The Son of Stark!

De BellaViking

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Nem tudo que ocorre nas nossas vidas, pode ser considerado péssimo... e uma prova disso, era a história de Pe... Mais

Prólogo
A New Life!
Shopping.
Bedroom!
Engagement?
Dinner!
Karen
Are you a Stark?
Nightmares?
Avengers?
Doubts...
Meeting!
Gwen and Spider-Man
Spider Brat.
Academic Decathlon!
Sinister Sixth
Dad!
Memoirs?
The Comeback!
Family Moment!
Mystery?
Final Match!
GoodBye
Epílogo

My Father Will be Back!

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De BellaViking


Aquela genérico quarto de hospital, com as paredes brancas junto uma fina listra azul, a poltrona verde musgo, e claro o sofázinho de dois lugares na cor carmim, acabou se tornando uma das coisas mais comuns na rotina de ninguém menos, que Peter Stark. O garoto de apenas quinze anos, que se encontrava sentado naquela mesma poltrona, cujo havia se tornado macia com o passar do tempo.

O quarto era bem equipamento se for comparar com os outros hospitais da região, mas era apenas mais um quarto, ao se comparar com os quatro andares hospitalares da Torre. Vários aparelhos que monitoravam o mais velho, se encontravam em pleno funcionamento e todos conectados ao homem deitado na maca. Peter podia ouvir o barulho relaxante do bip, que ressoava pelo o cômodo, junto com a noticia que rolava livremente no canal, que a TV se encontrava.

O menino brincava com as palmas da mão, mas logo sua atenção foi desviada para o outro humano. Os cabelos castanhos escuros estavam totalmente despenteados e bagunçados, porém limpos. Em seu corpo, diferente das outras vezes, que ele sempre estava acompanhado por uma das suas roupas de marca, desta vez um daqueles típicos vestimentas de hospital se encontrava. Além disso, vários fios estavam conectados em seu corpo, monitorando cada batida ou mudança. E para dar aquele retoque, Peter conseguia perceber os pelo faciais começando a ficar desalinhado, deixando a marca registrada de Tony, ficar ofuscada.

Um sorriso triste brincou nos lábios de Peter, ao se lembrar como Tony já havia mencionado, que aquele cavanhaque era a essência do Tony Stark. E parando para pensar, era mesmo a essência que apenas o Stark tinha. E não era somente o cavanhaque que era a única coisa que pertencia ao engenheiro, mas sim o senso de humor, as piadinhas sem graça, o cheiro de perfume caro e óleo de motor, ah céus... tudo que exalava de Tony, era apenas dele.

O pequeno gênio, sentiu uma pequena lágrima escorrer do seu olhos, ao perceber que sentia falta de seu pai. Já fazia sete dias que Tony estava na maca de hospital, não tendo nenhuma melhora. Sete dias que Peter e Pepper, estavam na mesma agonia e tristeza. Sete dias que estavam sendo monólogos, sete dias que eles estavam sem Tony Stark.

Durante esse tempo, Peter praticamente permaneceu ao lado de Tony, igualmente Pepper. Ambos haviam adiando todos os compromissos que tinham, Pepper não ia das Stark's desde do acidente, enquanto Peter faltava as aulas – o diretor havia liberado, depois que Pepper e May explicaram por telefone. Eles apenas saiam dali para se alimentar e ás vezes para dormirem - claro, além de fazerem as higienes pessoais.

Os pensamentos de Peter foram interrompidos, pelo o barulho que o noticiário. Seus olhos logo se viraram na direção do noticiário que rolava livremente. O menino, pode ver nitidamente uma mulher loira de olhos castanhos, bem na frente da Torre dos Vingadores. A repórter usava uma roupa social cinza, que deixava a mulher mais careta do que aparentava ser. Balançando a cabeça, Peter afasta qualquer pensamento e foca no que a mulher comentava.

- Estamos aqui na frente da Torre dos Vingadores, esperando alguns dos moradores se pronunciar no caso do Bilionário Tony Stark, mas conhecido mundialmente como Homem de Ferro. – a mulher comentou brevemente, olhando fixamente para a câmera – Há exatamente uma semana atrás, os Vingadores tiveram uma briga com um grupo terrorista em Washington. E no meio desse combate, Stark acaba sofrendo um acidente – dessa vez mostra imagens de Tony sendo levado as pressas até o Quinjet – e desde então, não sabemos nada sobre a situação atual do Tony Stark, mas acreditamos que logo iremos saber. Aqui é Christine Everhart.

