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By FrancineRamos1

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A vida depois da guerra. A vida depois da morte. A vida depois de perder. More

Morte com cheiro de café

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By FrancineRamos1

Esta é uma história sobre um café localizado na Rua 27, do bairro Nova Luz, da cidade de Quadros, a capital do estado de São Paulo. O ano é 2215. E se você acha que aqui é tudo moderno, de vidro e perfeito, engano seu. Tudo está muito parecido com o que aprendi nos livros de história sobre o início do século XXI. O asfalto, por exemplo, permanece ruim, cheio de buracos, principalmente na frente do Café M, que sou a dona, desde que minha mãe, com 40 anos morreu de câncer, 5 anos atrás.

Era um dia ensolarado, eu tinha 21 anos e ela caiu no chão da dispensa do café. Derrubou um pacote do nosso melhor café e ficou deitada, como se dormisse com metade do rosto sujo de pó. Quando entrei, o cheiro do café estava por toda parte e minha mãe morta. Até hoje é difícil sentir o cheiro de café e não lembrar do rosto morto de minha mãe. Mas eu tenho uma cafeteria e tenho que aguentar, é o que diz minha tia Léu, a única irmã dela que esta viva. Todas as outras também morreram de câncer.

Dizem que a culpa é dos EUA, porque quando aconteceu a 3ª Guerra Mundial, há 30 anos, tudo que envolve a medicina, desde os medicamentos e até as pesquisas científicas da área passaram a pertencer aos EUA, sendo assim, apenas cidadãos daquele país de merda é que não morrem de câncer. Nós, os países que perderam a guerra, ficamos com nada. Eu sinto raiva, ódio e muitas vezes até dou risada com as piadas do Leninho, o garçom do meu café. De alguma forma ele consegue rir dos absurdos do mundo, mas ainda não descobri se rio dele, da terrível situação ou dos dentes que ele tem, tão estranhos, meio escuros, mas perfeitamente alinhados, combinantes com a voz dele, serena e firme.

Leninho chegou por aqui quando nem existia o nome "M", muito menos haviam pessoas que entravam pela porta com a intenção de tomar café. Aqui era um bar de rock, o dono era o meu avô e quando ele faleceu, de câncer também, minha mãe passou a tomar conta do lugar, mas como ela não gostava da vida noturna, acabou transformando o espaço num café. Café "M", o melhor da cidade, é o que falam por aí.

O nome dele na verdade é Lenildson, ele não gosta. Descobri porque temos bastante intimidade, apesar dele ser muito mais velho que eu, a sua presença por aqui me conforta, como se ele fosse também parte da minha família, que não tenho mais, pois tudo é só lembrança. O cheiro do café que lembra minha mãe morta.

Olhar para o quadro do meu avô na parede me faz lembrar daquela banda de rock "Oasis" e a música "Don't Look Back In Anger", que foi a música que ouvi quando minha mãe me deixou pela primeira vez acompanhar meu avô no bar. Aquele foi um dia muito feliz, apesar de eu ser adolescente, tenho bons momentos ainda tão frescos na memória.

É claro que me apaixonei pelo cara da banda, não o vocalista, mas o baterista. É claro que foi a maior confusão, porque eu não era a única interessada nele. É claro que meu avô percebeu e me deu um conselho que eu não segui: "ele não é homem para você". Desde tudo o que aconteceu – paixão, confusão, beijo roubado, ciúmes, traição – a minha vida sentimental é uma grande piada, muito melhor que as do Leninho, que costuma dizer que eu sempre escolho os piores caras, que tenho o dedo podre. Não gosto quando ele diz isso porque eu lembro de um vizinho que morreu no ano passado de câncer na boca. Ouvi dizer que a mulher dele não conseguia mais chegar perto, devido ao mau cheiro. O mais louco disso é que ele era conhecido por ser muito mentiroso, o que me faz lembrar de uma expressão que certa vez ouvi aqui no Café; "quem é mentiroso morre pela boca".

Hoje é quarta-feira de cinzas, um dia que o "M" está aberto porém o movimento é muito pequeno, devido à ressaca pós Carnaval. Então, estou sentada numa mesa, como se eu fosse uma cliente, Leninho já trouxe o meu café expresso forte sem açúcar. Adoro essa mesa do canto, para duas pessoas. De um lado tenho a janela que me deixa ver o semáforo, quebrado há um mês e ninguém veio arrumar. Vejo também a loja de botas da Joana e uma senhora passeando com um cachorro que acaba de entrar aqui.

