The Son of Stark!

By BellaViking

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Nem tudo que ocorre nas nossas vidas, pode ser considerado péssimo... e uma prova disso, era a história de Pe... More

Prólogo
A New Life!
Shopping.
Bedroom!
Engagement?
Dinner!
Karen
Are you a Stark?
Nightmares?
Avengers?
Doubts...
Meeting!
Gwen and Spider-Man
Spider Brat.
Academic Decathlon!
Sinister Sixth
Dad!
Memoirs?
My Father Will be Back!
The Comeback!
Mystery?
Final Match!
GoodBye
Epílogo

Family Moment!

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By BellaViking


Tudo não podia estar mais perfeito na opinião de todos, e quando eu digo de todos, estou a dizer de todos mesmo. Não apenas os dois Stark's e a Potts, ou dos moradores da Torre. Mas sim, de todos os Vingadores, que tiveram a maravilhosa notícia que Tony estava vivo e acordado. Todos agradeceram imensamente por tudo ter terminado da melhor forma - primeiro, porque todos haviam criado um laço afetivo gigantesco com o Mini Stark, e ninguém mesmo, queria ver o sofrimento do garoto, e segundo, porque o mundo não será a mesma coisa sem o Homem de Ferro.

O mundo havia mudado drasticamente, quando um gênio, bilionário, playboy e filantropo, anunciou em uma coletiva de impressa, que ele era o Homem de Ferro. Tanto pessoas de perto ou de longe, sentirem o impacto ao descobrir a identidade do herói de armadura vermelho e dourado. Nesse dia, heróis e vilões começaram a conviver nitidamente na sociedade, os perigos não eram mais apenas, roubos e sequestros, mas sim invasão de alienígenas ou ataques de robôs assassinos.

Realmente, o mundo já é lugar frágil, com apenas a presença dos seres humanos, mas fica mais fragilizadop, com a presença dos vilões e heróis. Entretanto, todos os seres humanos precisam dos heróis mais poderosos da face da terra, o mundo precisa dos Vingadores... e os Vingadores, precisam do herói que sempre é o primeiro a querer se sacrificar, que foi uns dos primeiros heróis dessa terra, que foi o Segundo Vingador – mesmo ele não sabendo disso... Os Vingadores precisam e querem, o Homem de Ferro.

Tony se encontrava sentado na sua cama hospitalar, enquanto jogava Damas com Peter. Os dois Stark's, estavam em uma disputa acirrada, enquanto um provocava o outro. Já fazia quase cinco dias, que o engenheiro havia retornado, e nesse período alguns dos Vingadores o visitou no hospital, ou apenas mandara uma ligação em formato de holograma. Nesses cinco dias, Peter e Pepper ficaram praticamente ao lado de Tony, o ajudando em tudo que precisava, e tentando fazer ele se sentir mais em casa – mesmo o mecânico não gostando nem um pouco de hospitais.

Durante esse tempo também, Tony pesquisou junto com Peter e Natasha, mas sobre seu pai e Richard. E o trio acabou descobrindo algumas coisas sobre o Parker – ou será que devia ser chamado de Stark? – incluindo do porque ele ser daquele jeito. Tony não estava mentindo para Mary, sobre não saber como agir ou fazer com o irmão – agora ele parecia até o Thor em relação ao Loki.

Se todo esse lance de irmão e rouba de noiva – se bem que Tony nao roubou nada, já que foi Mary que o escolheu – não tivesse sido revelado, o Stark não hesitaria nem um minuto de mandar uma rajada de propulsão na face de Richard. Mas agora, sabendo os detalhes da história inteira, era realmente complicado e delicado, afinal ele não podia sair matando seu irmão – mesmo o palhaço do Richard merecer aquilo, afinal mexeu com o Peter. Talvez, Thor pudesse dar alguns conselhos para o engenheiro, afinal o deus passava por algo semelhante diariamente.

- Venci! – a voz energética de Peter, acordou Tony do seu transe – Falei que ia ganhar novamente!

- Nunca fui bom em Damas, sempre preferi Xadrez. – o engenheiro bufa, enquanto via Peter guardas as peças – O que vamos fazer agora?

- Hum... Não sei. – o menino responde, dando de ombros – Que tal, assistir um filme?

- Isso soa músicas para os meus ouvidos. – Tony cantarola, enquanto olhava para o menino que se ajeitou ao seu lado – Que filme?

- Por que não assistimos, - Peter forma uma careta pensativa – E.T: O Extraterrestre?