- Muito obrigada Senhorita Everhart. – um homem agradece, e logo a imagem da loira some, e foca na direção de uma outra mulher, porém diferente da primeira, ela era um morena

- Ainda falando sobre o caso de Tony Stark, fontes confiáveis confirma que um garoto estava acompanhando todo o processo. – uma imagem meia borrada aparece na tela, onde continha um menino de mãos dadas a Pepper, e ao lado da maca de Tony – Ninguém sabe ao certo quem é o menino, mas teorias sobre o garoto misterioso é uma das noticiais que mais rola na Internet essa semana. Muitas dizem que ele deve ser um dos filhos espalhados do Stark pelo mundo, enquanto outras afirmam que o menino só pode ser Seth Stark. O garoto que cujo...

Peter não conseguiu ouvir o restante da fala da mulher, pois logo a televisão fica totalmente preta. Olhando para a direção da porta, o menino logo pode encontrar com uma Jones que segurava firmemente o controle da TV. Os cabelos cacheados da menina, estavam presos em um rabo de cavalo desleixado, enquanto a sua "franja" estava jogada para o lado. A garota continha um sorriso triste brincando nos lábios, enquanto seus olhos castanhos encaravam suavemente o Stark.

Peter, vendo a visita inesperada de Michelle, apenas sorriu fraco e balançou a cabeça, convidando a Jones para entrar. Michelle logo colocou o controle em cima da cômoda, e caminhou até o lado do namorado. MJ, se apoiou na maca de Tony, tomando o cuidado para não machucar o engenheiro e não fazer barulhos, pois a morena pode ver perfeitamente o corpo adormecido no sofá de dois lugares, perto da parede.

- E então? Como está? – a menina pergunta baixa, mas sabia que Peter havia ouvido.

- Na melhor maneira possível. – Peter responde, olhando para a Jones que assentiu – Como está as coisas?

- Você já tem coisa o suficiente para se preocupar, Perdedor. – MJ resmunga, e logo pode ver um sorriso fraco brincar nos lábios de Peter – Você não devia ouvir esses noticiários. Eles não sabem de nada, e só ficam falando idiotices.

- Está tão ruim assim? Tipo, todos acreditam sobre essas teorias? – a Jones pisca os olhos repetidamente, enquanto mordia o lábio inferior – O que tanto falam? Não só de mim, mas sim do meu pai?

- Eles são idiotas, Peter. – a menina responde, agarrando a mão de Peter, e olhando para Tony todo incubado e cheio de equipamentos – Eles não sabem nada do que está acontecendo aqui...

- Como está Ned e Anne? – o Stark pergunta tentando mudar de assunto, ainda olhando para o pai.

- Estão normais... – a morena reponde, dando de ombros, e logo aponta na direção do sofá – É Pepper?

- Sim, ela não dormiu nada ontem de noite. – Peter responde, se virando na direção da ruiva que dormia tranquilamente – Ela estava tremendo e resolvi a cobrir.

- Você é um filho muito bom, Perdedor. – Michelle resmunga sorrindo, e Peter logo a olha de forma curiosa.

- Por que Perdedor? – ele pergunta, fazendo a Jones olhar para Peter de forma pensativa.

- Lembra da época que você gostava da Liz? – o Parker assente incerto - Então, você não conseguia nem pronunciar uma palavra para a menina, sem parecer um bobo. Além disso, você tem manias de Nerd bobo. Então, em vez de te chamar de Nerd ou qualquer coisa genérica...

- Me chamou de Perdedor. – Peter a interrompe, fazendo MJ assentir – Gostei da explicação, mas como você sabe de tudo isso?

- Oras Peter, somos namorados há quase dois meses, e você ainda não percebeu que eu sou observadora! – a Jones exclama risonha, fazendo Peter sorrir pela a primeira vez na semana.

- Uau... estou percebendo que a presença da namorada, faz bem para o Mini Stark. – uma voz doce, chamou a atenção do casal.

- Tasha? – Peter balbucia confusa, vendo a ruiva de olhos verdes, com dois copos na mão.

- A própria. Oi, Michelle, como vai?

- Estou muito bem, Senhorita Romanoff. E com você? – a morena pergunta, ainda de mãos entrelaçadas com Peter, o que não passou despercebida da ruiva.