Leninho, com seus cabelos grisalhos calça cinza, camiseta preta bordada em dourado a letra "M", tão gentil, vai até a senhora e entrega o cardápio. "Além do café, temos diferentes pães e tortas. Fazemos também bebidas geladas e hoje estamos com uma promoção incrível que é esta" e aponta para a foto do suco de maracujá, a torta de quatro queijos e o doce de leite. Reparo que ele parece estar tão mais velho, como se tivesse envelhecido anos em um dia. Ontem ele não parecia tão velho, mas talvez seja a luz do sol.

Novamente tenho lembranças, desta vez é de meu irmão Pedro, que mora na Alemanha. Quando ele me liga, sempre pergunta se está sol, porque do outro lado do continente raramente ocorrem dias ensolarados. Apenas o suficiente para as pessoas saberem quando é dia e quando é noite. Céu branco. Talvez eu nunca mais o veja, tudo porque a Europa inteira se fechou para os estrangeiros. Ninguém entra, ninguém sai. Meu irmão, que está ilegal lá, vive pelos cantos da cidade, tentando arrumar algum emprego melhor que lavador de pratos. Ele divide a casa com mais cinco brasileiros. Todos fodidos. Quando penso neles, penso em ratos, que parecem sobreviver pelos cantos escuros, de ruas estreitas, faça chuva, sol, verão ou inverno.

Nesta manhã, quando fui levar o lixo lá fora, apareceu a Natália Louca. Ela tem esse nome porque eu não sei, mas todos as chamam assim e ela é realmente biruta. O que contam é que um dia ela foi professora de História, tinha marido e filhos e por algum motivo desconhecido enlouqueceu. Ninguém sabe onde é a casa dela, se é que ela tem um lar. Deve dormir na rua e tudo mais. Com certa frequência o que sinto quando ela aparece na frente do "M" é medo, porque ela tem um jeito agressivo de falar. Hoje, ela chegou sem eu perceber, dizendo que tinha um presente para mim. Fiquei curiosa no mesmo momento em que ela tirou de sua sacola suja uma maça podre. Ela não tinha ideia que a fruta estava podre ou quis fazer uma graça? Fiquei sem reação. Peguei a maça com muita delicadeza para não estragar mais ainda e disse obrigado. Ela me mostrou um sorriso doce, mas também de escárnio. Eu não tinha mais nada para falar e ela então foi embora. Quando entrei, Leninho e a Solange, que realiza a limpeza do café, estavam rindo de mim. Não vi graça. Fui correndo jogar aquela maça no lixo. Quando ela bateu no fundo da lixeira, espatifou e um cheiro estranho atingiu meu nariz. Fechei rapidamente a tampa e pedi pra Solange tirar aquele saco fedido, que ia contaminar a loja. Por algumas horas achei que poderia conter um veneno naquela maça, que iria se espalhar no ar e fazer todos os meus clientes morrerem. Solange me acalmou, falou que eu já sou uma mulher madura demais para me incomodar com a maça entregue pela bruxa má.

O Leninho gostava de minha mãe. No dia em que ela morreu, depois de mim, foi ele que entrou na despensa e a viu morta com o rosto sujo de pó de café. Foi a primeira vez que o vi chorando. Lágrimas escorriam dos olhos dele como se ele chorasse por todo o mundo, nunca vi um choro assim tão sentido, dolorido e entupido de sentimentos. Cheguei a ficar constrangida porque o choro dele parecia mais intenso que o meu. Oras, eu era a filha da morta, meu choro tinha que ser mais.

É claro que ele nunca me contou sobre o amor dele por minha mãe, mas disso eu tenho muita certeza, pois eu sempre reparava no jeito tão respeitoso, mas também repleto de carinho que ele transmitia para ela. Talvez o olhar, talvez a postura, algo nele mudava muito assim que minha mãe entrava por aquela porta. O trabalho dele ganhava mais alegria, os clientes pareciam mais felizes. Tudo tinha mais cor. Eu, no meu cantinho solitário e sempre sofrendo por mais uma desilusão sentimental, achava aquilo tão bonito. Meu pensamento é que um dia, quem sabe, alguém me olhe do jeito que Leninho olhava para a minha mãe. Uma mistura de respeito, desejo, ternura. Tão diferente do Leninho sem a presença da minha mãe, que tem olhar de tranquilidade, inteligência e mistério. Nunca entendi porque ele é garçom, apesar de não querer nem sonhar ficar sem ele no "M", mas Leninho podia fazer mais pelo mundo. Às vezes ele tem um olhar tão destemido, como esses caras de esquerda, que vão lá na frente brigar com os policiais. Ah, isso é legal. Leninho, o destemido, seria o nome de sua história. Ele, quando estamos jogando conversa fora no balcão do café, diz que o nome da minha história seria Frida, a solitária.

