limits of attraction • JJK

By byloveyoon

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LIMITES DE ATRAÇÃO Ao mesmo tempo em que ele é afável e sensível, demostra ser petulante e protervo. Sua pers... More

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By byloveyoon

BOA LEITURA! AGRADEÇO PELA PRESENÇA

ANNA

Abriu-se a porta do elevador, revelando-se a imagem da qual estávamos esperando.

Faz poucos dias, Namjoon planejou vim cedo para residência de Jungkook, em seu aniversário.
Ele queria que o amigo, ao abrir os olhos, a primeira imagem que visse, fosse de seus amigos, em um dia que talvez não fosse importante, de grande valor para si, mas com certeza era para seus amigos.
Era adorável ver a forma que Namjoon cuidava de sua amizade com Jungkook, sinceramente.

- Você demorou. - Reclamou Namjoon, pelo atraso de Jimin. -

- Foi mal, não é todo dia que saio de casa às 5 da manhã para parabenizar um amigo. - Afirmou, sorrindo um tanto forçado. -

- Certo, cadê a chave? - Perguntei, olhando o mesmo, este por vez que estava alternando o olhar entre mim e Namjoon. - Não trouxe a chave?

- Em momento algum me responsabilizei por isso. - Negou. -

- Está comigo. - Avisou Namjoon, pegando em seu bolso traseiro. - Jungkook sempre deixa uma chave extra comigo, nunca se sabe o que pode ocorrer em um surto dele. - Explicou, sem jeito. -

Calmamente ele abriu a porta, as luzes ainda estavam apagadas, coisa que nos deixou felizes.
É do natural de Jungkook acordar cedo, por isso tínhamos que vim antes que isso acontecesse, já que era está, a idéia.
Infelizmente Namjoon e suas belas mãos destruidoras não se contentaram em ficar quietas, por pouco um retrato não cai e estraga todo o plano.

Subimos em direção ao seu quarto, sorrateiramente abrindo a porta.
Nos aproximamos daquela imagem que parecia estar em um sono profundo.
Jungkook dormia tranquilo, com os lábios avermelhados unidos, a expressão neutra, os cabelos bagunçados encima do braço esquerdo, do qual ele usava para apoiar a cabeça.
Ao seu lado, o gato preto, deitado sobre o mesmo por cima do edredom que o cobria, nos fitando desde o momento em que abrimos a porta.

Namjoon aproximou-se do mesmo, agachando-se pouco, para o olhar melhor.

- Ele parece inofensivo quando está dormindo, as aparências realmente enganam. - Indagou, semi-cerrando os olhos e sorrindo bonito. - Mas infelizmente ele não está e desperdiçou o nosso tempo. - Lamentou, dando uma série de tapinhas no maxilar do mesmo. -

Avistei os lábios de Jungkook se mexerem pouco, contendo uma risada. Mas logo se desfez, abrindo um sorriso grande enquanto ria anasalado.
Abriu seus olhos e os direcionou a nos, batendo palmas involuntariamente enquanto sentava no colchão macio.

- Não acredito. - Jimin disse, negando com a cabeça. - Sabia que iríamos vim?

- Não, eu estava mesmo dormindo, mas meu sono é leve, ouvi a porta sendo travada. - Explicou. - Deixei a porta destrancada porque vi vocês no andar á baixo.

- Jungkook está com os ouvidos melhores do que os do gato. - Jimin brincou, sentando-se no colchão e acariciando o gato preto. -

- Não diga isso, me fez lembrar do probleminha que ele teve meses atrás. - Recordou, sorrindo fraco. -

- Bom, de um jeito ou de outro, fomos as primeiras pessoas que você viu ao acordar, nesta data tão especial. - Namjoon se pronunciou, sorrindo. - Mesmo que você não goste de comemorar, é uma data da qual não tem como mudar, Parabéns por hoje, meu amigo.

Jungkook não conteve o sorriso, mil coisas passavam por sua cabeça, mas ele se deu a chance de comemorar com seus amigos, mesmo que as vezes pareça ser tão difícil.
Saiu daquela cama, abraçando Namjoon, murmuraram entre si algumas coisas e pouco depois, ele o soltou.

- Park. - Ele o chamou, esperando que o mesmo se pronunciasse e o parabeniza-se. -

- Espero que aprenda com cada escolha, cada passo pode ser certeiro. - Pronunciou-se, tocando o ombro do mesmo. - Fico feliz em comemorar contigo seus vinte e três anos, com vocês dois, na verdade. - Corrigiu-se - Espero que de alguma forma, Jeon se manifeste hoje. Sinto saudades dele.

Ambos envolveram os braços um no outro, em um abraço apertado, murmurando algo entre si.
Riram sobre alguma piada interna, emburrado-se ao que se afastavam.

