Um erro de pedido - HIATUS

By BibiGaby-

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Taehyung não esperava que quando pedisse para aquela estrela-cadente que seu 'crush' o notasse, ela entenderi... More

Piloto: O pedido
Coisas estranhas
O dia (quase) perfeito
Ai meu Deus
Nunca é do jeito que eu quero
Trouxa? talvez um pouco
O encontro perfeito
Onde fui amarrar...
Quem diria.
Oi Deus, sou eu de novo
Dualidade
Fedeu
Necessidade
Beber nunca mais
Não sou pavê
O céu
Sensações e Desespero
Está perdido, baby boy?
Dias de Glória
Males que vem para o bem
Feitiço
Porto seguro

A Lua está linda hoje

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By BibiGaby-

DESCULPA PELA DEMORAAAAAA
Sinceramente, mil perdões. Eu passei por uns momentos conturbados nessas semanas, e por isso não consegui escrever para Um erro, afinal, Um erro exige uma leitura divertida e fácil de ler, e isso depende muito do meu humor. Alguns de vcs me ajudaram falando palavras doces então obg 💜😔
Sobre o cap de hoje, se lembram que vcs votaram no Lemon que queriam? 👀
E digo para vcs que o vencedor foi VMIN
Então apreciem esses taekooks fofos, boiolas e logo após uns Vmin foguento.
Bom capítulo 💜

Quarta tinha chegado e junto a ela o meu encontro com Jungkook. Não sei bem dizer se aquilo que iríamos fazer era um encontro de verdade, afinal, só iria para a casa dele para jogarmos e relembrarmos dos velhos tempos. 

Me arrumei com uma roupa básica, calça moletom e camiseta branca. Já havia saído do meu trabalho, então meu único destino agora era a casa de Jungkook.

Um frio estranho me atingiu na barriga. Depois daquele desastroso “Eu te amo” não correspondido, parece que nada mudou entre a gente. O que eu agradeço a ele. Pensando bem, Jungkook sempre foi assim. 

Ele sempre foi muito bom em guardar os seus sentimentos, não é atoa que ele escondeu até agora que gostava de mim na época de escola. Se não fosse a estrela, duvido muito que ele teria vindo atrás de mim. Fico triste de repente. Será que tudo que estou vivendo é por causa de um pedido para uma estrela cadente? Será que nada na verdade é real? Será que nenhuma das palavras que os rapazes me disseram é verdadeira? 

Balancei a cabeça para dispersar os pensamentos. Não, Taehyung. Mesmo que não seja real, você tem a si mesmo (e o Bogum pra encher o saco). 

Sai de casa e tranquei a porta. Bogum ainda não havia chegado, provavelmente saiu com Yoonjin. Caminhei até o elevador e fui para o térreo, chegando lá, já pude ver o deslumbre de um Jungkook com roupas casuais pretas e boné, apoiado em seu carro.

Fui até ele e quando seus olhos me encontraram, ele sorriu. Vi um brilho em seu olhar e me forcei a não tropeçar. Como pode ser tão gostoso e fofo?! Puta que pariu!

— Olá, Hyung — falou animado. Senti um déjà vu. Essa situação de nos encontrarmos em frente ao prédio em que eu morava já estava mais comum do que eu imaginava.

— Olá, Kookie — disse e vi suas bochechas corarem. Ele odiava esse apelido na época de escola, mas eu sempre o dizia para irritá-lo. Porém, agora, na sua maioridade, ele demonstra não se importar, pelo menos quando sou eu o chamando assim.

— Está lindo, Hyung. — Disse desviando o olhar.

— Mas eu nem me arrumei, estou com roupa de dormir basicamente — falei rindo.

— Exatamente por isso, você fica lindo de qualquer jeito, principalmente tão casual assim — respondeu e quem ficou vermelho dessa vez foi eu.

— Você fala isso para todos os seus ficantes? — perguntei entrando no carro. Ele me seguiu, entrando do lado do motorista.

— Se eu disser que falo para todos que acho você lindo, estaria sendo muito brega? — perguntou e eu concordei rindo — Tá bom, eu não falo isso para todos com quem eu fico, até porque, com você eu sou 100%  sincero.

— Posso confiar em você? — perguntei, tombando a cabeça para o lado.

— Você pode confiar a sua vida a mim, Hyung, porque eu farei o possível e o impossível por você — respondeu determinado. Mordi o lábio inferior involuntariamente. Ele não estava brincando quando falou isso.

[…]


Chegamos na casa dele e eu me surpreendi com a organização. Fala sério, o Jungkook que eu conheci se pudesse transformaria o quarto dele num lixão. Seu apartamento era de tons pretos e brancos, mas havia um azul em algumas coisas. Olhei para cima e vi luzes de led, do lado da sala, uma TV de 64 polegadas. Burguês

— Uau — assobiei e ele riu orgulhoso.

— Arrumei somente por sua causa, Hyung. Esse evento só acontece uma vez por mês.

— Bem que eu estava desconfiando. — falei e ele deu de ombros, como se isso não o afetasse — Você jogou o lixo debaixo do tapete, não é? — falei e ele me olhou indignado.

— Como ousa?! Eu não sou mais esse Jungkook — andou até o sofá e me convidou para sentar — Eu realmente joguei o lixo fora.

— As roupas foram parar de qualquer jeito no seu guarda-roupa? — Levantei a sobrancelha e ele semicerrou os olhos.

— Como sabes? Quem te contou? Para quem você trabalha? — disse apontando o dedo e começamos a rir. Disso, um assunto relembrando o passado surgiu.

— Minha mãe vivia perguntando de você depois do que aconteceu, sabe, quando eu parei de te chamar para ir lá em casa.

— Saudades da senhora Jeon, ela era divertida — disse —, ela fazia bolinhos deliciosos.

