O ACORDO [DEGUSTAÇÃO]

By wantsilva

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+18 | Aslan Petrovic é dono da rede dos maiores cassinos da Rússia, sendo o principal representante da famíli... More

01 ─ O ACORDO COM O DIABO.
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03 ─ PRIMEIRO DIA COM O DIABO.

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By wantsilva




Julie Davis.

─ Olá, srta. Davis ─ uma senhora me cumprimenta. Ela usa roupas brancas e mantém seus cabelos grisalhos presos num coque. ─ Sou a governanta.

Havia chegado minutos atrás nas dependências do sr. Petrovic, após um homem alto, forte e loiro me buscar se identificando como Serguei, um dos homens do diabo. Havia acabado de chegar do serviço e o carro já me esperava na porta da minha casa.

Felizmente, não tive que olhar para a cara do meu irmão pela manhã e muito menos quando cheguei. Ainda estava com ressentimentos em meu peito e um pouco chateada com toda essa história. Passei o dia todo relembrando do sexo que fiz com o sr. Petrovic e remoendo sensações ruins dentro da minha mente. Sentia-me usada e um mero objeto diante dos seus olhos.

Agora, eu não conseguia processar mais nada, somente a beleza da residência do sr. Petrovic. Era tudo muito lindo ali, numa área verde, bem longe do centro de Moscou. Durante o caminho, havia diversas árvores e um imenso jardim bem cuidado que enfeitavam a estrada. Chegando aos portões, deparei-me com um castelo, simplesmente magnífico. Meus olhos brilharam, porque a construção me lembrou da época medieval e das imagens que eu sempre vislumbrava em meus livros de história.

Havia um grande chafariz no centro do jardim. Ao redor, muitas flores, plantas e uma parte verde magnífica bem cuidada que rodeavam a dependência.

Quem me recebe é Kira, a governanta.

Ela então abre espaço para mim, eu adentro ao castelo com os olhos brilhando, totalmente encantada com a estrutura e o local impecável. Até parece que saiu de um filme de época. Por dentro, era tudo rústico e arrumado... exalando um cheiro incrível de erva doce.

─ O sr. Petrovic pediu que eu mostrasse seu quarto, para que pudesse se trocar para o evento de hoje ─ ela diz sorridente, caminhando ao meu lado.

─ E onde ele está?

─ Ah, ele está dormindo... chegou agora pouco e foi descansar.

Ela me faz subir um lance de escadas, me guiando por um corredor branco e abrindo uma porta de madeira para mim. O quarto era simples e espaçoso, bem confortável. Com uma cama grande, cortinas de cetim, cômoda, escrivaninha, penteadeira e um guarda-roupa de canto.

Havia algumas velas aromáticas pelo local, me fazendo inspirar um cheiro bom de morango. Após me mostrar o quarto, Kira deixou-me sozinha e desapareceu atrás de mim.

Caminhei ainda encantada pelo local, sentindo o tapete felpudo acariciar os meus pés. Coloquei então a minha bolsa na cama, que estava coberta por lençóis de algodão e alguns travesseiros.

Vejo então uma lingerie preta em cima da cama, rendada e bastante vulgar. Também havia uma cinta-liga rendada e saltos pretos, que eram belíssimos e aparentemente caros. O vestido era de seda, de alças e justo na cintura, provavelmente deixaria meu corpo bem modelado.

Também havia algumas maquiagens, cosméticos, roupas e um lanche dentro de um cesta que parecia estar delicioso. O shampoo era italiano e parecia ter sido caríssimo, além dos outros produtos de marcas importadas que custavam meu rim. Porém, eu iria aproveitar mesmo.

Deitei-me na cama sorrindo e peguei um sanduíche natural da cesta de lanche, mordendo com prazer e tomando o suco de laranja em seguida. Estava tudo uma delícia e meu estômago agradeceu por aquele lanche, visto que eu não comia nada desde o café da manhã.

