, desde que eu tenha você. — disse e Harry sorriu, sentiu seu peito ser invadido pela alegria de ser correspondido. Estendeu a mão para Draco com um sorriso fraco, assim como na primeira vez queria alinhar a mão dele na sua, simulando um toque.

Mas quando Draco estendeu sua mão de volta e tentou alinhar com a dele, um toque ocorreu. Draco olhou rápido para Harry que observava as mãos deles juntas, seu sorriso sumiu. Aos poucos entrelaçou seus dedos nos do outro, seu folego estava acabando e sua visão ficou embaçada com as lágrimas que aumentaram.

Quando Harry levantou o olhar e percebeu que estava finalmente conseguindo tocar em alguém sem ter sua mão atravessada na pessoa, simplesmente se levantou, agarrando Draco em um abraço.

— Eu consigo te sentir. — sussurrou, não estava acreditando, depois de mais de 100 anos estava finalmente sentindo o calor humano novamente.

— Potter, cuidado com seu ombro. — disse retribuindo o abraço, nem ele estava acreditando naquilo. Desejou tanto tocar no moreno que agora que finalmente estava fazendo isso, tinha medo de o soltar e não conseguir mais tocar nele.

Mas ele não se importou com seu ombro, ele não se importou com nada, só queria sentir Draco e que se fodesse o resto.
As mãos de Harry foram parar no rosto de Draco, as mãos de Draco foram parar em sua cintura e o puxou para mais perto, queria fazer aquilo que desejou desde o primeiro dia que o viu.

Eles se beijaram. O ósculo era lento, intenso e muito, muito bom. Céus, Harry nunca havia sido beijado desse jeito — apesar de que "morreu" tendo beijado apenas uma pessoa em sua vida. — seu corpo respondia ao beijo e ao aperto em sua cintura com fervura, os toques em si eram simples, mas para ele era o suficiente para que não quisesse sair dos braços de Draco nunca mais.
Seus dedos foram de encontro aos fios desbotados e um leve puxão foi deixado ali, mesmo que Harry não soubesse, aquilo deixava o azulado em êxtase.

Deram alguns passos para trás até que o corpo de Harry se chocasse contra a parede, os beijos agora desciam para o pescoço do moreno que a cada novo segundo se sentia a beira da loucura, nunca havia sentido nada parecido em toda sua triste existência.
Quando as mãos de Draco desceram e foram de encontro a bunda de Harry batidas na porta foram ouvidas, deixando os dois assustados. Acabaram se separando e Malfoy cambaleou um pouco, respirando ofegante. 

Mais batidas foram disferidas na porta, Draco suspirou buscando auto controle e foi até a porta, abrindo e dando de cara com seus amigos.

— Finalmente, achei que não fosse abrir para a gente. — Pansy fez drama e entrou na casa sem que Draco nem conseguisse falar com ela.

— Oi, Pansy, sim eu estou bem, que bom que perguntou. — falou irônico e Blaise entrou logo em seguida, mas cumprimentando o amigo. — Aconteceu algo? Vocês vieram cedo. Marcamos algo e eu esqueci?

— Na verdade viemos te chamar para almoçar, estávamos precisando falar com você. — Blaise disse e Draco fechou a porta.

— Entendi, o que querem falar comigo?

— Eu vou direto ao assunto, você tem usado drogas? — Pansy perguntou cruzando os braços.

— O que?

— Você tem agido estranho já fazem semanas, sorri para o nada, fala sozinho e fica encarando o vazio. Ontem eu fui na lanchonete da tia Bárbara e ela me mostrou um vídeo da câmera de segurança onde você falava sozinho por horas! — Draco arregalou os olhos, como explicaria isso?

Como se por mágica Harry soubesse que estavam falando dele, o mesmo apareceu na sala. O curativo em seu braço voltou a sangrar com o esforço que havia feito nos beijos e por causa da pegação seu cabelo estava bagunçado e seu short levemente mais baixo que o recomendado.

— Não sabíamos que você tinha visita. — Blaise falou e Draco franziu o cenho. — Não vai nos apresentar?

— Como?

— Nos apresentar o bonitão sem camisa na sua casa, Draco. —nsy disse, já sabia o motivo da aparência bagunçada de seu amigo.

— Vocês conseguem ver ele? — perguntou, Harry não conseguia dizer nada, estavam mesmo enxergando ele? Ele havia voltado ao normal? Conseguia ser visto?

— Não somos cegos, Draco. Você tem mesmo usado drogas, não tem? Quais são? Onde arranjou? Por que não dividiu?

— Eu não 'tô usando droga, porra. — disse irritado. — Só estava bêbado no dia da gravação. E esse é Harry, um... amigo, eu acho? — perguntou olhando para Potter, Harry não aguentou a emoção e começou a chorar, era isso, finalmente havia sido liberto do feitiço infeliz que desgraçou sua vida.

— É um prazer conhecer você, Harry. Eu sou Blaise. — estendeu a mão para o moreno que havia se aproximado.
Harry retribuiu o gesto ainda atônito, se aquilo fosse um sonho ele torcia para nunca mais acordar.

— Por que você está chorando? — Pansy perguntou e Draco deu uma cotovelada nela. — Aí, merda.

— É por causa do tiro. — disse e mostrou o ombro com o curativo. Sua voz ainda estava rouca, como se fumasse mesmo a anos, mas ainda estava tão linda quanto ele.