- Melhor agora, que vi o sorriso de Peter. – Natasha resmunga, estendendo um copo para cada um dos adolescentes que aceitou – Você sabia que Peter estava bem, tristonho essa semana?

- É eu percebi, foi por isso que resolvi vim aqui. Trazer um clima diferente. – a menina responde, bebericando o líquido.

- E aparentemente conseguiu... – Natasha responde, e logo cruza os braços se apoiando na parede – Bruce vai vim daqui a pouco, ver o Stark.

- Valeu por avisar. – Peter resmunga, desviando os olhos para o pai.

- Eu só vim dar uma olhadinha em vocês. – Natasha comenta, olhando para Pepper que estava dormindo – Aquele chá deu efeito.

- Deu mesmo, ela está dormindo sem nenhum pesadelo. – Peter resmunga assentindo, vendo Natasha apenas sorrir.

- Bem, vou deixar vocês a sós... até! – a ruiva se despede, sorrindo para o casal que acenou.

Michelle e Peter logo começaram a conversar sobre algumas coisas banais. Na verdade, MJ havia ido visitar o namorado, pois estava morrendo de saudades – isso mesmo, Michelle Jones estava com saudades de Peter Stark, é algo até estranho de pensar. A Jones, sentia falta do Parker na escola, sentia falta das piadas sem graça do menino, sentia falta de deixar o mesmo constrangido e até mesmo do sorrisos que ela tanto amava.

Já Peter, ele realmente adorou ter um momento de conversa com a Jones. Durante esses sete dias, Peter havia esquecido do mundo exterior, e só se focava naquele cômodo – mas não é a culpa dele, pois o menino estava com medo de perder novamente o pai. Porém com essa visita da MJ, Peter percebeu que precisava esfriar a cabeça e tentar ter uma rotina diferenciada que ele estava vivendo. Talvez retornar a escola não seja uma má ideia, talvez seja o que realmente Peter estava precisando.

- Michelle, você acha que meu pai vai ficar bem? – Peter pergunta do nada, fazendo a Jones o olhar de forma interrogativa.

- Sim, ele logo vai pular dessa cama e querer quebrar a cara de Richard. – a menina responde confiante, fazendo o menino assentir.

- Você acha que ele vai ficar bem, se eu voltar para a escola? – MJ pisca os olhos atordoada pela a pergunta de Peter.

- Eu não sei... quer dizer, ele vai ficar bem, mas você está pronto para isso? – o menino a olha de forma curioso – Todos sabem a relação de você com Tony, muitos acham que é mentira, mas alguns afirmam. E enfrentar tudo isso e mais... – a menina olha hesitante para Tony – Não vai ser pior para você?

- Talvez... mas e se for o que eu preciso? Voltar a ter uma...

- Não ouse dizer Vida Normal. Porque você tem tudo, menos isso. – a menina corta a fala de Peter, que assente - Olha, não importa o que você decidir, eu vou estar do seu lado e te apoiando em tudo.

- Obrigado por tudo, MJ. – Peter resmunga, e sem hesitar sela os lábios rapidamente com os da morena, que sorriu no meio do beijo.

*

*

*

Peter realmente achou que aquela ideia era muito boa, mesmo tendo uma pequena voz no seu interior, avisando que ele ia se arrepender. O garoto havia acordado cedo sem nenhum pingo de animação, mas mesmo assim, não pensou em desistir da tão brilhante ideia. Havia se vestido com a roupa mais sem graça possível, havia tomado o café de uma forma bem monologa, sem comentar ou nada parecido, deixando todos preocupados ainda mais com aquela ideia, que Peter havia compartilhado na noite anterior.

E quando ele estava no elevador, junto com Pepper, que segurava a sua mão com ternura, o mini chefe, até cogitou em desistir ir a escola e caminhar até o mesmo cômodo que ele esteve nesses últimos dias. Mas ele logo espantou esses pensamentos, com o aperto leve que recebeu da Potts, que encarava as portas de metal totalmente entristecida. A ruiva, também achou que estava na hora dela tentar ocupar a mente, e resolveu voltar para o seu trabalho. Todo o restante da família quis protestar sobre essa decisão de ambos, mas sabiam que seria pior eles continuarem apenas a sobreviver.

