Why? | DRARRY

By the_noemimutti

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[CONCLUÍDA, Drarry] Ele estava me traindo. Todas as saídas planejadas, as horas extras no trabalho, as roupas... More

01. I Have Questions For You
03. Number two: why would you try and play me for a fool?
04. Number three: why weren't u who u swore that you would be?
05. Why Don't you Care?
06. I gave all of me
07. My blood, my sweat, my heart and my tears
08. Extra I
09. Extra II
10. Extra III

02. Number one: tell me who do you think you are?

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By the_noemimutti

NOTAS DA AUTORA: Como prometido mais um cap hj hihihi

Lembrando que o nome dos cap são as perguntas que a Camila faz durante o videoclipe e que explica cada pergunta que o Harry faz para o Draquito.

Boa leitura, y'all.


HARRY TIAGO POTTER - P.O.V

Acordei sentindo algo molhado na minha bochecha, me fazendo cócegas e soltei uma risadinha.

— Bom dia — felicito a Potty que abanava o rabo animado para os lados — Hm, alguém acordou animado hoje.

Levantei da cama e me encaminhei para o banheiro, a fim de tomar um banho e descer para tomar café. Antigamente, Draco sempre fazia questão de tomar café comigo, mas agora parece que eu moro sozinho.

Eu só vejo ele de madrugada, por isso achei estranho ao chegar na cozinha encontrar meu marido no seu terno preto sentado corretamente na mesa com um exemplar do Profeta Diário em mãos.

— Bom dia, babe — digo e logo dou um selinho nos lábios, sentindo o gosto de tabaco e café.

Franzi o cenho. Draco havia parado de fumar há muito tempo quando decidimos montar uma família.

Era uma promessa que fizemos abaixo das estrelas. Era nosso voto perpétuo de casamento.

— Dia — murmurou mal-humorado como de costume.

Draco era intragável durante as manhãs. Desde sempre.

— Que gosto é esse na sua boca? — perguntei evidentemente abalado.

Ele fumou. Ele quebrou a promessa.

— Gosto de café, oras — desconversou e eu vi as bochechas ficarem vermelhas e os olhos olharem para um ponto fixo além de mim.

Outra mentira.

— Você fumou? — perguntei um pouco alterado.

— Não, Potter — disse, irritado. Eu detestava quando ele me chamava de Potter quando estava bravo.

Aquele tom me deixava desconfortável. Contei até 10 e fechei os olhos em busca de calma para lidar com toda aquela situação. Aparentemente ele havia enfiado toda consideração do nosso casamento para o ralo junto com a amante.

Andei rapidamente até ele e abri sua maleta. Vi Draco partir para cima de mim tentando tirar a maleta das minhas mãos, mas eu sou um auror, sou 10x mais ágil.

O pacote de cigarros estava no fundo da maleta.

Olhei para meu marido e vi as safiras carregadas de culpa.

— Hazz...

— Não, Draco. Só... vai embora — murmurei sentindo logo as lágrimas queimarem.

Eu estava tão cansado de chorar por ele.

Contrariando tudo o que meu marido de verdade faria, Draco simplesmente pegou a maleta e foi embora. Me deixando chorando. Aquele não era o homem com quem eu me casei.

No começo do nosso namoro, Draco tinha o costume de fumar bastante. Ele fumava tanto que sofria problemas para correr e ter uma vida de exercícios saudável. Uma vez ele parou no hospital quando teve uma crise de ansiedade e achou que iria morrer.

Ele prometeu largar o cigarro se em troca eu casasse com ele. E eu aceitei. Porque eu faria de tudo por aquele idiota.

Ver ele com o cigarro foi como uma traição e uma mensagem bem clara de que agora ele prefere o cigarro ao nosso casamento. Havia se arrependido.

Puxei meus cabelos com força e soltei um grito agoniado. Eu só queria que a dor parasse. Fui para o nosso bar pessoal e tirei uma garrafa de fire whisky e bebendo direto do gargalo.

— O que ela tem que eu não tenho, Potty? — questionei para o cachorro que estava me encarando.

Era meu dia de folga e ele sempre tirava comigo para passarmos juntos. Obviamente ele iria ficar com ela.

Andei até o espelho e me encarei. Eu era muito comum. Branco, corpo com alguns músculos por conta dos treinos de aurores mas a barriga um pouco flácida pela perda do bebê.

— Ela vai conseguir dar um herdeiro para ele, né? — perguntei ao cachorro que se esfregava nos meus pés tentando passar conforto. — Eu não consegui.

Não era novidade que homens pudessem engravidar no mundo bruxo. Não eram todos e a incidência era pequena, mas eu havia tirado a sorte grande. Draco sempre amou crianças.

— Você é uma decadência! Não conseguiu segurar o próprio marido e nem o próprio filho — xinguei o reflexo do menino triste no espelho.

Por que, Draco?

***

Observei o loiro alto sair do escritório de advocacia. Era o advogado mais lindo do mundo e eu antigamente tinha o costume de babar em cima da visão do meu marido de terno e aqueles cabelos loiros presos em um rabo de cavalo.

Andei até o mesmo com a capa da invisibilidade até o ponto de aparatação e segurei levemente em suas vestes, acompanhando-o.

Eu nunca fui do tipo de stalker ou fui atrás desse caso de Draco. Sempre achei que ele iria vir até mim e me contar o que estava acontecendo. Não queria ter que investigar como um marido louco.

