- ARRASADO? - gritou Rony quando Draco e eu explicamos o que aconteceu depois que sairam - HERMIONE ESTA ARRASADA, AQUILO FOI... Foi - ele arremessou um livro contra parede.
- Escuta Weasley, só contamos o que aconteceu, vimos o estado que ele ficou - Draco apontou para o ruivo.
- "como se atrevem a brincar com uma coisa dessas?" - repetiu Harry a frase de Snape - Que parte perdemos da história?
- Acho que t-tem mais coisas ao.. ao fundo - saiu a morena de dentro do banheiro com o rosto vermelho, eu corri abraça-la, ele retribuiu como quem precisava muito.
- Podemos pensar nisso amanhã, e resolvemos quando nos encontramos no Gringots - eu implorei com o olhar para os meninos - Temos muito o que fazer.
***
- Onde estão aqueles dois? - Perguntei para Mione.
- Não sei, ja estamos saindo, se eles demorarem mais vão perder o trem.
- Vamos andando Mione, eles nos alcançam.
- Da última vez que eles nos alcançaram eles vieram voando com um carro.
- Não me lembre disso - bufei.
Entrarmos no trem e procuramos uma cabine vazia, o trem apitou uma vez e eles finalmente apareceram.
- ONDE VOCÊS SE METERAM? - gritou Mione.
- Não grita Hermione - Rony disse chateado - Encontramos algo interessante - Harry tirou um livro preto da mochila.
- Um livro? - Perguntei.
- Não é apenas um livro, é um diário - Harry falou como se fosse óbvio.
- Vai começar a escrever agora Harry? - zombei do moreno que revirou os olhos.
- Não vou exatamente escrever, ate porque ele suga a tinta - ele procurou em sua bolsa - Veja - ele deixou um pingo de tinta cair de seu tinteiro.
- Sumiu .
- Sim, achamos no banheiro da Murta, ela alagou de novo - Explicou Rony.
- Alguem jogou esse livro nela - Harry apontou.
- Porque jogariam esse livro - joguei a pergunta.
- Alguem queria se desfazer dele, provavelmente esconde algo - Mione foi quem me respondeu - Esse diário pertence a Tom M. Riddle, quem é Riddle?
- Quando voltarmos a Hogwarts vamos pesquisar, deve ter algo na sala - Harry falou.
- Sim, temos outras coisas pra pensar agora.
***
- Certo ja vamos chegar, amanhã nos encontramos as 9 no Gringots? - a morena sussurou e nós acentimos - Então vamos.
Nos arrumamos, pegamos as mochilas e descemos do trem, encontramos o Sr. e Sra. Weasley e os Granger's, claro os tios do Harry não estavam, afinal ele não vai voltar, feriado ou não.
- Vem Harry meus pais estão nos esperando - Nos despedimos e começamos a correr ate onde eles estavam.
- É bom te ver de novo Harry - meu pai apertou a mão do menino.
- E bom ve-lo tambem Sr.Mevel.
- Olá querido, como está? - minha mãe o abraçou.
- Estou ótimo Sra.Mevel - ele sorriu e retribuio o abraço.
Bem minha mãe e meu pai me apertaram, abraçaram, beijaram meu rosto com todo carinho, e claro eu so consegui rir da situação, eu sei a verdade agora, mas não deixo de ama-los mais que tudo.
- Bom é melhor irmos pra casa - sorri e puxei Harry para o carro. Papai gosta de "parecer trouxa" na frente dos trouxas.
Por mais louca que minha vida tenha ficado, a sensação de estar no conforto de casa é muito boa. Eu fui a primeira a abrir a porta e correr escada a cima, ouvi minha mãe falando de fundo um "sobe tambem querido".
- Tadã - eu virei e abri os braços como o final de uma apresentação, para o moreno que subiu timido a escada - Seja bem vindo a humilde casa dos Mevel.
- É muito bonita - ele comentou enquanto me seguia.
- Mamãe tem bom gosto - Eu abri uma porta - Aqui vai ser seu quarto Harry.
- É enorme - Ele colocou a mochila no chão.
- Mamãe não sabia do que você gostava então ela deixou o basico pronto, se você quiser mudar alguma coisa sinta-se a vontade, literalmente é o seu quarto agora - eu apontei para uma porta - Ali é o seu banheiro, Papai achou que você ficaria mais confortável.
- Eu jamais esperei algo assim - Ele olhou pra mim e sorriu brilhante - Obrigado Lyna.
- Não é nada de mais Harry, é só um quarto, você pode ficar aqui ate quando quiser então é bom que se sinta em casa - eu coloquei minha mão em seu ombro e sorri tambem - Enfim vou deixar você a vontade, vou tomar um banho pra relaxar, se precisar de mim duas portas a esqueda é minha.
- Do lado do vaso azul? - ele riu.
- Sim essa mesma, e aquele vaso é um exagero - eu sai negando com a cabeça.
Mais tarde depois do jantar, eu me joguei na cama, teria que acordar cedo para encontrar os outros no Gringots.
Mas dormir seria difícil, afinal eu só conseguia pensar na carta de notificação que os Malfoy receberiam, e eu nem falei com meus pais sobre isso, me sinto muito mal em não sentar e me abrir com eles. Não é como se os Malfoy fossem me obrigar a morar com eles, ou iriam?