- Isso é sério? – o engenheiro levanta uma sobrancelha, de forma interrogativa.

- Nunca falei tão sério, como estou agora, pai! – Peter olha seriamente para Tony, que apenas sorriu fraco, ainda era inacreditável ver Peter o chamar de Pai... era um sonho, sendo realizado.

- Se você quer isso, vamos assistir esse filme. – o engenheiro concorda, vendo o filho pegar o controle – Você sabe que a SEXTA pode fazer isso, né?

- Sim. – Peter assente, e logo olha para o pai com um sorriso maroto – Mas eu não gosto de explorar a SEXTA, em coisas tão banais como colocar um filme.

- Você é um Pirralho Atrevido, Peter! – o menino deu de ombros, enquanto Tony negou com a cabeça – Você não era assim, garoto.

- Estou passando muito tempo com o meu pai. – Peter comenta, como se fosse a resposta mais adequada, causando um riso no mecânico.

Era algo realmente muito comum, ver Peter agindo como um Tony, tornando até difícil dissociar ambos. Na verdade, depois que o engenheiro acordou, Peter estava cada vez mais parecido com o pai – exceto nos "defeitos" do Stark mais velho. Até momentos como esses, era algo de rotina na parecença dos trabalhadores ou moradores da Torre, ver Tony e Peter sorrirem por alguma coisa banal ou uma piada sem nenhuma graça, era tão lindo de ver.

Entretanto, a atenção de ambos logo foi desviada para o noticiário que rolava livremente na TV. Dois pares de olhos castanhos se viraram para a TV Plana, apenas para ver o imenso edifício e um mulher loira, que estava se tornando uma das jornalistas mais chatas, na visão de Peter. A mulher, que durante esses dias, estava sempre reportando sobre o caso do Tony, olhava atentamente para a câmera, com um sorriso falso, pronta para começar mais uma das suas reportagens.

- Estamos aqui novamente em frente a Torre dos Vingadores, onde finalmente fomos respondidos sobre o caso de Tony Stark. – o engenheiro franze o cenho, ele conhecia aquela mulher de algum lugar, já Peter, esse apenas estalou a língua – A Senhorita Potts com sua assistente, Natasha Romanoff, confirmaram hoje de manhã, que Tony finalmente acordou do coma. Entretanto, ele continua fora dos holofotes, para se recuperar do acontecimento.

- Isso é realmente um alívio de ouvir. – uma outra mulher aparece, dividindo a tela com a loira, entretanto, diferente da loira, essa estava no estúdio – Senhorita Everhart, sabe quanto tempo pode levar esse tempo de recuperação?

- Infelizmente, a Senhorita Potts, não revelou sobre isso. Apenas que daqui três semanas, terá uma Conferência, onde tudo vai ser respondido. Mas mesmo com essa afirmação, não confirmo o retorno do Senhor Stark, tão cedo para as câmeras.

- Nessa conferência, acha que vão esclarecer mais sobre Peter Parker? O garoto misterioso, que foi visto ao lado de Stark no acidente, e depois em uma entrada de cemitério, com a Senhorita Potts? – Tony arregala levemente os olhos, e olha na direção de Peter, o que ambos foram fazer em um cemitério?

- Creio que sim, Senhora... – a atenção de ambos, foi desviada para barulhos de salto, e logo os dois olham para uma Potts parada na frente da porta.

- SEXTA, silencia a tv. – adentrando no quarto, que agora estava silencioso – Odeio canais de noticiário.

- Eu odeio repórteres. – Peter balbuciou, desviando os olhos para as mãos – Como eles me descobriram?

- Câmeras. – Tony respondeu, olhando para a televisão, onde imagens do acidente rolavam, e uma das imagens focou na face de Peter – Eles conseguem transformar uma foto borrada, em uma linda, com a tecnologia que tem a favor. Depois que tem uma foto, fazer uma pesquisa facial é tão rápido como piscar os olhos.

- Eles não tem coisas mais importantes para fazer, em vez de cuidar das vidas alheias? – a voz da Potts saiu como um rosnado, ela estava irritada por Peter ter perdida a privacidade que tanto amava.

- O que faremos agora? – Peter levanta o olhar, apenas para ver uma das suas fotos atuais e uma do Seth Stark ao lado na televisão.

- Evitar a impressa... e falaremos que você é o estagiário do Tony. – a ruiva responde, negando com a cabeça - Talvez, eles acreditam nessa mentira...

