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(...)
Allyson Parker
Tínhamos voltado de lua de mel ontem a noite, Scott me fez conhecer vários pontos turísticos.
Vou conseguir montar um portifólio de fotos só com as que ele tirou. Conhecemos o museu do Louvre, a catedral de Notre-Dame, o palácio de Versalhes e por fim a torre Eiffel.
Scott me disse que nunca tinha ido a Paris, foi a primeira vez para nós dois o que tornou tudo mais especial.
Eu estava indo buscar a minha filha. Hoje Alice iria embora conosco.
Eu estava ansiosa.
Será que ela ia gostar do quarto? Scott e eu escolhemos tudo a dedo, cuidando dos mínimos detalhes. Ele fez questão de reformar um cômodo inteiro só para ela.
Quando chegamos fomos informados que dona Sofia estava na direção então fomos até ela.
Batemos na porta e logo ela nos manda entrar.
- Chegaram cedo. - ela diz nos cumprimentando.
- Desculpe dona Sofia. É que não estávamos aguentando, estamos ansiosos para levar nossa filha. - Scott diz.
- Eu estava impaciente. - Admito.
- Eu imagino. - ela sorri ternamente - Vou buscá-la.
Enquanto dona Sofia foi buscar Alice, eu andava de um canto a outro na sala.
- Você precisa se acalmar amor. - Scott segura em meus braços fazendo com que eu pare no lugar.
- Estou ansiosa. Não consigo me acalmar. - Respondo.
Ele ri do meu desespero e me puxa para os seus braços e começa a afagar minhas costas.
Logo a porta é aberta e nossa garotinha passa por ela. Ela tinha uma mochila peque a nas costas e no braço direito um urso que eu sabia muito bem que seu pai tinha dado de presente muito antes de nós dois voltarmos a ficar juntos.
Sorrio assim que a vejo, ela faz o mesmo e corre para nós dois.
- Eu senti saudades. - ela diz.
- Nós sentimos mais ainda. - digo.
Nessa semana que se passou, falamos com ela várias vezes durante todos os dias. Prometemos que assim que o bebê estivesse um pouco maior, iríamos os cinco juntos. Porque é claro que eu levaria minha irmã se ela topasse.
- Está pronta para ir? - Scott pergunta.
Ela balança a cabeça várias vezes confirmando.
- Então vamos lá. - sorrio animada.
Nos despedimos de dona Sofia e logo Scott diria pelas ruas movimentadas. Alice tagarelava no banco de trás e nós duas conversávamos muito.
Vez ou outra eu pegava Scott sorrindo quando a via pelo espelho retrovisor do carro.
Logo chegamos em casa e Alice saltitava pela entrada da nossa casa.
- Sua casa é linda papai. - diz.
Scott segura em minha cintura com uma das mãos e se põe ao meu lado.
- Nossa casa, princesa. - ele a responde.
Entramos em casa e logo Susan apareceu.
- Olha se não é minha menina! - disse Susan pegando Alice de surpresa com o susto.
- Aí que susto - ela levou a mão em direção ao peito e gargalhou. - Você me assustou vovó!
Susan levantou as sobrancelhas, impactada.
- Alice... princesa, não acho que você devia me...
- Na verdade... - Scott a interrompe - fui eu que pedi para ela te chamar assim.
Ele se afasta e vai até ela, colocando a mão sobre seus ombros, ela o olhava sem entender.
- Acho que meus filhos vão precisar da presença de uma avó. Resolvi apresentar a eles a única mãe que eu conheci. - ele diz.
- Garoto! - ela fala com a voz embargada - Obrigada pelo carinho, meu filho.
Scott a abraça e beija o topo de sua testa. Esse momentos eram tão lindos, ver eles dois ali juntos.
Scott me disse que sempre sentiu falta de sua mãe e quando entendeu que Susan estava ali para cuidar dele e suprir um pouco dessa ausência, começou a vê-la com outros olhos.
Depois que Susan foi para a cozinha, subimos para mostrar o quarto da Alice.