— Às vezes eu achava que você só ia lá em casa por causa dos doces que ela fazia, ela sempre amou cozinhar, então você era como uma cobaia para ele.

— Me lembrou alguém que conheço — murmurei lembrando de Seokjin e sua mania de me fazer comer o que ele faz, e quando digo que ele me trata como cobaia ele diz que sou apenas sortudo por comer da comida dele primeiro.

— O que disse? — Jungkook perguntou e eu me toquei que acabei viajando ao lembrar de um certo padeiro.

— Ah, nada — desconversei. Tive sorte que ele pareceu não notar meu desespero interno.

— Pronto para perder, Hyung? — perguntou pegando os controles de seu Playstation 5. Burguês safado.

— Eu que deveria perguntar isso para você — falei com tom debochado —, quem perdeu da última vez que jogamos foi você.

— Mas no vídeo game eu sou invencível, até um teimoso como você tem que assumir isso. Não é atoa que ganhei todas as oitenta e nove vezes de você.

— VOCÊ TRAPACEAVA TODAS AS VEZES — acusei indignado.

— Você que era ruim e não sabia perder — falou e eu fiquei mais em choque.

— E das outras dez vezes que eu ganhei em? Você não é tão bom assim — só estava me afundando cada vez mais, nem eu sabia como me defender.

— Eu ficava com dó da sua carinha triste de sempre perder e deixava você ganhar — disse.

— Desgraçado — bufei.

— Vamos fazer uma aposta? — perguntou de repente.

— Ainda não aprendeu que você e aposta não é uma boa combinação? — levantei a sobrancelha.

— Estou confiante dessa vez — disse convencido. Revirei os olhos e ri debochado.

— Faremos. O que quer apostar? — Perguntei.

— O mesmo da outra vez. Se eu perder, faço o que você quiser, se eu ganhar, você faz o que eu pedir.

— Fechado — disse e apertamos nossas mãos — que o melhor vença.

[…]


Eu definitivamente esqueci o quão bom Jungkook consegue ser em jogos. Por que eu aceitei a maldita aposta? Puta que pariu, só me meto em enrascada. 

Eu olhava com puro ódio para um Jungkook pulando e comemorando pela sua terceira vitória consecutiva no maldito jogo. Se eu fosse um desenho animado, com certeza estaria soltando fumaça pelas minhas orelhas e com fogo nos olhos.

— E mais uma vez, o grande Jeon ganhou — disse exibido. Pensei em jogar na cara dele que eu ganhei dele no laser tag, mas isso nem valia mais.

Cruzei os braços e fiz um beicinho. Estou emburrado. E um Kim Taehyung emburrado equivale a uma criança.

— Ah não, Taehyung. Não faça este biquinho — disse ao me ver — vamos, desfaça isso.

— Se não o quê? — perguntei. Essa era a minha chance de distraí-lo da aposta.

— Se não eu serei obrigado a te beijar — disse e eu sorri e fiz mais carinha de choro — Aish! — disse e me deitou no sofá para começar a me beijar.

Nós dávamos risada durante o beijo pois ele começou a me fazer cócegas, como forma de "punição".

Ele parou o beijo e ficou me encarando. Eu via o brilho em seu olhar ao me ver. Ele me olhava com carinho, como se eu fosse a coisa mais importante para ele. 

— Vamos? — ele pareceu perceber que estava me encarando por bons minutos e resolveu agir para não fazer papel de bobo. — Você ainda tem uma aposta para pagar.

— Aish! Meu plano não deu certo — murmurei.

— Eu consegui segurar meu desejo por você por muito tempo, Hyung. Não será uma carinha fofa que irá me fazer render. — disse segurando em meu queixo — Sou praticamente imune — gabou-se.

— Idiota. — briguei e ele me deu um selinho. Sorri involuntariamente — Para onde iremos, está tarde e tenho certeza que boa parte dos lugares estão fechados.

— Você verá — disse pegando seu casaco e estendo-me o que eu havia trazido.

Hmmm, sinto cheiro de merda prestes a acontecer.

[…] 


— Jungkook, por que estamos em frente a um estúdio de tatuagem? — perguntei olhando para o estabelecimento com portas de vidro.

— Porque você irá fazer uma — disse saindo do carro e eu me desesperei indo atrás dele.

— O QUÊ? — disse assustado— Jungkook, eu trabalho em uma empresa! — falei e ele cruzou os braços com um olhar superior.

— E quem disse que precisa ser em um lugar que todo mundo possa ver? — entrou no estabelecimento, fazendo o sininho que havia em cima da porta tocar.

— Mas que diabos? — por um momento esqueço que o mais importante aqui era que uma agulha ia passar por meu corpo — EI! Eu não concordei com nada disso!

— Você perdeu a aposta e disse que faria tudo o que eu quisesse, essa é só a primeira coisa — olhou para a recepcionista — poderia me emprestar o caderno de desenhos? — assim ela fez, lhe entregando a pasta com todas as tatuagens que faziam naquele lugar.

— Jungkook — falei manhoso — por favor, qualquer outra coisa — fiz biquinho. Eu sei que não funciona muito com ele, mas o que custa tentar?

— Está com medo de uma agulha, Taehyung? — arqueou a sobrancelha. Argh, ele sabe que eu odeio quando duvidam de mim, mas a questão aqui é bem maior que o meu orgulho.

— Sim? — disse e ele riu.

— Relaxe, Taehyung. Eu serei gentil com você e escolherei uma pequena — falou e eu cruzei os braços emburrado — Vamos, Taetae, não seja birrento — me puxou pela cintura e beijou meu pescoço.

— Não tenho o direito nem de escolher a tatuagem? — perguntei e ele negou.

— E nem o lugar — disse e eu bufei.

— Chato — falei e ele riu.

Ele se sentou na cadeira e me puxou para sentar em seu colo.