- Eu creio que não. – Tony olhou de relance para o filho – Mas isso não importa agora, vamos resolver isso mais daqui uns dias.

- Tony está certo, vamos esquecer desses abutres, e focar... – Pepper é interrompida pelo o engenheiro.

- Peps, da onde conhecemos ela? – Tony indica a loira da Televisão, enquanto a Potts apenas forma uma carranca.

- Eu de uma entrevista... você já foi em uma cama. – a ruiva responde amarga, fazendo Tony arregalar os olhos e Peter segurar um sorriso – Ela foi uma das suas companheiras de uma noite.

- Agora me lembrei. – o engenheiro balbuciou – Foi por isso que eu me lembro dela.

Pepper fuzilou Tony com o olhar, é sério mesmo que ele iria fazer aquilo? Na frente dela? Aquele homem era impossível... é isso, não tinha outra palavra para descrever melhor o engenheiro, que não fosse essa. Negando com a cabeça, a Potts tenta não olhar para o noivo, porque se olhasse, iria o esganar fortemente. Já Tony, esse apenas deu uma risada nervosa, o que desencadeou uma gargalhada do menor. Era uma missão impossível, não rir de como Tony enfrentava qualquer vilão, com a coragem nas alturas, mas tremia de medo, de Pepper Potts.

Bruce chegou no momento exato de ver Peter gargalhar, enquanto a Potts apenas sorria fraco, e Tony desviava os olhos para o filho. O doutor, parou por alguns segundos na porta, segurando firmemente o Tablet Stark. Era tão inacreditável como as coisas haviam mudado, nesses últimos meses pra cá. Seu melhor amigo, irmão da ciência, é pai e está noivo, e como se isso não fosse surpreendente já, Tony começou a agir com mais responsabilidade – afinal ele não tinha fugido do hospital, igual da última vez.

Helen, parou ao lado do amigo, apenas para sorrir fraco, ao ver a cena que se desenrolava no quarto. Se alguém contasse, ela nunca iria acreditar nisso, Tony Stark ao lado de um adolescente, gargalhando, enquanto a noiva comentava alguma coisa. Mas olha agora, a cena era a mais real possível, e mesmo assim, inacreditável para a doutora. Espantando qualquer pensamento, Cho deu um leve tapa nas costas de Banner, e apontou para o cômodo, enquanto se afastava do mesmo.

- Hey, Bruce. – Pepper e Peter exclamam juntos, ao ver o doutor entrar receoso.

- Venho me drogar mais, é? – o engenheiro questiona desconfiado do amigo, que apenas negou com a cabeço.

- Acredito que estava cansado de ficar nesse quarto, estou errado? – Tony lançou um olhar de levemente irritado.

- Fica nessa cama, e você vai saber o que é ficar cansado. – Peter e Pepper olham de forma indignados para Tony – Claro que com a companhia de vocês dois, melhorou gratificante a minha estadia aqui!

- O senhor ás vezes é um mal agradecido. – Peter resmunga, pulando para fora da cama, e caminhando até ao lado de Pepper.

- Eu nem vou discutir com você, Pirralho Aranha! – Tony retrucou, enquanto via Pepper rolar os olhos.

- Bruce, o que aconteceu? – a Potts se vira na direção do amigo, que ajeitou os óculos enquanto olhava para a tela do eletrônico.

- Fizemos todos os exames requisitados com o Tony, e tudo deu resultados fantásticos. Sem nenhuma anomalia no sangue, na atividade cerebral ou nos órgãos vitais. – Bruce responde, olhando para Tony – Ele está bem.

- Isso eu já sei, desde que acordei! – o bilionário cantarola, rolando os olhos.

- Acredito que Tony, já pode ser transferido para o andar particular. – o engenheiro sorri vitorioso, enquanto olhava para Pepper e Peter – Entretanto, ele precisa ficar de repouso mais dois á três dias, para a recuperação dele. – o sorriso se desmancha.

- Você mesmo disse que eu estou bem.

- Sim, mas existe recaídas Tony! – Pepper interveio – E eu acredito, que você não quer voltar para aqui depois que sair!

- A Pepper está certa, meu amigo. – Tony bufou frustrado – Eu só posso te liberar, se você cumprir esse repouso.

- Ele vai, Bruce, não vai pai? – Peter olha sugestivamente para Tony que rolou os olhos.

- Tanto faz... eu vou! – o trio sorriu satisfeito pela a resposta do Stark, que apenas bufou novamente, porém desta vez, foi de derrotado.

