O fio que nos ligava - Leitor...

By Almdrilm

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A vida de (s/n) nunca saiu da mesmice, sempre focada na faculdade não costumava sair, mas quando tinha oportu... More

1- como tudo começou
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especial

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By Almdrilm

O dia amanheceu ensolarado e me coloquei em ação, iria fazer esboços da loja de Amélia, aquele lugar havia me encantado. Consegui colocar todos os meus materiais em uma sacola de pano e fui em direção ao meu carro, não poderia me distrair no metrô dessa vez.

O caminho foi curto, em 20 minutos já havia chegado. Por sorte encontrei Amélia logo na esquina e ela disse que poderia me fazer companhia na loja já que não pretendia abrir hoje.

-Mas se você não vai abrir hoje não precisa se dar ao trabalho Meli -respondi enquanto a senhora, que era mais forte do que eu pensava, me arrastava para uma porta lateral.

-Não será problema algum (s/n) -disse destrancando a porta -podemos tomar um chá enquanto te deixo desenhar minha loja.

Começamos a descer as escadas e avista era maravilhosa, dava para ver pelo menos metade da cidade daqui. Amélia com seu vestido verde, e eu com minha regata verde fazia parecer que tínhamos combinado, ainda me surpreendia com as coincidências do destino em nossa volta. Descemos a escadas e paramos em uma varanda onde continham mais plantas e bancos para se sentar e uma mesa, ela abriu outra porta onde parecia ser uma espécie de sala de música onde continha um ateliê também.

-É aqui que eu e meu marido passamos a maior parte do tempo, as vezes meus dois netos também vem nos visitar.

-Esse lugar é incrível Meli, não paro de me surpreender.

A mesma sorriu em minha direção e subimos a pequena escada que ficava no canto do cômodo. Amélia abriu as cortinas deixando o sol entrar e me deixou sentada em uma mesa enquanto fervia um chá. Comecei a fazer meus esboços e não conseguia parar, eram tantos móveis excepcionais que sentia que poderia passar dias desenhando cada detalhe.

-Você desenha muito bem (s/n) -disse Amélia me servindo o chá e sentando em minha frente -desde quando desenha?

-Pode me chamar de (s/a) -respondi dando um gole no chá - O chá está ótimo! eu desenho desde os meus 10 anos, sempre foi algo que gostava de fazer e fui me aperfeiçoando com o tempo.

-Alguém da sua família te inspirou?

-Ninguém da minha família realmente desenha, mas sempre me apoiaram nas minhas decisões -respondi continuando os esboços -pretendo seguir esse sonho e quem sabe um dia conseguir colocar minhas telas em um museu.

-São metas e sonhos incríveis (s/a) -respondeu Amélia sorridente -espero que se conseguir, me deixe ser a primeira a ver suas obras!

-Ela não deveria mostrar para a família suas obras primeiro vovó? -respondeu um garoto que me era estranhamente familiar.

Quando olhou em meus olhos, percebi que era o garoto que tinha esbarrado na cafeteria, aqueles olhos atrás da armação do óculos me arrepiou.

-Garoto da cafeteria -disse em voz alta sem querer.

-Olá garota da cafeteria -respondeu me cumprimentando de longe -começou a olhar por onde anda para não trombar nas pessoas?

-Sim, e você? vai começar a cuidar da sua vida? -provoquei de volta o que fez ele sorrir.

-Pare de irritar a (s/a) Tsukishima!

-Só provoquei um pouco para ver se seria uma boa influência para você Vó -deu uma desculpa para não receber outro tapa no braço -Sou Kei Tsukishima.

-(s/n) (s/s) -apertei a mão que o mesmo tinha estendido.

-Então não vou poder te chamar de (s/a)? -respondeu debochando do apelido.

-Depende vou poder te chamar de Kei? -provoquei.

-Não -respondeu ainda com um pequeno sorriso no rosto.

-Então para você continua sendo (s/n) mesmo.

-O que veio fazer aqui Kei? -perguntou Meli atraindo nossas atenções.

-Vim terminar de consertar o relógio que a senhora pediu.

-Se distraiu ontem e não conseguiu terminar, isso que dá -respondeu dando um beliscão no mesmo.

-Você também se distraiu -resmungou passando a mão no braço.

-Se vocês tiverem algo importante para fazer, por favor não se preocupem comigo.

-Relaxa querida, nos só iremos terminar de consertar o relógio, pode continuar seus esboços.