- "O encontro de duas personalidades, assemelha-se ao contato de duas substâncias químicas. Caso alguma reação ocorra, ambas sofrem uma transformação." - Jimin citou. -

- Esse não é Park Jimin, é Albert Einstein. - Jungkook brincou, fazendo os demais rirem. - Podem nos dar licença? - Pediu, aos meninos. -

- É claro. - Namjoon disse, indo até a porta. -

- Não demorem, estou com fome. - Jimin disse, seguindo Namjoon que já se encontrava do outro lado da porta. -

- Ainda terei que alimentar-lós no meu aniversário? - Perguntou, fingindo estar incrédulo. -

- Não irá permitir que mexemos na cozinha. - Ponderou, Jimin. - E Seokjin está preparado o seu precioso banquete, na casa dele, por esse mesmo motivo.

- Certo, vão. - Acenou com a mão. -

Eles saíram, por um momento Jungkook varreu o olhar pelo chão, pensativo.

- Algum problema? - Perguntei-lhe, o vendo sentar-se novamente. -

- Acha que sou muito exagerado em relação a limpeza? Deixar tais coisas em determinado lugar, limpar adequadamente, conferir... - Suspirou. - E mais umas trezentas coisas.

- É um TOC, Jungkook. - Expliquei. - Alguns podem achar que é exagero, mas se é um TOC, é normal as vezes ser incontrolável.

- É, talvez tenha razão. - Sorriu fraco. -

- Parabéns. - Desejei, adentrando a mão em sua cabeleira. -

- Obrigado mas... É um dia normal para mim, como qualquer outro. - Deu de ombros. -

- Sugiro que tome um banho, se arrume e desça. - Sugeri. - Seus presentes estão lá embaixo e estamos ansiosos para saber sua reação.

- Presentes... - Fez muxoxo. - Nunca me acostumo. Bom, escolhe algo para mim vestir?

- Pensei que nunca fosse pedir. - Brinquei, o vendo rir. -

Jungkook posicionou-me entre suas pernas, levou as mãos em minha cintura e apertou, fazendo-me dar um pequeno sobressalto.

- O corpo humano é tão involuntário... - Sussurrou, talvez falando apenas para si mesmo. -

- Gosto tanto de lhe ver sem camisa, apreciar suas tatuagens. - Informei, tocando em seus músculos fartos, totalmente expostos. - Me sinto fraca. - Confessei, rindo pouco. -

Em um movimento rápido, ele me puxou, fazendo-me cair sobre você, mas logo irá de inverter as posições.

- Agora eu, já prefiro você sem roupa alguma. - Confessou, involuntariamente fazendo-me morder o lábio inferior. - Também me sinto fraco, mas o desejo de lhe ter, a forma como me deixa sedento, é muito, muito maior que qualquer fraqueza.

Umidecendo os lábios avermelhados, os aproximou dos meus, cerrando os mesmo como forma de alguma provocação.
Molhou meus lábios com a própria língua, os mordendo logo em seguida.
Arquei o pescoço para cima, sentindo seus poucos beijos no mesmo.

- Ei, Anna. - Chamou, fazendo-me abrir os olhos que involuntariamente estavam fechados. - Eu não quero beijar o seu pescoço, quero beijar a sua boca. - Afirmou, fazendo-me sorrir grande. - Fica quietinha, para mim lhe beijar.

Pediu, novamente aproximando os lábios, os mesmos que logo encontrou os meus.
De imediato, Jungkook pediu passagem.
Explorando devagar, intensificando cada vez mais aquele beijo.
O som das línguas se cumprimentando, os estalos involuntários.
Jungkook cessou o beijo devagar, sorrindo contra meus lábios.
Os tocou com o polegar e por fim se afastou, totalmente.

Sem dizer nada, ele adentrou no banheiro, possivelmente indo tomar banho.
Levantei, indo em direção ao closet do mesmo.
Era tão bonito ver as cores em fileiras, das escuras as mais claras.
Como era Jungkook, me aproximei das roupas escuras, escolhendo com cuidado o que deveria pegar.
Mesmo sendo escuras, não eram só roupas pretas, eram cinzas, azuis escuros, marinhos, entre outros.

Após escolher, um conjunto confortável e de acordo com a ocasião, novamente sentei na cama, respondendo as poucas mensagens que havia em meu celular.
Jungkook não demorou muito para retornar, usava apenas uma toalha enrolada na cintura.
Ele quando quer provocar, consegue.
Quando quer algo, não desiste.

- Por que não está de roupão? - Perguntei-lhe, tentando me manter na coincidência dos atos. -

- Vê problema nisso? - Perguntou, com um sorriso sacana nos lábios. - Porque não vem colocar em mim?

Semi-cerrei os olhos, negando.