— Jungkook! — Briguei com ele, afinal, estávamos em público. Mesmo que a única pessoa naquele lugar fosse a recepcionista.

— O que? — perguntou inocentemente.

— Estamos em público! Não podemos ficar assim — disse e ele relutou antes de me soltar para que eu me sentasse na cadeira ao seu lado.

— Eu gosto de sentir seu cheiro de pertinho — ele se parecia com uma criança em certos momentos.

Não falei nada e fiquei observando as tatuagens com ele. Por fim, ele escolheu a de uma cereja, algo bem pequeno. O que me assustou foi o lugar que ele falou que eu tatuaria.

— NA VIRILHA? — Arregalei os olhos. Já estávamos de frente para o tatuador, Jungkook lhe falava como seria a tatuagem e onde. Foi quando eu me assustei ao descobrir.

— Sim — disse simples.

— Eu não vou mostrar minha virilha para um estranho — reclamei e ele revirou os olhos.

— Vamos, Tae. Eu também irei fazer uma tatuagem, estaremos juntos nessa — Peraí. Um Jungkook tatuado? Isso sim que vai ser o auge da gostosura.

— Mas vai ser na virilha? — semicerrei os olhos e cruzei os braços.

— Não.

— Então pronto, não estamos juntos nessa — me virei para ir embora.

— Ah, Tae. Por favor. Te juro que você vai ficar ainda mais sexy do que já é — me puxou pelo braço — fora que eu estou pagando então você deveria aproveitar.

Me virei para ele ainda de braços cruzados e pensei. Uma tatuagem não é uma ideia tão ruim assim. Estou sendo fresco, essa é a verdade. Não é como se fosse a pior coisa do mundo. É isso, vou fazer a tatuagem, não tem nenhum problema nisso.

Eu retiro o que disse. ESSA É A PIOR COISA DO MUNDO SIM! O tatuador arrumou o material e quando eu vi a agulha em sua mão, meu coração veio parar na boca.

— SOCORRO! — gritei — ESSA AGULHA É DO CAPETA, ME TIRA DAQUI! — Estava para me levantar quando Jungkook segurou em minha mão e me deitou na maca novamente.

— Relaxa, Tae. Vamos, faça o mesmo que eu. Respire fundo e expire — disse e fez isso. Comecei a imitar, regulando minha respiração. Logo eu já estava mais calmo — isso, você pode apertar minha mão se doer muito, estou aqui com você. 

Por que eu sinto que isso parece uma cena de parto?

— Okay — continuei respirando fundo. É isso, foi só um momento ruim, já estou 100% bem.

— Está pronto? — o tatuador levantou o objeto outra vez.

Foda-se. Desmaiei.

[…]


Acordei com o balanço do carro e quando recobrei totalmente a consciência, lembrei que eu devia estar no estúdio de tatuagem. Me desesperei ao lembrar que estava prestes a ser tatuado e afastei a calça para ver se tinha alguma coisa nova na minha virilha. Nada. Ué. O que aconteceu?

— Você desmaiou e eu achei que era melhor não fazer algo com você inconsciente — me assustei ao olhar pro lado e encontrar Jungkook. Aish, que vergonha, desmaiar na frente de um tatuador vai para a lista dos meus micos.

— Ah sim — olhei para a frente enquanto ele dirigia — e agora? — perguntei.

— Agora, por você não ter cumprido a sua promessa, você terá que cumprir algum mico — disse e eu arregalei os olhos mais uma vez naquele dia.

— Já não basta ter desmaiado na frente do tatuador? — ele negou com a cabeça — aish!

Não falei mais nada durante o caminho. Estávamos perto da casa dele, mas antes disso paramos numa loja de conveniência 24h.

— Aqui vai seu desafio. Você vai comprar alguns doces, salgados, sabe, para terminarmos a noite. Eu vou entrar depois e comprar os refris, apenas para ver se você vai cumprir o desafio. Nisso, você vai falar para o atendente que está com hemorróida e quer saber o nome de um remédio bom.

— Jungkook! 

— E nada de reclamar — disse e saiu do carro, me deixando sem reação.

Sai do carro e ele me deu o dinheiro. Aquele sorriso zombeteiro não saia de sua face, o que me irritou mais ainda. Ele ficou encostado no carro e eu ia em direção ao meu inferno pessoal.

Enquanto pegava os alimentos nada saudáveis para nós dois, eu criava coragem para ir até o homem do caixa. Meu senhor, que vergonha. É cada uma em que eu me meto. Jungkook entrou logo depois e ficou um pouco afastado de mim.

Okay, seja o que Deus quiser.

— Boa noite — desejei e coloquei as compras no balcão — então — estiquei os braços e tentei disfarçar — estou com uma hemorróida do cão e eu queria saber se você poderia me recomendar um remédio bom.

Disse e o atendente me olhou de canto. Ouvi a risada presa de Jungkook no corredor. Imbecil. 

— Acredito que seja mais eficaz perguntar na farmácia — falou e eu senti meu rosto inteiro esquentar pela vergonha.

— C-certo — disse e o paguei. Sai de lá xingando Jungkook mentalmente. Falando na peste, ele saiu logo atrás de mim.

Ele esperou entrarmos no carro para cair na gargalhada.

— Você é um filho da puta, idiota e infantil — reclamei.

— Admita que foi engraçado — disse e eu me calei — em? Em? Em? — Me fazia cócegas.

— Aish, tá bom! Foi engraçado sim, mas teria sido melhor se não fosse eu no lugar — falei rindo.

— Você mereceu — disse convencido.

Revirei os olhos e o caminho seguiu com nós dois se provocando.

Quando chegamos em sua casa, ele pediu para eu dormir lá. 

— Eu tenho faculdade amanhã, Kookie — disse e ele fez carinha de cachorro abandonado.