Peter nem se deu ao trabalho de sair pelo estacionamento, e simplesmente acompanhou a Potts – porém, ambos não estavam mais de mãos dadas, mas sim meio abraçados – até o carro. O garoto pode ver vários repórteres e flash disparar na direção de ambos, mas Happy e Andrews conseguiram o conter. Pepper não tardou em enfiar Peter no carro e logo adentrar, no banco de motorista – a Potts havia dispensado Happy para dirigir, alegando que ele seria mais útil na Torre, para conter os abutres.

Se o pequeno Stark havia achado aquele sufoco com os paparazzis na entrada da Torre horrível, ele não imaginava que seria pior na escola. Diferente da Torre, lá não havia nenhuma câmera ou repórter, porém o olhar queimante e questionador dos alunos e até mesmo dos funcionários, era o suficiente. Pepper, até pensou em impedir Peter de continuar, mas o olhar do garoto transmitiu que ele iria ficar bem, que ele iria suportar aquilo. A ruiva fez o menino prometer que iria ligar para ela se precisasse, antes de deixar ele enfrentar aquilo.

Peter simplesmente não entendia do porque ele pensar que nada iria mudar na escola. Primeiro, ele some durante uma semana inteira, e de repente aparece totalmente acabado emocionalmente. Segundo, a essa altura todos do Midtown, já devia saber o parentesco dele com Tony, portanto seu segredo não era mais tão secreto. E em terceiro lugar, como ele iria voltar ao normal, se seu pai estava em coma? E todos sabiam muito bem disso, e o olhavam com pena e piedade, e isso realmente não era algo que ele estava gostando.

Na entrada, Peter já pensou em correr de volta para o carro, porém logo Michelle, Ned, Anne e até mesmo Betty, haviam aparecido e dado uma força para o moreno. A maioria das pessoas pararam de o encarar, quando a Jones enviou olhares mortais. Porém alguns não chegaram a desviar os olhos, e para ajudar, havia aqueles murmúrios irritantes sobre Peter ser o filho de Tony, ou alguma coisa semelhante. Céus, a super audição de Peter até detectou, quando alguém havia comentado que o Stark já devia estar morto, e eles estavam apenas adiando a notícia, e isso foi como um soco para Peter.

Porém ele aguentou cada um daqueles comentários, pois seus amigos estavam do seu lado e o apoiando. Mas infelizmente, naquela patético dia, Peter tinha uma aula sozinho e portanto ele precisou ouvir os resmungos e os olhares sem ninguém ao seu lado. Até mesmo alguns dos professores olhavam com pena pra ele, e isso o deixava cada vez mais perto de ter um colapso. Caramba, o pai dele não havia falecido! Então por que todos o olhavam daquela maneira? Será que eles não entendem que aquilo apenas dificultada mais as coisas? Que aquilo apenas o deixava mais aflito? Que o deixava com medo de perder novamente o pai?

Ouvindo o barulho irritante do sino, o garoto guarda lentamente os seus matérias na bolsa, tentando ignorar os murmúrios ou olhadas. Era mais duas aulas, e finalmente aquele inferno iria acabar, mas duas aulas e ele poderia voltar para casa, e ver seu pai novamente. Peter nem desconfiava que a pior parte daquele dia, estava próximo.

O garoto estava sozinho, e precisava enfrentar aquele corredor cheio de adolescente sem ninguém ao seu lado, mas isso não era difícil. Afinal, quantas vezes ele já não tinha feito isso? Mas ele logo se arrependeu de ter esse pensamento, quando ele viu todas as cabeças estarem viradas na sua direção, todos os olhos brilhando dó. Até mesmo as conversas haviam se cerrando, quando o garoto pintou pelo o corredor.

O pequeno engenheiro respirou fundo, e abaixou lentamente a cabeça. Ele não precisava ver, para saber que as pessoas o seguiam com o olhar e que até abriam espaço para ele passar. Peter se sentiu literalmente a beira de um colapso, ele não queria ter pena de ninguém, ele não queria chamar a atenção. Ele apenas queria continuar sendo ele, ele apenas queria que nada na escola tivesse mudado. Todos aqueles olhares queimantes em si próprio, simplesmente era agonizante demais, o pequeno garoto podia sentir o que cada um pensava sobre ele, e isso não era agradável.