- Aqui estão suas roupas. - Apontei para cama, mudando de assunto. -

Ele pareceu entender, levantou as mãos em sinal de rendição e se aproximou da cama.
Olhou criticamente aquelas roupas, fazendo-me franzir pouco as sobrancelhas.

- Algum problema?

- Não vou prender o cabelo e nem parecer um palhaço que anda colorido. - Revirou os olhos. -

- O que? - Questionei, totalmente confusa. -

- Não estou falando com você. - Respondeu simplista, me olhando por breves segundos. - É com Jeon. Ele não gosta dessas roupas.

Jungkook respirou fundo, indo até o closet, reclamou algo mais que não pude ouvir, apenas o esperava retornar.
Quando ele o fez, avistei em suas mãos, um moletom não muito grosso da cor roxo claro, com poucos detalhes. Avistei também uma calça clara, pouco larga, continha um rasgo acima do joelho, em ambos lados.
Jungkook me olhou, revirou os olhos e novamente olhou as roupas ali encima.

- Tudo bem, por hoje. - Aceitou, pouco contragosto. - Mas eu não vou prender o cabelo. - Afirmou com toda a certeza. -

- Tudo bem?

- Sim, na medida do possível. - Jogou os cabelos para trás. - Vou colocar a roupa, volto já.

Informou, novamente indo até o closet, aonde vestiu a roupa desejada por Jeon e penteou os cabelos para trás, sem os prender.

Descemos juntos, Jimin e Namjoon estavam sentados no sofá, conversando entre si.
Após verem Jungkook, de imediato perguntaram o porquê dele se vestir assim, o mesmo explicou e ambos pareceram entender.

Jungkook preparou o café da manhã para todos, vos serviu e se junto aos demais para comer.
Mesmo com tantos pedidos de ajuda, Jungkook se negou a recebê-la de qualquer um que fosse.

O momento estava agradável, todos sorrindo, rindo, se divertindo.
Seokjin havia ligado, avisou que houve problemas e que chegaria mais tardar, talvez depois do almoço, mas que o banquete, já havia de estar pronto.
Jungkook ficou tão bobo com a ideia de Seokjin que ria e sorria atoa a qualquer coisa que ele dissesse por aquela chamada.

As horas foram se passando, Jungkook queria por simplesmente querer, encher balões dourados decorativos, aquilo foi estranho.
Eu e os meninos, achávamos que Jeon, poderia estar se manifestando aos poucos, mas não tínhamos certeza.
Jungkook querer encher balões? É sério?

- Existe entre ou mais de oito milhões de espécies de animais em volta de todo o planeta. - Supostamente Jungkook disse, deitando com a cabeça em meu colo. - Sendo o Onthophagus Taurus o mais forte deles. É um besouro de dois centímetros, deste tamanho. - Ponderou com o dedo. - Ele é capaz de suportar uma quantidade de 1.141 vezes maior que o seu peso corporal, o que equivalia a uma pessoa de 70 quilos erguer 80 toneladas, ou... - Pareceu pensar. - Uma pilha com 60 carros.

Namjoon elevou as sobrancelhas, desacreditado.
Jimin riu, admirando a inteligência de Jeon.
Enquanto eu pensava em como a mente humana é fascinante.
Jeon saberia absolutamente tudo sobre animais, enquanto Jungkook...
Jungkook demostrava todos seus sentimentos através de citações, frases cujo eram lindas de se ler.

- A sua inteligência é admirável. - Jimin comentou, sorrindo. -

- Jimin... - Não completou, tímido. -

- Não me chamou de Park. - Reparou, erguendo uma das sobrancelhas. -

- É... - Levantou-se rapidamente. - Vou pegar um copo de água. - Avisou, saindo dali. -

- Está óbvio que é o Jeon. - Namjoon afirmou, assim que a imagem sumiu. -

- Desde o momento em que ele piscou devagar e a postura caiu, já desconfiei. - Jimin disse. - Mas porque ele não disse nada?

- Jeon não é bobo, obviamente suspeita que já sabemos que não é o Jungkook. - Indagou, Namjoon. -

Não disseram mais nada, após a imagem voltar, novamente deitou-se no sofá.

- Já cansei de ficar em casa. - Jeon queixou. - Porque não vamos a outro lugar?

- O aniversariante é você, porque não escolhe? - Jimin disse. -

Jeon pareceu pensar, mas algo o impediu antes mesmo de gerar uma ideia.
O interfone tocou, duas vezes.
Jeon levantou-se do sofá e foi ao encontro com a pessoa que estava do outro lado, abriu a porta e paralisou, sem dizer nada.
Avistamos ele dar passos involuntários para trás, parando apenas quando suas costas tocaram a parede.
Ele estava assustado e nós também.

Jimin andou até a porta, afim de ver quem ou o que era.

