I'll be there: uma segunda ch...

By jakesumoon

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O que aconteceria se Lee Rang recebesse uma segunda chance? Por conta de um bug no sistema no Escritório de I... More

Dedicatória
Prólogo
1. O apelo de Yeon
2. A nova vida de Rang
3. O acordo
4. Da água para o vinho
5. Eu sei do que estou falando
6. Nem tão bem quanto parece
7. No meu rosto bonito, não.
9. Brincando com fogo
10. Certezas e Incertezas
11. Um dia bom para recordar
12. Ligando os pontos
13. A rush, a glance, a touch, a dance.
14. A verdade dói
15. Prazo de Validade
17. Tic- Tac
18. Love already bloomed in my heart. (PARTE 01)
18. Love already bloomed in my heart. (PARTE 02)
19. Brothers Reunited
20. Fique comigo (PARTE 01)
20. Fique comigo (PARTE 02)
21. A pequena grande Mi-rae
22. Of course, I laugh
23. A intrusa
24. Agindo como uma raposa.
25. Moonchild Ballad
26. Eu sou melhor que ele.
27. Sad Fate
28.Parting at the River of Three Crossings
29. I'll be there
30. Atos e consequências
31. Tudo tem um preço
32. É tudo culpa do Rang
32. Dias Dourados
33. That was everthing for me
Epílogo
I'll be there em "UM CONTO DE NATAL"
Um conto de Natal- Parte 1: Com amor
Um conto de Natal - Parte 2: O Karma
Um conto de Natal - Parte 3: Meu caro amigo secreto
Um conto de Natal: Epílogo

16. Apenas sentimentos humanos

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By jakesumoon

A jovem havia demorado muito para conseguir pegar no sono, e mesmo quando ele veio, não foi um sono tranquilo, teve diversos sonhos que beiravam a pesadelos, e ao abrir os olhos se sentia além de angustiada, bem cansada. Olhou para a foto na cabeceira da sua cama, era uma lembrança dela com Jihoon num passeio que fizeram para ver as cerejeiras na primavera. Yu-na era filha única, e se sentir sozinha era um hábito que levava consigo desde pequena, no entanto, desde que conhecera Jihoon no ensino médio, ele foi o seu companheiro de aventuras, seu parceiro de estudos, seu confidente... até chegar a faculdade e se darem conta de que gostavam um do outro como homem e mulher. Pensar nisso a fez lembrar que foi ele quem a ajudou a superar muitas coisas nos sentidos mais diversos da sua vida, um grande exemplo disso foi quando Jihoon a apoiou a contar para os pais que não queria seguir na área médica, como todos da família, e sim uma promotora; o rapaz estava lá ao seu lado, e sem ele com certeza tudo teria saído um desastre. Yu-na sempre foi uma tempestade, já ele era a calmaria, então sempre conseguia resolver as coisas pacificamente.

Jihoon costumava dizer que pelo fato dela ser filha única, os pais dela não deixaram que ela experimentasse muita coisa da vida e a protegiam em excesso, assim, sempre que dava, ele organizava detalhadamente uma viagem para que ela pudesse experimentar coisas. Yu-na achava interessante, porque Jihoon também era filho único, no entanto, sempre foi muito independente e resolvia suas coisas sozinho desde muito cedo. A verdade era que ela gostava de saber que ele estava sempre por perto e o fato dele quase ter morrido por causa dela a fazia se sentir uma hipócrita, como se não tivesse o direito de se sentir assim. Hoje ela tinha certeza que se pudesse voltar no tempo, nada daquele dia do jantar teria acontecido.

Desde o acidente, ela costumava sempre checar como ele estava, grande parte do motivo era por culpa, mas Yu-na também se importava verdadeiramente, desde que o namorado voltou a vida, ela notou que ele não era de silêncios, sempre respondia algo, nem que fosse com um gracejo. Ainda mais depois da noite passada, que aparentemente tinham se acertado. Ela estava preocupada, não tinha notícias de Jihoon desde quando ele a deixou em casa, não havia respondido suas mensagens e seu telefone estava desligado. Se perguntava o que poderia ter acontecido para que Jihoon não a respondesse, teria ele lembrado de algo?

No dia em que Jihoon havia faltado a aula, a jovem fez um passeio com Oh Yoon-seo, sua única colega de sala, à um festival tradicional itinerante que estava acontecendo nos arredores de Seul. Ela estava deprimida por ter terminado o namoro e Yu-na sempre ia a esses festivais quando criança e se lembrava de ser muito colorido e animado, achava que era o entretenimento perfeito para que a amiga se distraísse. E de fato se divertiram muito naquele dia, tinha sido bastante agradável, mas uma das coisas que aconteceu lá, reverberava dentro de si até hoje.

