Medellín (Kim Namjoon x Mi...

By robertadbarros

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O que você faria se tivesse que casar com um homem desconhecido pra salvar a sua família de uma dívida? E se... More

Capitulo I - el matrimonio
Capitulo II - La primera noche
Capitulo III - Augurio
Capitulo IV - el dragon
Capitulo V - lo presiento
Capitulo VI - Que no salga la luna
Capitulo VII - el comienzo
Capitulo VIII - De aquí no sales
Capitulo IX - ojos asi
Capitulo X - malamente
Capitulo XI - te lo dije
Capitulo XII - chantaje
Capitulo XIII - Jekyll
Capitulo XIV - So long
Capitulo XV - Oasis
Capitulo XVI - el amanecer
Capitilo XVII - Bogotá
Capitulo XVIII - Contra la pared
Capitulo XIX - Confianza
Capitulo XX - Loco contigo
Capitulo XXI - Di mi nombre
Capitulo XXII - No manners
Capitulo XXIII - MALDICIÓN
Capitulo XXIV - Un ángel
Capitulo XXV - Secret
Capitulo XXVI - Juego
Capitulo XXVII - Why can't I find no one like you?
Capitulo XXVIII - Misión
Capitulo XXIX - aguardiente y limón
Capitulo XXX - Veneno
Capitulo XXXI - Conclusion
Capitulo XXXII - Telepatia
Capitulo XXXIII - Delito
Capitulo XXXIV - La anunciacion
Capitulo XXXV - concepción
Capitulo XXXVII - after the storm
Capitulo XXXVIII - Si Estuviésemos Juntos
Capitulo XXXIX - la carta
Capitulo XL - mi amiga
Capitulo XLI - De una vez
Capitulo XLII - boda de sangre
Capitulo XLIII - volviendo a Medellín
Capitulo XLIV - Streets
Capitulo XLV - El infierno
Capitulo XLVI - Estás sintiéndome
Capítulo XLVII - Es demasia'o traicionera

Capitulo XXXVI - Paz

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By robertadbarros

Limpei o seu sangue com minhas próprias mãos, tive pela primeira vez a decência em olhar nos seus olhos e ser sincera sobre meus sentimentos. No entanto, isso não me isentava de ser a culpada pela tempestade que assolava sob nossas cabeças.

Pra falar a verdade, quando sai daquela casa completamente despedaçada, não retornei para a dos meus pais, não era correto minha família me ver naquele estado. Prendi meu choro até chegar na casa da minha melhor amiga, onde de uma vez por todas contei tudo o que tinha feito e sua única pergunta foi: — Porque você fez isso?

E eu não sabia responder, procurei todas as palavras embaralhadas na minha cabeça e nenhuma delas chegavam a uma explicação plausível. Eu fiz porque estava entediada, eu odiava meu próprio marido e a vida em que levava, odiava o fato de ser trancafiada em um quarto todas as vezes que olhasse de lado... fiz pela solidão que me levou a cometer uma das maiores loucuras.

Não tinha como voltar atrás e culpar apenas Justin Bieber pela minha falta de caráter e fidelidade. A culpada sou eu! Me apaixonei por Namjoon projetando o homem que jamais teria na minha vida, na minha imaginação ele era tudo aquilo que Bieber jamais seria.

E porque eu envolvi Yoongi? Talvez pelo o que ele me devia no passado, as lágrimas que me arrancou ao partir sozinho e me deixar para trás. Eu não suportava o fato dele ser feliz com outra pessoa, ele jamais poderia!

Assim, em uma teia de mentiras e ilusões cai como facilmente. Nem sempre, venceria.

Não tinha o direito de chorar por nenhum dos dois. Eu os usei da maneira em que queria, reproduzi tudo aquilo que Bieber não queria me dar e os tive nas mãos.

De todos os sentimentos que me afundam o que mais incomodava não era ter perdido os dois e sim ter sido desencoberta.

Mantive minha palavra de que não olharia para trás naquele rompimento. E eu segui em frente.

Depois daquele dia, eu prometi a mim mesma que jamais seria infiel ao meu marido.

Seguiria suas ordens, o amaria da forma em que ele era e não importava como estava o seu humor. Seria a sua mulher fiel e parceira, até que aquela criança nascesse.