- Srª Jeon? - Perguntou retórico, intercalando o olhar entre a mais velha e Jeon. -

- Querido... - Referiu-se a Jimin, acariciando o rosto do mesmo por breves segundos enquanto sorria fraco. - A anos que também não lhe vejo.

Jeon estava imóvel, não piscava ou reagia de alguma forma.
Era como se não estivesse neste mundo.

- Meu filho. - A mais velha chamou, com os olhos marejados, recebendo o olhar paralisante do mais novo. - Como está grande, bonito e maduro.

- Mamãe. - A voz saiu fraca, sem forças. A mesma se aproximou do filho e de imediato ambos se envolveram em um abraço tão apertado, que poderiam se fundir, se quisessem. - Me perdoa... Por favor, me perdoa. - Pediu, com os olhos molhados. -

Tentando controlar a vontade de chorar.

- Não é você quem tem que pedir perdão, meu filho, não é. - A mãe confortou, afastando-se apenas o suficiente para segurar o rosto do filho. - Você não sabe o imenso orgulho que tenho de você, da sua coragem e força. Eu nunca, nunca deixei de pensar em você, todas as noites eu ia até seu quarto e pedia para que fosse protegido, não passa-se necessidades, fosse feliz mesmo independente das circunstâncias.

Jeon não se conteve, chorou.
Chorou pela mãe estar ali, presente.
Chorou pelo afastamento que completaria seis anos.
Chorou pela rejeição do pai.
Chorou pelo egoísmo de Jungkook.
Chorou pela fraqueza que trazia esse sofrimento.
Chorou por mil e uma razões, mas principalmente, chorou pela imensa felicidade que estava sentindo, dentro do peito.

Eu sentia os olhos ardendo, marejados, totalmente emocionada.
Os meninos também não estavam atrás, Namjoon envolveu o braço ao redor de minhas costas, apoiando a mão em meu ombro esquerdo.
Jimin fechou a porta, dando mais privacidade para aquele momento.
Permanecemos quietos, apenas ouvindo os dois.

- Obrigado por não ter se esquecido de mim, por ter me procurado hoje... Justamente em meu aniversário, Obrigado por sempre me ter em seus melhores pensamentos. - Agradeceu com dificuldade, soluçando. - Eu não tenho palavras para descrever tudo o que estou sentindo, nenhuma delas é suficiente.

- Você é meu filho, ninguém vai me fazer te deixar, te amar menos, nem mesmo o seu pai. - Deixou claro, com firmeza. - Desde que soube que estava grávida, eu te amei muito, isso foi apenas crescendo e crescendo. Nunca vai mudar, apenas irá de crescer mais e mais.

Novamente ambos estavam em um novo abraço.
Jeon chorava, soluçava mais e mais.
Seu rosto já estava vermelho, os olhos meramente inchados.
A mãe tentava ao máximo fazê-lo parar, acariciava suas costas e dizia estar tudo bem, que as coisas iriam melhorar daqui a diante.
Pouco tempo depois, ele foi recuperando a respiração ansiosa e precipitada.
A essa hora ele já se encontrava mais calmo, aliviado.
Chorou o que precisava chorar.
O que estava guardado a tantos anos.

- Fico feliz que ainda esteja com seus amigos de infância, Jimin e Namjoon. - Sorriu bonito, olhando eles. - Não sejam chorões, garotos.

- Desculpe, Srª Jeon. - Namjoon pediu, rindo e se curvando pouco. -

- Obrigada por cuidarem de meu filho, jamais esquecerei isso. - Agradeceu com todo o coração, abraçando cada um deles. - Eu prefiro seu cabelo preto, Park Jimin. - Descontraiu com a voz um pouco firme, brincando, dando um tapa leve no ombro do loiro, que logo riu. -

A mesma direcionou o olhar a mim, sorrindo sutil e gesticulou para que Jeon aproximasse.
Assim que o mesmo o fez, ela olhou sua mão, assim como fez com a minha.
O anel...
Segurou ambas mãos, a dele e a minha, sorrindo orgulhosa.

- Acho que esses anéis explicam tudo. - Avistou as duas mãos em sua frente. - Tenho certeza que fez a escolha certa, meu filho.

Jeon sorriu fraco, me olhando em seguida. Só então lembrei, das pronúncias de Jungkook.

"A oposição vem dos gestos mais simples, até mesmo o brilho nos olhos se torna ausente, quando não é um de nós."

O olhar de Jeon era frágil, reluzente. Suas pupilas brilhavam tanto, parecia ser mentira.
Não demostrava a prepotência, luxúria e poder que tinha nos olhos de Jungkook.

- Srª Jeon. - Chamou Jimin, vendo o silêncio tomar conta daquele momento. - Vem, vou lhe servir algo na cozinha. - Segurou a mão da mais velha, a direcionado até a cozinha. -

Ao que ela saiu, junto a Jimin, direcionei meu olhar a Jeon.
E intencionalmente ou não, sequei as lágrimas de seus olhos.