Fiquei um tempo assistindo televisão e aproveitando minhas horas como madame até às vinte horas, quando resolvi me aprontar e ficar a espera de Petrovic.

Aprontei-me em menos de trinta minutos, fiz o possível para ficar bem apresentável e por fim, passei um batom vermelho e o perfume importado que estava em cima da penteadeira.

─ Srta. Davis? O sr. Petrovic aguarda a sua presença no hall ─ escuto alguém bater na porta e abro de imediato, afinal, eu já estava pronta.

Saio do quarto vestindo o meu sobretudo preto e caminhando lentamente pelo corredor até as escadas, onde desci devagar, fazendo o possível para atrasar o meu encontro com Petrovic. Porém, ao pisar no primeiro degrau e ter seus olhos escuros sobre mim, senti as borboletas dançando em meu estômago e uma maldita vontade de vomitar o lanche que eu fiz.

Ele está impecável, dentro de um terno preto, com os cabelos penteados para trás e exalando um perfume forte... que faz minhas pernas ficarem bambas. Lembrei-me então dos seus lábios sugando a minha intimidade na noite de hoje e meu corpo logo ficou arrepiado.

─ Boa noite, Petrovic ─ digo baixo, porém, ele se vira, abre a porta da frente e segue caminhando até o carro que nos esperava no saguão.

Ignorante e nada educado.

Sigo os seus passos e também entro no carro, ao seu lado, sentindo seu corpo bem próximo do meu. Eu então engulo o seco, apertando uma mão na outra e inspirando seu perfume que estava alastrado pelo carro.

─ Você terá que usar algo ─ ele abre uma sacola pequena e me entrega uma caixa. ─ Iremos num evento de empresários, alguns, no mesmo ramo que o meu. Preciso que fique sempre ao meu lado e não fale com ninguém.

Eu abro a caixa e vejo uma tira de couro fina, com um pingente pequeno e brilhante. Parecia até... uma coleira. Não acredito. Eu engulo novamente o seco e me viro para ele, um pouco indignada por ter que usar aquele acessório ridículo.

─ Isso é... ─ minha voz sai por um fiapo.

─ Uma coleira.

Ele abre um sorriso de lado e pega o acessório de dentro da caixa, erguendo meus cabelos e passando pelo o meu pescoço.

─ Hoje você será a minha cadela ─ ele diz em meu ouvido, deslizando suas mãos por dentro da minha coxa, até alcançar a minha calcinha. ─ Será uma boa garota?

Eu concordo com a cabeça, me sentindo um lixo em ter que concordar com suas atitudes sádicas e machistas. Respirei fundo e me controlei, estava quase o enforcando com a gravata.

Nós chegamos ao local dentro de quinze minutos. Era um prédio grande, de paredes espelhadas e muito chamativo. Acredito que também é um cassino e vejo que estou certa ao adentrar ao local e ouvir a música alta, o cheiro de álcool e a zoada das roletas girando.

─ Julie... mais uma coisa ─ ele oferece seu braço e eu aceito. ─ Não aceite drogas de ninguém e muito menos bebidas.

─ Certo.

E então nós caminhamos pelo o ambiente, sendo seguidos por Serguei e mais três seguranças. Havia muitas pessoas presentes no local, a música era ensurdecedora e o cenário não era tão agradável para mim.

Entramos num elevador grande que ficava no final do corredor. Serguei digitou uma senha no painel e logo o elevador começou a se movimentar. O ambiente era muito frio e me causava alguns calafrios. Eu estaria me tremendo se não estivesse vestida num sobretudo.

Paramos no terceiro andar e logo nos foi apresentado um ambiente diferente, com poucas pessoas. Ao contrário das pessoas que estavam no primeiro andar, as pessoas daqui tinham uma postura mais séria e pareciam ser importantes, visto que o local estava com alguns seguranças nos cantos.

Vestidos caros, champanhe, ternos, homens velhos e barrigudos. Um cheiro incrível de menta no ar. Alguns usavam drogas, outros jogavam numa sala de jogos que havia próximo ao bar e outros se contentavam em ver as belas mulheres nos pole dances.