Paramos em frente a porta ela ela sorriu animada quando viu a nuvem de madeira com corações pendurados onde continha o nome dela. Scott mandou fazer quando ainda estávamos em Paris.
- Que lindo! - ela exclamou.
- Que bom que gostou. Então, preparada? - pergunto segurando a maçaneta.
- Sim! Sim! Sim! - respondeu agitada.
Abri a porta e dei passagem para que ela entrasse.
Ela passou por mim e Scott ficou ao meu lado. Observamos atentamente a reação de Alice. Não posso negar que estava ansiosa.
- Gostou? - Scott estava tão ansioso quanto eu.
- É tão lindo. - vi seus olhinhos brilharem e sorri satisfeita.
A decoração era toda em rosa e branco. O quarto dela era digno de a princesa e fazia jus a dona dele.
Alice andou até a prateleira que ia do teto ao chão, cheia de brinquedos.
- É tudo meu? - ela nos olha em expectativa.
- Sim filha. - respondo.
Ela sorri e faz uma expressão pensativa por um momento.
- Mamãe? Acha que podemos levar alguns para o orfanato? Acho que não preciso de tantos assim. - disse.
Senti minha vista embaçar e logo a mão do Scott estava em minhas costas a afagando.
- Tão generosa quanto a mãe. - ele falou sorrindo.
Fui abraçar minha filha e concordei com ela, a elogiando por sua bondade.
(...)
- Isso está muito bom vovó! - Alice se deliciava com o prato a sua frente.
Susan não parava de sorrir.
- Que bom que gostou. Vai ser ótimo ter você para provar minhas experiências - disse ela levando mais uma garfada a boca.
Alice a olhou confusa.
- O que é isso? - perguntou com o cenho franzido.
- Susan adora inventar novas sobremesas filha. - digo.
- Até agora não experimentei uma que não tivesse ficado maravilhosa. - Scott fala.
- Que delícia! - diz Alice passando a língua nos lábios nos fazendo gargalhar.
(...)
Hoje a noite iríamos ter um jantar aqui em casa. Era a forma de apresentar devidamente todos para Alice, agora como uma família.
- Qual deless? - pergunto apontando dois vestidos para ela.
Ela leva a mão ao queixo analisando os dois mentalmente, seu rosto está sério como se isso fosse a coisa mais importante do mundo.
Isso me faz lembrar do pai dela atrás de uma mesa de mármore revendo relatórios. Eles tinham a mesma expressão.
Por fim ela abre um sorriso e responde:
- O rosa. - diz e eu concordo.
Terminei de arrumá-la e ela desceu para encontrar Susan. Fui para o meu quarto e vi Scott já pronto.
Ele estava de costas mexendo no celular.
Caminhei até ele e o abracei por trás com um pouco de dificuldade graças a barriga. Colei minha testa em suas costas e sussurro:
- O que está fazendo?
Ele me olha por cima dos ombros para baixo, Scott era bem maior do que eu.
- Vendo umas fotos.
Ele inclina o celular na minha direção e vejo ser a foto que tiramos em frente ao museu do Louvre.
Sorrio. Foi um dos dias mais felizes da minha vida.
- Eu amo essa foto. - digo.
- É mesmo? - ele pega meu celular que estava na cômoda e desbloqueia. Em seguida vira o aparelho para mim. - Se você não falasse, eu nem iria saber.
Acabo deixando uma gargalhada escapar.
Scott se refere a minha foto de plano de fundo que é a mesma que estava em seu celular a poucos minutos atrás.
- É uma foto bonita. - passo meus braços por seu pescoço e lhe dou um beijo suave.
- Tenho que concordar, afinal, você está nela. - diz e me dá vários beijos pelo meu rosto.
Depois de um tempo ele desce para esperar todos lá embaixo e eu fico para me arrumar.
Tomo um banho relaxante e logo saio indo até o closet que agora ocupava minha coisas.
Pego um macacão e o visto, ele é preto e tem listras brancas e pretas no busto o que ajuda a realçar ainda mais os meus seios que estão bem maiores.