- Oi, Jeon. - Cumprimentei, sorrindo fraco. -

- Finalmente, Anna. - Vangloriou. - Depois de meses, é um prazer te conhecer. Sua reação foi melhor do que eu esperava.

- Eu já desconfiava. - Afirmei. - Digamos que não é do natural do Jungkook encher balões dourados. - Indaguei, o vendo rir. -

Uma risada tão doce, como era possível?

- Tenho certeza que sim, jungkook é um adulto chato, eu sou mais legal. - Deu de ombros, sorrindo fraco. -

- Espero que sim. - Eu disse. -

- Acho que temos muito o que conversar, é essencial que conheça o alter-ego do seu namorado. - Afirmou, olhando por breves segundos o anel em seu dedo, sem mostrar alguma reação. - Aliás, já deveria ter me conhecido a muito tempo, mas Jungkook teme que eu me envolva com você, ele é paranóico, sem dúvidas. - Riu seco, negando. -

- A insegurança dele o destrói. - Lamentei. - Mas, porque ele acha isso?

Jeon desviou nossos olhares, estalando o pescoço enquanto fechava os olhos e respirava devagar.
Talvez Jungkook estivesse agitado.

- Porque foi eu, quem te viu primeiro. - Confessou. - Conheço Jungkook tão bem quanto ele me conhece, todo aquele sentimento de insegurança em se aproximar de você, não eram dele, eram meus. - Sorriu, um pouco tímido. - Ele não conseguiu distinguir meu sentimento a primeiro momento, até porque nem mesmo eu consegui, eu possivelmente nem tentaria nada no final das contas. - Riu, dando de ombros. - Mas aí, Jungkook, encima desse meu sentimento, criou uma obsessão por você. No começo, eu tentei ao máximo fazer com que ele não se aproximasse, não sabia como você iria reagir quando soubesse que Jungkook não é uma pessoa normal. - Deu uma pausa para rir seco e negar devagar. - Digo, que somos além do que aparentamos ser. Mas ele lhe quis muito, se sentiu atraído, seja para tê-la como mulher ou tê-la como amiga, alguém que ele pudesse confiar.

- E a história do jardim? - Fora Namjoon quem perguntou, um pouco confuso. -

- É verdade, mas ele mentiu um pouco, não foi a primeira vez que a vimos, foi lá, o começo da obsessão dele.

- Sei dos sentimentos de Jungkook, mas e os seus? - Perguntei-lhe, com receio de sua resposta. -

Jeon ficou em silêncio por um tempo, mexendo nas pontinhas do cabelo.

- Eu não te amo se é o que você pensa. aquele sentimento já não existe mais. - Riu sincero, umidecendo os lábios. - Você cuida do Jungkook, mesmo ele sendo teimoso. Eu gosto da maneira como você se preocupava comigo mesmo não me conhecendo, espero que possamos nos dar bem.

Eu suspirei, um pouco aliviada.

Antes que eu respondesse algo, Jimin voltava com a mãe da cozinha.
Ela trazia um copo de leite nas mãos, se reaproximando de Jeon.

- Acho que velhos hábitos nunca mudam. - Ela disse, o entregando. - Sua casa é muito bonita, meu filho. - Elogiou, vendo algo preto descendo as escadas. - Um gato? - Perguntou risonha. -

- Bichano! - Chamou alto, o pegando no colo. - O que ouve? Seus olhos estão mais escuros que o normal.

O gato apenas miou baixo, tocando o queixo de Jeon com a patinha, o mesmo que logo sorriu grande, desacreditado.
Algo realmente fofo de se ver.

O interfone novamente tocou.
Levantei, supondo ser Seokjin.
Ao destravar a porta, abri, vendo um homem.
Ele estava bem arrumado, camisa, calça, sapato social. Tudo perfeitamente perfeito.
Ele entrou, sem mais nem menos, após me encarar por pequenos segundos.

Todos os olhares foram para a mesma direção, estava óbvio quem era.
A semelhança entre eles era imensa.
Jeon levantou-se apressado, caminhou para trás, sem desviar o olhar daquele homem, totalmente confuso.

- Meu filho... - A mãe chamou, preocupada. -

- P-porque ele está aqui? - Perguntou com dificuldade, piscando forte. - Não não, por favor... Não estrague tudo. - Implorou. -

Seus olhos não pela primeira vez, estavam carregado de lágrimas, e ele tentou, novamente, com toda força que havia em si, controlar aquela vontade.
Namjoon aproximou-se do mesmo, o chamando e observando bem, cada comportamento.
Jeon levou as mãos até a cabeça, fechando fortemente os olhos enquanto se agachava, deslizando as costas na parede lisa.