Peter logo chegou até o seu armário, e sem pensar duas vezes, ele colocou a sua senha no mesmo. Quanto mais antes ele terminasse ali no corredor, mas antes ele podia ir para a sala e ter um momento em paz e sozinho. Mas logo esse seu plano foi para o ralo, quando ele viu quem estava se aproximando dele. Peter o reconheceria em qualquer lugar, afinal quem um dia iria esquecer do seu valentão particular?

- Aí, Parker! – Flash o chama, totalmente indeciso se devia ou não fazer aquilo, porém ele logo decidiu que sim, e se aproximou mais de Peter.

- Hoje não, Flash... – a voz de Peter saiu baixo e como uma súplica, enquanto ele terminava de arrumar a bolsa.

- Qual é, cara.– Flash eleva uma mão até o ombro de Peter - Eu só quero conver... – o menino é interrompido por Peter, que simplesmente o agarra pelo o colarinho e o prende contra o armário.

O baque foi tão alto, que chamou a atenção de todos novamente, que assistiam a cena de longe e com expectativa. Peter encarava o Thompson com mágoa e irritação, é serio mesmo? Ele não teria uma folga naquele dia, Flash não podia esperar mais alguns dias para voltar com as provocações? Tinha que começar justo no dia que Peter havia retornado. Mas o que o Stark não sabia, era que Flash não foi até ele para fazer piadinhas, mas sim dar um certo apoio.

- Tá melhor agora? – o valentão perguntou, sentindo o aperto de Peter e olhando nos olhos castanhos corça do Parker – Seu pai está em coma, eu sinto muito. – a voz do moreno saiu verdadeira, e Peter apenas afrouxou o aperto, enquanto sentia seus olhos começarem a arder – Eu entendo... eu sinto muito, tá bem?

Assim que Peter ouviu aquelas palavras, o garoto soltou Flash, enquanto todos os seus sentimentos que estavam reprimidos começaram a surgir. O garoto sentiu as lágrimas começaram a rolar dos seus olhos rapidamente, e junto com elas a dor de perder o pai. Fechando o armário, Peter pegou a sua bolsa e começou a se afastar do Thompson, que apenas assistia o garoto sumir de perto.

A vista de Peter estava turva por conta das lágrimas que rolavam, mas ele não precisava estar com a visão perfeita, para saber que todos o olhavam. Limpando as lágrimas com a costa da mão, o garoto logo pode ver Michelle e seus amigos olhando para ele. O pequeno herói não sabia ao certo quanto tempo fazia que seus amigos estavam ali, mas provavelmente eles viram a cena.

- Peter... – Michelle o chama, e surpreende todos, puxando Peter para um abraço.

Todos viram Michelle Jones, a garota que não gosta de demostrar seus sentimentos, dando um abraço totalmente acolhedor no Parker. Peter não tinha forças para corresponder o abraço, ele simplesmente não conseguia. Mesmo quando a Jones, o apertou mais forte e sussurrou no ouvido dele, que tudo ia ficar bem. O pequeno herói, simplesmente não conseguia retribuir aquele contato, mesmo ele querendo muito.

Peter se sentia sufocado, não pela Jones, mas pelo o restante da escola. Sem demoras, o garoto se afasta de Michelle e contorna todos os amigos, se encaminhando na direção da saída. Ele precisava sair daquele escola, ele precisava ficar sozinho, sem ninguém ao seu lado. Ele precisava ter um momento só dele, chorar sem se importar se alguém o olhava. E só tinha um lugar, que ninguém iria o procurar, e era exatamente nesse lugar que ele iria se acalmar.

*

*

*

Já fazia tempo que Peter não ia naquele lugar, não ia fazer uma visita para uma das pessoas que ele tanto amou e que ainda ama. Limpando a lápide, Peter logo pode ler o que já havia decorado de tanto ir antes. Seus dedos logo tocaram a pedra gélida, e ele não hesitou em contornar a escrita com a ponta dos dedos. Logo um suspiro pode ser ouvido, enquanto Peter se sentava ao lado da lápide.

As costas do garoto se encontravam na lateral da lápide, enquanto suas pernas estavam estendida e seus braços cruzados. Peter fechou os olhos fortemente, enquanto as lágrimas rolavam compulsivamente de seus olhos, eles escorriam cada vez mais. A última vez que Peter havia ido ao cemitério, ele imaginava que seu pai estava morto, e lembranças de todas as conversas que ele teve com sua mãe, logo fizeram ele sentir mais dor.