— Vai, Tae. Fica comigo, prometo não fazer nada. Só quero a sua companhia — me abraçou e ficou fazendo birra. Depois fala de mim — Eu te empresto as minhas roupas e te levo. 

Pensei nos prós e contras daquele situação e por fim me rendi pela carinha de bebê que Jungkook fazia. Ele fez até aegyo para que eu ficasse.

— Okay — concordei e ele me tirou do chão para comemorar.

Jungkook é um bebê grande e eu posso provar.

Depois de termos comido as besteiras que compramos e jogar mais um pouco, Jungkook me emprestou suas roupas que ficaram um pouco largas em mim. Interessante que somos quase do mesmo tamanho e mesmo assim a camiseta dele ficava descendo em meu ombro. Acredito que seja por ele ser musculoso demais, enquanto eu faço academia apenas para manter a forma.

— O que vamos fazer agora? — perguntei indo até ele após tomar um banho. Sentei-me ao seu lado no sofá. Já estava mais à vontade em sua casa e por isso coloquei os pés para cima do assento.

— Que tal filmes de terror? — perguntou sugestivo e eu sorri animado.

— Perfeito! — disse e ele sorriu indo colocar — você é o único que entende meu amor por filmes de terror. Bogum se assusta até com a própria sombra então é difícil assistir com ele.

— Não é atoa que nos damos bem — disse. — Espere um momento. 

Jungkook se levantou e foi até seu quarto. Ele trouxe um edredom e jogou em cima de mim. Antes que eu falasse alguma coisa, ele foi para a cozinha. Ouvi barulho de algumas coisas e do microondas, logo o vi vir até mim com duas canecas de chocolate quente.

— Servido? — entregou-me a caneca e se ajeitou ao meu lado.

— Isso está sendo divertido — disse e ele concordou sorrindo. Percebi que hoje Jungkook não parou de sorrir nenhuma vez.

Ele clicou para que o filme passasse e nisso ficamos assistindo, tomando chocolate e aconchegados com o cobertor. Quando acabamos o leite, colocamos os copos em cima da mesinha de centro e nos ajeitamos melhor no sofá.

— Deita ai — ele pediu e eu o fiz. Por um momento achei que ele iria fazer algo sexual, mas não, ele apenas me abraçou, deitando em meu ombro e abraçando suas pernas com as minhas. Senti sua respiração em meu pescoço. — Você cheira tão bem — parecia um cachorrinho manhoso pelo dono. Olhei para seu rosto e mordi o lábio inferior. Tão fofo.

Apenas sorri e comecei a acariciar seus cabelos. Jungkook tinha os braços em volta do meu tronco e me abraçava como se eu fosse seu ursinho de pelúcia favorito.

— Desculpe — pedi de repente. Ele levantou a cabeça que estava pousada no meu peito para me olhar.

— Pelo o quê?

— Por ter desmaiado e não ter feito a tatuagem. Você ia fazer uma também e eu arruinei o momento.

— Não se preocupe, ainda tem muito tempo para eu escrever Kim Taehyung no peito — disse naturalmente e eu olhei assustado para ele. Jungkook começou a rir escandalosamente.

— Ficou doido? Não me assusta assim não!

— Mas a sua cara foi impagável — parou de rir e me encarou com aqueles olhos jabuticaba — não se preocupe, amanhã eu irei lá fazer as minhas.

— Você falou no plural ou foi impressão minha?

— Falei mesmo, pode ter certeza que até mês que vem eu vou ter fechado o braço — disse se gabando.

— Jeon gostoso tatuado Jungkook — falei sem perceber. Ele me olhou e deu um sorriso cafajeste.

— Então eu sou gostoso?

— Cale a boca e preste atenção no filme — tentei disfarçar mas foi falho. Jungkook riu e chegou perto do meu ouvido.

— Você também é um puta de um gostoso, principalmente quando estou dentro de você — arrepiei e só não cruzei as pernas porque ele estava em cima de mim. Senti quando ele deu um sorriso soprado e voltou a deitar em meu peito — e sinceramente, você ficaria ainda mais gostoso com tatuagem.

Ficou quieto para assistir o filme.

Filho da puta. Ele atiça e depois finge que tá tudo bem.

Vai ter troco.

Pensei em suas palavras sobre uma tatuagem em mim. Talvez eu faça. Apenas talvez.

Voltei a acariciar os cabelos negros de Jungkook e assim nós dois dormimos naquele sofá. 

Não tenho palavras certas para descrever o quão bom foi passar o dia assim com Jungkook. Não houve nada de sexual — apenas algumas provocações de sua parte — e mesmo assim foi incrível. Foi como se fossemos apenas grandes amigos, o que me fez lembrar que era isso que ele queria desde o começo, relembrar dos velhos tempos. 

E foi naquele sofá, abraçado com Jungkook, que eu senti um quentinho em meu coração, como se aquilo fosse o certo a se fazer.

Só não sei dizer se essa sensação era boa ou ruim.

[…]


O final de semana chegou em um piscar de olhos. Mal me toquei que o dia de ir para praia com Jimin havia finalmente chegado.

Acordei às 10h, afinal, se vamos para a praia tem que ser cedo. Arrumei minha bolsa com roupas extras, toalha e Bogum me lembrou de levar o protetor solar.

— Leva lubrificante também — Bogum jogou o frasco na minha bolsa e eu olhei de boca aberta pra ele — Que foi?

— Por que eu levaria lubrificante para a praia? — ia tirar o objeto mas ele não deixou.

— Amigo, toda hora é hora de transar, não importa o lugar — fechou a bolsa pra mim.

— Estou começando a achar que você é ninfomaníaco — falei e ele colocou as mãos na cintura.