*

*

*

Tudo estava da forma que ele se lembrava, nada quebrado ou fora do lugar, tudo do jeitinho que ele sempre gostou. Estar de volta na sua casa, era um sonho realizado, para o engenheiro, que sorriu assim que seus pés surgiram na sua sala de estar. Pepper e Peter apoiavam o engenheiro, ajudando ele a caminhar pelo o corredor. Na verdade, era para Tony ir de cadeira de rodas, afinal foi isso que Bruce ordenou, mas Tony negou ferozmente, alegando que seus músculos da perna iriam ficar atrofiados sem movimento.

Logo Peter e Pepper, colocaram o engenheiro sentado no sofá, sem muito esforço. O engenheiro sorriu levemente, enquanto via Peter ligar a tv e colocar em um canal qualquer, já Pepper, caminhar a passos lentos até a cozinha, afim de preparar algo. Os olhos castanhos do engenheiro varriam o cômodo inteiro, apenas para ocupar a mente mesmo, afinal parte dele, estava doido para ir até o laboratório e começar a trabalhar. Quer dizer, ele tinha um grupo de criminoso para pegar, antes que algo de ruim acontecesse.

Seu olhar logo parou, na mulher de cabelos encaracolados que aparecer no seu campo de visão. May sorriu fracamente, ao ver o seu meio irmão postiço? Será que eles eram isso mesmo? Quer dizer, May era irmã adotiva de Richard, que era irmão biológico de parte de pai de Tony, tornando May e Tony alguma coisa. Isso realmente era muito complicado na opinião de Tony, esse lance de parentesco, nunca foi o forte do Stark. Afinal, parentesco não era nada parecido com as exatas, que realmente era a praia do engenheiro.

May, logo se aproxima dos Stark's com um sorriso, e não hesita se sentar na poltrona, ao lado do sofá que Peter e Tony se encontravam. A Parker, começa a assistir o mesmo programa que ambos estavam assistindo. Passou alguns minutos em silêncio, que logo foram interrompidas por uma Potts, que apareceu com um avental levemente sujo e um pano de prato. A ruiva olhou meigamente para Peter, que apenas retribuiu o olhar, com a mesma intensidade.

- Pode vim me ajudar, querido? – Pepper perguntou, e logo viu o assentir do menino.

- Claro! – Peter exclamou, caminhando em direção da cozinha, mas logo se vira na direção dos dois adultos – Tia May, não deixe o meu pai sair do sofá, ele está de repouso. – May e Pepper sorriram, pela a forma que Peter falou, antes de sair do cômodo.

- Ele é igual a Pepper ás vezes... como pode ser possível? – Tony murmura para ninguém em especifico.

- Convivência. – May responde, olhando para trás, onde Pepper e Peter sumiram – Eles se deram tão bem.

- Impossível alguém não se dar tão bem com Pepper e Peter. – Tony retruca, sorrindo fraco – Temos sorte de ter eles por perto.

- Concordo com você. - May assente franco – Peter foi a minha salvação. Eu queria ter desistido de tudo, quando Richard se tornou um desumano. Mas, ter Mary e Peter ao meu lado, me fizera lutar contra aquela onda de terror.

- Peter, nunca desiste das pessoas... ele sempre está lutando, mesmo quando as pessoas desistem. – May olhou para o Stark assentindo.

- Ele puxou isso de você. – Tony olhou para a mulher, com um olhar curioso - Tony, eu sou enfermeira, eu sei que Bruce e Cho, esconderam coisas de Pepper e o restante do grupo. Os danos foi grave nas suas atividades cerebrais... Cho e Banner, acreditavam que você não iria acordar tão cedo, se é que iria... e além disso, devia ter uma sequela ou dano, mas está intacto.

- Foi só sorte. – o engenheiro dá de ombros, mas logo a morena nega.

- Não, isso foi sua perseverança. – May sorriu fraco – Você não está pronto para descansar... Não sem ver as conquistas que Peter alcançou ou finalmente se casar com Pepper.

- Estou percebendo que é um observadora nata, May. – a Parker desviou os olhos, e encarou para o enfeite da mesa de vidro.

- Eu não sabia. – ela comentou, a voz distante, fazendo Tony estranhar.

- Não sabia do que?

- Do Richard ser filho de Howard... – a mulher respondeu fraca – Eu desde pequena, sabia que Chard, não era meu irmão biológico. Sabia que ele era adotado e também um pouco do orfanato... mas só isso.

