tweety • jjk

By Polirius

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- Jungkook...- chamei, enquanto sentia a grama debaixo de mim pinicar, mas não incomodar. Ele me encarou, um... More

P r ó l o g o
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2 𝘵𝘦𝘮𝘱𝘰𝘳𝘢𝘥𝘢 𝘦 𝘮𝘢𝘪𝘴 𝘢𝘭𝘨𝘶𝘮𝘢𝘴 𝘤𝘰𝘪𝘴𝘪𝘯𝘩𝘢𝘴
🎄 Christmas evel 🎄

t w e n t y - s i x

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By Polirius

Afinal havia esperança para mim.

Depois de meses vendo meu nome enfeitar o último lugar no quadro de pontos, naquela manhã descobri que meu nome agora estava em octogésimo sétimo lugar. Posição aceitável para quem passou muito tempo no fundo do poço.

Como milagres eram reais, eu estava bem o suficiente para aceitar que minha posição alta só se dava ao fato de ter recebido ajuda de Jungkook. Caso contrário ainda continuaria no fundo dos fundos. Então, na busca de me tornar alguém melhor, lá estava eu, sentada há bons minutos na arquibancada, esperando o treino chegar ao fim.

E isso com a intenção de presentear o garoto que, apenas internamente assumindo, foi a escada da minha saída do fundo do poço. Só esperava que ele não reclamasse do presente, caso contrário chutaria sua cara com minha tala.

Sendo insuportável da maneira que sou, aquilo estava sendo bem mais difícil que o normal. Esperar por ele estava deixando-me estranhamente incomodada. Não pelo fato de ter que esperar em si, mas por estar o observando tão atentamente como estava.

Mesmo que procurasse, meus olhos olhos não conseguiam encontrar coisa mais interessante para observar a não ser ele. Merda. Odiava ter que assumir que ele era incrível jogando. Seus movimentos além de ágeis eram rápidos e bem calculados. Jungkook verdadeiramente era um excelente jogador. Me irritava um pouco, vergonhosamente assumia. Mas me irritava por ele ser bom, porém, grande parte das vezes fazer corpo mole para jogar sério em competições.

— Ah, ele é incrível — um suspiro excitante vindo de uma das duas garotas na arquibancada acima da minha chamou minha atenção, até então presa no idiota tatuado. Pelo canto dos olhos observo as duas garotas.

— Ouvi dizer que ele tem uma namorada fora do colégio —  murmurou a outra.

— Sério? Me disseram que sua namorada era aqui do colégio.

— Mas o colégio proíbe namoros. E sabe de uma coisa... — era feio escutar conversa de terceiros, mas estava até que interessante a discussão entre elas. — Eu duvido que esses boatos sejam verdadeiros, Jungkook não namora.

— Ninguém pode afirmar isso, ele não é de deixar sua vida exposta para qualquer um saber — queria me intrometer, dizendo que o cretino de quem elas falavam e suspiravam apaixonadas era um grande babaca.

Mas de uma coisa elas tinha razão, Jungkook não era de deixar os detalhes de sua vida pessoal espalhados aos quatro cantos do colégio. Eu nunca ouvi falar nada demais dele. Nem mesmo sabia se ele tinha pais, bom, provavelmente tinha, mas a existência deles ainda era um mistério. Ninguém nunca viu os pais do garoto ou testemunhou ele falando sobre eles.

— Ficou sabendo do boato recente? — pretendia parar de ouvir a conversa alheia, mas fui proibida pela súbita curiosidade com aquelas palavrinhas. E por alguma razão, mesmo não estando vendo, sinto olhares queimarem minha nuca.

— Não, me conta.

— Alguns alunos acham que ele e a assistente do time estão tendo...

— Rose! — eu só tive reação para proteger meu rosto quando notei a bola vindo direto em direção. Ergo os braços, deixando a bola bater contra eles ao invés de meu rosto. Merda! Aquilo doeu. — Porcaria! Me desculpe, eu não queria te acertar — declarou Natanael pedindo desculpas mais algumas vezes.

— Não foi nada demais, eu tô...— Natanael foi tirado de minha frente, dando lugar para um Jungkook preocupado.

— Machucou? — pegou meu braço acertado pela bola.— Tá doendo? — sem controle meus olhos ficaram vidrados nele. No suor escorrendo por sua testa e pescoço. Nas pontas de seus cabelos molhadas com o suor, em suas tatuagens expostas no começo de seu ombro para o braço, com a leve camada de suor escorrendo sobre elas...ah, merda, ele é incrível.

— Tô sim — respondo distraída com a visão que tinha. Um sorriso de canto apareceu em seus lábios, o que chamou minha atenção.

— A bolada foi no braço, mas afetou a cabeça — comentou irônico. Agora eu acordei.