Petrovic me conduziu até uma mesa no centro do salão, que tinha um sofá de couro e algumas cadeiras brancas. Eu ocupei o sofá de couro, porque aparentava ser mais confortável e Petrovic sentou-se ao meu lado.

Cumprimentamos três homens que logo começaram a conversar de forma animada com Petrovic, sobre negócios, bebidas e jogos. Eu estava totalmente dispersa, olhando tudo ao redor e me sentindo um pouco deslocada.

O salão era imenso, contava com uma iluminação simples, detalhes dourados e um papel de parede cor creme. No centro, havia um lustre grande. Muitas mesas estavam espalhadas pelo salão e quase todas estavam ocupadas.

Serguei ficou ao nosso lado, olhando tudo ao redor e fazendo a nossa segurança. Logo um mordomo surgiu, trazendo drinks e alguns petiscos. Eu pedi uma água e comi algumas azeitonas que foram servidas junto do salame.

Porém, logo senti minha bexiga ficar cheia e aproximei o meu corpo do corpo de Petrovic. Os três homens sempre me olhavam, mas procuravam desviar seus olhares lascivos e nojentos.

Para falar a verdade, eu e Petrovic estávamos sendo o centro das atenções em todo esse salão.

─ Preciso ir ao banheiro ─ sussurro em seu ouvido, segurando minha bolsinha de lado e esfregando minhas coxas, sentindo a minha bexiga cheia. ─ Estou quase fazendo xixi nas roupas.

Petrovic ergue sua cabeça e olha ao redor do salão, transparecendo estar um pouco incomodado com as pessoas ao seu redor. Ele estava somente de camisa social, havia se livrado do terno e deixou algumas de suas tatuagens expostas no pescoço e nos braços. Duas garrafas de uísque foram esvaziadas por ele, além do mais, ele devia ter fumado umas três carteiras de cigarro desde quando chegamos.

Mesmo assim, ele estava intacto e não aparentava estar bêbado ou tonto.

Eu fiquei tomando apenas água, não tinha estômago para bebida alcoólica e não queria tomar coquetéis porque Petrovic me alertou que alguns eram batizados com drogas. Confesso que fiquei com medo, então me contentei com a água.

Havia muitas mulheres ao redor dos homens, acredito que a maioria seja acompanhante de luxo, porque são todas bonitas e bem vestidas. Algumas me encaravam e até agora eu não entendi o porquê. Cá entre nós, não sou essas coisas de bonita e meu vestido está simples.

─ O banheiro fica ao lado do bar, irei pedir que Serguei te acompanhe ─ ele diz baixo, me fazendo sentir seu hálito de cigarro misturado com licor de menta. Não era um cheiro tão agradável e parecia estar bem forte, portanto, agradeci por não ter que beijá-lo.

Levantei-me devagar e logo o segurança de Petrovic estava ao meu lado, guiando-me pela multidão até a porta dourada ao lado do bar. O cheiro pelo ar me dava naúseas e todo aquele barulho me deixava confusa. Eu estava muito cansada, mas sabia que a noite estava apenas começando.

A porta dourada me revelou um cômodo vasto e bem organizado. O banheiro feminino era grande, contando com uma parede espelhada e lâmpadas de led pequenas, que deixavam o ambiente mais confortável e sofisticado.

Escolhi qualquer cabine e fiz minhas necessidades, ajeitando o meu vestido e lavando as minhas mãos logo em seguida. Demorei um pouco no banheiro, porque não queria ficar ao lado de Petrovic e assim que decidi sair, fui barrada por uma garota que adentrou ao banheiro sorrindo.

─ Nossa, ainda bem que achei alguém aqui dentro ─ ela ri abertamente e vira de costas para mim. ─ Meu sutiã abriu, tem como você me ajudar?