- May? – Tony a chama, vendo o olhar perdido da Parker.

- Esse homem, que foi capaz de quase matar o irmão, mal-tratar o sobrinho e a mulher que ele falava que ama, não é o irmão que eu me lembro... Richard, era tão carinhoso e cuidador, ele sempre defendia as pessoas. – a morena, sente uma pequena lágrima escorrer – Eu realmente não sei o que aconteceu para ele mudar tanto... Ele não era desse jeito, ou talvez era e eu não o conhecia o suficiente.

- Não... Você o conhecia verdadeiramente, May. Nada disso é culpa sua... – Tony falou, olhando para a Parker – Richard foi uma pessoa inocente, que o mundo e as pessoas corromperam, principalmente os Stark's. Meu pai, não devia ter renegado Richard, nem que isso manchasse a porcaria do sobrenome Stark! Ele não tinha esse direito... e eu devia ter ido mais ao fundo, e não apenas aceitar...

- Você era jovem demais, Tony. – May olhou carinhosamente para o engenheiro – Todos nós erramos... uns mais que os outros. Mas a vida é assim, erramos e aprendemos com os erros. Ninguém nasce sabendo de tudo, até porque, qual seria a graça de viver?

- Acho que você devia ter se formado em psicologia, May. – a morena soltou uma risada, enquanto limpava as lágrimas que escorria – Eu vou trazer o seu irmão de volta, o antigo, aquele que você e Mary se lembram.

- Mas e se ele não aceitar? E se ele quiser destruir tudo? – Tony alcançou a mão da Parker, e deu um aperto fraco.

- Eu vou trazer o nosso irmão, não importa o que aconteça, ele vai voltar para casa. – May deu um sorriso, enquanto algumas lágrimas escorria, esse era um dos sonhos da Parker, ter o Chard que ela conhecia, de volta.

- Obrigada, Tony. – ela balbuciou emocionada com tudo.

- Não agradeça May, família é pra isso. – Tony murmurou de volta, fazendo a enfermeira o abraçar fortemente.

Realmente, Tony Stark estava diferente daquele babaca de uma década atrás. Mas pessoas mudam, algumas positivamente outras negativamente, a vida é assim, uma montanha russa, cheias de surpresas, cheias de altos e baixos, cheias de curvas ou linhas retas... Qual seria a graça, se a nossa vida fosse tão monologa? Fosse tão simples? Sem nenhuma emoção? Sem desafio?

*

*

*

Tony se encontrava concentrado no seu Notebook das Stark's, seus dedos digitando tudo com uma rapidez e agilidade admirável e até invejável. Os olhos castanhos do mesmo, estavam vidrados na tela, onde diversas planilhas da Stark se encontrava. Era tão estranho ver o mecânico concentrado em algo, que não seja uma das suas criações. Mas, como ele não podia entrar no seu laboratório, ordens de Pepper Potts, ele resolveu cuidar das planilhas, afinal era só mexer com números, e isso era algo que ele era bom.

O engenheiro estava na sala comunal, de companhia alguns dos Vingadores, que conversavam ou faziam suas tarefas diárias. Rhodes como sempre estava comendo, enquanto lia um dos gibis, Wanda e Visão, na sala de treinamento, praticando seus poderes. Scott e Clint, jogando Mario Kant e Bruce na ala médica, tendo mais um dia normal do seu trabalho. Já o restante do grupo, ou seja, Natasha, Steve, Bucky e Sam, estavam fora em missão. Tentando descobrir mais sobre os rastros do Sexteto Sinistro.

Tony também queria estar nessa missão, afinal ele é o principal disso tudo, ele e o Peter. Mas é claro que o bilionário não permitiria que o filho, fosse correr risco de vida. E como resposta, Pepper e Peter, junto com todos os outros, proibiram Tony de se envolver na ação da missão, ele podia fazer pesquisas e passar para todos as descobertas. E era exatamente isso que ele estava fazendo, até se cansar em não descobrir nada relevante, e decidiu cuidar das planilhas para ajudar a sua noiva.

Entretanto, os olhos de Tony se desviaram, assim que o barulho inconfundível do elevador, ecoar por todo o cômodo. Um Peter de cabelos desgrenhados e com uma face exaustiva apareceu no campo de visão de todos. O menino, largou derrotado a bolsa da escola no canto de sempre, e caminhou a passos lentos até o lado do pai. Claro que o mini Stark sabia que era para o próprio bem dele, ir para a escola, mas isso não tornava as coisas mais fáceis. Nem mesmo todos sabendo que Tony estava vivo e bem, tinha facilitado voltar para a escola. Quer dizer, agora ele era o centro das atenção de todos, e ver MJ dispensar todos com uma ameaça ou olhar, não é bem reconfortante.