Coloco o meu colar, um par de brincos pequenos, faço uma maquiagem simples e estou pronta.
Desço e vejo que Alex e Kate já estão aqui.
- Você não vai levar minha filha para uma festa sua! - Scott fala e percebo o pânico em sua voz.
- O que? Por que? - pergunta Kate incrédula.
Scott ri debochado.
- Ela não tem idade. É simples.
- De que tipo de festa estão falando? - pergunto entrando na sala.
- Mamãe, finalmente apareceu! - Alice me abraça.
- Culpa do seu irmão, é difícil achar algo pra vestir.
Ela sorri e beija minha barriga enquanto eu afago o topo de sua cabeça.
Olha para frente e Scott fumina Kate com o olhar enquanto ela tem uma expressão debochada no rosto. Alex está se controlando pra não rir.
- Como vocês estão, barrigudinha? - ele pergunta.
- Muito bem. - dou um beijo em sua bochecha e me sento ao lado do meu marido me virando para ele, logo Alice senta do meu lado - E então, que festa é essa?
Um sorriso convencido brota em seus lábios.
- Kate quer levar nossa filha para uma festa na piscina onde vai ter varias pessoas mais velhas.
A olho sem acreditar.
- Você quer levar minha filha para esse tipo de festa? - pergunto.
Ela assente.
- Vai ser maravilhoso! Angel também vai. Estou tentando arrumar outro cara para ela já que o Gustavo não presta.
Alex que antes sorria, fecha a cara. Olho meu marido e percebo que não foi só eu que vi isso.
Antes que eu possa responder a campainha toca.
Faço menção de levantar mas sou impedida por Scott.
- Deixa que eu atendo.
Assinto e ele sai da sala.
Alice engata uma conversa com a sua madrinha e eu olho atentamente para Alex. Quando cheguei aqui ele estava relaxado mas foi só tocar no nome de Angel que ele ficou tenso.
Ele me pega o olhando e arqueia uma sobrancelha.
- O que eu fiz? - pergunta.
- Nada. - digo. - Vamos conversar depois!
Ele engole em seco.
O que será que aconteceu pra ele reagir assim?
Jacob e Angel aparecem na sala.
- Boa noite. - eles dizem e nós os cumprimentamos.
Me levanto para dar um abraço em cada um e Kate faz o mesmo.
Alex vai até Jake e dá um aperto de mão seguido por um tapinha nas costas. Quando ele vai falar com Angel, ela acaba virando as costas. Ele se afasta e se joga no sofá.
Observo a cena com o cenho franzido.
Preciso saber o que está acontecendo.
(...)
Depois de jantarmos, começamos a conversar coisas banais. Todos adoraram a Alice, embora já tivessem a conhecido, nunca foi algo tão íntimo assim.
- Então Angel, porque Gustavo não veio? - Kate pergunta.
Todos ficamos em silêncio esperando uma resposta.
Por mais que não goste dele, jamais impediria minha irmã de trazê-lo. Se eles estavam juntos não era justo impedir a presença dele aqui, isso a magoaria.
- Ele tinha outro compromisso. - responde cabisbaixa.
Kate a olha com as sobrancelhas levantadas.
- No sábado a noite?
- Uhum. - ela murmura.
É claro que isso é alguma mentira dele, eu tento abrir os olhos da minha irmã. Está claro que Gustavo mente para ela mas ela não acredita nisso.
Ele a convence tão bem que até cego acaba acreditando que enxerga se ele quiser.
- Vocês voltaram de vez? - Kate continua.
Antes que ela possa responder, a cadeira ao lado de Jake é arrastada no piso.
- Que susto Alex! - fala Glória e Susan ri da cara dela.
- Me perdoem. Preciso fazer uma ligação. - diz.
- Agora? - Scott fala cruzando os braços.
Ele assente.
- E para quem seria a essa hora? - Scott pergunta desconfiado.
Um sorriso malicioso brota nos lábios dele.
- Ivy. - responde.