Ela era alta, branca e tinhas os cabelos dourados e grandes. Seu corpo era magro e seus olhos azuis. Ela era uma russa pura. A garota era linda e detinha de um charme cativante. Além do mais, seu vestido eram sensual e seu corpo repleto de curvas.

─ Pronto ─ digo após fechar seu sutiã. Ela então virou e me deu um dos seus melhores sorrisos, caminhando até uma das pias e abrindo sua bolsa.

─ Obrigada ─ ela diz simples. ─ Qual o seu nome?

─ Julie.

─ Sou Katherine ─ ela começa a retocar a sua maquiagem. ─ Nunca vi você aqui antes.

─ Ah, não costumo frequentar esses lugares... só vim por um acaso.

─ Está acompanhando o sr. Petrovic? ─ ela passa um batom vermelho pelos os seus lábios.

─ Sim.

─ Você é sortuda então ─ ela ri pelo nariz. ─ Ele nunca traz acompanhantes para os eventos.

─ Se isso é ter sorte... não sei o que é ter azar ─ digo balançando as minhas mãos no ar.

─ Ei, relaxa... ─ ela se vira para mim, me entregando uma garrafa com água. ─ Você está muito tensa, precisa relaxar mais um pouco e apenas aproveitar o momento. Bebe um pouco de água, é com açúcar e eu sempre tomo nesses eventos quando estou nervosa.

Eu então bebo um pouco de água e entrego a garrafa para a mesma.

─ Obrigada, Katherine.

─ De nada, se precisar de alguém para conversar... só me procurar na multidão ─ ela diz sorrindo e se vira, para terminar a sua maquiagem.

Eu então deixo o banheiro, voltando para o sofá em que estava sentada com Serguei me seguindo.

De repente eu sinto as minhas mãos muito suadas, meus pés ficam dormentes e meu coração bate acelerado. As vozes fazem minha cabeça doer e tudo fica um pouco distorcido ao meu redor. Coloco minhas mãos em minha cabeça, meu peito dói e sinto que vou cair a qualquer momento... mesmo estando sentada. Sinto meu corpo leve, como se eu estivesse voando e logo começo a sorrir sozinha.

─ Julie? ─ ouço a voz de Petrovic. Ele puxa meu braço e traz meu rosto para bem próximo do seu. ─ Você está bem?

─ Não ─ eu começo a sorrir. ─ Tem alguma coisa de errada comigo... eu sinto meu corpo quente. Tudo está confuso aqui na minha cabeça e as coisas estão mais coloridas.

Ele puxa minha mandíbula com força e olha dentro dos meus olhos, negando com a cabeça em seguida e me empurrando no sofá. Eu então começo a sorrir, me inclino e despejo alguns beijos em seu pescoço. Seu cheiro me inebria e sinto muita vontade de beijar a boca dele.

─ Eu quero ficar de quatro para você... sou a sua cadela, não é? ─ as palavras saem da minha boca sem controle. Pouso a minha mão em cima do seu tronco e desço meus dedos até a sua coxa, fincando as minhas unhas ali enquanto beijava o seu pescoço.

─ Julie... você está drogada ─ ele diz baixo, me afastando do seu corpo. ─ Quem te deu drogas?

─ Ninguém... eu estou sóbria ─ abro um sorriso. ─ Eu estou bem. Mas agora preciso de você, ou então, irei atrás de outro para saciar esse calor que está crescendo no meio das minhas pernas.

Ele comprime seus lábios numa linha reta. Eu abro um sorrisinho e sinto que ele fica com raiva das palavras que eu digo. Ele trinca a mandíbula, fecha o punho com força e se aproxima do meu corpo lentamente... fuzilando-me com seu olhar intenso.

─ Você está vestida demais ─ ele sussurra em meu ouvido, tocando a barra do meu vestido e puxando com força o tecido, o fazendo rasgar. Algumas pessoas pararam para olhar a cena com certo interesse, então, eu o ajudei, retirando de vez meu vestido e ficando apenas de lingerie e cinta-liga no meio de todas aquelas pessoas. ─ Você não quer dá um show? Não quer alguém para saciar o fogo que cresce em suas pernas?