Realmente, Michelle devia ter uma ligação com Natasha ou Pepper, porque não é normal a Jones ser tão semelhante com as duas mulheres, e sem esforço. Um sorriso fraco e apaixonado brincou na face de Peter, o que arrancou uma risada de Tony, ele conhecia aquele olhar e sorriso de cor... Afinal ele convive com Bruce Banner, o homem que nao sabe esconder seus sentimentos por Natasha – foi ele que denunciou o relacionamento de ambos na realidade. Cutucando Peter com o cotovelo, Tony lançou um olhar interrogativo ao menino, que apenas deu de ombros.

- E a escola? – Peter formou uma careta, fazendo uma risada escapar da garganta do pai – Deixa eu adivinhar, foi um pesadelo?

- Foi pior que o primeiro dia. – Peter resmungou descontente, enquanto sentava direito no sofá, e via o pai fechar e largar o notebook na mesa central – Muitos adolescentes interesseiros...

- Pelo menos, você tem seus amigos, né? – Peter assente indeciso – E além disso, você tem a Michelle Jones, aquela garota é junção de Pepper Potts e Natasha Romanoff!

- Disso eu não posso discordar. – Peter sorriu fraco, vendo o pai – É uma mania dos Stark's, sempre gostar de alguém com a personalidade de Pepper? Ou Michelle?

- Eu acredito que sim... acho que é porque elas são as únicas que conseguem fazer nós entrar na linha. – Tony respondeu, dando de ombros – Eu quero fazer algo, na verdade, desde que acordei do coma.

- O que? – Peter olha interrogativamente para o pai, que levantou do sofá e caminhou para fora do cômodo.

- O Stark pirou de vez. – Scott cantarolou, enquanto olhava para a tela - Hey, Mini Stark, está afim de perder?

- O Lang quer ser pisado igual uma formiga, isso sim! – Clint exclamou sorrindo – Esqueceu que o Mini Tony, é um ninja no Vídeo Game?

- Eu só acho que Peter está ignorando vocês, isso sim... – Rhodes comentou sugestivamente, se sentando na poltrona – Onde Tony foi?

- Eu não faço a mínima ideia. – Peter respondeu, se levantando.

- Peter? – o garoto olha para o Homem Formiga – Meio que nós somos parentes, né?

- Não sei... por que? – o Lang sorriu divertido.

- Por que nós dois somos das mesmas casas. – todos olharam para Scott interrogativamente – Ele é o Homem Aranha e eu Homem Formiga, ambos são insetos!

- Em primeiro lugar, isso não tem lógica! E em segundo, formiga é um inseto, nisso você está certo. Mas as aranhas, pertencem a Classe Arachnida, portanto são Artrópedes, e não insetos! – Peter respondeu, formando caretas enquanto explicava – Isso você aprende na escola, não se lembra não?

- Odeio quando você age como o filho do Stark! – Peter rolou os olhos, pela a fala do Lang.

- O Polegarzinha, quer parar de encher o saco do meu filho? – Tony apareceu, com uma roupa discreta e com boné, enquanto nas mãos, uma sacola reutilizável e um dois pares de óculos escuros.

- Pra que isso? – Rhodes pergunta, olhando desconfiado para o amigo, que apenas sorriu fraco.

- Vou visitar um lugar, que eu nunca fui... – Tony responde, e aponta para o Peter - Vamos, Pirralho Aranha?

- Claro, melhor que ficar aqui e ouviu baboseiras... – Peter responde, caminhando ao lado do pai, e dando uma leve olhada ao Scott, que cruzou os braços.

Logo os dois Stark's estavam parados bem em frente ao estacionamento particular da Torre. Peter olhou interrogativamente para o pai, que nada falou, apenas entrou no Audi preto, cujo Happy sempre usa para levar Peter para a escola – mesmo todos sabendo do suposto parentesco do garoto com Tony. Peter, sem muita escolha, logo acompanha o pai, se sentando no banco da carona.

