Depois do momento amigável, fui buscar mais bebida para nós. Peguei duas garrafas de refrigerante e tentei abri-las, mas não consegui.
- Abre logo! - Esbravejei.
- Deixa que eu te ajudo! - Jonathan apareceu atrás de mim, sorrindo.
Meu deus, que vergonha, Lauren.
Em apenas alguns segundos ele abriu as duas garrafas e me deu.
- Aqui está, não precisa mais xinga-las. - Ele disse rindo e eu sorri, sem graça.
A verdade é que eu queria enterrar a minha cabeça no chão.
- Obrigada! Elas estavam teimando. - Brinquei e ele riu.
- Deu para perceber. - Gargalhou. - É para o seu namorado?
- O que? A garrafa? - Me embolei. - Não, não, é só para o Daniel. - Falei apontando para o mesmo que agora conversava com aquela tal de Katie.
- Entendi. Então, você não namora? - Ele perguntou.
- Não... - Ri.
- Que bom, fico mais aliviado. - Ele falou rindo.
Franzi a sobrancelha, confusa. Direto ele, né?!
- Por que? - Perguntei e ele abriu mais o sorriso.
- Ah, seria meio difícil competir com outro. - Sorriu galanteador.
- Pelo o que? - Perguntei assustada.
- Ora, por sua atenção. - Riu e eu tentei não virar um pimentão ali, mas não funcionou. - Relaxa, não precisa ficar envergonhada. Estou apenas brincando. - Sorriu. - A não ser que você não queira que seja. - Piscou com um sorriso de lado.
Arregalei suavemente os olhos e voltei para meus próprios pés depois de lhe dar um sorriso sem graça.
Eu não sei como agir quando alguém está dando em cima de mim. Eu não sabia o que dizer, mas pela minha cara toda vermelha ele percebeu o que estava acontecendo. Porém, quando foi trocar de assunto, o chamaram para jogar beer pong.
Suspirei aliviada.
Voltei para onde estava Daniel que ainda conversava com a Katie.
- Aqui está! - Estendi a garrafa para ele.
- Oi, queridinha, tudo bem! - Ela sorriu. - É Jennifer, né?!
- Lauren...
Ela forçou tanto para lembrar meu nome que quase explodiu.
- Isso! - Ela sorriu amarelo. - Então, voltando ao que eu estava falando... - Ela se virou para Daniel, ignorando a minha presença.
- Depois você me fala, Katie, agora não! - Ele disse tirando os braços dela de seu pescoço.
- Fala sério, Daniel, eu não posso mais conversar com você? - Ela disse melosa.
- Já conversamos, certo?! - Falou ele, impaciente. - Aliás, a Suzana está te chamando. - Ele apontou para trás dela onde estava uma garota de cabelo curto que acenou.
Ela bufou e saiu.
- Atrapalhei? - Perguntei vendo a mesma desaparecer no meio da multidão.
- Não, eu estava implorando mentalmente para alguém aparecer. - Ele disse dando um gole na bebida.
- Se não gosta dela, porque deixa? - Perguntei rindo e ele deu um gole em sua bebida.
- Eu gosto dela. - Riu com o nariz. - Apesar de ser difícil de lidar, as vezes. - O que o Jonathan queria? - Ele perguntou se sentando no sofá e eu fiz o mesmo.
- Nada, só estávamos conversando. - Dei de ombros.
Ele assentiu e ficou quieto olhando o movimento da festa.
Melissa apareceu tentando limpar o batom borrado e se sentou ao meu lado.
- Finalmente encontrei vocês. - Ela se sentou preguiçosamente.
- Estávamos aqui desde o começo da festa, vocês que sumiram. - Daniel riu.
- Mas foi por pouco tempo! - Ela revirou os olhos.
- Faz mais de três horas que vocês sumiram. - Ri e ela franziu a testa.
- Nossa nem vi o tempo passar! - Falou surpresa.
- Percebi. - Falei apontando para o batom borrado e ela o limpou.
- Vem, amiga, vamos dançar! - Ela disse me puxando.