Eu então abro um sorriso safado e fico de pé, atraindo olhares para o meu corpo coberto apenas por um tecido de renda. Vejo Serguei analisar a situação com certo desdém, mas nada ele diz. Petrovic sorri vitorioso, me olhando dos pés a cabeça enquanto eu atraio olhares de todos ao redor.

─ Agora vou levar a minha cadela para passear ─ ele então tira uma corrente do bolso da calça e coloca em minha coleira. Eu abro um sorriso e me ajoelho no chão, tocando suas coxas e me sentindo extremamente feliz e livre. ─ Se algum homem tocar em você, morda.

Petrovic se levanta, e me exibe pelo o salão enquanto muitos observam a situação com prazer. Ele estava desfilando com sua cadelinha e eu estava extremamente feliz. Alguns homens me tocaram, mas eu tratei de morder as suas mãos. Era engraçado, mas eu levava a situação como algo cômico.

Nós chegamos então em uma sala privada, meu corpo ainda estava em combustão e eu só sentia vontade de dançar e extravasar aquela energia acumulada dentro de mim. Petrovic está sério, de braços cruzados e me encarando com um semblante de poucos amigos.

Eu me levanto, tiro os meus saltos e começo a pular no meio da sala... sorrindo sozinha e sentindo uma felicidade extrema dentro do meu peito. Fazia muito tempo que não me sentia feliz e aproveitava a vida da forma que eu estava aproveitando.

─ Vem... Petrovic... vem e pula comigo ─ digo animada, sentindo meus pés dormentes e meu coração batendo forte. ─ Eu estou tão feliz.

─ Você está drogada, garota ─ seu tom é alto, ele é rude. ─ É totalmente diferente de estar feliz. Eu pedi que não aceitasse bebidas de desconhecidos.

Eu então seguro em sua mão e o puxo até um sofá que havia ali no canto. Ele aparenta estar cansado e olheiras tomam de conta do seu rosto. O faço sentar no sofá e sento em seu colo, o fazendo beijar meu pescoço e apertar meus seios. A sala é privativa e está vazia, é grande e conta com vários sofás e uma pequena adega de vinhos na parede. Toda a decoração é dourada e rica em detalhes, como se estivesse saído de algum filme chique.

─ Não vou transar com você nesse estado ─ ele diz baixinho, enquanto beija meu pescoço e acaricia as minhas coxas. Eu me sentia cada vez mais tonta e com vontade de dançar. Meus pés formigavam e as coisas ao meu redor estavam meio distorcidas. Sentia minha intimidade encharcada de prazer e tudo latejando sem parar.

─ Por favor, Petrovic ─ peço em sussurro, trazendo sua mão para o meio das minhas pernas e arfando de prazer. ─ Eu preciso de você.

Ele então beija meu ombro, apalpando meus seios e acariciando a minha intimidade por cima da calcinha rendada. Eu me entrego, sentindo tudo explodir dentro do meu corpo... uma sensação única e indescritível.

─ Julie... não quero fazer isso ─ ele diz arrastado. ─ O que acha de tomar uma água e descansar um pouco até o efeito passar?

─ Eu acho que... ─ deslizo para os seus pés, ficando no meio de suas pernas e abrindo o zíper da sua calça social com minhas mãos ágeis. ─ Você deve ficar calado e me deixar no controle hoje.

─ Julie ─ ele diz baixinho, mas antes que diga mais alguma coisa, eu engulo seu membro com dificuldade em minha boca. Era grosso, com veias visíveis e a glande inchada. Uma delícia. Eu então o chupo e sinto suas mãos grandes segurando os meus cabelos com força. ─ Caralho!

Ele fode minha boca com força e rapidez, me fazendo engolir seu comprimento e me engasgar diversas vezes. Eu chupo com avidez, deixando que ele puxe o meu cabelo com força e me faça ver estrelas. Seu rosto está suado e seus lábios entreabertos, demonstrando que ele está sentindo prazer em me ver de joelhos, submissa aos seus pés. Eu fico ansiando por seu orgasmo.