Meu único medo era quando Justin Bieber soubesse, o que ele faria comigo?

Rezei todas as noites até aquela barriga ser mais evidente, rezei para Santa Virgem de Guadalupe pra que aquela criança tivesse cabelos loiros e a pele alva, olhos amendoados como os de Justin Bieber.

Ele não poderia nascer com olhos puxados, lábios tão bem desenhado como de Joon e jamais poderia nascer com aquele olhar encantador de Yoongi.

Vivia o meu próprio castigo, um purgatório na terra com medo de cada passo dado dentro da minha própria casa, cada vez em que Bieber me tocava a barriga e a beijava... se ele soubesse, que talvez aquela criança não fosse dele, o que faria?

Conviver com uma incerteza que me tirava o sono quase todas as noites, além da incerteza, o peso na consciência de ter destruído os dois por completo.

Soube que Namjoon voltou para Medellín depois de três meses, quando a notícia de que seu cartel finalmente seria preso. Os ataques por toda a cidade cessariam em troca da não extradição para os Estados Unidos. O cartel inteiro foi preso, pelo menos os nomes mais conhecidos que estampavam as capas dos jornais meses atrás.

Seu patrão fez a sua própria prisão no topo de um serrado que dava para ver a tão amada Medellín. A falsa esperança de que as toneladas de cocaína fossem parar de serem transportadas para fora da Colômbia, deixou as fronteiras relaxadas para outros países.

Com aquela pausa em meio ao caos, Cali tomou conta de todos os lugares, desde campeonatos de hípicas até de futebol, tudo era comandado pelo cartel dos padrinhos.

O sangue parou de jorrar nas calçadas e Medellín poderia ter seus momentos de glória mais uma vez.

Eu não retornei para aquela cidade, mesmo ficando sozinha boa parte do tempo em Santa Rosa. Tinha medo de que o policial da DEA usasse a minha própria gravidez como um pretexto pra entregar o seu agente duplo: Yoongi.

O homem sumiu com Fernanda e todo o dinheiro que eu tinha conseguido até aquele momento, como se não bastasse, tivemos o nosso cofre roubado em uma das noites que passamos fora de casa. Tudo que tinha neles foi levado, desde a joias e milhares de dólares. Sabia quem era o culpado quando achei o bilhete jogado em cima da mesa.

"VOCÊ ME DEVE UMA VIDA, AMELIA. Irei tirar de você tudo o que tirou de mim"

Não precisava saber quem tinha sido o remetente, eu engoli aquele papel sem quase o mastigar. Ninguém além de Lourdes viu o que fiz e ela já não se importava mais com as coisas que fazia.

Eu tentei viver ao máximo aqueles sete meses, escondendo e omitindo tudo aquilo que já foi verdade.

Convivendo com o meu pior pesadelo.

A verdade...

[...]

— Eu não quero ter meu filho nos Estados Unidos. -replico Justin, deitado ao meu lado na cama enquanto suas mãos acariciam a minha barriga — Meu filho não vai ser bem educado naquele lugar.

O risinho frouxo mostrando as covinhas na bochecha me deixam um pouco mais confortável.

— Seu pavor em sair desse lugar é engraçado.

— Não perdi nada lá. -dou um pequeno tapa em seu braço — Nem você.

— Tenho negócios lá.

— Mmnh! La modelo?

— A filha da puta. -ergue as sobrancelhas, Bieber pega a embalagem de creme hidratante que passava em minha barriga. Ele fica de joelhos na cama me acomodando um pouco mais aos travesseiros. Engatinha até os meus pés e o segura entre os dedos, os aperta suavemente fazendo uma pressão gostosa, desliza os dedões na palmilha do pé direito e isso me faz suspirar aliviada — Toda vez que você fala sobre isso, tenho vontade de socar a sua boca.

— Você não pode bater em mim! Eu estou grávida.

— Não vai ficar grávida para sempre. -retruca — A vagabunda da Laura fala muita merda, não confia nas coisas que saem de sua boca.

— Eu sei! -coloco minhas duas mãos em cima da barriga — Ela só sabe falar em homens e dinheiro.

Una puta.

— Ah! -grunhi baixo — É bem assim, por favor. -Justin aperta meu pé e ri.

— Sabe o que é bom pro parto?

