Já se passaram dois meses e nada da minha irmã e do Felipe. Não recebo mais ameaças, mas o medo de andar sozinha é maior ainda.
Procuraram tantos caras e nenhum é ele. Alguns são parecidos, já outras passa é longe. O caso lá em Ji-Paraná também está ocorrendo, acharam algumas pistas e infelizmente nada.
Bem, novidades. Eu e Breno estamos mais suaves, continuamos com algumas pegadas. Só que tive que parar porque o meu foco é o Kaio e estamos indo até que bem, Debora e Gael estão ficando finalmente. Maysa e Ravy viraram melhores amigos, pelo o que eu conheço da Maysa. Quando alguém vira melhor amigo dela, não passa disso. Ela e o Rian estão juntos, até que se combinam.
O resto da galera estão suave, sem ninguém e como dizer isso. O governo estão querendo fechar as escolas e o comércio por conta da Covid. Só não sabemos se é real, estamos esperando a resposta do diretor.
No momento estamos na sala de aula, estou com o pensamento bem distante. Pensando em porra nenhuma, só apenas existindo.
Alguém bate na porta.
Professora: pode entrar.- o diretor está entrando.
Diretor: com licença professora.- ela sorri simpática.- boa tarde alunos, vim dizer que quando acabar essa aula. É para vocês irem direto para a casa de vocês, o governo liberou um decreto para iniciarmos a quarentena o quanto antes para que o vírus não se propagar. Provavelmente daqui a quinze dias retornaremos as atividades.- a galera grita de felicidade.
O mesmo saiu da sala.
Maysa: vai Marcella, se anima.- balanço os meus braços sem ânimo.- o que houve?- pegou a cadeira e sentou ao meu lado.
Marcella: muitas coisas passando na minha cabeça, já estou cansada disso.
Maysa: deles. Certo?- assenti.- fica assim não. Vai dar tudo certo, confia em mim.- sorriu e me abraçou de lado.- te amo.
Marcella: também te amo.
Professora: vou deixar vocês livres. Só falta vinte minutos para acabar a aula.
Aluno aleatório: libera nóis cedo professora.
Professora: até queria me livrar de vocês. Mas o diretor me mata.- rimos. Adoro essa professora.
***
Quinze dias de férias. E sem enchessão de escola, vai ser perfeito.
Chegamos numa felicidade, menos eu. Queria muito saber como o Gael está se sentindo, nesses últimos meses anda tão feliz e tão nem aí para nada.
Me jogo no sofá e Breno senta ao meu lado. Apoia a sua cabeça no meu ombro, o empurro para desencostar de mim.
Breno: sossega menina. Só quero assistir TV.
Marcella: mas no meu ombro?- arqueio a sobrancelha.
Breno: vai tomar no cu Marcella.- reviro os olhos e saiu de lá.
Vou até a cozinha e paro olhando com nojo para aquela cena. Meu irmão e a minha melhor amiga se pegando, que nojento.
Marcella: lugar de cozinha é para comer comida. Não pessoas.
Gael: vai tomar no cu Marcella.- novamente reviro os olhos e saiu.
Vou até ao quarto da Maysa, pessoal tá muito grosso comigo. Credo.
Abro a porta ao mesmo tempo falando.
Marcella: Maysa o que aconteceu...- paro e fico boquiaberta.
Maysa: não é isso que você está pensando.- eles param de se pegar.
Marcella: a não? Tavam brincando de Barbie?
Ravy: vai tomar no cu Marcella.- me empurrou para sair e bate a porta com força.
Bufo e vou até o meu quarto. Tranco a porta e me jogo na cama de bruço, grito no travesseiro para abafar o som e começo a chorar.
Porque eles estão tão estranhos comigo? Eu não fiz nada de errado e ficaram assim de repente. O tanto que eu quero o colo da minha mãe não está escrito, desde do momento que pisei aqui. Estou vivendo num inferno não aguento mais.
Meu celular apita. Pego, sento e destravo a tela.
WhatsApp on
Número desconhecido
Venha até a mim.
Arqueio a sobrancelha.
Como assim? Nem sei quem é. Nem aonde está.
Se você não aparecer em 5 minutos. Sua irmã está morta.
Você está bloqueado. Não pode mandar mensagens para esse número.
WhatsApp off
Que? Não, espera. Meu Deus que que eu faço, respiro fundo. Levanto, me arrumo melhor.
Pego o meu celular obviamente, não sou besta de deixar aqui. Saiu do meu quarto e passo pelo os cômodos sem falar com ninguém.
Chego no térreo e vou até a calçada. Minhas mãos começam a suar frio, estalo os dedos de nervosismo e ansiedade. Olho para um lado e para o outro e nada.
Passou-se uns minutos e não vi ninguém. Viro para voltar ao apartamento, braços se envolvem na minha barriga e me carrega. Tento me mexer muito e estou praticamente sem forças.
Andamos metros de distância até chegar ao seu carro, que me joga lá dentro como se fosse um saco de batata. O cara entrou no carro rapidamente e deu partida, agora vocês devem estar se perguntando. Porque não se moveu?
Fiquei assustada, vi uma faca em sua cintura. Não quero morrer tão cedo e vai que assim ele me fala alguma coisa.
???: põe a venda.- me entregou e eu nego.
Marcella: não, claro que não. Eu não vou...- tirou a faca e apontou para mim.
Pego o objeto com receio e amarro atrás da minha cabeça para tampar os meus olhos.
???: o que eu disser. Você vai fazer. Entendido?- minha vontade foi de dizer não.
Só que né? Vamos relembrar ele tem uma FACA. E NÃO quero MORRER tão cedo.
Marcella: sim.- mordo o lábio com medo, se ele vai me dar a resposta ou não.- você é o Felipe. Namorado ou ex namorado da minha irmã?- já sabia que não diria nada, respiro fundo.
???: logo logo irá descobrir e me entregue seu celular.
Marcella: o que?- pergunto assustada.
???: me entrega logo a porra do seu celular. Você acha mesmo que eu sou burro e quando eu chegar no local, tu vai ligar o radar.- assenti.- filha da puta.
Me bateu com força no rosto. Senti o carro fazer zigue-zague, acabo batendo a cabeça na porta e desmaio.
Acordo com dificuldade e uma mão delicada fazendo cafuné no meu cabelo. Seu cheiro e sua voz são familiar.
???: sério mesmo que você vai dar moral para ela? E não para mim? Quase bati o carro.
Voz familiar: até porque o culpado foi você e não ela.- escuto um estalo.
???: você me respeite. Essa disgraça quer me prender.
Voz familiar: e está errada em fazer isso? Há um bom motivo, não é mesmo?- consigo abrir os olhos.
Vejo o moleque empurrando a menina para a parede e pronto para batê-la. Levanto meio zonza e fico no meio dos dois impedido essa briga.
Marcella: parem. Por favor!- reconheço o rosto do moleque. Felipe.
O mesmo abaixa a mão e tenta manter a calma. Olho para a menina e não pode ser...
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Iaí, quem vocês acham que é?? Tá até que fácil kkkkkkk
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