Realmente tudo mudou. No velório do Sirius Black fui mal encarada por todos meus "ex" amigos. Potter até tentou me atacar como se eu tivesse culpa de algo. Todos meus amigos de outras casas de Hogwarts (fora os sonserinos) me abandonaram. Depois que Pancyria (inocentemente) ouviu minha conversa com Draco e Terrence sobre meu pai e (inocentemente) espalhou para todos.
Estava mais que claro quem estava do lado de Voldemort, todos os lugares do mundo bruxo eram cobertos com placas e avisos sobre como se previnir contra as magias trevas "não ande sozinho", "tranque bem suas casas". Era sombrio, as pessoas pararam de confiar umas nas outras.
Inevitavelmente eu tive que encontrar me com o lorde das trevas. Na Mansão Malfoy. Todos os servidores de Voldemort se hospedavam lá para as reuniões. Mas eu estava mentalmente preparada, Narcisa e Lucius me ajudaram muito. Me explicaram como eu deveria agir e ser a "garotinha do papai". Para que na batalha final eu me virasse contra ele.
Era difícil pois sempre nos jantares ele passava as mãos geladas pelo meu rosto e dizia "você é meu orgulho". Enquanto seus seguidores riam, não porque era engraçado, mas porque não queriam morrer.
Harry Potter deixava bem claro seu descontentamento por mim. Já a família Weasley (fora Ron) achavam que eu tinha me afastado por influência da família Malfoy. Foi difícil para mim. Mas ele estava do meu lado.
Finneas Fawley e família deixaram contato com qualquer bruxo, até que a guerra passasse. Eu queria ter essa escolha.
Tive que infelizmente me aproximar de Belatrix Lestrange, irmã de Narcisa. A família Malfoy ficou muito prejudicada graças a Abraxas. Estavamos andando a um tempo, procurando uma pessoa:
- Vocês só podem estar loucas, ele não é confiável - disse Belatrix, enquanto eu e Narcisa íamos em direção específica. A casa de uma pessoa específica.
- Eu confio nele, Bela. - chamar pessoas más por seus apelidinhos, essa virou minha vida agora. - Ele é o professor que mais me ajudava em Hogwarts, além do mais
- O lorde das trevas confia nele - completou Cissa.
- Ainda acho que é um erro.
- Cale a boca e vamos. - completei.
- Menininha petulante. - bufou.
Batemos na porta a qual Rabicho abriu. Empurrei ele grosseiramente. Passamos até a sala de estar, aonde Severus Snape lia o jornal. "Será que é Harry Potter é o escolhido" Babaquisse da porra.
- Eu sei que não deviamos estar aqui, lorde das trevas nos proibiu - começou minha sogra.
- Se ele proibiu, então não devemos falar sobre. - retrucou o professor.
- Escute-a Sese. É importante - a vida do meu amor, é importante. - Queremos que ajude Draco, assim como meu pai pediu que me ajudasse.
- Além do mais eu e Lucius tivemos que pedir demissão de Hogwarts, a pedido do Lorde das Trevas. Portanto, não conseguimos ficar de olho nas nossas crianças.
- Principalmente porque eu tenho certeza, certeza, que ele vai pedir alguma missão ou uma prova, de Draco.
- Para provar seu amor ou algo assim. É, eu ouvi ele comentando na última reunião. - disse Snape.
- Então?
- Tudo bem, eu prometo ajudá-lo no que for possível. -respondeu.
- Promessa só não basta - começou Belatrix - Vocês devem fazer um voto perpétuo.
Severus Snape e Narcisa Malfoy fizeram um voto perpétuo.
🌟🖤
Entre tantas coisas ruins, uma boa surgiu no meio daquele lugar cinza, Geminialidades Weasly. Fui chamada para a inauguração da loja dos gêmeos, apenas porque Fred ainda mantinha contato comigo. Assim que chegamos na porta Draco me puxou pelas mãos.
- Vida, não temos tempo para fazer isso. - tínhamos uma reunião agora mesmo, mas decidi passar ali antes como era tudo perto.