Não demora para que ele exploda em minha boca, me fazendo engolir seus jatos quentes que alcançam a minha garganta. Eu então respiro profundamente, me levantando com certa dificuldade e sentindo minha cabeça pesar. Limpo meu rosto num lenço entregue por Petrovic, que ainda se recompõe no sofá, com o corpo suado e a respiração ofegante.

─ Desse jeito você irá me viciar ─ ele diz, fechando o zíper da sua calça social e me puxando pelo braço, para sentar ao seu lado no sofá. ─ Você está bem?

─ Estou tonta ─ digo por fim, fechando os meus olhos e encostando a minha cabeça no descanso do sofá, sentindo tudo girando e uma imensa vontade de vomitar.

─ Vou buscar uma água para você... o efeito da droga já está passando.

O vejo levantar e se afastar, então fecho os meus olhos e abraço o meu corpo... ainda sentindo minha intimidade latejando e muita energia dentro de mim. Entretanto, minha cabeça latejava e eu sentia um pouco de falta de ar.

─ Pronto, tome um pouco de água e mantenha seus olhos fechados ─ ele me entrega a garrafa e eu bebo o líquido com rapidez. ─ Terei que voltar para a festa, mas Serguei ficará aqui com você.

─ Não... ─ digo um pouco desesperada. ─ Fique aqui comigo até eu melhorar, por favor.

Petrovic solta um suspiro em contragosto, mas nada diz. Eu então fecho os meus olhos mais uma vez e não demora para que eu cochile.

─ Sr. Petrovic? Dylan está metido numa confusão no segundo andar... está drogado e discute com dois homens armados ─ desperto do cochilo sentindo minha cabeça pesada. Meu corpo todo está pesado e me sinto péssima. Abro meus olhos com dificuldade e a claridade parece me cegar. ─ Devemos intervir?

─ Não ─ ouço a voz grossa e grave de Petrovic ao meu lado. ─ Deixe que ele leve uma surra, porém, garanta de longe que ele não seja morto.

─ Dylan... ─ sussurro, colocando a mão sobre a minha cabeça e me curvando, sentindo meu estômago latejar e uma bile subir pelo o esôfago.

─ Pode ir, Serguei ─ sinto as mãos dele em minhas costas. Sinto-me tonta e ainda desligada, porém, meus pés ainda estão dormentes e minhas mãos formigando. Ouço a porta ser fechada, então me levanto um pouco assustada e sinto um medo repentino percorrer as minhas entranhas. ─ Julie, você está bem?

─ Dylan... o meu irmão... ele está aqui?

─ Ah sim, ele está apostando no segundo andar. Já consumiu quase dez mil em cocaína e aparentemente a dívida está apenas crescendo.

Dito isso, eu me levanto num pulo um pouco atordoada e pego o meu sobretudo, que está jogado no sofá. Visto depressa e calço os meus saltos, saindo cambaleando da sala privativa e pisando fundo até o elevador. Tudo gira, eu vejo as coisas embaçadas e sinto que vou cair de cara no chão a qualquer momento. A sensação é péssima.

Não demora para que as portas metálicas se abram no segundo andar, eu então saio e busco meu irmão com o olhar. Algumas pessoas me olhavam sem entender, porque meu sobretudo estava um pouco aberto e revelava a minha lingerie vulgar em contraste com a minha pele.

Assim que avisei Dylan, que discutia com dois homens, fui correndo até ele e o peguei pela camisa. Eu o via de forma distorcida, mas não contive o tapa que acertou seu rosto de forma quente.

─ O que você está fazendo aqui? ─ perguntei, segurando firme em sua camisa e apertando o seu braço com força. ─ Não está cansado de me fazer passar por esse papelão, porra?

Ele também parece estar drogado, porque sua cabeça pende para o lado e suas pupilas estão muito dilatadas. Ele demora para me reconhecer.