- Tirem, tirem ele daqui! - Suplicou agitado, ainda mantendo os olhos fechados. - Por favor, você não precisa fazer isso, Jungkook... - Grunhiu, dolorido. - Controle-se, por favor.

- Porque você subiu, Jeon!? - Repreendeu a mãe, empurrando-o pelo ombro. - Sabe que ele não quer lhe ver.

- Porque ele está agindo assim!? - Exclamou, pouco alterado. -

Ambos olharam a imagem agachada, segurando com força a cabeça agitada, enquanto grunhia dolorido, puxando os cabelos para trás.
Estavam em algum tipo de conflito interno, estava óbvio para quem sabia de toda aquela situação.

Por um momento avistei Jimin, que se encontrava paralisado.
Aquilo estava sendo doloroso para ele, estava nítido em seus olhos.

Retornei a olhar Jeon, que levantava com a ajuda de Namjoon.
Jogou seus cabelos para trás, abrindo os olhos e respirando fundo.
Soltou-se das mãos de Namjoon, um pouco violento, e só então se reaproximou dos pais.
Não, aquele não era Jeon.

Os olhos fixados no pai, a mandíbula tensionada, parecendo estar rangendo os dentes uns nos outros.

- Retire-se agora. - Exigiu, com o rosto avermelhado, pelo momento recente. - Não vou pedir com a mesma educação da próxima vez.

- Apenas queria lhe dar parabéns, Jeon. - Ergueu uma das sobrancelhas, dizendo calmo. - Hoje é um dia tão especial.

Jungkook mordeu o próprio lábio, irritado. Negou devagar, respirando novamente fundo.

- Não preciso de nada que venha de você! - Exclamou. - E eu não quero pedir novamente para sair de minha casa.

- Porque está tão alterado, meu filho? - Perguntou, talvez com algum deboche. - Não precisa ter medo.

Medo.
Era a única coisa que Jungkook não tinha naquele momento.

Jungkook fechou as mãos em punhos, afastando-se mais daquela imagem, tentando ao máximo se controlar.
Parou ao lado de uma porta, possivelmente sendo a dispensa.

- Você não vai fazer uma besteira, Jungkook. Pelo bem de vocês, você não vai fazer isso. - Alertou a si mesmo, inspirando e expirando. - Mas você bem que devia.

- É melhor você ir agora. - A mãe exigiu, firme. - Isso não faz bem a ele.

- Desculpe! Não sabia que minha presença deixava meu filho tão descontrolado assim! - Alterou a voz. - Pior do que ele já era antes.

Jungkook então, deu as costas. Chutando a porta com tanto ódio, fazendo com que a trave se abrisse.
A porta não chegou a quebrar, pois a madeira era reforçada.
Apenas as marcas de seu pé sobre ela, era visível.
Ao menos de longe.
Em seguida, acertou um dos punhos na mesa de vidro, da qual trincou, por pouco não quebrando.
Ainda.

- Eu deveria lhe mandar para o inferno! - Jungkook disse, irado. - Eu não estou para brincadeiras.

- É o que tem vontade de fazer? - Confrontou, o pai. - Huh?

- Você nem imagina o quanto. - Respondeu, entre dentes. - Do mesmo jeito que a quase seis anos eu cuspi em seu rosto, não me surpreenderia nem um pouco se agora, eu lhe desse um soco.

- Então venha! Venha! - Provocou. - Seja capaz disso.

Jungkook olhava o pai com tanta repudia que se pudesse o esganar com os olhos, já teria o feito.
Porém seus olhos focaram na mãe aflita, que aos poucos deixava as lágrimas cairem sobre suas bochechas.
Aquilo o machucava, de um jeito ou de outro.
Jungkook então, novamente deu as costas para a imagem que fazia seu sangue ferver como nunca visto antes.
Ele sabia que assim era mais fácil ter, ao menos um pouco de controle sobre si mesmo.
Jungkook segurava com tanta força a mesa em sua frente, era visível o trincado se expandindo mais e mais.

- Não é capaz, certo? - Novamente o provocou. - Eu nunca lhe dei tantas expectativas, sempre soube o quanto era fraco para tudo. Diferente de Junghyun, que glorifica o sobrenome Jeon.

Jungkook riu, dolorido, com os olhos marejados, mas transmitindo toda a repulsa que sentia.
Virou-se novamente, direcionando o olhar ao pai, negando com o dedo.

- Não, você não sabe um quinto do que diz. - Sorriu torto. - É o senhor quem é fraco, nunca soube como criar um filho, nunca soube como amar, ser amado. Nunca teve o verdadeiro amor, nunca foi um herói nem para o seu preferido, Junghyun!

- Cale-se! - Exigiu. - Eu sou o seu pai.