— Meu bem, eu sou apenas um apreciador da arte de ter meu pau em alguém ou um pau na minha bunda — disse como se fosse óbvio. Dei risada, meu amigo é louco — Aliás, nunca se sabe quando vai pintar um clima entre vocês dois, então é bom estar sempre precavido.

Saiu do quarto e voltou com camisinhas, jogando-as na minha cara. 

— Eu não vou nem dizer nada — peguei as mesmas e coloquei no bolso da bermuda que eu vestia.

Ouvi o toque do meu celular, peguei o objeto e vi o nome de Jimin na tela. 

— Estou aqui embaixo, meu bem — ele disse assim que eu atendi.

— Tá certo — falei e desliguei — Estou indo — avisei para Bogum.

— Vai dar essa bunda — bateu no meu bumbum quando atravessei a porta.

— BOGUM!

— Tae! — me chamou outra vez e eu me virei para ele — só por precaução, caso você não esteja com a bolsa por perto — colocou um sachê de lubrificante no meu bolso.

Ele riu e eu saí de casa. Esse meu amigo é louco e eu posso provar.

Jimin vestia uma bermuda jeans azul e uma camiseta social de manga curta da cor branca. Com aquela roupa eu conseguia facilmente ver suas coxas grossas. Meu Deus, a vontade de sentar é grande.

— Oi, meu bem — disse e me puxou pela cintura, colocando o rosto no meu pescoço.

— Olá, Jiminie. — o abracei pelos ombros.

— Estava com saudades — anunciou de repente.

— Faz apenas duas semanas que não nos víamos — falei e ele afundou ainda mais o nariz em meu pescoço. Fiquei arrepiado com seu toque.

— Passei oito anos longe de você, agora que tenho contato contigo novamente eu não quero mais me afastar — disse e eu senti meu coração se aquecer. Acabei me lembrando da nossa promessa no parque que fomos, que prometemos um ao outro que estaríamos juntos mesmo se eu não o aceitasse como um amante.

Agora pensando sobre isso. Será que fiz a coisa certa? Foi certo aceitar estar com ele mesmo que meu coração não o escolha? Aish, odeio quando esses pensamentos me vem à cabeça.

— Eu também — falei e o abracei. Ficamos emocionados de repente. No final sinto que foi certo sim, a amizade que eu e Jimin temos não será quebrada por um romance não correspondido. 

Nossa amizade não é frágil.

Entramos no carro — que Jimin pegou emprestado com o amigo de apartamento dele — e botamos o pé na estrada. Durante o caminho ouvíamos músicas e cantávamos. Troublemaker de Olly Murs tocava na rádio. Jimin dirigia com seus óculos escuros como um verdadeiro galã de Dorama. Perfeito demais, não aguento.

Chegamos na praia ao 12h e a primeira coisa que eu fiz foi largar Jimin no carro e ir correndo para a areia. Tirei meus chinelos — ninguém vai de tênis para a praia —, e pude sentir o quentinho dos minis grãos em meus pés. A sensação é maravilhosa e até me faz cócegas, são essas pequenas sensações da vida que me fazem gostar de estar vivo.

— Poderia me ajudar aqui, né? — Olhei para trás e Jimin tinha nossos pertences nas mãos, junto com o guarda-sol.

— Desculpa — pedi rindo de seu sofrimento.

— Está perdoado porque você fica demasiadamente fofo todo feliz assim — disse e eu fiquei tímido, ainda bem que estava sol e eu poderia culpá-lo pela vermelhidão em meu rosto.

O ajudei a colocar o guarda sol e as cadeiras de praia. Jimin trouxe o que comer e beber, enquanto eu só trouxe minha presença mesmo. O que foi? Ele que me convidou, ele que me trate como o princeso que eu sou.

— Quer entrar na água? — perguntou e eu olhei para os nossos pertences e para a água. Suspirei.

Por mais que eu faça academia e tenha um corpo considerado bonito, ainda sou inseguro com o mesmo. Yoongi, Namjoon, Jungkook, até mesmo Seokjin, se demonstraram devotos ao meu corpo, mas essa é uma arte que eu não consigo, pelo menos não agora. Estou aprendendo aos poucos a me amar como sou, a parte do corpo ainda está difícil.

— Não sei — falei e Jimin pareceu perceber meu desconforto.

— Você pode entrar de roupa, sabe disso né? — falou e eu o olhei chocado. Ele lê pensamentos? — Acho que você se esqueceu que somos soulmates e eu te entendo mais que tudo nesse mundo.

Soulmates. Há quanto tempo não ouço essa palavra? Quando eu e Jimin éramos pequenos, nós prometemos um ao outro que estaríamos sempre juntos, essa promessa se renovou quando ele me deu uma nova pulseira da amizade. Mas, soulmates é mais do que uma promessa, é o que somos verdadeiramente. Lembro-me que na época de escola, ninguém, nem mesmo Bogum, que era meu amigo de infância, me entendia melhor que Jimin, assim como eu o conhecia como a palma de minha mão. Bastou apenas um ano para que víssemos que nós dois nos completamos como amigos, isso até que nutrimos sentimentos a mais um pelo outro.

Jimin era transparente para mim como uma janela recém lavada, assim como eu era para ele. Tanto que Bogum sentia ciúmes dessa nossa amizade, até ele perceber que o que eu sentia por Jimin não era apenas coisa de amigos.

Descobrimos o termo "soulmates" após dizerem para nós que se fossemos um casal, seríamos a alma gêmea um do outro. Foi quando Jimin se virou para a nossa roda de amigos e disse “Não precisamos ser namorados para sermos almas gêmeas, ás vezes a pessoa certa veio para completar sua vida, mas não necessário romanticamente. É assim que eu e Taehyung somos”. Desde então nós nos chamávamos de “soulmates” e que o universo havia nos juntado, sendo assim, reencarnamos em várias décadas e iríamos nos conhecer novamente.