Yu-na e Yoon-seo haviam parado numa barraca para comer um hot-dog no palito quando uma senhora com a idade bastante avançada abordou as duas. Ela dizia que podia ler a sorte e ofereceu o seu serviço as duas. As amigas tiveram reações opostas: enquanto Yoon-seo ficou extremamente empolgada por mais que não acreditasse totalmente nas palavras da senhora, Yu-na se mantia cética, não gostava dessas pessoas que se aproveitavam da ingenuidade de pessoas boas e diziam meia dúzia de palavras genéricas.

— Quem vai ser a primeira? — a senhora com os olhos brilhantes perguntou. Yu-na notou como ela andava curvada, se perguntava se ela não estaria cansada de tanto andar por aí, e chegou até a levantar do banquinho que estava para que ela sentasse, mas a mesma recusou, dizendo que ela nunca devia se deixar levar pelas aparências.

— Eu! Ajumonni, eu terminei com o meu namorado, vou encontrar um novo amor rápido?

A senhora olhou para a jovem e pegou em sua mão, Yu-na quase revirou os olhos, mas se conteve, se Yoon-seo ia se deixar levar por aquelas palavras de conforto, não era da conta dela.

— Hummm... Sarang... Sarang... — a senhora alisava as costas da mão de Yoon-seo como se esperasse que a resposta saísse de lá. Até que com um tapa suave na mão da moça ela continuou: — Sim minha jovem, você vai encontrar um novo amor tão logo, quanto o inverno que se aproxima. Você o conhecerá no seu futuro trabalho, esse advogado não é fácil de conviver, mas se você tiver paciência, ele vai mostrar seu verdadeiro eu.

Ao ouvir as palavras da senhora Yu-na arregalou os olhos, ela não disse só coisas genéricas, ela entrou em detalhes, Yoon-seo recentemente conseguiu um estágio numa empresa de advocacia e começaria a trabalhar na semana seguinte. Era impossível um palpite tão preciso assim.

— Omo! Você ouviu isso Yu-na? Eu vou conhecer alguém em breve! Vai, pergunta alguma coisa para ela.

A universitária piscou duas vezes antes de entregar sua mão para a senhora, precisava pensar bem em como dizer o que queria perguntar sem que a amiga a chamasse de louca.

— Ajumoni. O meu namorado vai recuperar a memória? — esperava que apenas com isso a senhora pudesse dizer o que ela esperava ouvir, e ela foi rápida e categórica ao responder:

— Não. As memórias que você quer que ele recupere nunca vão voltar porque nunca foram dele. Não se deixe enganar pelas aparências, um corpo é apenas um corpo, a alma que está dentro dele é tão antiga quanto seus ancestrais. E filha, não se culpe, tudo já estava traçado. Aproveite os momentos que você tem enquanto pode.

Ao dizer isso, ela se despediu das duas e rapidamente Yu-na a perdeu de vista na multidão.

— Nossa! Eu fiquei arrepiada! O que será que ela quis dizer? Só entendi a parte da alma velha, o Jihoon parece um vovô mesmo, todo sério e metódico.

Oh Yoon-seo ficou sem a resposta da amiga, depois daquele episódio as duas assistiram a um espetáculo de teatro de rua, mas Yu-na não prestou atenção em uma cena sequer.

Enquanto se vestia, lembrava das palavras da senhora e se perguntava se realmente queria ter certeza do que havia acontecido com Jihoon, se fosse realmente a loucura que passava na cabeça dela desde o dia do festival, ele realmente nunca se lembraria dos momentos que passaram juntos antes do acidente, e nem Yu-na se livraria da culpa, por mais que já tivesse "traçado pelo destino".

A humana tentou afastar aqueles pensamentos enquanto tocava a campainha da cobertura onde os Kang moravam, o que importava agora era saber se Jihoon estava em casa e se estava bem.

— Yu-na! Que bom que veio, o Jihoon chegou tarde, nem vimos a hora, ele ainda não saiu do quarto, deve estar no décimo sono.

— Obrigada, sra Kang. Me permite eu ir vê-lo?

— Mas é claro! Ya! Quando vai parar de me chamar de sra Kang? Já temos contato suficiente e em breve você vai entrar para a família não precisa ser tão formal.

