gloss | adrinette

By dragwnbug

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onde Adrien quer descobrir o gosto dos lábios de uma garota. ou onde Marinette adora lambuzar os lábios de gl... More

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By dragwnbug

Se olhou no espelho, sentindo algo diferente em si. Ela se sentia tão... brava. Não se lembrava de ter sonhado com algo, por isso a noite de sono não seria uma desculpa.

Logo, Marinette culpou o trabalho de costura que toda a turma estava fazendo para a peça de Hamlet. Não sabia se conseguia aguentar toda aquela frustração por conta daquele projeto, que era imensamente importante. Era fim de semestre e aquelas roupas valiam oitenta por cento da nota.

Por alguns segundos, forçou a si mesma a esquecer momentaneamente do trabalhos. Pegou, primeiro, um liptint vermelho com cuidado e coloriu levemente os lábios, batendo levemente a ponta do indicador na região. Então, lambuzou os lábios com o brilho labial que tinha o delicioso gosto de limonada.

Normalmente, parecia um ritual. Depois de ter se vestido pela a manhã para ir à faculdade, de ter tomado café e ter escovado os dentes, ela parava na frente da penteadeira, que continha vários tipos e sabores de gloss labial. Normalmente, ela não usava muita maquiagem, mas ela tinha muitos daqueles vidros com sabores diversos.

Assim, pegou sua bolsa e correu para a faculdade, se sentindo cada vez mais frustrada por ter olhado para o céu e o visto totalmente fechado.

[...]

— Tchau, Mari! — Luna disse, acenando para a estilista de cabelos azulado, que tomou um leve susto e perfurou o dedo com a agulha, mas não xingou ou praguejou. Era normal a garota furar o dedo. — Até segunda!

— Bom trabalho hoje, Luna! Até segunda! — ela disse, olhando para a garota de cabelos escuros que saiu da sala. Assim, Marinette ficou sozinha naquele estúdio da faculdade.

Deixando o que estava fazendo de lado, Marinette foi até sua bolsa e pegou a caixa de band-aid que sempre carregava consigo. Tirou um da caixa, abriu o pequeno pacote e enrolou no dedo que havia machucado.

Suspirou pesadamente e voltou ao trabalho. Só iria embora quando seu avanço estivesse visível e se sentisse, totalmente, realizada por isso.

Enquanto costurava, Marinette lembrou que não vira Adrien durante o dia todo. O relacionamento deles não havia sido oficializado e ainda parecia um segredo. Ou ninguém havia percebido a proximidade deles, ou eles fingiam isso.

Cantarolou uma música que havia ficado o dia todo na sua cabeça e, logo depois, respirou profundamente. Estava totalmente frustrada porque aquela música estava em sua cabeça o dia todo e isso a fazia ficar cada vez mais brava.

Assim, ela respirou fundo, mais uma vez, e apoiou a testa na mesa, sentindo-se esgotada. Se perguntava se ela se forçava a continuar a costura, ou se iria embora. Poderia tirar um tempo para si mesma, assistir um filme ou fazer uma hidratação facial; qualquer coisa que a fizesse se sentir um pouco melhor era válida.

— Acho que eu vou embora... — sussurrou consigo mesma, pensando alto.

— Mas já? — uma voz rouca perguntou ao lado dela, o que a fez tomar um susto e se endireitar, enquanto olhava com olhos arregalados para Adrien, que riu.

Ela semicerrou os olhos, o olhando com raiva. Como era Adrien, ela voltou a deitar a cabeça na mesa, fechando os olhos. Marinette não viu o sorriso que ele tinha nos lábios quando ele passou a fazer carinho nas madeixas escuras.

— O que houve, m'lady? — perguntou, carinhosamente.

— O dia deu todo errado. — disse, com a voz soando baixa. Sua cabeça parecia doer tanto, mas não ignoraria a presença do rapaz que fazia seu coração errar as batidas. — O vestido parece estar atrasado para os últimos ajustes e eu acordei em um dia ruim.

Ele ficou em silêncio, mas continuou acariciando o cabelo dela. Marinette prestou atenção naquela carícia deliciosa que estava recebendo do loiro de olhos verdes, que parecia a fazer se sentir um pouco melhor.

— Qual o sabor de seu gloss hoje? — ele perguntou, o que a fez arrepiar, já que nunca pensou que ele faria aquela pergunta depois dela dizer o que havia dito.

— Limão. — respondeu, secamente, o que o fez sorrir, mas ela continuou não visto aquele sorriso que considerava lindo.

— Seu dia deve ter sido, realmente, ruim, Mari. — ele disse, não parando com aquele carinho. — Nunca te vi com humor limão. É uma novidade para mim.

— Bem, tem primeira vez para tudo. — resmungou, abrindo os olhos e o olhando.

