Respiro fundo tentando me manter a calma, certo, eu sei o que é isso...mas, eu não sei se Tom deseja mesmo...eu não tenho certeza, por mais que ele tenha falado que faríamos um bebê não sei se era real a sua fala, ou só calor do momento.
Vou até o nosso quarto vendo o meu lindo homem deitado em nossa cama lendo, fico parada pensando em algo bom o suficiente para o dizer, eu simplesmente não conseguia dizer nada...muito menos pensar em algo...ainda estou em choque.
- Ei minha gatinha manhosa, o que está fazendo aí parada? - ele coloca seu livro em cima da escrivaninha me olhando atento, enquanto eu nada dizia - amor, o que foi? - ele se levanta vindo até onde estou sem olhar para os seus olhos - ei minha vida - ele me abraça com força, o que eu prontamente correspondo - o que se passa nessa sua cabeça linda? - beija minha testa com carinho e eu caío no choro.
- A-Amor...eu...eu sei que você não queria ainda...eu te amo, me desculpa - desato a falar.
- Do que está falando, amor? - pergunta confuso.
- Eu...eu estou grávida, Tom - falo baixinho.
- Grávida? Por Merlin - ele me puxa para sentarmos no recamier - nós...vamos ter um bebê - coloca a mão em minha barriga - eu amo você e esse pequenino ou pequenina - beija meus lábios amorosamente - estou feliz Freya, muito feliz - me abraça novamente - essa vai ser a nossa família, vamos ter muitos bebês e eles vão pra Sonserina - Tom se empolga falando do nosso futuro, mas o que eu realmente pensava era o quanto eu estava grata por ele me amar.
- Eu amo você, Tommy - dou um beijo de esquimó nele.
- Eu amo você, milady - ele sorri segurando meu rosto - agora vamos dormir que nosso bebê tem que dormir cedo...Merlin, temos que comprar as coisas pro bebê...amanhã vamos comprar as coisas pro nosso bebê - ele se anima ao pegar em minha mão e nos levar para cama, mas dessa vez dormimos da melhor forma, nus e agarrados um no outro.
[...]
- Você prefere macacão verde e prata ou só verde, amor? - Tom me pergunta ao pararmos em mais uma loja de bebê, o homem falou bastante sério quando disse que iríamos comprar as coisas, compramos um berço, um armário, uma poltrona de amamentação, um daqueles limpadores, banheira e tudo que possa imaginar...por Merlin, eu só quero um sorvete de limão siciliano com mirtilos.
- Tom, eu prefiro um sorvete...já volto meu amor - saío da loja deixando ele lá, vou para a sorveteria e faço meu pedido.
Me sento em uma cadeira perto da janela e me ponho a observar as pessoas que por alí passavam.
- Com licença senhorita solitária, posso me sentar com você - uma voz masculina se faz presente e eu me viro para ver um homem muito bem arrumado e até muito bonito...mas nada que se compare a Tom, meu Tom.
- Ah...acho melhor não - falo me voltando para o meu sorvete.
- E por que não? - me questiona.
- Porque eu tenho um noivo muito ciumento - digo sem animação.
- Oh, mas dizem que o que os olhos não vêem o coração não sente - ele tenta me convencer.
- Ah sim, mas o meu coração sente e sente muito amor por ele - devolvo sua audácia.
- Besteira...eu - sua argumentação é interrompida quando a voz de Tom se faz presente:
- Saía de perto da minha mulher, agora.
- Você não pode...
- Eu disse agora, se você quer se manter vivo, é melhor sair daqui - encara o homem com raiva que prontamente entende e saí da sorveteria.
- Sente-se comigo, meu amor - puxo sua mão delicadamente para que ele se voltasse para mim.
Tomamos nosso sorvete com brincadeiras e beijos da parte de Tom e nossa tarde foi muito agradável.
[...]
Respiro fundo antes de adentrar mais uma vez o Expresso de Hogwarts, mais um ano...meu último ano...e ainda por cima, estou grávida, que seja o que Merlin quiser.