A jovem ligeiramente constrangida não respondeu, apenas sorriu educadamente e acenou com a cabeça, saindo da sala e indo para o quarto de Jihoon, já tinha estado lá com o namorado várias vezes, mas gostava de sempre pedir permissão para isso.

O quarto estava escuro, apenas uma pequena fresta de luz entrava pela cortina e iluminava a cama parcialmente. Não conseguiu ver Jihoon, pois ele estava totalmente coberto por um grosso edredom. Foi até lá e sentou ao seu lado, mesmo sem ver se estava acordado ou para que direção ele estava virado, ela começou a falar:

Aigoo! Olha só o seu estado... — só de chegar perto já notou que ele não estava bem, ligou o abajur da cabeceira para que pudesse ver com mais clareza e procurou a beira do edredom para vê-lo. — Eu andei pensando muito sobre o que aconteceu com a gente nesses últimos tempos, e eu não sei o que fazer, a verdade é que eu gosto das suas versões, Jihoon.

— Mas aposto que essa versão é a melhor. — Rang disse ainda de olhos fechados e com uma voz grogue, mas com um sorriso travesso no rosto.

Ele estava com o cabelo molhado de suor grudado na testa e as bochechas rosadas, não foi preciso de um termômetro para que Yu-na percebesse que Jihoon estava com febre. Ele entreabriu os olhos quando sentiu o toque da mão dela em sua testa.

— Você está com muita febre! Você tomou alguma coisa? A sua mãe sabe que você está assim? — ela tirou a bolsa do ombro e jogou no carpete, fez menção de se levantar, mas ele o impediu.

— Não diz nada pra ela... — pediu.

Yu-na o olhou contrariada, mas acabou cedendo, subiu as mangas do cardigan até próximo ao cotovelo e fez um coque desajeitado no cabelo.

— A gente precisa cuidar disso, eu vou te ajudar, vem.

Mesmo com protestos dele, ela conseguiu tirar o edredom de cima, ele estava deitado de bruços, e se encolheu ao não ter mais o calor do cobertor. Yu-na olhou para ele e coçou o cabelo, nunca tinha cuidado de ninguém na vida, mas seus pais eram médicos, então sabia muita coisa na teoria.

— A gente precisa baixar um pouco essa febre... Não é melhor irmos ao hospital?

— Não! Eu vou ficar bem, só preciso dormir mais um pouco. — ele falou já querendo puxar o edredom para cima de si novamente, mas foi impedido por Yu-na.

— Nem pensar! Coberto você só vai ficar pior. Vou te ajudar a levantar. — a humana ajudou Rang a ficar de lado e com uma mão em seu pescoço e a outra em suas costas, e deu o impulso que ele precisava para sentar. Por mais que Yu-na tivesse um pouco mais que a metade do seu tamanho, até que ela tinha força.

Rang sentiu um peso no estomago quando a observava cuidar dele, não era acostumado com isso, e se sentiu estranho quando ela tocou sua testa novamente, afastando seu cabelo da testa, o colocando para trás, usando os dedos como pente.

Yu-na se afastou de Jihoon e abriu o guarda roupa dele para pegar uma toalha pequena, entrou no banheiro e a molhou por completo, por sorte tinha um pequeno recipiente que serviria para colocar a toalha dentro e evitaria ela dar tantas voltas e molhar o quarto inteiro. O primeiro passo ela já tinha feito, que era fazer ele se livrar das cobertas, o segundo não fazia ideia de como fazer para que não ficasse um clima esquisito. Voltou para o lado de Jihoon e não conseguia dizer o que a expressão do seu rosto queria dizer.

A ex raposa engoliu seco quando Yu-na colocou o recipiente com a tolha em cima da mesa de cabeceira e se aproximou dele consideravelmente.

— O que... — ele começou a falar.

— Você precisa tirar a camisa, está ensopada. — Yu-na tentava falar o mais natural possível, como se fizesse isso todos os dias. Era verdade que eles eram íntimos, mas agora era como se estivessem se conhecendo de novo. Assim, sem dizer mais nada puxou a camisa dele por cima da cabeça, ela sorriu ao ver que ele cobriu o tórax com as mãos. — Não tem nada aí que eu já não tenha visto.

Rang foi a vida toda uma meia raposa, nunca havia ficado doente daquela forma, ás vezes que precisou de cuidados estava desacordado então não se lembrava de como era passar por tal coisa. Estar agora sendo cuidado por humana era uma situação tão embaraçosa que ele não conseguia nem definir um nível de constrangimento. Yu-na colocou a toalha nas suas costas e pegou mais uma para passar nos seus braços e tórax. Sentir aquela água fria ao mesmo tempo que sentia um incômodo, sentia aliviado. No entanto, a medicina caseira da humana parecia estar funcionando, pois ele estava realmente se sentindo um pouco melhor, perdeu a noção do tempo que ela ficou fazendo esse processo, ela se levantou para trocar a agua duas vezes.