Peter não queria ter que enfrentar mais um enterro, ele não queria ter que se adaptar em viver sem seu pai. Peter não queria enfrentar mais olhares de pena, não queria ter que vir novamente uma vez na semana, para conversar com seu pai. Peter, não queria ver Pepper sofrer mais, não queria ver nunca mais as lágrimas rolarem nos olhos da Potts. Peter não queria ver, os Vingadores, sua mais nova família, ficarem triste toda vez que lembram de Tony. Peter Benjamin Parker Stark, não queria, de jeito nenhum, perder Tony Stark.

Peter sentia as lágrimas quentes, umedecerem cada vez mais as suas bochechas, e até mesmo o gosto salgado ele conseguiu sentir, quando uma das lágrimas escorreu para seus lábios. Fungadas também era bem perceptíveis e até os soluços. Novamente, Peter estava chorando naquela semana, novamente ele estava parecendo ser uma criança frágil. Peter se sentia tão vulnerável, por tudo que estava acontecendo. Ele só queria acordar e perceber que tudo isso não passou de um terrível pesadelo. Ele só queria acordar e ter o pai ao seu lado, o consolando de mais um pesadelo e Pepper trazendo aquele leite quente com canela, fazendo ele relaxar.

- Oi, mãe, faz tempo né? – Peter murmura, com a voz falha e chorosa – Tia May me contou sobre tudo... tudo mesmo. – o menino funga, e engatinha até na frente da lápide, ficando de joelhos na frente da mesma – O meu pai está vivo, durante esse tempo todo ele esteve sempre presente. Mesmo quando não sabia, ele estava me apoiando... Ele me chamou para trabalhar como aprendiz dele... – um sorriso fraco brinca nos lábios do garoto, enquanto as lágrimas continuavam escorrendo – Eu até hoje me lembro como foi incrível trabalhar com ele em tudo, tipo, papai me ajudou em tudo que aparecia! Ele até me consolou, quando eu tive um pesadelo, e não foi só uma vez, mas sim muitas... até mesmo, quando ele não sabia que eu era filho dele. – Peter limpa as lágrimas com a costas da mão – Mãe, eu tó com medo de o perder... tenho medo de dormir e ter pesadelos! Eu tenho medo de dormir, e perder ele enquanto durmo! – o garoto confessa, chorando mais forte – Eu devia ter impedido ele de lutar contra Richard! Eu devia ter o ajudado... se eu tivesse feito algo, o meu pai não estaria naquela cama, inconsciente. – o menino piscou algumas vezes, tentando conter as lágrimas – Eu não consegui te salvar quando era pequeno, e também não consegui me despedir corretamente... Eu não quero passar isso novamente! Eu nao quero perder o Tony! Não quando eu preciso dele... por favor, mamãe...

Peter se curvou e chorou com todas as suas forças, deixando cada tristeza e medo, emergir no seu interior. O Stark não ligava se estava ou não parecendo vulnerável para quem o visse. Não se importava se estava parecendo uma criança, ele realmente não ligava para nada disso. A única coisa que importava, era que ele queria os braços do pai envolta dele, os braços do seu pai o enrolando em um abraço afetivo, um abraço que somente ele sabe dar.

O pequeno gênio, estava tão ocupado no seu momento, que nem havia percebido na presença ruiva há alguns passos a distância dele. Pepper olhava para o seu menino totalmente tristonha, seu coração parecia que estava sendo esmagado. Lágrimas brilharam nos olhos da ruiva, que simplesmente caminhou apressadamente até o seu filho. Pepper havia ouvido a parte final da fala do menino, e simplesmente sentiu seu ar esvaziar ao ouvir a voz quebrada de Peter. Durante esse tempo todo, era a primeira vez que a Potts ouvia aquela voz, e ela nunca mais iria querer ouvir novamente.

Não se importando com a roupa que usava, a Potts se ajoelhou ao lado de Peter, e sem delongas o puxou para o seu próprio colo. Isso mesmo, Pepper Potts pegou o adolescente de quinze anos, e colocou no seu colo. Peter chorava intensamente, e ele nem precisou olhar para cima, para reconhecer aquele cheiro e toque, que apenas uma Potts teria. Peter se aconchegou mais perto da ruiva e chorou, enquanto sentia os dedos de Pepper, passar nos seus cachos.