- Na verdade temos sim. Eles nos temem. Eles que se fodam. Vamos comprar umas coisas divertidas, talvez eu até decida aprontar com o papai - disse papai em tom de ironia.
- Ah sim, boa idéia. Aí ele resolve por a culpa em mim, e eu morro.
- Vamos logo. - falei sorrindo, coisa que nos dias atuais, raramente acontecia.
Assim que entrei, abracei Fred, e percebi como a loja estava lotada.
- Uau Fred, isso está uma loucura.
- Uma loucura boa? - perguntou do jeito desengonçado dele.
- Uma loucura boa. - respondi. Dei mais umas voltas e Draco preocupado me seguia logo atrás, até esbarrarmos em um serzinho.
- O que está fazendo aqui? - disse Harry Potter se aproximando. Apontando sua varinha para mim, como se ele tivesse a coragem de atacar.
- O mesmo que você pelo visto. - Falei levantando um pouco meu vestido vermelho e tirando a varinha do elástico que fica preso na minha coxa. - Vim visitar o único amigo - "não sonserino" - que me restou. - o testa rachada se virou para o loiro.
- Eu sei quem está na sua casa Malfoy. E um integrante da sua família matou um da minha - disse se referindo a quando Belatrix matou Sirius. Eu sentia falta dele, só não podia demonstrar. - Nada mais justo do que eu revidar.
- Não fala com ele Potter, não olha para ele, não encosta nele. - o de óculos riu debochado.
- É só engraçado que uns meses atrás eu falei a mesma coisa para o Malfoy no trem.
- Engraçado é seu cu. Larga do pé dela seu filho da puta. Ah pera, nem vou xingar sua mãe né? Ela nem viva está. - também não achei a atitude certa, mas Potter era um escroto.
- Como se a da sua namoradinha estivesse.
- Não fala da minha mãe, cuzão.
- Ou ou, não se diminua Harry, não vale a pena. - disse Granger logo atrás do rapaz.
- Não vale a pena né Mione? Vou dizer o que não vale a pena. - Quando eu ia avançar para cima deles Draco passou suas mãos pela seda na minha cintura. E sussurrou no meu ouvido:
- Vamos amor, temos compromisso. - Mandei o dedo do meio e dei de costas. Mas ainda ouvi Ron sussurrar "quem diria que ele seria o mais sensato".
Assim que saímos da loja, eu já fui chutando a lata na rua para espairecer.
- Ei, vem aqui - me deu um selinho eu me abraçou - calma okay? - Eu juro que tentei ficar calma, mas tive a leve sensação de estar sendo observada.
- Temos que ter certeza que não vamos ser seguidos.
- Não vamos - na metade do caminho encontramos Cissa.
- Minha linda, filhinho, temos que ir. - Entramos na Burgin & Burkin, aonde o pessoal estava reunido. Olhei para papai, o que me lembrou da nossa última conversa.
" - Voldemort, não adianta implorar, sabe que não apoio o que você faz.
- Minha filha, não me trate assim.
- Não tem o direito de me chamar assim.
- Tenho, e você vai aprender a me respeitar - disse me puxando pelo braço, assim como ele havia feiro com minha mãe naquela noite. - Fique do meu lado, e seu namoradinho não sofre - disse sorrindo.
- Não ouse encostar nele, seu, seu verme.
- Então para todos você ama seu paizinho querido. E mata quando eu mandar matar. E protege quem eu mandar proteger.
- E o que isso me garante que vai comprir o seu lado do acordo?
- Vamos fazer um voto perpétuo.
- U-um voto? - eu tremi de nervosismo. Mas tudo pelo Draco. - Tudo bem. Eu prometo estar ao seu lado. E você promete nunca, jamais, deixar que ele sofra, nas mãos de ninguém. Principalmente do Abraxas.
E assim fizemos um voto perpétuo. De todas as vezes que vocês me chamaram de burra essa eu aceito."
Me arrepiei, mas fui acalentada pelos braços de Draco.