— Uma boa parteira e três beatas rezando na sala.

— Foder. -sobe os dedos para o meu tornozelo — Eu vi que dá mais centímetros de dilatação.

Começo a gargalhar do que ele falava.

— Onde você aprendeu isso?

— José me disse.

— Você obrigou seu irmão mais novo a ler um livro sobre gravidez e resumir em poucas palavras.

— Ele fez um ótimo trabalho! -exclama, Justin espreme o pote de creme e passa para o outro pé.

— Uh! Díos. -relaxo o corpo sentindo aliviar o peso e a pressão que fazia.

— Vai ficar gemendo assim?

— Uh-huh. Ah Bieber isso está tão gostoso.

— Está me deixando excitado. -chuto seu braço e ele franze o cenho — Olha o tamanho desses peitos, mi amor. Estão quase cobrindo o seu rosto.

— Obrigada por me lembrar que irei ficar como uma porca gorda.

— Se esses peitos ficarem, não importa quantos quilos você pese.

— Bieber!

— Eles estão me chamando. Consegue ouvir? Bieber! Por favor, coloque-me na boca. -ele para de massagear o meu meu pé e sobe devagar em cima das minhas pernas, ficando apoiado com as mãos a cama — Eu estou indo! Tenham calma.

Puxo o braço direito de Justin e isso o faz desequilibrar e cair com o rosto na barriga. Ele abre a boca e me encara desacreditado.

— Não! Você não fez isso com ele. -coloca as mãos em cima da barriga de novo e a beija — Perdón, mi amor. Sua mãe é uma louca! -fala olhando para a barriga.

— Para com essa merda, ele finalmente está quieto. Por favor!

— Gosto de quando ele se mexe.

— Então vamos fazer com que ele se mexa um pouco mais. -meu marido me olha sapeca, com aquele jeito brincalhão que tinha. Justin Bieber não era aquele homem rude do cartel quando estávamos a sós, era apenas um bobo apaixonado.

E graças a esse seu jeito, me mantinha feliz quando estava ao meu lado. Por alguns minutos eu esquecia de todo o pavor e pensamentos assombrosos em minha mente e criava uma atmosfera para que ele gostasse daquela criança, mesmo se ela não fosse sua e o pior me acontecesse.

O homem deita ao meu lado, passa o braço por baixo da minha nuca me acomodando de conchinha. Os lábios macios tocam minha bochecha deixando-lhe um beijo molhado.

— Tome cuidado, mi amor. -a voz rouca fica um pouco grave — Lourdes falou que não quer comer, isso não faz bem para o bebê.

— Não sinto fome.

— Ele sente. -refuta — O que te preocupa tanto? Acha que vou trocar a mulher da minha vida por alguma perra?

— Uma bem mais atraente. -zombo. Justin beija meu pescoço desnudo, passando a ponta do nariz na curvatura dele.

— Ela não tem o seu cheiro.

— Pode dar o meu perfume de presente a ela, Don.

— Ela não tem esses lábios. -beija minha boca — E nem essa cara do tamanho de uma lua cheia. -zomba, mostro a língua para ele.

— Isso é pra me deixar segura de que não está indo passar a noite no bordel? Porquê não está funcionando.

— Não é pra funcionar! -Justin beija meus lábios segurando o queixo entre o dedão e indicador — Confia em mim, vida.

Levanta da cama indo na direção do sofá de canto para colocar seus sapatos. Umedeço meus lábios observando o homem terminar de se vestir para mais uma de suas noites fora de casa. Ao contrário das outras vezes, ele fazia questão de deixar sempre um daqueles celulares com antenas satélites, que eu o ligasse caso precisasse de alguma coisa e ele estaria aqui.

O vejo soltar um beijo no ar e sair pela porta levando consigo aquele momento de despreocupação, me vinha em mente todas as perturbações anteriores.

Levanto da cama com dificuldade, meu corpo me castigava bem mais do que a cabeça. Me sentia pesada e inchada como se levasse uma melancia para todo os lugares, tenho um pouco de dificuldade para levantar e calçar os pés com a pantufa peluda.

Amarro o robe de seda escondendo a barriga ao passar na frente do grande espelho. Meus passos são lentos, ando com a mão direita segurando nos quartos e a outra me apoiada na parede tentando andar um pouco mais rápido.

