Bem eu estava realmente cansado. Não fisicamente, claro. Sua Senhora sempre lhe dava energias de sobra. Ele estava cansado psicologicamente. Harry não tinha dormido direito e ainda foi acordado pela Senhora horas antes das aulas começarem.
No momento, ele estava sentado na mesa dos professores, no Salão Principal. Apesar do cansaço, Harry estava se divertindo com a intrigante primeira troca de olhares entre os mais novos amigos de Evans e Snape.
Harry tinha prometido a si mesmo que não deixaria que os Marotos estragasem a vida de Snape mais uma vez, mas não podia mentir para se mesmo e dizer que as interações entre os mesmo não eram interessantes.
Logo os horários das aulas começaram e a turma de Snape e dos Marotos entraram na sala.
—Bom turma, eu me chamo Harry Romanov e sou o novo professor de Defesa contra as artes das Trevas. Sejam muito bem vindos.
Harry andava entre as duplas até parar na frente de Snape e Evans.
—Bom hoje estudaremos o feitiço Lumos. Diga-me Sr. Snape, para que serve exatamente o feitiço?
Snape, que acompanhava os movimentos de Harry com bastante atenção desde o início da aula, pareceu ficar repentinamente nervoso.
—Ah bem... O feitiço serve para... Ah... - alguns alunos começaram a rir, mais especificamente os Marotos e Harry percebeu que k nervosismo de Snape aumentou - É...
— Sr. Snape... - o menino abaixou a cabeça tristemente - o que significa a palavra utilizada no feitiço?
— Luz senhor.
— E o que a luz faz?
O menino pareceu ficar ainda mais triste.
— Ilumina o ambiente senhor.
— Então... O que o feitiço produz e para que ele é usado?
O menino levantou a cabeça e olhou o Professor.
— O feitiço produz uma luz branca morna e é usado para dar uma iluminação melhor para o mago.
Harry balançou a cabeça afirmativamente.
— Exatamente! - o menino deu um pequeno sorriso de alívio, não que Harry achasse que o menino tinha percebido tal ato- 10 pontos para a Sonserina por responder uma pergunta do Professor sem nem mesmo ter visto o conteúdo em sala ou ouvido uma explicação sobre tal dentro da sala de aula.
Os alunos olharam surpresos para o professor.
— E quanto aos que riram do Sr. Snape por qualquer coisa que julgaram engraçado... - Harry olhou para os Marotos - 10 pontos da Grifinoria por rirem de um colega que está aqui para aprender e tem todo o direito de errar quanto vocês. Tem sorte de não serem 10 pontos de cada um.
E a aula decorreu rapidamente e Harry, por ironia do destino, resolveu não ser tão bom quanto pretendia inicialmente e que ele iria colocar em prática tudo o que aprendeu com o que um dia foi seu professor de poções.
As aulas estavam passando rápido e alguns dias se tornaram semanas e quando Harry reparou já estava próximo do Natal.
Harry estava passando pelo corredor quando viu uma pequena aglomeração de alunos...
— ... Seboso! Olha esse cabelo horroroso! Como alguém pode gostar de uma pessoa horrível como você em?
Esse apelido! Harry se enfureceu na hora e foi em direção ao grupo.
— Garoto esquisito, é por isso que não tem amigos.
— E quem gostaria de ser amigo desse garoto feio.
— É... Ser o queridinho do Professor Romanov não te faz mais atraente garoto.
—Nerd!
— Esquisito!
— Sabe o que eu acho rapazes, que o esquisito merece um apelido!
— É verdade!... Que tal?... Ranhoso!
— O que achou Ranhoso? Combinou não acha?
E os garotos riam do menino Snape, que estava pegando seus materiais do chão.
— Olha só, o livrinho inseparável do Ranhoso! O que será que ele escreve nessa porcaria?
— Será que é um diário?
— Diário?! Isso é coisa de menina!
— Não é atoa que ele é esquisito!
O menino Snape se apavorou.
— Devolve isso é meu!
— Agora é meu Ranhoso - o garoto, Harry achava que era Black, disse.
— É! Vai que é graças a esse livro idiota que você consegue acompanhar as aulas de DECAT e Poções. - o menino Potter disse.
— É porque se é idiota é burro também!
— Me devolve! O livro é meu! - Snape tentou pegar o livro de volta.
Black levantou o livro no ar, impedindo o garoto de pegar o livro.
— Vejamos... Pelo menos você tem alguns títulos... Feio...
— Esquisito.
—Seboso.
— Ranhoso.
— E agora nanico.
Os garotos riam.
Harry chagou por de traz dos Marotos e pegou o livro de Snape.
— E agora vocês tem detenção com o zelador e perderam 20 pontos cada um por fazerem bullying com um colega que não faz mal algum para ninguém!
Os garotos o olharam assustados.
— Circulando. E saibam que a chefe da casa Grifinoria irá saber do que seus leões andam aprontando.
Os Marotos não perderam tempo, já foram correndo em direção a sala comunal de sua casa, e Snape ia em direção das masmorras quando Harry o chamou.
— Sr. Snape. Por favor, venha ao meu escritório.
Quando o menino olhou para ele, Harry soube que tomara a decisão certa de não só interromper os Marotos quanto de vir a dar aulas. O menino Snape estava a ponto de se afogar em lágrimas e para Harry ver isso... Bem pode-se dizer que não era tarde demais para ninguém.