Why? | DRARRY

By the_noemimutti

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[CONCLUÍDA, Drarry] Ele estava me traindo. Todas as saídas planejadas, as horas extras no trabalho, as roupas... More

01. I Have Questions For You
02. Number one: tell me who do you think you are?
03. Number two: why would you try and play me for a fool?
04. Number three: why weren't u who u swore that you would be?
06. I gave all of me
07. My blood, my sweat, my heart and my tears
08. Extra I
09. Extra II
10. Extra III

05. Why Don't you Care?

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By the_noemimutti

Draco Lucius Malfoy - P.O.V

Desde que eu me casei com Harry, tudo começou a ter sentido na minha vida.

Eu nunca tive a presença amorosa na minha vida que realmente se importava com as coisas que aconteciam à minha volta ou como eu lidava com os empecilhos que apareciam.

Claro que eu sempre tive minha mãe para me amparar, mas Narcisa não era de forma alguma, a imagem de mãe acolhedora e receptiva. Minha mãe tinha seu jeito próprio de demonstrar que se preocupava e nenhum deles era o suficiente para uma criança se sentir realmente amada.

Hoje, adulto, eu consigo entender a posição em que a mesma estava durante as épocas sombrias. Então, quando Harry apareceu naquele banheiro, me dando suporte e me ajudando a lidar com Voldemort, eu finalmente vi sentido em minha vida.

Era como se um grande quebra-cabeça estivesse se solucionando sozinho. Eu sempre o admirei e invejei, mas de perto, pela perspectiva de Potter, eu percebi que ele era tão quebrado quanto eu.

Foi de forma natural em que nos encaixamos e nunca lutamos contra essa gravidade que sempre nos puxava em direção ao outro.

Éramos como parte de um todo. E estávamos de bem com isso.

Meu coração batia por ele, assim como o dele por mim. Nossa conexão é tão profunda que apenas com um breve olhar entendemos a complexidade de nossos sentimentos e mesmo assim, isso nunca nos assustou.

Desde que eu me entreguei a Potter, eu nunca senti medo. Porque ele era como um porto-seguro. Uma estadia. A minha casa. De forma totalmente sincera, nunca mentimos um para o outro.

Até mais ou menos 1 ano atrás.

Meu pai era um homem totalmente sádico em que adorava me colocar como centro de tudo. A pressão de ser um Malfoy era tão exorbitante que ele literalmente me quebrou.

Ele acabou com a minha confiança, autoestima e coragem para que assim eu me tornasse um fantoche que faria todas as vontades de Lucius Malfoy.

Logicamente, Harry me ajudou a lidar com tudo isso e hoje sou um homem que não cai mais nas chantagens do próprio pai.

E ele percebeu que algo havia mudado...

1 ano e 15 dias atrás

Andava pelo beco diagonal a fim de ir comprar algumas coisas para o quarto de James. Harry já estava me enchendo o saco que não terminava a pintura do quarto.

Passei por uma banca de jornal e comprei como de costume um exemplar do Profeta Diário, assistindo um grupo de jovens indo animado comprar seus pertences de Hogwarts.

Sorri, nostálgico.

Segui para a lojinha e depois de comprar tudo, fui para o escritório. Eu sou um advogado muito renomado no mundo bruxo, e com isso, os piores casos ficavam comigo. Especialmente, um de Theodore Nott que estava sendo acusado de complô contra o Ministério.

Podiam se passar anos mas eles nunca irão esquecer o que nós fizemos. Nunca confiaram em nada a nós, ex-comensais da morte.

Sentei em minha mesa e abri o exemplar, lendo a notícia de que meu pai havia fugido de Azkaban. Tossi com o café que estava em mãos e respirei fundo.

Uma sensação ruim se apoderou de todas as fibras do meu ser e eu precisei de muita concentração para discernir a dor que estava sentindo.

Era forte. Muito forte.

— Draco — ordenou uma voz muito poderosa no meu cérebro e eu soltei um grito de dor.

Minha nuca queimava. Merlin. Estava quase enviando um patrono a Harry quando a voz continuou:

— Nem pense nisso. Venha até mim, Draco Lucius Malfoy — ordenou, novamente. Apenas alguém me chamava assim: meu pai. — Imediatamente.

E eu aparatei. Não entendia como, mas apenas não consegui resistir por causa da dor absurda.

Como um feitiço de cura, a agonia havia parado e eu caí aos pés do homem que me destruiu.

Meu pai estava com cortes feios no rosto, aparentemente cicatrizando, porém sua pose e feição aristocrática ainda estava ali. Irredutível, mais louca do que o comum.

Engoli em seco.

— Pai, o que faz aqui? Como eu vim parar aqui? — Disparei, passando as mãos pelo cabelo num gesto de nervosismo, mas sem desviar meus olhos do meu progenitor.

— Bom, como você não fez a decência de me visitar, eu vim te ver. Não foi muito difícil, você como sempre estava agarrado a prole dos Potter — respondeu, enojado.

— Harry está bem? — questionei, aturdido.

Ele poderia bancar o coitado que fosse perto de mim, entretanto, eu conhecia Lucius. Ele nunca ia embora sem levar nada.