- PAI!? - Berrou, rindo forçado. - Apenas liberou espermatozóides e infelizmente o escolhido foi eu, mas não, eu nunca tive um pai, no máximo do máximo, você apenas me fez. - Ergueu uma de suas sobrancelhas. - E claro, me ensinou o verdadeiro significado do ódio, parabéns papai!

- Independente de eu gostar de você ou não, ainda sou seu pai. - Afirmou, aproximando do mesmo. - Não são suas lamúrias, esse seu chororó, que irão mudar algo, não é o seu ódio, Jungkook.

- Não, você não é, nunca foi um pai nem para Junghyun, quem dirá para mim. - Jungkook contestou, esfregando fortemente as mãos no rosto. - E eu sei o porquê dele me odeiar tanto, porque somos completamente diferentes. Porque eu nunca, nunca me submeti as suas exigências, diferente dele, não é? Que se você mandasse ele lamber o chão, ele o fazia sem reclamar. Junghyun sim é fraco, nunca teve uma voz ativa, nunca lhe confrontou ou disse o que realmente sentia e pensava. Agora eu, o segundo filho, o indesejado, sempre fui contra todas suas regras. Nunca precisei de você, essa é a verdade.

- Cale essa maldita boca, Jungkook. - Exigiu novamente. - Eu não vou admitir mais uma ofensa sua.

- Você é o pior pai que alguém podia ter, tudo em você é inadmissível, inconsequente, você não merece nem a esposa que tem! - Exclamou, recebendo um tapa no rosto. -

- Jeon! - A mãe repreendeu, chorosa. -

- Srª Jeon, se acalme... - Jimin tentou, mas estava tão nervoso quanto a mesma. -

Todos estavam.

O pai o esbofeteou forte, transmitindo um estalar alto.
Jungkook colocou a mão no rosto avermelhado, sentindo a ardência dolorida.

- Você trate de me respeitar, seu insolente! - O empurrou para trás, com força. - Seu coração continua fraco, você sempre foi um estúpido, um problema para mim.

- Porquê, porque me criou então!? - Esbravejou, levando os punhos novamente na mesa á frente, a mesma que dessa vez, quebrou-se. Ele já não se controlava mais. - Porque não se livrou de mim na primeira oportunidade que teve? Seria fácil, não seria!?

As mãos de Jungkook estavam vermelhas, com pequenos cortes, possivelmente dos cacos de vidros.

- Acha que eu nunca tentei!? Aquele acidente de carro, do qual você tinha dez anos, acha que foi por acaso!? - Questionou, surpreendendo a todos. - Mas eu garanti que sua infância fosse a pior de todas. - Esbravejou entre dentes. -

Aquela revelação foi um choque para Jungkook, ele realmente estava surpreso.
Indignado como estava, preferiu ficar em silêncio, processando tudo que havia acabado de ouvir.

- Jeon... - A mãe grunhiu, sem forças. - Ele é seu filho... Como pode...

- Sempre lhe informei que queria apenas um filho, Junghyun. - Afirmou, entre dentes. -

- Seu doente... - Murmurou, Jungkook. -

- Não importa! Ele não pediu para nascer, deveria ter o amado de qualquer forma, ele é fruto do nosso amor... - Negou, secando as lágrimas do rosto. - Pelo menos eu achei que houvesse amor, mas nem isso, como fui tola. Mas isso acaba aqui, agora.

A mãe deu as costas, pegando sua bolsa e saindo por aquela porta.
Jimin de imediato a seguiu, evitando que a mesma fizesse alguma loucura ou sofresse algum tipo de acidente por estar tão transtornada.

- Srª Jeon... - Jungkook chamou, baixinho, triste. -

- Acho melhor você ir agora. - Namjoon pediu ao pai. - Por favor.

O mesmo não respondeu algo, apenas olhou Jungkook uma última vez e nos deu as costas, começando a andar.

- Lembra? - Jungkook começou, fazendo Namjoon fechar os olhos e suspirar devagar. - Quando lhe disse que seria você, quem me procuraria? E não ao contrário?

- Lembro. - Confrontou novamente. - Lembro-me tambem que havia dito que, ou eu sentiria orgulho ou detestaria ver o homem que você se tornou. Quer mesmo saber minha resposta?

- É melhor você calar essa droga de boca, seu verme imundo. Estava me controlando por causa da minha mãe, mas isso acabou. - Esbravejou, aproximando-se novamente. - Desta vez eu não me responsabilizo por nenhum ato meu.

Antes que Jungkook se aproximasse mais, Namjoon o deteu, segurando em seu braço.
Mesmo Jungkook se debatendo, Namjoon foi forte, não o largou por nada.

- Larga o meu braço, Namjoon. - Pediu entre dentes, tentando se acalmar. - Eu não quero te machucar.

- Eu não vou deixar que faça uma loucura, Jungkook. - Afirmou, firme. - Eu sei que se você encostar um dedo nele, é capaz de mata-ló com suas próprias mãos.