— Acho que sua febre baixou um pouco. Você tem algum antitérmico? A caixinha de remédio ainda fica no banheiro, sim? — ele confirmou e em poucos minutos ela voltou com uma cartela de comprimidos na mão. Rang já estava de pé, tinha se levantado para pegar uma camisa limpa. — Acho melhor você ficar assim um pouco, assim que o remédio fizer efeito você coloca, tudo bem?

Rang levantou uma de suas sobrancelhas, tentava ver o se tinha alguma outra intenção por trás daquele comentário, mas se tinha alguma escondeu muito bem. Por mais que tivesse cansado, queria ficar acordado, conversar com Yu-na o distraía e ele não ficava tão preocupado com a sua condição. Ela estava sentada na beira da cama com um copo de água e o comprimido na mão. Rang sentou ao seu lado e bebeu o remédio, era amargo e deixou um gosto ruim na boca, foi inevitável não fazer uma careta.

— Nem é tão ruim assim, não exagera. — Yu-na falou sorrindo.

Rang olhou para a garota ao seu lado, nunca a tinha visto sorrir assim, e foi bastante curioso, ele ficava impressionado com o tanto de emoções que uma mera humana o fazia sentir. E como um mero humano que também era, deixou-se levar por suas emoções, se aproximou dela e colocou uma mecha do cabelo que havia se soltado do coque atrás de sua orelha, ele a viu morder os lábios, nervosa.

Jihoon estava tão perto que Yu-na conseguia sentir o calor do seu corpo febril, ele encostou a testa na sua, suas mãos afagaram carinhosamente seu pescoço. Ela fechou os olhos assim que o rapaz aproximou a boca perto da sua.

— Obrigado. — ele disse após beijá-la. Rang ainda estava perto dela, e não sabia se era pelo fato dele estar sem camisa, mas Yu-na encostava as mãos em seu tórax de um jeito engraçado, quase como se não quisesse chegar perto.

— Não foi nada. — ela disse sutilmente fazendo com que ele saísse de perto dela.

Ainda colocando culpa nas suas emoções cem por cento humanas, Rang pegou um travesseiro e jogou no colo dela, e antes que ela pudesse dizer algo, deitou a cabeça nele, colocando a camisa em cima do peito para que não ficasse tão exposto.

Yu-na não sabia onde colocar as mãos, ficou alguns segundos com elas no ar, até que uma usou para se apoiar e a outra colocou próximo ao rosto dele. Depois de um tempo começou a fazer carinho na linha do maxilar dele, ele estava de olhos fechados concentrado apenas no toque da garota. Ficaram em silêncio ambos perdidos em seus próprios pensamentos durante um bom tempo.

A fala da senhora dizendo que era para ela aproveitar os momentos que ainda tinha, rondava sua mente e a deixava angustiada, será que ele estava realmente doente?

— Jihoon. — foi preciso ela falar duas vezes para que ele lembrasse que era esse o seu nome agora.

Rang abriu os olhos e olhou para ela. Notou uma certa aflição na sua voz, pensou em se levantar, mas estava numa posição muito confortável, e se ela não tivesse falado provavelmente teria dormido.

— Estou ouvindo.

— Eu acho que sei a pergunta que devo fazer agora.

Um leve sorriso brincou nos lábios de Rang. Yu-na se remexeu um pouco na cama, e ele entendeu que a garota queria que se levantasse, vestiu a camisa e sentou de frente para ela.

— Que seria?

— Quem você é?

— O quê? — Rang sabia onde a garota queria chegar, mas não seria ele se não tivesse algum joguinho.

Observou a humana se levantar, a impressão que tinha era que estava sendo julgado e que ela era da acusação.

— Você desde o dia que acordou no hospital, tem agido com um comportamento totalmente diferente de antes. Sim, é muito comum em casos de pacientes que perdem a memória mudarem um pouco o seu jeito de ser por não lembrarem quem são. No entanto, com você foi mais que isso, além de coisas pessoas como modo de falar, agir e se vestir, você ganhou habilidades que a ciência não explica. Eu vi a forma que você lutou apenas com um braço no estacionamento da faculdade, e não, o antigo Jihoon de forma alguma treinaria artes maciais daquele nível sem que eu soubesse. — Yu-na fez uma pausa tentando organizar os pensamentos, não abriria brecha para que ele tentasse contornar a situação.