— Logicamente. Não sou tolo de atacar o Eleito e principalmente pai dos meus netos — disse com frieza, sem nem um pingo de amor em suas falas.

— Eu juro que se...

— Pois bem. Não tenho muito tempo para conversar com você. Vou ser bem direto: deu de brincar de casinha com Potter. Você deve cumprir suas obrigações como um Malfoy e casar com alguém puro — disse categoricamente.

Soltei uma risada desgostosa.

— Estou pouco fodendo para minhas obrigações com essa família dissimulada. Por causa de você minha mãe está morta — bradei, totalmente desacreditado com a cara de pau dele.

Vi a sombra de uma vulnerabilidade aparecer em seus olhos. Meu pai podia ser tudo, mas amou minha mãe.

— O fim de sua mãe foi triste, é verdade, porém não podemos ser apegados ao passado. Nenhum Malfoy se casa com um mestiço.

— Que pena. Pois eu irei continuar casado com Potter e não há nada que você possa fazer sobre isso.

— Imaginei que diria isso — estreitou os olhos. — Desculpe-me, filho, só que isso não é negociável. Sanguinem Magicae.

Eu senti uma dor extremamente forte, a mesma de antes, fazendo meus olhos se encherem de lágrimas. Caí de joelhos e abafei um grito de dor. Meu cérebro iria explodir.

— Tem algo que eu nunca contei para você por achar desnecessário, contudo, já que o momento me força a usar, você irá saber — disse depois de retirar a maldição, sentando na poltrona confortável que estava atrás do mesmo. — Nós, Malfoy, até mesmo sua prole mestiça, somos ligados pela magia de sangue mais antiga que os próprios bruxos que fundaram Hogwarts.

— O que isso tem a ver com o meu casamento? — perguntei com a voz rouca por ter gritado e observei meu pai ficar irritado por ter sido interrompido.

— Ele te corrompeu mesmo — murmurou, enojado. — Continuando... Para não termos futuros desentendimentos com nossas responsabilidades com o sangue, foi criado um feitiço passado de gerações entre os patriarcas da família, onde podemos controlar nossos herdeiros para realizar nossas vontades.

Arregalei os olhos. Isso não podia ser verdade.

— Como pode perceber, nunca havia sido necessário o uso desse feitiço. Você não sabe como me sinto profundamente chateado por ter que ser logo em meu filho — disse sem um pingo de arrependimento. Ele parecia um louco. — Como nenhum primogênito Malfoy é uma menina, presumo que seu filho seja um menino.

Fiquei quieto, preferindo me abster e recolher o máximo de informações sobre o que ele dizia.

Contaria a Harry o mais rápido possível.

— Ainda que a ideia de um filho mestiço não me agrada, essa criança herdará os poderes de um Malfoy e de Potter juntamente. A criança do menino cujo foi marcado por Voldemort. Não pretendo matá-lo, apenas acelerar o processo — sorriu, demoníaco.

No mundo bruxo, em alguns casos onde a gestante morria, os medibruxos podiam acelerar o processo de gestação para salvar a criança. A gestante se dilacerava de dentro para fora, porém nunca foi um problema porque eram casos de morte da mãe.

Mas Harry estava vivo.

— Você não pode fazer isso. Mataria Harry — disse como se fosse óbvio e preferindo acreditar que não era isso que Lucius queria.

— É verdade, mas tudo por uma boa causa. Com seu filho, podemos reerguer o nome dos Malfoy e os poderes dele iremos reconstruir a ideia supremacista e nos vingar de todo Ministério — explicou, totalmente fora de si.

Eu jamais deixaria isso acontecer.

— Nunca que eu deixaria você tocar no meu marido — disse, taxativo. — Gostaria de saber como me pararia.

Lucius lançou os olhos frios sob mim.

— Eu não te mataria, Draco. Seu filho precisa da magia de um dos pais nos primeiros anos fora do útero, mas não pense que eu não machucaria você tanto ao ponto de te deixar louco — disse, transtornado, colocando a bengala nos meus cabelos e pondo atrás da orelha.

Eu por outro lado, não sentia medo, eu tinha Harry Potter e aquela conversa já havia me desgastado o suficiente.

— Amei o reencontro, pai, mas temo que nosso tempo acabou. Pretendo voltar ao meu marido para contar a Harry Potter que você acha que pode matá-lo — respondi, debochadamente e logo minha boca estava presa.

Não conseguia dizer mais nada que me lembrasse o plano ou o pensamento de contar algo a Harry me tornava confuso. Era como se eu tivesse sendo confundido apenas com o pensamento.

— Veja, eu sei bem que você é fraco para me parar sozinho e correria atrás de Potter, e,  algo muito legal nessa magia de sangue é que podemos controlar suas futuras ações — disse com um sorriso, enquanto dava voltas ao meu redor. — Você não conseguirá contar a Potter, e toda vez que tentar se sentirá perdido, e quanto mais perdido ficar, mais irá se esquecer de quem ele é para você.

— Você está subestimando nosso amor, Lucius. Posso não contar a Harry o que está acontecendo, porém consigo lidar com você sozinho — ameacei, com os olhos furiosos.