Falo que eu e Jimin éramos transparentes um com o outro, mas soubemos esconder bem o que sentíamos, até aquele dia.

— Faz tempo que não ouço essa palavra — falei e ele sorriu radiante.

— Achei que havia se esquecido.

— Nunca me esqueceria da minha verdadeira alma gêmea — falei e ele sorriu mais, me estendendo a mão.

— Não tenha vergonha do seu corpo, daquilo que você é Tae. Nada é mais poderoso do que alguém com amor próprio e confiante do que é — aceitei a sua mão e me levantei — e você não precisa tirar tudo para entrar, se quiser eu fico igual a você.

— Ficaria de roupa para entrar comigo? — perguntei ainda segurando sua mão.

— Juntos em qualquer situação, lembra? Mesmo que isso me faça molhar minha bermuda jeans, que convenhamos, é um saco. — tirou o óculos de sol, me permitindo olhar em seus olhos fixamente.

— Certo. Vamos entrar, mas temos que passar o protetor solar primeiro — disse e ele concordou — tire sua roupa.

— Rápido assim? Nem um cafézinho? — ele falou e eu dei risada.

— Idiota, vá logo.

— Mas acabei de te prometer que iria entrar de roupa com você.

— Até parece que eu vou perder a chance de ver Park Jimin de sunga na praia!

Após passarmos o protetor solar, entramos na água. Tirei minha bermuda, que por acaso também era jeans, e como Jimin falou, é um saco. E fiquei apenas de sunga e camiseta branca. Já Jimin fez o que pedi/implorei, que era ficar apenas de sunga, mesmo a contragosto dele querer me acompanhar nessa de usar a camiseta.

Jimin vestia uma sunga preta como a minha e, minha gente, posso dizer com a plena certeza que ver Park Jimin molhado e seminu na sua frente é uma das melhores cenas que se pode presenciar. Privilegiado mores.

— Sinto que a água aumentou de tanto que você tá babando — ouvi ele dizer e me toquei que estava admirando seu tanquinho e sua bunda por tempo demais.

— Dá um desconto, estou vendo um tritão aqui — falei e ele deu risada. Ver Jimin sorrindo é com certeza a minha dose de serotonina.

— E eu estou vendo o rei dos sete mares — disse e eu mordi o lábio, contendo um sorriso.

— Esse rei vai te afundar — fui para cima dele, tentando o empurrar para o fundo da água. 

Ele riu e se desviou. Ficamos nessa e sinceramente, não tem graça ir contra Jimin, ele é forte e facilmente consegue me derrubar na água, perdi as contas de quantas vezes me afoguei nisso aqui.

— EU VOU MORRER! — Falei e ele me pegou no colo feito uma noiva, fazendo-me calar a boca e parar com meu drama.

— Calma, bebê. Seu salva-vidas está aqui — disse tentando ser sedutor. Dei risada. Vamos fingir que eu não fiquei afetado por ele ter me chamado de bebê enquanto me segurava em seu colo, por favor.

— Estranho, esse salva vidas estava me jogando na água há pouco tempo — disse segurando em seu pescoço.

— Aquele era meu gêmeo, ele é o malvado.

— E você é o bonzinho? — arqueei a sobrancelha.

— Eu não sei, posso ser muitas coisas que você deseja — disse e eu não soube reagir a isso. 

— Virou gênio da lâmpada agora?

— Posso ser seu gênio, seu Aladim. O que você quiser — okay, o clima está esquentando e eu acho que não é por causa do sol.

Em um surto por não saber o que fazer por estar em um ambiente público, com famílias por perto, eu mesmo me joguei na água. Foi uma boa idéia? Com certeza não, mas pelo menos fugi de uma possível ereção. Bem que Bogum falou que qualquer lugar é hora. No que estou pensando?! Não estou cogitando em transar com Jimin na praia não, né? Acho que minha resistência contra as loucuras de Bogum está acabando e estou sendo afetado por todos esses anos perto dele.

Jimin e eu continuamos brincando como verdadeiras crianças em corpos de adultos até nos dar fome. Sentamos e comemos calmamente, apreciando o mar e o pôr do sol. Mal percebi o tempo passar, para mim ainda era uma da tarde, mas estava enganado, bem que dizem que o tempo passa rápido quando estamos com aqueles que gostamos.

Olhei para o lado e Jimin olhava o pôr do sol com um brilho feliz no olhar. Dessa vez eu conseguia ver o mesmo Jimin que eu conheci, aquele por debaixo do corpo sarado e personalidade travessa. Independente de qual versão Jimin seja agora, eu tenho plena certeza que amo as duas. Amei aquele Jimin do passado, e estou amando o Jimin do presente.

— Quer andar pela praia? — ele perguntou após guardamos nossas coisas no carro. 

Olhei para o mar e senti a brisa fresca batendo em meu rosto, já estava de noite, mas o tempo continuava maravilhoso.

— Sim — concordei e ele estendeu a mão para que eu pegasse. Dar as mãos sempre foi um gesto comum entre nós dois, entretanto, no presente, isso tem um significado ainda maior para nós dois, sinto isso de alguma maneira.

Dar as mãos era a nossa forma de demonstrar nosso carinho e afeto. Isso não mudou. Mas, agora, nossos sentimentos são diferentes, não é mais apenas de melhores amigos com sentimentos incubados um pelo outro, e sim dois amigos que tem plena certeza do que sentem. E segurar a mão um do outro nesse momento, é demonstrar que independente de nossos sentimentos, o que temos um pelo outro não vai sumir, que estaremos ali quando o outro precisar, assim como Jimin fez comigo mais cedo.

A mão de Jimin é pequena comparada a minha, lembro-me que o zoava bastante por seu mindinho fofo, mas o contato é tão confortável, que o fato de serem diferentes não me irrita, só me deixa calmo.