— Bieber! -o chamo alto, ele já estava lá embaixo no último degrau da escada. Mostro para ele que tinha esquecido aquela corrente que sempre usava no pescoço. O homem me espera pacientemente, mesmo que estivesse atrasado até chegar a ele — Sei que gosta dela.

— Gracias!¡

— Amelia, não pode ficar andando assim. -a voz de Lourdes logo atrás de Bieber me assusta. Fico ao lado dele, dou um pequeno beijo em seus lábios.

— Estou bem, da próxima vez eu desço rolando.

Ela me encara fixamente com os olhos um pouco arregalado e depois balança a cabeça negativamente.

— Lourdes? -indaga Justin ao vê-la cambaleando com a mão na testa — Estás bien?

— Foi só um um auguro.

Faço o sinal da cruz dando um passo para trás. Passei a acreditar nas coisas que Lourdes falava, a maioria delas se concretizavam e isso me assustava completamente. Engoli á seco, sentindo a saliva descer rasgando pela garganta.

— Tenha cuidado, Don Bieber.

— Santo Deus! -resmunga — Vai assusta-la. -aponta para mim, abro um sorriso desconcertada mostrando a Justin que tudo estava bem.

Aquele era o momento em que não poderia discordar de nada que fazia, tudo o que ele queria era cumprido em segundos. Viver com o medo tentando criar um pouco de empatia para o futuro incerto, esse era o meu plano.

Justin beija minha testa e sai da casa cantarolando alguma musica, com ar despreocupado como se estivesse tentando me convencer de que tudo estaria bem.

— O que você viu? -titubeio, Lourdes com a mão ainda no peito me olha de soslaio e responde:

— Hoje não é um bom dia pra ele. Eu vi sangue em suas mãos.

— Díos! -aperto o crucifixo de ouro pendurado na correntinha, aperto com tanta força que sinto as extremidades da cruz machucarem a palma da minha mão.

— É só um auguro, não pode ser nada. -dá as costas para voltar a cozinha, a sigo silenciosamente tentando descobrir o que mais tinha visto.

Depois de tanto tempo convivendo com Lourdes, mesmo tendo diferenças e pensamentos diferentes, ela soube de todas as dores que passei durante esse tempo e após o que Yoongi havia feito, foi impossível esconder dela o que aconteceu.

Ela sabia que esse filho na minha barriga não poderia ser do meu marido, sabia que eu tinha sido uma puta infiel. No entanto, lembrava de todas as coisas que Bieber tinha me feito no começo do casamento, segundo a mesma, disse que se estivesse no meu lugar, teria se matado.

— Menina, vai deitar. -fala impaciente — Me dá uma agonia vê você andando pela casa com essa barriga.

— Já estou indo pro oitavo mês. -puxo a cadeira de madeira para sentar, relaxo um pouco as pernas em cima da outra — Um mês pra saber o que vai acontecer.

— Faça o que te disse.

— Seria desumano.

— Você ama sua vida mais do que essa criança?

— Qual seria a culpa? Um ser inocente não pode pagar pelos erros de uma puta.

— Não estou propondo que mate a criança, basta trocá-la.

— Fala como se isso fosse fácil.

— Foi fácil foder com outro. -para de cortar a melancia e me encara — Fácil será trocar as pulseiras. Faça questão de ter essa criança em um hospital, não importa se é menino ou menina, faça antes que ele descubra que nem os olhos e cor do cabelo são iguais a dele.

Passo minhas duas mãos na barriga, acaricio aquela criança que estava sendo gerada dentro de mim. Não sentia como se fosse um peso, jamais! Pelo medo, apreensão e dor, foi como um vínculo forte que me prendeu a esse bebê.

Não importava quem era pai, a única coisa que valia a pena era saber de que seria mãe. Mesmo que fosse por apenas dois míseros segundos após o parto.

Lourdes puxa uma cadeira para sentar ao meu lado, ela nos serve pedaços de melancia enquanto falava sobre a sua gravidez e todas as coisas que aconteceram durante ela. Ficamos ali por um bom tempo até escurecer e minha mãe chegar para passar a noite comigo.

Ambas tinham medo compartilhavam do meu segredo e tinham medo do que Min Yoongi seria capaz de fazer.

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