─ Julie? ─ sua voz é baixa.

Todos ao redor encaram a cena, comentando baixo entre si e esperando pelo momento que eu matava o meu irmão com um soco. Eu estava sentindo tanta raiva, que juro por Deus que teria coragem de enforcar Dylan até a sua morte.

─ Eu estou lá em cima com aquele sádico do caralho enquanto você está aqui usando drogas e gastando o nosso dinheiro? Onde está a porra da sua noção?

Eu então começo a chorar e o empurro. Suas costas batem no batente do bar e ele cambaleia, caindo no chão e rindo sozinho.

─ Eu não acredito, Dylan... não acredito que você está fazendo isso comigo.

Eu então começo a chorar, então me afasto e sinto mais uma vez a tontura fazer a minha cabeça girar.

─ Casos de família ─ ouço a voz grave de Petrovic e me viro. Ele está fumando um cigarro enquanto observa a cena com um certo divertimento nos lábios. ─ Levem Dylan, ele já deu um show muito grande por hoje.

Eu sinto ele puxar o meu braço com força, me arrastando pelo corredor até o elevador. Petrovic está com raiva, mas eu não consigo entender o que está acontecendo.

Apenas me sinto mal.

Sinto quando ele me joga no banco traseiro do carro e depois não lembro de mais nada, apenas de fechar os meus olhos e apagar.

* * *

Acordo com o calor aquecendo o meu rosto. O sol adentra pela fresta da cortina e ilumina meu semblante me fazendo despertar. A cama é macia e confortável, me fazendo querer dormir o dia inteiro. Sinto minha boca seca, meus olhos estão ardendo e meu estômago protesta em fome.

Sento-me na cama e olho para a mesinha ao lado da cama, vendo um comprimido e uma garrafa de água. Não meço esforços para tomar o conteúdo com a água.

Eu estava coberta por uma camisa social masculina, impregnada com o cheiro de Petrovic. Estou no quarto que me foi destinado ontem, ainda sozinha e um pouco perdida. Minha cabeça está dolorida e não consigo me lembrar de muitas coisas da noite anterior. Tudo está embaçado e um pouco confuso.

Coloco meus pés no chão e sigo até o banheiro, retirando a camisa social e me olhando no espelho. Eu estava péssima, com olheiras profundas

Eu resolvo tomar um banho gelado e saio enrolada na toalha. Enxugo os meus cabelos, passo desodorante, hidrante e enxugo o meu rosto. Porém, quando vou trocar de roupa, sou assustada pela presença prepotente do diabo.

─ Olá, Julie ─ Petrovic surge, vestido dentro de roupas sociais e com os cabelos bem penteados. Como de costume, ele está exalando um cheiro incrível e muito bem vestido. Seus olhos calculistas percorrem o meu corpo desnudo e param em meu rosto, onde ele abre um sorrisinho de lado. ─ Está melhor?

─ Um pouco ─ digo rouca. ─ Minha cabeça parece que vai explodir e meu estômago está doendo de fome. O que eu tomei ontem? Foi alguma bebida forte?

─ Você não lembra? ─ um sorriso irônico se diverte em seus lábios.

─ Não consigo lembrar de muita coisa ─ digo, me enrolando na toalha e me virando de frente para ele.

─ Então sem problemas, o que importa é que está bem ─ diz por fim. ─ Vamos tomar café juntos, estou aguardando a sua presença na sala de jantar.

─ Desço em cinco minutos.

─ Certo ─ ele se vira para sair, mas então, gira em seus calcanhares e me olha mais uma vez. ─ Não coloque a calcinha. Enquanto estiver em minha casa, andará sem calcinha.

─ Sim, senhor ─ digo com deboche e então ele bate a porta com força.

Solto um suspiro e pego um vestido soltinho dentro da minha bolsa, penteando os meus cabelos e escovando os meus dentes por último.

E vamos lá... segundo dia com o diabo em forma de homem.

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