— Você tomou um tiro? — perguntou espantada.

— Foi de raspão, nada demais. Vim para a casa do Draco ontem para ele me ajudar e acabei dormindo aqui, por isso estou sem camisa. Ele me emprestou o short.

— Bom, é um prazer te conhecer. Eu sou Pansy, aliás. — se apresentou.

— Draco me falou muito de vocês. — disse sorrindo, já recuperado do choro.

O azulado observava Harry bobo por poder interagir com seus amigos e sentia seu coração aquecido, ele não imaginou que aquilo realmente aconteceria, mas céus, como ele estava amando ver isso.

— Gostaria de ir almoçar com a gente? — Blaise convidou.

— Se o Draco não se importar e se vocês puderem esperar eu ir em casa trocar de roupa e trocar o curativo, eu ia adorar. — Harry sorriu gentil e o coração de Draco mais uma vez se derreteu, quantas vezes mais ele se apaixonaria por Harry Potter?

— É claro que ele não vai se importar e a gente espera sim, pode ir lá. — Pansy falou e Harry concordou.

Quando o garoto saiu da casa de Draco prometendo voltar arrumado, Pansy e Blaise dispararam perguntas.
Perguntas como: "onde vocês se conheceram?" "Por que não nos apresentou ele antes?" "Você gosta dele, não é?" "Estavam se pegando, certo?".

Ficaram também sabendo que Blaise havia transado com Rony e zuaram o amigo, mas os dois estavam felizes por ele, afinal, Blaise gostava de Rony desde sempre.
Draco resolveu trocar de roupa e guardou as coisas do café da manhã que mal haviam sido consumidas, Blaise e Pansy esperaram na sala e quando Harry finalmente voltou e entrou novamente na casa de Draco, ouviu Pansy gritar de algum cômodo do lugar.

— O que meu isqueiro está fazendo aqui?

Harry arregalou os olhos e sorriu sem graça para o nada, deveria ter devolvido o objeto quando teve a chance.

(...)

Eles quatro saíram para almoçar, conversaram sobre coisas aleatórias da vida, sobre pretensões para o futuro, sobre a comida que estavam consumindo e principalmente sobre a vida de Harry, que não soube explicar o que havia acontecido consigo, mas tentou deixar sua história o mais normal possível.

Blaise e Pansy adoraram o garoto, coisa que raramente acontecia com os meninos que Draco gostava, Harry também os adorou e ali nasceu uma amizade que ele nunca imaginou que aconteceria. Principalmente porque antes ninguém o conseguia ver.

Sentiu uma mão quente na sua por debaixo da mesa e soube na mesma hora que era de Malfoy, apertou levemente a mão do outro como resposta e sorriu bobo ao olhar para o garoto ao seu lado. Por Merlin, ele estava mesmo apaixonado. Que sensação deliciosamente dolorosa.

O almoço foi seguido por um passeio, acabaram indo ao shopping, levaram  Hermione, que foi apresentada como a mais nova amiga de Pansy, e Rony também. Sempre que ninguém olhava Draco roubava um selinho de Harry que não poderia estar mais feliz. Finalmente estava fazendo aquilo que ele sempre desejou desde antes de ser fantasma.

(...)

— Vossa alteza. — Narcisa se curvou levemente para Harry.

— Sabe que não precisa disso, não sabe? Não sou príncipe à mais de 100 anos. — disse sorrindo para sua sogra.

Seis meses haviam se passado e antes que começassem mesmo um relacionamento Draco e Harry enrolaram um pouco, tiveram mais encontros, se conheceram mais, se pegaram mais, se tocaram mais.
Narcisa sabia que aquilo evoluiria para um namoro, mesmo que Draco insistisse em dizer a sua mãe que não queria apressar as coisas. Sempre usando a desculpa "ele esperou 100 anos, pode esperar mais um pouco."

Mas no fim não resistiu, queria desesperadamente ter o moreno para si e apenas e unicamente para si. Sempre que pegava o menor lhe olhando bobo sentia que era incrivelmente sortudo por ele, dentre todas as outras pessoas do mundo, ser sua alma gêmea.

— É força do hábito. — Narcisa respondeu gentil. — Sabe, Harry, fico muito feliz que você namore Draco, ele tem estado tão mais alegre, até vem me visitar com mais frequência. Seus pais ficariam orgulhos de ver como você está contente agora. — ela já amava Harry como parte de sua família, não queria que o garoto se separasse de seu filho nunca mais.

— Você acha? — perguntou com algumas lágrimas nos olhos, sentia muita falta de seus pais. Apesar de estar extremamente feliz agora, queria muito poder compartilhar sua alegria com seus progenitores.

— Eu tenho certeza, querido. — fez um carinho no rosto de Harry igual costumava fazer no de Draco e sorriu para ele.

— Será que agora pode largar o meu namorado? Ele é meu, mãe. — Draco pediu de braços cruzados e tanto Harry quanto Narcisa riram, a sim, ele estava mesmo muito feliz.

Fim.

_____________________________________________
Ok, esse não é bem o fim, ainda vai ter mais um capítulo para mostrar como eles ficaram, mas sim, gente, essa história chegou ao fim! Eu tô muito boiola e um pouco triste, amei escrever cada palavra dessa fanfic e não quero me despedir ainda, mas tenho certeza que novas virão! Espero vocês no próximo capítulo, até mais!

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