JAKE PERALTA
Fechei meus olhos à medida em que o meu corpo ia de encontro com o asfalto gelado da rua em que estávamos trocando tiros com os capangas do Doug Judy. Eu poderia jurar que toda a cena estava se passando em câmera lenta e que música escolhida para esse momento era Baby I'm Yours, na versão do Arctic Monkeys. Com certeza daria uma bela de uma cena de filme de super heróis, igual Deadpool - talvez ele esteja mais para anti herói - e se transformaria em algo engraçado para quem estivesse assistindo.
Por mais que eu me odiasse em fazer isso, era necessário para que a justiça fosse feita o mais rápido possível e ele fosse parar na cadeia. O Bandido do Pontiac seria conhecido por todos e meu nome ficaria famoso entre a Polícia.
Ainda tentando me recuperar do ataque, observei ao longe S/n, que caminhava graciosamente por entre a chuva de tiros e vinha acertando qualquer inimigo que estivesse à sua frente. Ela sim era a verdadeira heroína de toda essa história.
— Peralta, atrás de você! — ela gritou, apontando em minha direção.
Já era tarde demais, Doug Judy estava na minha cola e pretendia acabar com o restante de tudo o que eu tinha, inclusive com a minha vida.
Eu não sei como tudo isso aconteceu, mas S/N surgiu do além e atirou nele, matando um por um sem errar sua mira. Agachei-me para tentar me poupar dos tiros, colocando as duas mãos nos meus ouvidos e cantarolando a música I'm All Out Of Love do Air Supply para acabar com todo aquele medo que eu tinha, enquanto um massacre me cercava.
Quando dei por mim, todos os bandidos estavam caídos no chão e S/n encarava o lugar com o mesmo olhar de Beatrix Kiddo, a Mamba Negra de Kill Bill. Ela levou o cano da sua pistola em direção a sua boca e soprou a mesma, como uma verdadeira pistoleira que era.
— Cuidado S/n, uma bomba! — gritei.
Ela arregalou os seus olhos e se jogou no chão, mas a minha risada e palmas fez com que ela me olhasse furiosa por ter mentido.
— Peralta! Você me paga! — se levantou, correndo até onde eu estava.
— Sua bunda — comentei, interrompendo os seus passos — Sua bunda é a bomba.
Ela simplesmente parou o que estava fazendo e me olhou, abrindo um sorriso lindo.
As luzes da sala de reuniões da delegacia foram acesas e o telão no qual estava passando o meu novo curta metragem foi arrastado para cima, dando lugar a um Capitão Holt completamente enfurecido.
— Esta é a história mais engraçada que já escutei — ele falou, permanecendo completamente sério — Se não perceberam, foi completamente irônico.
— Como se ninguém tivesse notado — Rosa falou, olhando para ele.
— Qual é? Eu gostei — Charles falou, abrindo um sorriso sincero — Jake, você foi perfeito. S/n, sua atuação é incrível.
— Obrigada Charles, pelo menos alguém nesse lugar apoia o pequeno empreendedor.
SEU NOME
— Jake, eu quero você pronto em 5 minutos — falei, passando a última camada de gloss em meus lábios e checando meu visual no espelho.
— Pelo visto eu não irei conseguir enrolar mais você — ele comentou, passando por mim e entrando no nosso closet — Nós temos mesmo que ir nesse jantar?
— Claro que sim — respondi como se fosse óbvio — Você acha que é melhor eles ficaram sabendo que iremos nos casar por outras pessoas? Por mais que você e meu pai não gostem um do outro, precisa dar um crédito a ele. Pelo menos por hoje.
Jake saiu do closet com uma roupa casual, mas também aparentava ser social, ou seja, era incrível para a ocasião. Ele caminhou até a minha penteadeira e arrumou seu cabelo, vindo até mim em seguida.
— Você está incrivelmente gostosa nesse vestido — sorriu, olhando-me de baixo para cima.
— Obrigada — depositei um selinho em sua boca, ajeitando o seu blazer — Não diga isso na frente do meu pai.
...
— Então querida, você disse que tinha um motivo para comemorar hoje a noite — minha mãe falou, olhando-me.