De qualquer forma, até mesmo as piadas estranhas de Leninho eu suporto porque entendo que é apenas isso a parte que não gosto nele. Aliás, foi ele mesmo que me ensinou sobre conseguir suportar o que é ruim numa pessoa e dar mais atenção nas partes boas. Se bem que na última vez que ele fez isso eu caí, como cai o paraquedista quando o seu equipamento não funciona. Não morri legitimamente, mas morri no coração; e também de vergonha; e também de ter me sentido uma idiota.

Quando conheci Fernando, eu estava caminhando até o carro, no final de uma festa em Turmalinas do Sul, no estado Norte, em 2208. Neste ano ainda era fácil cruzar o país de carro então, a pedido da Silvia, minha prima que hoje mora no estado Sul, fui passar uma temporada em sua casa de praia que, segundo ela, era recheada de lugares incríveis para conhecer, com muita música eletrônica, muito rock, homens e mulheres interessantes.

Ela exagerou um pouco. A praia era deserta, os lugares incríveis não ficavam tão próximos à casa dela e a quantidade de pessoas interessante também não era das melhores. Até aqui no "M" tem figuras mais charmosas que aquelas que encontrei no Norte. Se bem que Fernando... mas isso não foi nada bom.

A conversa no estacionamento foi como todo primeiro encontro. Um sorriso e um olhar exagerado. Um excesso de carinho, de palavras moles e doces, que hoje me causam asco, eu usei com ele. Trocamos nossos números e assim seguimos cada um para a sua casa. Ele a duas quadras dali. Eu na distante casa de praia. Hoje quando penso na história, já percebo que algo de estranho havia por ali, pois quando pisei na areia ainda úmida da porta da casa de Silvia, meu relógio apitou, era uma mensagem dele dizendo que estava com saudades. Eu digo pro Leninho hoje que juro que estranhei aquilo, mas ao mesmo tempo fiquei com o coração aquecido e retribui a saudade. Queria um dia me perdoar por isso.

Na praia, no dia seguinte, fiquei sentada na areia, olhando as ondas quebrando nas pedras. O dia estava cinza, o que deixava o mar escuro, tão bonito, em contraste com o branco da espuma feita pelas ondas. E as curvas. E o som do mar. Quanto mais vivo e relembro histórias mais percebo que são esses os momentos bons da vida, pois é quando o desejo não existe, apenas alguma outra coisa que não deve ter nome.

Mas é claro que esse meu estado de contemplação não durou muito porque o relógio novamente indicou que havia uma mensagem. Era Fernando. E eu me assustei. Ou senti prazer? É difícil lembrar o que foi sentido porque no momento em que aconteceu eu ainda não tinha a experiência ruim, apenas uma pincelada bonita num quadro ainda tão branco. Eu era a Lily Briscoe pintando uma nova tela sobre a minha própria vida. Por algum motivo, talvez outras desilusões, eu gostaria que aquele tivesse sido o último quadro. Respondi para ele que Lily Briscoe o aguardava para continuar a pintura.

Fernando me perguntou à noite, enquanto ele mesmo preparava uma pizza na cozinha da Silvia, que fingia ler um livro enquanto me mandava indiscretos sinais sobre como eu deveria agir na presença dele, quem era Lily Briscoe. Eu tive de explicar que foi minha mãe que introduzi o nome na minha vida, ao contar sobre a história de um livro que ela leu: "a família tenta ir até um farol, que fica numa praia distante, porém o mau tempo não deixa o passeio acontecer. Então a família desiste num primeiro momento. Na segunda tentativa, alguns integrantes da família conseguem chegar ao farol, mas eles estão tão mudados que o livro é só tristeza. E uma artista chamada Lily Briscoe registra o farol num quadro, enquanto assiste a ruína da família". Toda vez que ela relatou essa história, o último ato dela era dar uma longa tragada no cigarro. Nós três fizemos o mesmo enquanto a pizza recebia o toque final de queijo parmesão e orégano.

Depois da pizza e muito uísque, Silvia dormiu no sofá. Fernando e eu fomos olhar as ondas do mar. Quero dizer que isso foi a desculpa, porque era outra coisa. Havia, naquele momento, uma verdade acontecendo, eu estava realmente curiosa. Percebi que quando ele explicava os ingredientes de sua pizza preferida, ele queria mostrar também que era um cara legal, apesar de. Apesar de alguma coisa. Mas isso é o que acho hoje, naquele momento, as ondas, as estrelas, a areia e eu acreditávamos que tudo estava bom e frenético.

Fernando foi embora logo depois de nosso primeiro beijo porque precisava acordar cedo no dia anterior. Ia realizar uma entrevista de emprego e não poderia se atrasar, tampouco aparentar aquela fisionomia de quem passou a noite em claro fazendo sexo. Quem saiu perdendo nisso tudo foi eu porque Silva dormia um sono profundo e eu voltei a olhar o mar depois que me despedi dele com a promessa de um novo contato para me contar sobre a sua atuação na entrevista.