Rolei de um lado para o outro ate dormir.
***
- Bom dia dorminhoco - joguei um travesseiro em Harry logo pela manhã.
- B-Bom dia - ele tateou o criado mudo atrás de seus óculos.
- Se você não quer levar bronca da srta.Snape, acho bom levantar - sai rindo do quarto e fechei a porta - TEM CHOCOLATE QUENTE PRONTO JÁ - gritei por último.
- Gritando essa hora ja Ellyna? - disse minha mãe.
- BOM DIAA - meu pai abaixou seu jornal olhando para mim como se eu fosse louca - Só estou animada - Eu ri e beijei a bochecha do meu pai, ganhei um carinho na cabeça.
- Cade o Harry? - mamãe perguntou colocando as panquecas na mesa.
- Estou aqui Sra.Mevel - ele desceu as escadas e se sentou ao meu lado - Fui acordado por um travesseiro voador - eu dei uma cotovelada nele e meus pais e o moreno começaram a rir da minha cara vermelha.
- Pai você pode deixar a gente no caldeirão furado no caminho? Preciso ir ao beco diagonal.
- Se estiverem prontos vamos então, se não vou me atrasar.
- Vamos pegar nossas coisas.
***
“Entrem, estranhos, mas prestem atenção
Ao que espera o pecado da ambição,
Porque os que tiram o que não ganharam
Terão é que pagar muito caro,
Assim, se procuram sob o nosso chão
Um tesouro que nunca enterraram,
Ladrão, você foi avisado, cuidado,
Pois vai encontrar mais do que procurou.”
- Só eu que arrepiei? - olhei para os outros que negaram - Vamos.
Seres baixinhos e carrancudos era o que tinha trabalhando la dentro, o banco era deslumbrante e barulhento. Andamos ate o final em direção de uma mesa alta com um unico Goblin, Draco incrivelmente tomou a frente.
- Com licença Senhor, eu e meus amigos gostaríamos de falar com alguem sobre nossas heranças.
- E quem são os herdeiros? - o Goblin se inclinou e falou desconfiado.
- Eu sou um Malfoy, e meus amigos farão seu teste de herança por favor - Draco falou um pouco mais firme.
- Certo Sr. malfoy, você e seus amigos me acompanhem.
Olhei para Mione que segurava a risada e segurei tambem o jeito pomposo de Draco era muito hilário.
O Goblin nos guiou ate uma sala com uma mesa redonda com seis cadeiras, e pediu que aguardasemos o gerente Ragnok.
Foram os três minutos mais tensos da nossas vidas ate o gerente Ragnok chegar.
- Bom dia senhores - nós nos levantamos assim que escutamos sua voz, estudamos um pouco os Duendes então sabemos que não se falta com respeito aquele que cuida de seu dinheiro.
- Bom dia Mestre Ragnok - Eu fiz uma breve reverência e ele ficou surpreso - Gostaríamos de conversar com o Senhor sobre nosso teste de herança - ele acenou com a cabeça para que eu continuasse.
- Nós fizemos um teste por conta própria, e descobrimos muitas coisas, mas gostaríamos de fazer um teste oficial para comprovar - Eu terminei de falar e Mione levantou a mão para continuar, ela tirou um pergaminho do bolso e abriu passando para o Duende.
- Todos nós temos coisas marcadas com compulsões, bloqueios e Glamour - ela olhou para nós - E queremos confirmar e retirar.
- O teste parece ser verdadeiro, mas como protocolo senhores vamos fazer um novo, vou precisar para seus futuros arquivos - ele fez um movimento com as mãos e frascos com poção, pergaminhos e pequeninas adagas de ouro se colocaram a nossa frente em ordem, um para cada - Bom vocês ja sabem mas, apenas três gotas dentro dos frascos e depois despejem no pergaminho.
Assim fizemos, esperamos as letras aparecerem e viramos os pergaminhos para o duende e ele começou a ler um por um, suas sobrancelhas sumiram conforme ia lendo.
- Isso é terrível, quem ele acha que é - ele quase sussurou - Devemos retirar imediatamente esses bloqueios, isso poderia ter deixados como abortos ou ate mesmo mata-los - Ele se levantou furioso e chamou outro duende, nós sorrimos aliviados um para os outros.
Mione e eu iriamos primeiro, fomos conduzidas ate uma ala hospitalar onde uma enfermeira goblin nos deu vestimentas e pediu para nos trocarmos, depois fomos levadas ate umas camas.
O processo foi horrível e doloroso, escutei por algum tempo meus resmungos e os da morena e apaguei com a dor.
Fui acordada pela enfermeira Goblin que me devolveu minhas roupas.
Eu me troquei novamente, e me sinto muito melhor, mesmo que cansada depois de tudo, está tudo mais leve. Eu abri as cortinas e vi uma outra garota, ela estava de costas e tinha cabelos negros e compridos ondulando ate sua cintura, ela se virou para mim e meu coração bateu forte, quando ela sorriu e correu para mim eu assustei, porém retribui o sorriso logo depois a abraçando sentindo seu perfume.
- O que você acha? Como estou - ela perguntou dando uma voltinha.
- Ma-Maravilhosa Mione.