Amélia se levantou e foi para trás do balcão com seu neto, então era ele que estava aqui ontem? Continuei meus esboços e abri minha aquarela para começar a pintá-los e detalhar melhor. Fiz anotações de como pretendia fazer algumas partes, e consegui estudar mais de como fazer móveis.

As horas foram passando e eu já estava começando a ficar com fome, no relógio ao lado já se passava de 12:00 logo já passava da hora de comer, e provavelmente da hora de eu ir embora também, então comecei a juntar minhas coisas.

-Já vai embora (s/n)? -questionou Amélia fazendo Tsukishima me observar também.

-Vou sim, terminei meus esboços e irei almoçar em algum restaurante por perto.

-Por que não almoça junto com a gente?

-Não quero dar mais trabalho do que já estou dando -respondi colocando todas as minhas coisas em minha bolsa.

-Eu já vou ter que fazer um batalhão de comida para esse ser aqui, não será incômodo algum.

-Daqui a pouco vou achar que eu que estou incomodando -respondeu Tsukishima fazendo Amélia revirar os olhos.

-Irei providenciar o almoço, não briguem crianças! -exclamou Amélia e desceu as escadas.

-Conseguiram consertar o relógio? -questionei me aproximando da bancada.

-Não, eu e minha avó somos péssimos seguindo manuais.

-Posso dar uma olhada? -questionei já me dirigindo para trás da bancada.

-A vontade -respondeu saindo de perto da peça e tirando os óculos para passar a mão no rosto.

Comecei a observar o manual e o que tinham feito, uma peça estava colocada errada então comecei a arrumar e colocar as peças faltantes. Senti os olhos do maior ao meu lado e me virei para o mesmo.

-Tira uma foto que dura mais -pisquei para o mesmo com um sorriso divertido. Tsukishima corou e logo fechou a cara -me passa essa peça que está aí do seu lado, por favor -disse ainda rindo.

-Tsc -murmurou me passando a peça.

Não falamos mais nada, acho que consegui acabar com as frases de deboche dele o deixando envergonhado. Em pouco tempo eu já havia terminado de montar o relógio e mostrei para o mesmo orgulhosa.

-Até que não ficou tão ruim.

-Se quiser eu posso desmontar e deixo você tentar de novo.

-Tudo menos isso -respondeu brincalhão -obrigada pela ajuda, minha avó ficará feliz.

Se levantou e comecei a segui-lo até o andar de baixo. Amélia já havia colocado a comida e os pratos na mesa da varanda quando nos viu chegar.

-(s/n) conseguiu me ajudar no relógio.

-Cala a boca, se não fosse por mim esse relógio nem estaria montado -respondi fazendo Amélia rir.

-Obrigada (s/n), estaríamos perdidos se não fosse por você -disse Amélia mostrando os lugares para nos sentarmos.

Um homem que provavelmente tinha a mesma idade de Amélia se juntou a nós na mesa, provavelmente era seu marido.

-Olá (s/n)! Amélia me disse bastante sobre você enquanto fazíamos o almoço -disse enquanto se sentava -Sou Charles.

-Obrigada por me receber, a comida parece estar incrível -respondi apertando sua mão estendida.

Nos servirmos, agradecemos e começamos a comer.

-Está maravilhosa -disse olhando para o casal que estava na minha frente.

-Obrigada querida -respondeu Amélia -sabe, eu não iria reclamar se você namorasse meu neto.

-Meu deus mulher -exclamou Charles enquanto batia nas minhas costas já que eu havia engasgado com a comida.

-Nossa vó, podia ser mais direta -respondeu Tsukishima levemente corado.

-O que gente só disse a verdade, (s/n) e você fariam um belo casal, além de que eu seria feliz por ter alguém para me fazer companhia na hora de pintar.

-Fico lisonjeada Amélia -respondi me recuperando -mas Tsukishima parece ser muito chato para mim -todos começaram a rir menos o loiro que fez cara de tacho.

-Eu que não iria querer namorar uma chata que nem você.

-Até parece -me gabei fazendo até ele rir.

O resto do almoço ocorreu tranquilamente, Charles começou a divagar sobre os discos que tinha e como as músicas eram muito melhores quando tocadas em uma vitrola. No final da tarde já havíamos escutado vários discos e o mesmo até tinha me tirado para dançar enquanto elogiava minhas "ótimas habilidades". No final de tudo já parecia que os conhecia a anos, deixei meu número com Amélia para caso ela precisasse de algo e sai em meu carro me dirigindo para casa. O dia tinha sido ótimo.

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não esqueçam de me dizer o que acharam!
obrigada para quem leu até aqui :)

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