Tony, não tardou em fazer o carro sair da imensa garagem e entrar no tráfego da cidade. Isso apenas serviu para deixar Peter mais confuso possível com tudo que estava rolando. Em primeiro lugar, onde diabos eles estão indo? E em segundo, Tony não devia sair da Torre de jeito nenhum, não tão cedo assim. Ele ainda estava na face de recuperação, então o que era tão importante, que o engenheiro precisou sair de casa e arrastar o filho junto? Olhando sugestivamente para o pai, Peter tentou procurar uma resposta na face do homem, que simplesmente estava neutra, sem nenhuma expressão.

Claro que ele poderia perguntar o que raios estava rolando, mas provavelmente não receberia uma resposta. Conhecendo o pai que tem, Peter achou melhor cruzar os braços e se acomodar direito no carro. Tony nem sequer desviou os olhos da estrada, nem mesmo quando Peter começou a brincar com o cinto de segurança. O engenheiro queria muito contar para o filho a onde eles estavam indo, mas não queria estragar a supressa. Ele precisava fazer isso, ele queria fazer isso, entretanto sabia que não teria coragem para ir sozinho.

Peter só percebeu que havia chegado no destino de ambos, quando notou que o movimento do carro havia se cessado. Levantando a cabeça, o garoto olhou para o lado da janela, vendo um lugar muito familiar para o mesmo. Peter reconheceria aqueles portões enferrujados de longe, junto com aquele muro baixo de tijolos. Tony também olhava na mesma direção que o filho, ele sabia que ela estava ali, só não sabia onde ao certo, mas sabia que ela estava descansando ali... tão perto dele, e ele nunca foi ver – até porque não sabia, já que o caixão onde ele acreditava que havia sido o enterro de Seth e Mary, está em Malibu, ele devia urgentemente concertar esse erro.

- O que estamos fazendo aqui? – o menino balbuciou, olhando para o pai.

- Eu preciso fazer uma coisa, que já devia ter feito. – o engenheiro revela, pensativo – Pode me mostrar onde ela está?

- Claro... – Tony ajeita os óculos na face.

- Coloca os óculos e o boné, que está dentro do porta-luvas, isso vai dificultar o seu reconhecimento. – Peter faz o que o pai ordena, enquanto avistava o mesmo sair do carro, e pegar a sacola reutilizável.

- Por que o senhor não me contou? – Tony dá de ombros, enquanto acompanhava o filho, para dentro do cemitério.

- Por que aqui? No Queens? – Peter sorriu triste, enquanto olhava para os pés.

- Ela nasceu aqui. – o engenheiro assentiu, sabia disso muito bem – Os meus avós, seus ex-sogros, foram enterrados aqui... era o último desejo dela, ser enterrada aqui, com os pais. E eu e tia May, devíamos realizar isso, quando tudo foi tirado tão rapidamente dela.

- Eu devia estar ao seu lado, nesse momento delicado. – Peter olhou para o pai, e molhou levemente os lábios, enquanto retirava os óculos, e o menino repetiu a ação do pai.

- O senhor estava. – Tony franziu o cenho, confuso – Pai, você sempre esteve ao meu lado, mesmo não percebendo. – o homem sorriu fraco, e logo ambos paparam para ver a lápide que pertencia a ela – Chegamos...

- Eu queria ter me despedido dela... – o engenheiro revelou, se agachando na terra úmida - se eu soubesse que seria a última vez que eu teria a visto, naquela noite, teria agradecido imensamente por tudo que ela proporcionou na minha vida.

- Eu também queria ter me despedido corretamente... – Peter sentou no chão, ao lado do pai – Eu estava com raiva dela, porque ele estava indo com Richard. Eu não me despedi dela, não disse que a amava, eu apenas fiquei ao lado da Tia May, emburrado. – uma pequena lágrima escorreu do olho de Peter – Mesmo eu fazendo isso, ela caminhou até mim, e me deu um beijo na testa, falando que tudo ia ficar... Na manha seguinte, eu recebo que o avião que ambos estavam, havia caído...

- Oh, Peter... – Tony abraçou de lado o filho, que deixou algumas lágrimas escorrer pela a face – Eu sei bem como é isso... eu não despedi dos meus pais, não do jeito que queria...

- Isso passa? – Tony desviou os olhos para o nome na lápide.

- Não... mas com o tempo ameniza. – Tony sorriu fraco, enquanto pegava a sacola – Sua mãe te ama perdidamente, e ela sabe que você a ama, nunca duvide disso, ok? – Peter assente incerto.

- O que você faz, para amenizar? – o engenheiro deu de ombros, sem saber ao certo a resposta.

- Apenas me lembro dos momentos bons. – Peter novamente assentiu – Eu tenho um presente para Mary...