— Idiota — puxei meu braço de suas mãos. — Eu estou bem — ainda em minha frente ele voltou a pegar meu braço. Estava vermelho, eu poderia não estar demonstrando, mas merda, estava doendo pra caramba. O rosto se livrou de uma bela de uma bolada. Foi mais forte do que eu achei que poderia ser.

— Vamos por gelo — Me ajudou a levantar, mas não só isso, ao invés de manter distância suas mãos ficaram em minha cintura, mantendo-me próxima à ele.

Afasto ele, tentando não chamar mais atenção do que já estava chamando. Tanto os outros jogadores, quanto as meninas sentadas na arquibancada, ficaram boquiabertas com a ação do rapaz. Ótimo, mais uma razão para que os boatos do que quer que fosse se tornarssem mais fortes.

— Você ainda está em treino. — lembro tentando soar como a assistente pé no saco. Ele sorriu por minha péssima tentativa.

— O treino acabou. Eu posso te levar.

— Eu não preciso da sua ajuda.

— Se continuar a me contrariar vou colocar você sobre meus ombros.

— Se tiver coragem.

Ele não só tinha a coragem como também realizou o ato. Entre meus protestos ele me pegou no colo, logo colocando-me sobre seus ombros. O pior não foi a reação de todos presentes ali, o pior foi ele colocar sua mão sobre minha bunda, meio que impedindo da saia mostrar o que não devia. Caceta!

— Jungkook! Me coloca no chão agora! Seu cretino! — mesmo batendo em suas costas ele não demonstrou incômodo. Continuou seu caminho para fora da quadra, nem mesmo se importando com os prováveis olhares que iríamos receber ao lado de fora. — Jungkook!

Das suas possíveis péssimas qualidades, sua audácia era a pior. Ele não se importava com o que fazia, nem mesmo com as graves consequências que poderiam ocorrer. Poderíamos não ser um casal, mas não era necessário muito para boatos errados chegarem até os ouvidos da vice diretora.

Um grão poderia ser o suficiente para criar uma avalanche de grãos. E esse grão irresponsável era ele, a peste que me carregava sobre seus ombros.

E mesmo que eu me debatesse, xingasse, tentasse sair, o grão cafajeste não me soltaria. Então, em meio ao certo pavor, eu aceitei meu horrível destino. Com a cabeça caída e olhos fechados eu comecei xingar toda a família do traste, sua bendita mãe que pariu ele, e o cretino de seu pai, que implantou a semente maligna no útero da mulher.

E merda! Sua mão em minha bunda estava deixando as coisas mais íntimas do que deveria. Eu juro por Deus que iria socar ele assim que me colocasse ao chão. E um soco forte o suficiente para ver se ele tomava juízo.

Tomando consciência da movimentação ao nosso redor cubro o rosto em raiva. A cada passo dado por Jungkook eu escutava mais e mais os burburinhos aumentarem entre os alunos dispersos pelo corredor ao qual atravessavamos.

— Você vai morrer — ameaço tentando por mais uma vez descer. Sinto seu corpo vibrar quando ele riu. Deus, que sensação maravilhosa.

— Aposto dez dólares que não é bem isso o que você quer — meu Jesus cristinho, eu vou matar esse cretino.

— Jungkook!

Menos de dois segundos. Em menos de dois segundos eu pude reconhecer a voz que gritava. Era minha penalidade chegando em formato de humano.  Colocando-me ao chão, Jungkook sorriu provocador. Como de costume eu não quebrava meus juramentos. Quanto menos ele esperava lhe acerto um soco no braço.

— Rosellyn! — a diretora ralhou.

— Ele mereceu! E nem doeu tanto assim!

— Acho que ela quebrou algum osso — Murmurou Jungkook em uma falsa dor.

— Mente que nem sente — Com a cabeça baixa, ainda atuando em sua cena de fingimento, ele sorriu pra mim. Meu Deus! Como era possível alguém ser tão descarado como esse cretino?

— Jungkook e Rosellyn! Os dois na minha sala, agora — entre os dentes a vice soou ameaçadora. Engulo em seco, já imaginando outra bela bronca que estava para levar.

Caminhando entre os diversos olhares curiosos de alunos, eu tento segurar o ódio e não socar por mais uma vez Jungkook, que teve a audácia de passar o braço por meus ombros em uma ousadia íntima e absurda demais. Apenas para aliviar a raiva lhe dou uma leve cotovelada. Ele gemeu parecendo ter sentido dor de verdade.

Por segundos me preocupo, achando realmente ter exagerado na força, sendo que nem havia feito força, mas ele sorriu, e a preocupação foi embora. Chegando na sala da diretora sentamos um ao lado do outro. A vice, com sua costumeira cara de irritação, sentou-se em nossa frente e me encarou primeiro.

— O que aconteceu com seu braço?