Jake bebeu um pouco do vinho que estava na sua taça, sendo observado a todo momento pelos olhos predatórios do meu pai. Por causa do seu jeito brincalhão, meu pai não foi muito com a cara do Jake, inclusive por causa das suas piadas. Patrick Rider é um homem sério, completamente inerte das coisas prazerosas da vida. Isso também se dá devido a sua condição, meu pai tinha deficiência auditiva. Ele a perdeu por volta dos vinte seis anos, mas sabia pronunciar muito bem as palavras quando desejava falar alguma coisa. Minha mãe, eu e meus irmãos tivemos que aprender a linguagem de sinais, assim como ele. Seria o único jeito de nos comunicarmos normalmente.
— Jake e eu vamos...
— Oh, meu Deus! Você está grávida? — ela me interrompeu, assustando a todos do restaurante, inclusive se levantando.
— O que? Não, mãe, pare com isso! — Fiz um sinal para que ela se sentasse e assim ela o fez. — Como eu estava falando antes da senhora me interromper, Jake e eu vamos nos casar — falei tudo ao mesmo tempo em que comunicava meu pai com os sinais.
O silêncio predominou na nossa mesa, até porque meus pais não colocam muita fé no meu relacionamento com Peralta. Assim que eu os apresentei, foi um completo desastre e tive que aguentar por uns três meses minha mãe se lamentando por ter arranjado um namorado fora dos padrões que ela seguia. Infelizmente para ela, eu e Jake estamos nisso a quase três anos e cada experiência ao seu lado realmente mostra que ele é o homem no qual eu devo passar o resto da minha vida.
— Eu disse que esse relacionamento iria passar de uma trepada épica — Jake falou próximo ao meu ouvido, olhando para meu pai logo em seguida — O que foi?
— Você se esqueceu que meu pai lê os lábios? — perguntei, vendo a sua cara de desespero ao perceber que tinha sido pego no flagra — Olha, eu sei que vocês dois nunca aprovaram o nosso namoro— fui alternando meu olhar entre meus pais e me comunicando com os sinais junto de minha fala - Mas eu quero que vocês entendam de uma vez por toda que eu amo o Jake e quero passar cada minuto que eu tenho nessa vida ao lado dele. Ele me faz feliz e isso é o que realmente importa.
Tirei o guardanapo do meu colo e o joguei em cima da mesa, me levantando e saindo do restaurante. Caminhei apressadamente para o mais longe dali, sentindo uma enorme vontade de chorar por saber que as pessoas que eu mais me importo no mundo não estavam felizes por algo que iria me deixar completa.
— S/n! — A voz de Jake surgiu um pouco atrás de mim, enquanto eu caminhava em direção ao nosso carro. Eu parei de andar e olhei para trás, vendo ele correndo para me alcançar — Ei, o que foi aquilo?
— Eu não aguento mais, Jake. Todas as vezes eu fico quieta e escuto apenas eles falando como eu estou jogando a minha vida fora ao seu lado, só que hoje eu queria que eles ficassem contentes por nós. Só por hoje eu achei que isso aconteceria e eu estou me sentindo uma verdadeira idiota por pensar isso.
— Não fale assim — ele me puxou para um abraço — Aquilo que você disse sobre passar cada minuto ao meu lado, é verdade?
— Claro que é, por qual motivo eu mentiria?
Jake uniu seus lábios nos meus, iniciando um beijo rápido, porém muito significativo para nós dois. Nesse instante, a mesma música no qual ele havia mencionado no seu curta metragem começou a tocar, deixando que aquele momento se tornasse um dos meus favoritos. Baby I'm Yours acabou de se tornar a minha música predileta.
— Estamos dançando no meio da rua — comentei, enquanto ele guiava meu corpo de um lado para o outro.
— Considere isso como um treino para a nossa valsa de recém casados — ele sorriu. — Quero que você saiba que tudo o que você disse, eu sinto em dobro S/n. Agradeço todos os dias por ter você em minha vida.
Jake colou sua testa na minha e permanecemos em silêncio por alguns minutos, apenas apreciando a melodia enquanto dançávamos.
— ESSE É O MEU CASAL! VAI JAKE! VAI S/N! — Boyle gritou, passando pela rua em cima de um carro de som, responsável pela música.
De onde diabos ele tinha saído?
Oi oi gente, como vocês estão? Espero que estejam bem ❤
Esse imagime foi um pedido e espero que a leitora tenha gostado, assim como vocês.
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Um beijo e até logo!