- Gente, conheci um menino muito lindo, ele é novo na escola e é muito simpático! – Julie veio toda animada ao nosso encontro.
- E qual é o nome dele? – Perguntei.
- Já vi que estou sobrando por aqui. – Daniel falou rindo. - Eu vou procurar pelos meninos.
Ele saiu, deixando eu e as meninas, e Julie começou a contar toda a conversa que ela teve com o tal de Diego que tinha vindo do México.
- Então, como foi enquanto eu não estava? Você e o Daniel ficaram sozinhos e não tentaram se matar nenhuma vez? – Julie brincou.
- Não, fizemos uma trégua e prometemos que não vamos brigar, apesar de que desde quando eu cheguei nós não tivemos nenhum problema. – Falei dando de ombros.
- Um milagre! - Julie zombou e eu gargalhei.
- E aí galerinha boa?! – Bryan disse se jogando no sofá no qual estávamos.
- Que animação é essa? – Mel perguntou, rindo. Do lado dele estava Daniel segurando o Jack.
- Eles estão bêbados, acho melhor eu levá-los para a casa. – Daniel disse tentando não deixar Jack cair no chão.
- Nós ajudamos. – Falei e as meninas concordaram.
Melissa e Julie pegaram o Jack uma de cada lado, já que eram as mais altas e eu fui abrindo caminho. Chegamos até os carros e colocamos os dois lá dentro.
Julie ofereceu a sua casa para eles e então nos direcionamos para lá.
- Coloquem eles no sofá. Podem ficar tranquilos que a minha mãe não está em casa. – Ela falou indo para a cozinha.
Depois de muito trabalho, eles estavam dormindo. Mandamos uma mensagem para os pais falando o que aconteceu e onde iriam dormir.
Já que Daniel estava de carro, deixamos Melissa em casa e partimos para nossa.
- Posso te perguntar uma coisa?
Ele assentiu olhando para a estrada.
- Por que brigávamos tanto?
Ele riu.
- Você era sem graça demais. - Ele zombou e eu revirei os olhos.
- Você que era um sem noção. - Retruquei - Fazia tudo para chamar atenção.
- Quando seus pais trabalham feito loucos, é normal que alguém busque atenção em outro lugar. - Riu, mas senti uma pontada de verdade na resposta.
Isso me despertou lembranças do relacionamento do Daniel com os pais que nunca foi tão bom. Eles trabalhavam muito e deixavam a desejar na criação do filho que passava a maior parte do tempo com uma babá.
De repente, me senti culpada. Estraguei com o clima agradável.
O resto da viagem foi um completo silêncio.
Ele parou em frente à minha casa e antes de descer eu disse:
- Desculpa por entrar nesse assunto.
- Tudo bem. - Sorriu torto.
Ele se despediu e partiu com o carro.
- Você vai ficar parada aí até quando? – Meu pai falou encostado no batente da porta.
- Que susto, pai. Quer me matar! – Falei entrando com a mão no coração.
- Quem era no carro? – Ele perguntou.
- O Daniel. – Falei. – Relaxa, ele tem carteira.
- E o carro é dele? – Ele perguntou.
- Sim, o Sr. Campbell deu de presente dos dezoito anos. – Dei de ombros.
- Aliás, eles virão aqui na sexta. Vamos fazer hambúrgueres para comemorar. – Ele falou indo para a cozinha e eu fui atrás.
- Quem?
- Os meus amigos que são pais dos seus amigos. – Pegou uma garrafa de suco da geladeira e colocou em um copo.
- Até os Campbell? – Estranhei.
Eles quase nunca tinham tempo para aparecer em eventos assim.
- Bem, a Anne disse que viriam. – Ele deu de ombros. - Fiquei surpreso também quando sua mãe falou.
Me despedi dele e subi para o meu quarto pensando na conversa que tive com Daniel no carro.
Oi gente, desculpa a demora para postar mais um capítulo, mas antes tarde do que nunca né?!
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Aproveitem o capítulo e até mais💜✨