No dia seguinte acordei olhando para o relógio, naquela época o modelo Z5 da Hogaz, mas não havia nenhum sinal. Aproveitei para colocar o trabalho com o "M" em dia. Eu precisava controlar o estoque, garantir que nenhum tipo de café faltasse, principalmente para que minha mãe não tivesse um surto nervoso comigo, o que não era tarefa simples pois era necessário mandar mensagens para vários cantos do mundo para conseguir os melhores grãos e, por conta do novo modelo político mundial, que começou a controlar todas as mensagens internacionais, eu estava começando a me adaptar a tamanha barbárie, sem contar a loucura que era conseguir fechar contratos de bons preços de café.

Lembro que minha mãe contava de um cantor que viveu no século XX, no período da ditadura brasileira e que no início todas as músicas dele eram censuradas, mas que depois ele começou a perceber como era simplista a mente do Governo Militar e começou a se divertir escrevendo letras que pareciam singelas, mas que por trás colaboraram muito para que o povo se unisse e lutasse contra aquele terrível momento. Hoje não preciso me preocupar com o meu país, mas depois de nossas fronteiras tudo está muito diferente e perigoso.

O relógio apitou às 19 horas, a lembrança é tão forte. Ainda mais que não foi uma simples mensagem. Fernando pediu autorização de imagem que aceitei rapidamente e pude ver seu rosto e ouvir sua voz enquanto eu pintava as unhas de vermelho. Não são todas as pessoas que ficam bonitas no holograma, mas ele sim. Talvez pelo formato do rosto redondo, o nariz grande, os poucos cabelos. O conjunto ficava interessante e eu, derretida.

Até hoje não gosto muito de usar holograma, prefiro mensagens de texto. Acho o holograma uma invasão, então, só uso com pessoas que realmente gosto. Hoje, com Leninho e com a Solange. Algumas vezes com a Silvia. Naquela época eu tinha também minha mãe e o Fernando. Se holograma tivesse prazo de validade, o meu já teria chegado ao fim.

A conversa usando o holograma foi ótima. Não houve constrangimentos e aqueles intermináveis momentos de silêncio. Ele contou que foi bem na entrevista de emprego, comentei com ele sobre as compras de café e também fiz questão de frisar que a conversa era um momento de muita intimidade para mim que, apesar de não gostar da invasão holográfica, eu estava gostando. Ele sorriu com o canto nos lábios, abaixou a cabeça sem jeito e passou a mão no cabelo, foi quando eu percebi – ou achei que percebi porque foi muito rápido – um sinal de compromisso em sua mão. Por alguns segundos eu imaginei ali o ponto azul iluminando o canto do dedo indicador. Fiquei insegura, mas também quem era eu para exigir alguma explicação dele. Nunca foi o meu estilo me comportar como louca. Gostaria que fosse.

Passei o dia com a imagem da luz azul. Voltei o registro de nossa conversa várias vezes, joguei para o computador, tentei desconstruir a imagem para pesquisar unicamente o ponto azul, mas não consegui. Talvez se eu fosse tão incrível no computador como Leninho, a minha história com Fernando teria acabado ali, mas não. Além do dedo podre, minhas habilidades com informática não são das melhores.

À noite Silvia decidiu ir para mais uma festa. A minha escolha foi de ficar na casa para terminar os envios de mensagens de compra de café e também dos queijos e bebidas. Foi às 22 horas que decidi parar de trabalhar e bisbilhotar a caixa de discos de vinil que havia na sala. Eu só sabia o que fazer com aquilo porque meu pai tinha uma coleção muito boa desses lendários objetos musicais. Na minha infância me lembro das entrevistas que ele dava: "Como você se sente sendo a pessoa com mais discos de vinil no Brasil?". Ele, irônico, respondia: "me sinto sendo a pessoa com mais discos de vinil no Brasil."

Para o meu pai, por tudo o que ele estudou em bibliotecas do mundo inteiro sobre música, ele afirmava com brilho nos olhos de que nada, nunca, nem ninguém irá superar o rock feito pela banda Pink Floyd. Então foi esta a minha escolha. Tive uma certa dificuldade em apertar aqueles botões metálicos, mas depois me senti satisfeita com o som alto, pela casa toda. E deitei no chão da sala.

Às vezes eu gostaria de desligar o relógio, pois minha mãe contava que na época dos pais dela isso ainda era possível, mas hoje, "com toda essa tecnologia, minha filha", fica difícil ter uma vida desconectada. E foi assim então, porque os relógios estão sempre ligados, que Daniel mandou mensagem e em tão pouco tempo ele também estava deitado no chão da sala, me abraçando.

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