- O que? – Peter olhou para o pai, que retirou uma chupeta azul velha e uma aranha de pelúcia antiga – Eu reconheço isso..

- Sim, era a sua chupeta mais resistente, com as suas dentadas... e esse era a sua pelúcia preferida. Pra onde você ia, levava ela junto... – Tony comentou, mergulhado nas lembranças – Eu guardei, porque não queria esquecer de você, eu sempre conseguia ver o seu reflexo, quando olhava para esses dois objetos. Eles me trazia uma certa paz e dor ao mesmo tempo.

- Eu não sei o quer dizer... – Peter desviou os olhos para as mãos.

- Que tal, enterrar essa chupeta, aqui? – Tony murmurou, fazendo o menino o olhar – Mary iria adorar, e assim, talvez conseguimos ter a despedida que tanto almejamos ter tido.

- E a aranha? – Tony deu de ombros, enquanto cavava um buraco pequeno com as próprias mãos.

- Colocamos no seu criado mudo, que tal? – Peter nega com a cabeça, fazendo o engenheiro estranhar.

- Ironicamente, eu tenho aracfobia. – Peter revelou envergonhado, fazendo Tony o olhar surpreso - É, o Homem Aranha, tem medo de Aranhas... Irônico, né?

- O que fez você se desenvolver esse medo? – Tony pergunta, parando de fazer o buraco, e olhando para o filho, que depositou a chupeta naquele lugar.

- Depois da mordida da aranha radioativa, creio que fiquei traumatizado. – Peter revelou, encobrindo com a ajuda de Tony, a chupeta – Acho que seria melhor ficar com o senhor... sabe, como recordação.

- Eu vou adorar. – Tony sorri, para o filho, e logo ambos apenas encaram a lápide.

- Acho que agora ela vai poder relaxar... – Peter piscou os olhos, enquanto suspirava – Pai?

- Sim? – Peter sorriu fraco.

- Obrigado por ser o melhor pai do mundo. – Tony sorriu orgulhoso.

- Isso merece uma comemoração. – Peter assente, sorrindo – Qual lanche?

- Cheeseburguer! – Peter respondeu, sem pensar muito.

- A minha comida favorita... – Tony sorriu satisfeito – Isso sim é perfeito...

Tony e Peter, apenas continuaram olhando carinhosamente para a lápide. Aparentemente, enterrar aquela chupeta antiga e usada, foi como se livrar de um peso em ambos. Tony e Peter, sentiram que finalmente haviam deixado Mary Lewis – ou Parker, não importa muito - descansar. O mini Stark, deitou a cabeça no ombro do pai, enquanto fechava os olhos, deixando o momento de paz, o rodear completamente.

Aquele momento estava simplesmente perfeito para ambos, não tinha problemas, medos, receios, ameaças... Ali não existia os Vingadores, os Abutres – mais conhecidos como paparazzis -, O Sexteto Sinistro e muito menos Richard. Ali só era um momento do Tony e Peter, se despedindo verdadeiramente de uma das pessoas que foi importante para ambos... Entretanto mal sabia eles, que alguns metros longe, um homem encapuzado e com óculos escuros, os encarava com um misto de raiva e ódio, planejando o próximo plano, para a ruína dos Stark's.




* Um momento de família! Porque convenhamos, todos queríamos um momento fofo!

* Quem gosto desta pequena interação do Peter e Tony, se despedindo de Mary? Estava louca para escrever esse momento...

* Pessoal, hoje, provavelmente mais tarde vou postar uma nova fic. Por que eu vou postar? Bem, em forma de agradecimento por tudo mesmo... é sério, vocês não sabem como eu estou explodindo de felicidade! Quando eu comecei a escrever, eu não imaginava que teria tantas pessoas gostando das minhas histórias! Que tantas pessoas, começariam a me seguir e até mesmo, votar ou comentar. E como se isso não fosse demais, eu ainda recebe elogios me incentivando a escrever! Tem presente melhor que esse? Eu amo demais ver que a minha escrita agrada vocês! Pois, eu já devo ter falado mais de uma vez... porém não me canso de repetir, a escrita é a minha paixão! E vocês, apenas multiplicaram essa paixão! Então quero agradecer para vocês!

* Senhor amado, que último episódio de WandaVision foi esse? Misericórdia, que altas revelações! Principalmente o segundo pós crédito! Uau...

* Espero que tenham gostado!

* Desculpa qualquer erro de ortografia!

* Até mais!

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