Marinette o encontrou sorrindo para ela, o que aqueceu seu coração de um modo que não achou ser possível. Os olhos dele brilhavam tanto e ele ficava tão lindo quando sorria, que o dia pareceu melhorar só porque ele estava sorrindo para ela.

— Sem querer ser muito grudenta, mas quero deixar claro que você é lindo. — e levantou, para que pudesse olhá-lo de perto.

— Obrigado. — respondeu, com carinho. — Eu te acho linda de qualquer jeito. Mesmo com esse cabelo bagunçado.

— Está bagunçado? — ela perguntou, levando a mão até as mechas escuras.

— Um pouco. Mas você é linda, não esqueça. — respondeu, passando a mão no cabelo dela e arrumando-o.

Marinette não tinha ideia de como sua aparência estava, mas não iria se se certificar daquilo naquele momento. Não queria pedir licença para Adrien, fazendo-o parar de lhe demonstrar tanto carinho para si. Ela queria se ver pelos olhos verdes que a encaravam, que pareciam enxergar beleza onde não tinha.

— O que posso fazer para te animar? — ele perguntou, parando de acariciar o cabelo dela e passando a observar as coisas na mesa.

— Não sei. — respondeu, com sinceridade. — Não é algo muito fácil de fazer.

— Ah, é? — duvidou, olhando para ela com a sobrancelha arqueada.

Em um piscar de olhos, o loiro afundou seu rosto no pescoço dela, distribuindo beijos na região. Não pode segurar o suspiro que soltou, que pareceu ser escapado de seus lábios. Segurou nos cabelos loiros dele, querendo que ele não saísse dali.

— Te faz se sentir melhor? — foi o que ele perguntou, entre um beijo e outro, com a voz baixa, o que a fez se arrepiar.

— Oh, sim. — respondeu, em um suspiro. De forma corajosa, puxou levemente o cabelo dele, o que o fez se afastar de seu pescoço e passar à vê-la frente a frente. — Mas o que irei fazer é, definitivamente, mais animador.

E, antes que ele pudesse falar qualquer coisa, ela selou seus lábios nos dele. Os dedos de Adrien ficaram firmes nas mechas do cabelo dela. Quando os lábios dele se moveram, Marinette percebeu que ela precisava daquele beijo.

Quando ele se afastou, depois de um tempo, respirando fortemente, ela não pode evitar o sorriso. Ele deu mais alguns beijos nos seus lábios, o que a fez se sentir imensamente adorada.

— Isso me faz me sentir melhor.

— E quer mais? — perguntou, a olhando carinhosamente.

— Oh, sim! — respondeu, animada como uma criança. — Apenas mais um.

Ele sorriu antes de voltar à beijá-la. Por Deus, ela só poderia estar ficando maluca, já que os beijos que eles davam era a melhor coisa que acontecia. Adrien sabia exatamente como beijar e isso era uma das coisas que mexia com ela.

Além disso, o loiro tinha uma personalidade e gostos extremamente atraentes. Antes de tudo, a Dupain-Cheng era atraída pela a fisionomia dele, depois o jeito que ele beijava era... ela não tinha palavras para isso, então considerou que indescritível seria a certa. E, o que mais a fazia sentir aquela admiração por ele: o jeito que ele era.

Adrien não seria tão atraente se não tivesse aquela personalidade charmosa. Ele tinha um gosto excelente para filmes e livros, além de que sabia muito sobre coisas que lhe atraiam. Por motivos pequenos, o Agreste era imensamente lindo. Talvez fosse por esses mesmos motivos que o beijo dele fosse tão bom.

Ela separou dele, se afastando um pouco para que pudesse vê-lo. Sorriu para ele, sentindo o coração arder dentro do peito. Marinette sabia o que era aquilo, mas não admitiria.

— Devo comentar que o de limão não é meu favorito. — ele brincou, o que a fez rir.

— Também não é o meu. — respondeu, olhando-o com atenção. — Mas não conseguiria passar algo doce sendo que não é algo que eu... sinto.

— Eu entendo, Mari. — sussurrou, o que a fez sentir um arrepio delicioso percorrer o corpo todo. — Vou te esperar para ir embora.

— Nós não podemos ir agora? — suspirou, olhando para o vestido e sentindo o cansaço só de relembrar tudo que deveria concertar. — Eu estou cansada.

— Você quem manda, m'lady. — piscou um dos olhos para ela, com um sorriso ladino nos lábios, e se afastou dela.

Assim, ele a ajudou a guardar as coisas e disse que ele levava sua mochila, mesmo com ela dizendo que poderia levar. Antes de sair da sala, Marinette apagou as luzes, sabendo que era uma das leis que a faculdade tinha.

Quando começaram a andar, rumo ao apartamento da garota, ela cruzou seus dedos nos dele. Os corredores estavam, mais uma vez, vazios, mas a de olhos azuis não se importava se alguém os visse juntos. Na verdade, ela até queria que aquilo acontecesse.

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