Ele havia ameaçado o meu marido. A minha família.

— Sabe o que é engraçado? Que para parar com a maldição de sangue, você precisa matar o patriarca da família — sorriu, diabólico. — E nós dois sabemos que você não tem coragem de matar.

Senti meu corpo começar a tremer. Eu não conseguiria matá-lo. De repente, me sentia como o garotinho que corria de medo do pai. Minha confiança quebrando-se aos poucos e dando lugar ao desespero conhecido que eu sentia quando estava perto dele.

— Você tem duas opções: obedecer e triunfamos juntos ou me mate e se torne tudo o que você sempre teve medo. Um assassino — murmurou com os lábios no meu ouvido, bem baixinho.

— Você é um monstro.

— É... e você tem exatamente 30 segundos para me parar, pois Harry se encontra no beco diagonal com a sangue-ruim Granger e eu lançarei o feitiço agora — alertou, arrumando suas roupas e mirando seus olhos maníacos em mim. — Qual vai ser papai: o filho ou o marido?

E aparatou. Só havia um lugar no qual Harry poderia estar agora e eu aparatei imediatamente na sorveteria conhecida por nós por ter a bomba de chocolate que Harry sentia desejo todos os dias.

Vi de longe meu marido se lambuzando com o sorvete e sorrindo feliz com o doce nas mãos. Sorri com a cena.

Merlin. Como eu o amava.

Observei de relance Lucius proferir o maldito feitiço:

Accelerant graviditate.

E eu assisti meu marido franzir o cenho. O feitiço demorava cerca de 10 segundos para se iniciar e eu sabia que precisava fazer a escolha agora: Harry ou James.

Et abortivum — sussurrei e vi meu marido cair no chão, com as roupas sujas de sangue.

Me deixei cair no chão.

— Desculpa, filho — murmurei sentindo as lágrimas descerem pelo meu rosto.

— Muito bem. Nos livramos do mestiço — disse Lucius, na minha mente. — Agora falta o pai.

Ele havia me manipulado para matar meu filho. Ele nunca pensaria em usar James sabendo que ele iria ser um mestiço.

— Foi tão fácil — sussurrou, parecendo que iria acabar com a minha mente com aquele tom gélido. — Você sempre foi fraco, Draco.

Dias atuais

— Eu quero o divórcio.

Aquelas palavras não saiam da minha mente. Ele não podia fazer isso.

Eu não tinha mais forças.

Não conseguia contar a ele e nem ao menos a alguém para contá-lo, pois eu sempre ficava confuso sobre o que em específico eu estava falando.

Parkinson era ótima com maldições desde o tempo da escola, então eu a procurei para me ajudar a achar outro jeito de me libertar dessa magia de sangue.

Ela sabia que tinha a ver com Lucius mas não exatamente o quê. Eu sabia que se pedisse a Harry, ele não iria me ajudar até saber em específico o que eu precisava de ajuda, assim como seus amigos.

Nesse momento eu precisava de um sonserino. E meses haviam se passado de eu procurando a noite toda em livros, pergaminhos e até mesmo em outros países como quebrar a maldita maldição.

Mas a resposta em todos era clara: eu precisava matar Lucius.

— Draco, você me ouviu? — perguntou Harry, irritado.

Fui trago ao momento atual e mirei meus olhos nos verdes do meu marido.

Eu não conseguia lidar com o fato de ele tentou se matar. Sabia que nossa conexão era forte, mas ao ponto de levá-lo a se matar me deu vontade de vomitar.

Quando Harry descobrisse que eu escolhi ele ao invés de James, terminaria comigo.

— Hazz, eu não te traí — afirmei, pela quinquagésima vez. — Não irei assinar nenhum divórcio.

— Você não irá me ter morando sabendo que ainda se encontra com a sua amante, Draco! — bradou, significativamente mais alterado.

Pensei em Lilian e eu não aguentaria a dor da perda de mais um filho.

— Eu te amo. Confie em mim — supliquei, com os olhos cheios de lágrimas — Um voto de confiança.

Vi os olhos verdes vacilarem. Ele havia, enfim, me olhado.

Ele sabia que eu não estava mentindo, porém se negava a aceitar.

— Eu preciso pensar um pouco. Vou ficar na casa dos Weasley por uns dias — disse depois de algum tempo.

Eu apenas me deixei cair na poltrona. Sem vida.

Precisava de Harry. Da força dele.

Observei meu marido se encaminhar para a lareira e ir embora, me deixando sentado na sala.

Subi as escadas a fim de tomar um banho e não sei exatamente o momento em que eu havia dormido, só sei que quando acordei tinha um patrono de Granger na minha frente.

— Harry foi sequestrado.





NOTAS DA AUTORA: Primeiro de TUDO: QUEM IMAGINAVA QUE ERA ISSO?

Primeiro POV de Draco para esclarecer tudo o que aconteceu pelo ponto de vista dele, gente.

E HARRY FINALMENTE OLHOU PARA DRACO.

O que vcs acham? As teorias estavam certas?

VEJO VCS NAS FIGURINHAS!!

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