— Quase fui acertada na cara por uma bola, mas consegui me proteger com o braço — demostrou compreensão com o ocorrido. Não era difícil para ninguém acreditar que eu me machucava só de respirar.

— Ótimo, agora quero explicações sobre a cena presenciada no corredor — sinto satisfação quando seu olhar mortal transferiu-se para Jungkook. O garoto prodígio estava recebendo uma bronca com direito ao olhar mortífero que eu sempre recebia.

— Estava a ajudando, afinal ela não pode fazer tanto esforço — sinalizou para meu pé com a tala. Meu queixo caiu ao chão com a tamanha tranquilidade que ele levava o assunto. — Mas ela é teimosa — completou. Mesmo com sua incrível facilidade de lidar com a situação a vice não se agradou.

— Isso não é motivo para sua ação — esfregou os olhos, demostrando cansaço. — Jungkook, você é um dos melhores alunos desse colégio, frequenta o colégio há quase quatro anos e nunca houve uma sequer reclamação sua, mas em apenas um mês essa é a sua terceira vez aqui, o que está acontecendo com você? Por que seu comportamento está...

Por alguma obra sem graça do destino a diretora foi convocada por causa de alguma briga que estava acontecendo entre dois alunos. Com o aviso de que logo logo estaria de volta ela deixou a sala.

— Fala sério! Qual é seu amuleto da sorte? — questiono surpresa com o fato dele conseguir se safar sempre nos últimos segundos. Com um sorriso de canto ele disse:

Você.

— Vá se ferrar, Jungkook.

Era impossível ter uma conversa séria com ele. Suas respostas quase sempre queriam provocar um rubor envergonhando em mim.

— Estou curioso — Murmurou sem me olhar.

— Sobre?

— Você está segurando essa caixa desde o momento em que entrou na quadra, posso saber o que tem aí? — não sabia se o fato dele ter reparado em mim desde o momento ao que entrei na quadra me deixava pasma, ou ele ter percebido a caixinha em minhas mãos. Evitando olhar em sua direção estico a pequena caixa até ele, entregando-lhe.

— Eu queria te agradecer pela ajuda de ontem com os estudos, então fiz isso.

Minhas bochechas reagiram instantaneamente quando ele pegou a caixinha. Enquanto na madrugada preparava o embrulho pensava que provavelmente iria sentir essa sensação de calor e vergonha em meu peito, mas não imaginei que seria tão forte ao ponto de quase reagir pegando a caixinha novamente e fugindo dali.

Escuto o rasgar da embrulho e o tique nervoso de balançar a perna surgiu. Nunca havia feito nada daquele tipo, e o nervoso da primeira vez atacou fortemente. Enquanto mordia o interior da bochecha, agoniada com o silêncio que provinha dele, tento manter minha mente calma. Era só um presente tosco como agradecimento, não tinha motivo de tanto nervoso.

Se passou alguns segundos com ele em silêncio após abrir a caixinha. Não aguentando a aflição desvio lentamente o olhar em sua direção. Ele encarava o pingente.

Como havia tido a ideia de momento, não tive tempo de sair e comprar algo mais digno para ele, então usei minha habilidade com artesanato e fiz eu mesma o pequeno pingente preso na corrente que ele tanto encarava.

Não era nada demais. Era um pequeno coração, que com todos meus esforços, e dois dedos arranhados o suficiente para sair sangue que chegasse a manchar minha blusa, tinha em seu centro uma pequena bola de basquete delicada. Essa pequena bola de basquete que precisei arrancar de uns dos meus chaveiros preferidos.

E seu silêncio estava me apavorando. Sei que não era nada caro, mas levei quase uma madrugada toda e vários arranhões dos ferrinhos para fazer. Isso sem contar a barganha que precisei ter com Tânia para conseguir a corrente. No próximo final de semana já estava comprometida em lhe levar em uma sorveteria e pagar tudo o que ela quisesse comer. Pensando agora, esse pequeno pingente estava saindo muito caro.

Quando achei que teria que ser a primeira a dizer algo, Jungkook virou em minha direção. Penso que ele iria me agradecer, meio sem jeito, dizendo que gostou bastante, mas diferente do que estava imaginando ele segurou em minha nuca.

Sua rápida aproximação me deixou sem reação. Seus lábios chegaram a tocar os meus por míseros segundos, até serem obrigados a recuar quando a maçaneta da porta rodou, anunciando a volta da vice.

Jungkook voltou rapidamente para seu lugar. Agindo igualmente rápido abaixo levemente a cabeça, deixando meus cabelos caírem sobre meu rosto, tentando disfarçar meu olhar assustado, o forte rubor em minhas bochechas e minha respiração que se descontrolou por causa das loucas batidas de meu coração.

Ah. Eu já havia o beijado, mas por qual razão sentia que esse beijo seria diferente?

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