Não era a primeira vez, que Peter chorava na frente de Pepper. Na verdade, isso estava se tornando algo bem comum na relação de ambos. Afinal, Pepper e Peter compartilhavam a mesma dor juntos, algo que nenhum dos próximos sabia. A Potts cantarolou suavemente no ouvido de Peter, enquanto penteava os cachos do mesmo. Longos minutos se passou, até que Peter parou de chorar, e se acalmou consideravelmente.

- Está melhor, querido? – Pepper perguntou, olhando para o menino que assentiu – Quer conversar?

- Como sabia que eu estava aqui? – Peter perguntou, olhando para as mãos ainda, envergonhado por não ter comprido a promessa de mais cedo, ligar para Pepper se algo acontecesse.

- Eu não consegui aguentar toda aquela pressão nas Stark's, então imaginei como devia estar sendo péssimo com você. Não hesitei largar tudo, e ir te buscar na escola... – a ruiva responde – Mas você não estava lá. Então me lembrei daqui, Tony havia mencionado em uma das nossas conversas.

- Eu sinto muito... – a Potts negou com a cabeça.

- Você não precisa pedir desculpas por nada, Peter. – Peter a olhou – Eu te amo demais, e não sei o que faria, se te perdesse novamente. Tony também te ama, e céus, ele não vai te deixar novamente! Não quando tem coisas que ele não fez, na lista dele. – a ruiva pisca alguns vezes, antes de olhar para o menino, que encarava a lápide – Você sabia que Tony, guarda na gaveta do criado mudo dele, a sua aranha de pelúcia favorito? E também a sua antiga chupeta?

- O que? Como assim? – o menino olha para a Potts que sorriu triste.

- Naquele acidente que mudou nossas vidas, as únicas coisas que não havia sido incendiado, foi a pelúcia e a chupeta. Tony guardou como memória, eu acho. Nunca perguntei ao certo, do porque. – a mulher funga levemente – No começo, ele apenas olhava para aqueles objetos com saudade e praticamente sem ânimo nenhum...

- E o que aconteceu? – a ruiva olhou para Peter com um sorriso fraco.

- Ele sabia que Mary e nem você, iria querer que ele parasse a vida. Iriam querer que continuasse... – a Potts respondeu fraco, fazendo Peter olhar para a lápide.

- Acha que devemos continuar? Sem ele? – Pepper estreita os olhos, enquanto olhava para a lápide.

- Acho que devemos fazer algo para ocupar a mente... algo onde não iremos receber aqueles típicos olhares irritantes. – Peter a olha de forma curioso.

- Mãe, - a Potts sorriu fraco, ainda era novo ela ser chamada assim, porém ela adorava – como podemos passar esse tempo que ele não está aqui?

- Sabe, Tony ama muito cheeseburguer, estava pensando em nós ir comer isso... e talvez, passear no parque. – Pepper comenta, vendo o menino a olhar – O que me diz?

- Eu adoraria fazer isso... vai me contar sobre alguma coisa embaraçadora do papai? – a Potts sorriu animadamente com a fala do filho, e assentiu.

- Vou deixar você se despedir de Mary... – a Potts resmungou, se levantando e pegando a bolsa de Peter – Te espero no carro.

Peter avistou Pepper andar calmamente até a saída do cemitério, e sem mais delongas ele olha para o túmulo. Ele sempre amou passar um tempo naquele cemitério, sempre amou ter uma "conversa" com a mãe. Mas, uma outra coisa que ele estava amando, era passar um tempo com a Potts. Pepper era simplesmente perfeita, sempre fazia o menino se sentir bem, e quase esquecer dos problemas.

- Mãe, - Peter olhou de volta para a lápide, limpando os resquícios de lágrimas – você não se importa de mim, chamar Pepper de mãe, né? – o garoto sorriu levemente, e logo se levanta – Meu pai vai retorna, disso eu sei agora... até mais! – Peter deixa um leve selar na lápide, antes de caminhar para fora do cemitério. Pepper estava certa, eles deviam fazer algo para esfriar a mente e esquecer um pouco dos problemas.




* Parece que Flash finalmente tomou jeito! E falando nisso, quem aí pegou a referencia?


* Gente... eu literalmente estou pirando com o episodio de hoje! O que foi aquilo? Principalmente a cena pós crédito, um Visão 2.0?


*Desculpa qualquer erro de ortografia!

* Espero que tenham gostado!

* Até mais!

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