Cheguei me sentindo meio tonto por ainda estar bêbado e odiar aparatar. Merlin, me dava muita vontade de vomitar.

Eu precisei encher minha cara de cachaça para conseguir enfrentar o que eu provavelmente iria ver.

Draco parou na frente de uma casa de hospedagem trouxa bem escondida. Ele realmente não queria ser rastreado.

Acompanhei seus passos até a recepção e meu coração afundou ao ver que a recepcionista o conhecia muito bem.

— Senhor Malfoy-Potter! — cumprimentou, feliz. — Ela já está esperando no mesmo quarto de sempre.

Ouvir aquilo era muito pior do que realmente suspeitar que ocorria algo. Ele estava mesmo me traindo e não era coisa da minha cabeça. Mordi os lábios fortemente para disfarçar o soluço e a crise de choro que estava por vir.

— Obrigada, Angela — sorriu com aquele sorrisinho torto que me desmontava inteiro.

Merlin. Eu iria vomitar.

Segui o mesmo para o andar que ele iria encontrar a amante e vi que era a cobertura. De repente tudo pareceu muito claustrofóbico e eu senti a necessidade de parar um pouco para respirar.

O corredor parecia a caminhada para o inferno, porque assim que visse ela eu não teria mais como negar que estava sendo corno. Draco deu dois toques na porta e ninguém mais que Pansy Parkinson, ex-namorada dele, abriu a porta.

Porra. Um soco na boca teria doído mais do que ver a cena dos dois se abraçando, felizes em se ver.

Como ele pode? Foram 4 anos! Eu já não aguentei mais me manter quieto e resolvi mostrar que estava presenciando a cena.

— Por quê? — perguntei alterado e jogando a capa de invisibilidade longe.

O quarto estava repleto de livros e os lençóis bagunçados. O cheiro que eu sempre sentia em suas roupas circundava o ambiente e dessa vez eu não consegui segurar as lágrimas.

Vi os dois arregalaram os olhos e se afastaram rapidamente. Draco parecia imóvel no mesmo lugar e eu desviei meus olhos para Parkinson.

— O que eu fiz? — questionei com um tom quebrado. — Eu juro que eu não sei, Draco... Eu fui um péssimo marido?

— Não, amor, por Merlin — Andou em passos rápidos até mim e tentou tocar meu braço.

Me afastei e o encarei com nojo.

— NÃO TOCA EM MIM — gritei e as janelas estouraram em um lampejo de magia descontrolada.

Os móveis tremiam assim como minhas mãos e eu não conseguia controlar minha magia. Eu estava profundamente machucado.

— Babe...

— Não me chame assim, Draco Malfoy! Você perdeu esse direito quando começou a me trair com ela. Então era aqui seu "clube" com Blaise? As fugas eram para trepar com a Parkinson? — Eu estava transtornado.

Ouvi outro vaso quebrando e a televisão pender para o lado. Eu não estava nem aí. Queria quebrar tudo.

— Hazz, não é o que você está pensando. Eu nunca faria isso com você! Amor, olha para mim. Por favor — suplicava e os olhos azuis estavam inundados de lágrimas.

— Mentira! Como você pode? EU DESPERDICEI 4 ANOS DA MINHA VIDA, DRACO LUCIUS MALFOY — gritei e vi os olhos vacilarem depois do que eu disse, mas eu não dava a mínima. Já tive o bastante. — É por que eu não consegui, né?

— Conseguiu o quê? — perguntou confuso.

— Nosso filho. É porque eu não fui capaz de te dar um herdeiro — disse e soltei um soluço tão sentido que Parkinson deixou as lágrimas caírem também.

Que menina dissimulada.

— Harry Potter, nunca iria te trair, ainda mais por esse motivo — disse rudemente.

Cai no chão, segurando com força minha cabeça e sentindo as lágrimas caírem facilmente no meu rosto. Eu não acreditava em meia dúzia de palavras que saia da boca do meu marido.

— Harry, se acalma, ok? — pediu Parkinson e eu mirei minhas esmeraldas iradas para ela.

— Parabéns! Conseguiu ele para você — disse enojado. — Faça bom proveito.

Joguei a aliança no chão com raiva e peguei minha capa de invisibilidade.

— Não, por favor, olha para mim — pediu e eu mantive as costas viradas para ele. Já estava sendo difícil o bastante.

— Se não estava me traindo, o que é tudo isso então?

Vi a máscara de marido preocupado ruir e ele vacilar.

— Eu não... — disse perdido.

— Draco, não — disse Parkinson com a voz em tom de aviso.

Até ela sabia reconhecer quando a batalha estava perdida. Soltei uma risada dissimulada.

— Não me siga. Maldita hora que eu me casei com você! Eu nunca deveria ter te dito sim — proferi com toda mágoa que eu guardava.

— Não fala isso, por favor. Eu te amo — disse em um tom magoado.

Parecia que era para me irritar toda aquela atuação.

— Eu vou ficar com o cachorro e a casa. Você está livre! A partir de hoje você não tem mais um marido. Não me siga.

E mais uma vez contrariando tudo o que o homem que eu casei faria, ele ficou com ela.

E eu segui para nossa casa com nosso cachorro e nossas memórias.

A pergunta não saia da minha cabeça: por que, Draco?





NOTAS DA AUTORA: Qual o veredito de vcs: traiu ou não?? FAÇAM SUAS TEORIAS!

VEJO VCS NAS FIGURINHAS!!

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