- Você tem noção do que ele disse!? ELE LITERALMENTE TENTOU MATAR O FILHO DELE! NEM A MORTE É O SUFICIENTE. - Gritou, tentando se soltar de Namjoon. - NAMJOON ME SOLTA AGORA!

- Não. - Reafirmou firme, levando o mesmo com dificuldade para trás, fez com que o mesmo chocace o peitoral contra a parede, o imobilizando. - Você está descontrolado, não está pensando direito!

- Não me trate como se eu fosse um delinquente! - Exclamou. -

- ENTÃO NÃO HAJA COMO TAL! - Gritou, Namjoon. - Eu sei que se realmente quisesse me bater, já teria o feito, você prática luta! Pode facilmente se libertar dessa prensa que estou te dando. Eu vou te soltar! Mas quero que pense na sua mãe, em seus amigos e principalmente em sua namorada! - Esbravejou, o soltando. - Olha o estado dela, como está nervosa, olha Jungkook!

Jungkook ficou quieto, pensativo.
Olhou-me por cima do ombro, entristecido.
Bufou, trombando com Namjoon, dando as costas para todos e seguindo até a cozinha.
O pai do mesmo não disse mais nada, apenas se retirou daquela casa, sem pressa alguma.

Namjoon retornou a mim, perguntando se estava tudo bem, pedindo que eu voltasse para casa, que ele cuidaria de Jungkook.
Mas não, eu me neguei a isso.

Ouvimos então um forte eco, vindo da cozinha.
Ao chegarmos no local, Jungkook estava jogando tudo pelos ares.
Destruindo a própria cozinha.
E nessas horas que nem mesmo seu TOC de organização, foi capaz de controlar a imensa raiva, que estava sentindo.
Ele jogou todos os copos, pratos e talheres visíveis contra a parede, fazendo com que voasse cacos para todos os lados.

Ele queria, de qualquer forma, aliviar aquela raiva.

Jungkook puxou os cabelos com tanta força que parecia querer arrancar-los.
Ele não se importava se estávamos olhando, não se importava em ferir as mãos e os braços com os próprios cacos ali presente.
A maior dor que ele sentia, era na cabeça. Lembranças possivelmente estavam tomando conta do momento.
Ele suava frio, estava tremendo.
Mas nada era suficiente, nada controlava ou amenizava sua raiva.
Ele já não sabia mais o que fazer.

- Jungkook... - Tentei, tocando em suas costas, mas ele se afastou no mesmo instante, como um gato que corre ao ver água. - Calma, por favor.

- Não me toca, Anna... Não me toca. - Pediu baixo, doloroso. - Eu quero que saiam daqui, por favor, eu quero ficar sozinho.

- Deixa a gente te ajudar. - Pedi, aquilo estava sendo tão doloroso. -

Ver Jungkook naquele estado, destruiria qualquer um.
Até mesmo quem não o conhecia.

- Eu não quero a ajuda de vocês, eu quero que saiam, quero ficar sozinho. - Pediu um pouco mais alterado. -

- Anna. - Chamou, Namjoon. - Vamos, ele não irá mudar de idéia.

- Estarei na minha casa, caso precise de algo. - Informei, ousando a me aproximar de novo. - Posso ao menos lhe dar um beijo?

- Não estou nas melhores condições para isso... - Negou, desviando nossos olhares. -

- Por favor? - Tentei, novamente. -

Jungkook estendeu uma das mãos machucadas, incentivando que eu me aproximasse dessa vez.
Assim que feito, aproximei os lábios dos seus, mas não cheguei a tocar-los.
Jungkook virou o rosto, fazendo que meus lábios encontrassem a sua bochecha molhada de lágrimas e avermelhada por causa do tapa de seu pai.
Dei três beijos, seguido de um abraço, que ele não chegou a retribuir.

- Chore, Jungkook. Está tudo bem. - Confortei. - Já lhe disse que não é vergonha.

- Não vale a pena. - Fungou. -

Jungkook olhou as mãos, vendo os cortes, os pequenos resíduos de sangue no local.

Permaneci em silêncio.
Ao me afastar, ele me olhou por um pequeno tempo, logo virando-se para arrumar a bagunça que havia ali.
Namjoon puxou minha mão, levando-me para fora da casa do mesmo.
Orientou, dizendo que eu não deveria procurar por Jungkook, que esperasse o mesmo vir me procurar, coisa que provavelmente não demoraria.
Dizemos mais poucas coisas, ele se despediu de Jungkook e foi para casa.

Eu fiz o mesmo, aquele dia já não era mais especial, para ninguém.

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A estrelinha!!⭐
Espero que estejam bem, peoples.
Os capítulos daqui para frente, vão ferver, aguardem. 🤐

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