Scott arregala os olhos. - Aquela Ivy?
Já chega, minha curiosidade não aguenta mais!
- Quem é Ivy? - pergunto um pouco alto demais.
Alex sorri se afastando. - Pergunte ao seu marido, barrigudinha.
Me viro para Scott e ele dá um sorriso sem graça, pelo seu olhar entendo que não quer falar nesse momento então me vivo para minha companheira fiel.
Olho para Glória com olhos suplicantes.
Ela sorri e coloca a mão no rosto como se ninguém fosse ver o que ela está dizendo e sussurra:
- É a foda fixa dele.
Ah meu Deus!
Viro para o lado e vejo minha filha bem concentrada no cheesecake a sua frente.
Menos mal.
- Com licença. - peço e em seguida saio por onde Alex se foi.
O encontro com um sorriso nos lábios e o telefone no ouvido. Depois de se despedir com um "até daqui a pouco" ele desliga.
- Algum problema, barrigudinha?
- Sim, você. - respondo.
- Eu? - pergunta incrédulo.
Assinto.
- Eu não fiz nada! - se defende.
Bufo irritada.
- O que aconteceu com você e Angel? - pergunto e ele abre a boca pra falar mas levanto um dedo o impedindo - acho bom você fizeram verdade, não é seguro irritar uma grávida.
Seu sorriso morre nós lábios, dando lugar a uma face apavorada.
-Ok. - ele pensa um pouco. - Lembra do seu casamento?
Arqueio a sobrancelha com o olho com deboche.
- Não. - respondo cínica.
Ele revira os olhos.
- Tá, desculpa. Foi uma pergunta idiota. - concordo - No dia do seu casamento Angel brigou com Gustavo. Nós ficamos conversando no jardim e bem, eu acabei a beijando.
Acho que ouvi errado.
- O que? - talvez eu tenha fritado um pouquinho.
- Sim, eu a beijei. E o pior de tudo barrigudinha, é que eu gostei pra caralho.
Ele bagunça os cabelos parecendo nervoso.
- E o que há de errado nisso? - pergunto.
Ele abaixa a cabeça e encara o chão.
- Logo depois vocês foram embora e eu iria conversar com ela, mas aí o Gustavo apareceu e eu vi quando ele a pedia desculpas e ela o abraçava parecendo aceitar.
Que merda hein Angel.
- Não a vi desde aquele dia. - diz. - Quando fui falar com ela hoje, eu sei que você com os bons olhos que tem, viu que ela me ignorou.
Confirmo com a cabeça.
- Então Ally, foi isso. Eu gostei de um beijo de uma pessoa que é comprometida. Olha que grande merda.
O olho confusa.
- Defina gostar. - peço.
Ele bufa.
- Eu não sei, só... só foi bom, entende?
- Sim.
- Eu preciso esquecer isso! - diz.
- E você acha que fugir vai mesmo adiantar? - pergunto cheia de esperanças.
Ele ri.
- Olha cunhadinha, eu estava a um tempo sem ninguém. Talvez tenha sido carência. - ele justifica.
- Ou não. - respondo em desafio.
Ele revira os olhos.
- Eu só preciso foder um pouco. - Alex é totalmente sem filtro.
- E Ivy é a solução. - concluo.
- Com certeza. - ele diz sorrindo ladino.
Bato em seu ombro.
- Não se pode fugir dos sentimentos, Alex.
Ele suspira.
- Nem todos são destinados a serem felizes Ally. Sentimentos também magoam - ele diz com a voz entrecortada. - Falo por experiência.
Ele beija minha testa e sai pela porta.
O que será que aconteceu no passado dele?
(...)
Ficaram curiosas? Uma pena porque esse assunto só vai ser falado no livro dele hahaha
Gostaram do capítulo? Deixem a opinião de vocês 💕
Não se esqueçam da estrelinha, por favor ♥️
Vou tentar publicar a sinopse do livro 2 ainda essa semana.
Beijão nenas, até ao próximo capítulo 😘♥️