Como estava de noite, não nos importamos de nadar de mãos dadas, afinal, os únicos na praia naquele horário eram casais buscando por um momento de privacidade. O risco de alguma coisa acontecer era bem menor, e por isso nos deixamos levar por esse momento gostoso entre nós.

Andar de mãos dadas na praia, com a luz da lua nos iluminando, nunca esteve nos meus planos. Mas, como já falei, minha vida com certeza virou de cabeça para baixo depois que fiz aquele maldito pedido.

Talvez eu deva parar de chamar a estrela de burra e finalmente agradecê-la.

Páramos nas pedras, bem afastados do nosso ponto inicial. Estávamos praticamente sozinhos. Sentamos em uma das pedras grandes e ficamos observando a lua.

— A lua está linda hoje — falou de repente e eu sorri, sabendo o significado daquilo.

— As estrelas também — falei e ele sorriu me olhando.

— Se eu tivesse que deixar de admirar a lua para ter você, faria com maior prazer, pois assim poderia observar o universo inteiro toda vez que olhasse em seus olhos — falou e eu sorri grande. Ele olhou para mim e ficou observando minha boca. Aos poucos fui diminuindo o sorriso — não faça isso.

— Isso o quê? — perguntei, tombando a cabeça para o lado.

— De sorrir — disse e eu sorri mais — eu amo seu sorriso. Sinceramente, que os anéis de Saturno me expliquem como o teu sorriso me tira de órbita.

— Está delirando, com certeza está louco — falei e ele negou sorrindo.

— Se ser louco é estar apaixonado por você, eu não quero saber o quão chato é ser são.

Não percebi que a cada palavra romântica que ele dizia, nós íamos chegando mais perto um do outro. Nossos lábios estavam longe há poucos centímetros de distância, e eu podia ver o brilho em seu olhar, o seu desejo.

Sem me importar com mais nada, o beijei.

O beijo de Jimin. Doce e selvagem como a sua personalidade. A mesclagem das duas coisas apenas deixava tudo mais perfeito e harmonioso. Mesmo depois de anos, o beijo dele ainda era cheio de sentimentos, mas dessa vez havia mais, havia desejo, malícia, não apenas coisas de adolescentes na puberdade. Era mais, mais e mais. Tudo tão intenso.

Jimin apertava minha cintura por debaixo da camiseta seca que eu havia colocado. Seus dedos estavam gélidos por conta da brisa fresca que batia na gente, o que me fazia ter calafrios. Levei minhas mãos até seus fios rosas, puxando os mesmos e senti-o tensionar. Sorri entre o beijo, vendo o quão afetado ele ficava com minhas palavras.

Paramos de nos beijar apenas para descermos da pedra, que era bem desconfortável e escorregadia para o que estava prestes a acontecer. Jimin me prensou contra a mesma e segurou em minhas coxas, fazendo-me subir em seu colo. Jimin poderia ser baixinho, mas ele tinha força o suficiente para me carregar para onde quisesse. 

Exército e whey protein fazem isso.

Senti seu pau semi ereto encostando em minha bunda e eu revirei os olhos de prazer, querendo logo que aquele momento acontecesse. Rebolei com um certo esforço e arranquei um gemido de sua parte. Sorri cafajeste.

— Vamos, Jiminie, me foda — pedi gemendo enquanto ele fazia questão de me fazer subir e descer em seu colo, ainda com roupa.

— Está tão necessitado, Taetae. Você quer mesmo sentar em um pau, certo? 

— Sim, Jiminie. Quero seu caralho no meu cuzinho, bem fundo e forte, me faça sentir o quão bem você pode fazer — falei rouco em seu ouvido. Ele pareceu não ter aguentado a provocação e me colocou no chão.

— Quem diria que você seria uma putinha sedenta por um pau no seu cu, hm? — tirou minha camiseta e sugou um de meus mamilos sem perder tempo — olhe só, não fiz nada e você já está tão duro por mim.

— J-jiminie — chamei sôfrego. Ele não parava de maltratar meus mamilos, chupando, mordendo e assoprando, fazendo-me arrepiar. 

— Isso — me puxou pela cintura, esfregando nossos paus — gema meu nome — impulsionou de novo — como a puta que você é.

As palavras de baixo calão só me deixavam mais excitado e ansioso. A cada palavra ele me impulsionava, como se já estivesse me metendo em mim. Porra, tão gostoso. Eu poderia gozar apenas assim, com ele metendo contra meu cacete dessa maneira.

— Jiminie, por favor — por mais que eu estivesse gostando daquilo e estar prestes a gozar, eu queria fazer aquilo com ele dentro de mim — Mete no meu cuzinho, por favor.

— Oh, Taetae — parou de se impulsionar contra minha virilha. Já podia sentir nosso pré gozo através das bermudas que usávamos, demonstrando o quanto estávamos excitados — sabe qual é o seu problema, bebê? — chegou perto do meu ouvido e puxou meu cabelo — Você provoca mais do que aguenta.

Adentrou minha cueca e começou a me masturbar apressadamente. Aquele não era mais o Jimin fofo do início da tarde, mas sim o Jimin safado e perverso, aquele que é selvagem e que eu acabei de perceber que é um dominador de primeira. Naquele momento eu era sua presa, e ele iria usufruir de cada gota do meu ser, ele não iria ouvir meus chamados e sim o próprio instinto. 

E isso era o que mais me deixava excitado.

Com sua mão em meu pau e sua boca em meu mamilo esquerdo, eu gozei. Minha intenção definitivamente não era essa, mas Jimin havia se transformado em uma fera insaciável, e iria fazer o que estivesse com vontade e eu sabia disso.

— Nesta noite, eu só paro quando você estiver tremendo, bebê — o olhar de Jimin estava nublado. Um brilho obscuro o dominava, deixando-o ainda mais sexy do que já era.