— Será? Não é porque namoramos que significa que sabemos todos os passos um do outro. — Rang respondeu de forma cínica. Não ia entregar tudo de bandeja assim, queria ouvir todos os argumentos da humana antes de confirmar sua teoria.

— Eu ainda não acabei. Você, Jihoon, passou a entender de vinhos, gostar de dirigir e a ter atos inesperados, como ajudar um garoto desconhecido na rua. Até aí todos esses atos talvez pudessem ser explicados com algum artigo de internet, mas amor, o jantar na casa dos Nam foi fundamental para que eu chegasse a essa conclusão, eu pude ter certeza que você conhecia aquelas pessoas. — ela sentou ao seu lado novamente. — Kang Jihoon. Fisicamente você continua igual, mas aqui — a humana pôs a mão no peito dele — você não é. Por mais que negue, eu sinto.

— Então o que você sugere? — Rang estava eufórico, mais um pouco e seria capaz de ouvir o seu próprio coração.

— Eu não sei como explicar, porque eu mesma não acredito nisso, porém quanto mais eu penso, mais sentido isso tem.

— Estou ficando curioso...

— Pesquisei um pouco e descobri alguns artigos falando sobre experiência de quase morte, o que acontece no pouco tempo em que sua "alma sai do corpo" e volta? E se você... — Yu-na não conseguiu terminar, pensar em tudo aquilo era absurdo, dizer em voz alta então era ainda pior. Deu um longo suspiro, sua mão estava trêmula, sentiu a mão de Jihoon em cima da sua.

— Sabia que você era bem esperta para uma humana. — por mais que tivesse rindo e relaxado estava atento, prestando atenção em todos os sinais corporais que Yu-na pudesse dar. —Prazer, Lee Rang.

Lee Rang. Yu-na repetiu esse nome mentalmente algumas vezes, enquanto era apenas uma desconfiança era aceitável, mas ao ver tudo se confirmar ela não sabia bem o que dizer, o que fazer e nem o que pensar.

— Como? — foi o que conseguiu perguntar.

— Acho que isso é uma conversa bem longa, não sei se você está pronta para ouvir tudo.

Yu-na olhou para ele, sua testa ainda estava um pouco suada, mas o seu rosto já tinha voltado a cor normal.

— Você tem razão. Precisa descansar um pouco.

— Isso não foi um pedido para você ir embora.

— Eu sei, mas eu preciso ir. Vou pedir para sua mãe fazer uma sopa.

Rang olhou para ela, não esperava essa atitude tão calma, provavelmente estava usando o fato dele estar doente para fugir do assunto. A humana pegou sua bolsa do chão e se levantou para ir embora.

— Yu-na-ssi. — Rang a segurou pelo pulso e ela virou, no entanto Rang não disse nada, segurou a sua mão durante algumas batidas de coração e a levou ao rosto. Desde o dia que acordou no hospital havia ficado fascinado pelo cheiro dela, e se tinha a chance de ela não voltar mais, ele queria senti-lo pela última vez.

Mas como o próprio tinha dito, Yu-na era uma humana esperta, e percebeu o que ele estava sentindo por esse único gesto. Colocou novamente a mão na testa dele, e se surpreendeu ao se sentir agradecida pela febre estar diminuindo.

— Eu ligo mais tarde para saber como você está. Toma outro comprimido antes de dormir. — ajeitou uma mecha do cabelo dele que estava fora do lugar. — Eu só preciso pensar um pouco.

Dito isso, Yu-na deu as costas e saiu do quarto.

______֎______

"—Senhor, fiz o acordo como o senhor pediu. Consegui o receptáculo, no entanto ele desapareceu. — disse uma voz desconhecida ao telefone. A pessoa que estava do outro lado da linha estava extremamente irritada.

— O que?

—C-Colocamos no depósito, e no dia seguinte ele não estava lá. S-Sim, todos os meus homens estão a procura dele, não se preocupe vamos encontra-lo." — o primeiro homem disse gaguejando. Era um cliente muito importante e perigoso, desapontá-lo nunca era uma boa opção,

***

— YEOBO! — Taluipa grita se levantando abruptamente de sua mesa de trabalho, o gato que estava em seu colo saiu correndo passando entre as pernas de Hyun Eui-ong quase o fazendo tropeçar.

— Sim, querida, o que foi?

— Uma coisa terrível.

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