— Quero ver se isso é só falação — disse e ele sorriu de lado — camisinha e lubrificante no bolso — o avisei.

Jimin entendeu, colocando as mãos em meus bolsos e pegando os objetos nas mãos.

— Veio bem preparado para uma praia — havia um brilho zombeteiro em seus olhos. Eu deveria agradecer mais a Bogum.

Jimin se afastou e tirou as próprias roupas, exibindo seu pau grosso e com veias saltadas. Jimin não era grande, mas a grossura de seu pau já me fazia salivar e querer sentar com força.

Eu mesmo tirei o resto das minhas roupas, que se consistia apenas na bermuda e cueca — pois eu havia trocado minha sunga.

Jimin se abaixou e separou minhas pernas. Ele passou a língua no meu pau, limpando o recente gozo que eu havia liberado. Um arrepio me percorreu e eu chamei por seu nome. Percebi que Jimin adorava quando eu o chamava, tão manhoso e necessitado. Solto um grito assustado quando ele me pega no colo, com meu pau bem de frente para seu rosto, meu único apoio era a pedra em minhas costas e seus ombros. Ele apertava minha bunda, me segurando por ela e assim começou a sugar a cabeça do meu pau.

Mal percebi o momento que Jimin passou o lubrificante em seu dedo, mas enquanto me chupava, ele adentrou dois de seus dedos em meu interior. Gritei alto. Porra, Jimin era ótimo nisso!

— Porra, Jimin! — Chamei. Estava prestes a gozar pela segunda vez naquela noite.

— Goze na minha boca, Taetae. Deixe-me sentir seu gosto — pediu e voltou a me chupar, ao mesmo tempo que seus dedos lubrificados entravam e saiam do meu interior.

Mesmo com a posição um tanto desconfortável, Jimin fazia um ótimo trabalho, levando-me a beira da insanidade, apenas querendo mais dele.

Gozei pela segunda vez e minha respiração já estava acelerada. Meu corpo, mesmo que eu não tenha feito muitos movimentos, pedia arrego, mas eu sabia que Jimin não iria parar, e nem eu queria isso.

— Tão gostoso — Jimin me colocou no chão novamente. Fui segurado por ele para que não caísse — mas já está assim, Taetae? Achei que você aguentasse mais — seu sorriso poderia ser comparado a algo diabólico.

— Você está acabando comigo — respondi respirando fundo.

— Isso é só o começo, meu amor — Jimin colocou a camisinha e levantou minha perna, segurando-me na cintura com a outra mão.

O que aconteceu depois foi tão rápido, que eu percebi depois que ele havia me chamado de amor, e não de Taetae ou meu bem, como ele falava. E não sei dizer se isso me afetou de uma maneira boa ou ruim, mas eu com certeza senti algo com isso.

Levado pelo prazer, esqueci da palavra que ele falou e me foquei em seu pau entrando e saindo de mim. Ele bombeava e me socava com vontade. Eu iria gozar apenas com o anal, sem precisar tocar meu caralho outra vez.

Jimin me pegou no colo novamente, mirando seu caralho para meu cuzinho, fazendo-me descer em seu mastro novamente. Ele me movimentava em seu colo, eu descia e subia, sentindo-o deslizar em meu interior.

— Goza pra mim, amor. — as palavras de Jimin eram como um combustível para mim.

— Goza comigo, Jiminie — chamei-o pelo apelido e dessa vez ele atendeu meu chamado.

— Juntos? — perguntou ainda se movimentando.

— Juntos.

Dito isso, nós dois gozamos. Eu pela terceira vez e Jimin pela primeira. Meu gozo melou nossas barrigas e eu olhei para baixo, vendo o quanto estávamos sujos, eu principalmente.

Sem esperar Jimin sair de mim, o beijei novamente, segurando em seu rosto. Ele apertou minha bunda e eu senti um gemido seu. Parei de o beijar e sussurrei em seu ouvido.

— Está na hora de te retribuir, Jiminie.

[…]

Ao invés de irmos para casa, paramos em um hotel para passar a noite, pois já era tarde. Tomamos um banho e eu me enrolei no roupão disponibilizado pelo hotel. Dizem que o exército dá um bom dinheiro, por isso que Jimin conseguiu pagar um quarto de um hotel bom. Quando sai do banheiro, vi Jimin sentado na poltrona do lado da varanda — sim, é tão chique que tem até uma varanda! Jimin é rico e não me falou! — ele estava pensativo enquanto tomava vinho.

— O que você tanto pensa? — fui até ele. Assim como eu, ele usava o roupão do hotel.

— Em várias coisas — me sentei em seu colo sem que ele pedisse — e você, o que faz acordado? — Nessa hora soltei um bocejo.

— Você não estava na cama — respondi me aconchegando em seu colo, deitando minha cabeça em seu ombro, sentindo seu cheiro de banho recém tomado.

— Isso é motivo? — Perguntou rindo e eu concordei com a cabeça. Ouvi ele rir soprado. Tenho certeza que neste momento eu estava parecendo um bebê no colo dele — Então durma aqui, bebê — começou a acariciar meus cabelos. — Eu te levo para cama depois.

Com a sua confirmação, me permiti dormir em seu colo, com seu abraço e carinho. Não me lembro de muitas coisas, mas tenho quase certeza que ouvi Jimin falar alguma coisa antes de eu apagar definitivamente.

— Eu sempre tive um amor pela lua, as estrelas, o universo. Acho que tenho um certo apego pelas coisas que não posso chamar de meu, e deve ser por isso que eu amo você.

 Assim, eu adormeci, esquecendo-me de suas palavras no dia seguinte, acreditando que as palavras que ouvi era apenas um sonho.

Enfim, eu não gostei muito desse capítulo e do lemon, mas espero que esse cap de 7k de palavras tenha agradado vcs.
Até o próximo impurinhos 💜

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