𝙉𝙄𝙆𝙀𝙇𝙇𝘼 - Entre Toques...

By allyangellbr

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𝙎𝙄𝙉𝙊𝙋𝙎𝙀 Nikella Bianchi é uma jovem de 22 anos, muito romântica e que sonha viver um grande amor, igua... More

Capa
Recadinho
Personagens
SINOPSE
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 4
CAPÍTULO 5
CAPÍTULO 7
CAPÍTULO 8
CAPÍTULO 9
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO 12
CAPÍTULO 13
CAPÍTULO 14
CAPÍTULO 15
CAPÍTULO 16
CAPÍTULO 17
CAPÍTULO 18
CAPÍTULO 19
CAPÍTULO 20
CAPÍTULO 21
CAPÍTULO 22
É Natal
CAPÍTULO 23
CAPÍTULO 24
CAPÍTULO 25
CAPÍTULO 26
CAPÍTULO 27
CAPÍTULO 28
CAPÍTULO 29
CAPÍTULO 30
CAPÍTULO 31
CAPÍTULO 32
CAPÍTULO 33
CAPÍTULO 34

CAPÍTULO 6

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By allyangellbr

𝑁𝐼𝐾𝐸𝐿𝐿𝐴 𝐵𝐼𝐴𝑁𝐶𝐻𝐼


Meu corpo reclama ao me mexer na cama. Tiro os cabelos do meu rosto enquanto forço meus olhos a abrir, estico minhas pernas ainda sentindo-as doloridas dos exercícios de sábado. Hoje é meu primeiro dia oficial na academia,e da Alice também, é claro.

Só de pensar que vou ver o LL(loiro lindo), as palpitações já mudam de ritmo. Quando fecho os olhos a imagem do Dilipe se materializa em meus pensamentos e meus lábios se alargam involuntariamente.

Estou encantada e iludida pelo meu Personal Trainer.

Levanto indo diretamente para o banheiro, estou apertada.

Depois de fazer minhas higienes e tomar banho, vou até a cozinha tomar café da manhã. Mama está na cozinha com a dona Bia, nossa diarista, que vem três vezes por semana dar um trato geral na casa. Aproveito e me junto a elas.

❨ ⦁⦁⦁ ❩


Termino de fazer um sombreado azul destacando meus olhos. Alice me ensinou a maquiar os olhos deixando-os maiores e sempre faço em mim. Meus olhos são bastante expressivos e é a parte do meu rosto que eu mais gosto de destacar, então sempre abuso no delineado e máscara para cílios.

Enquanto ainda estou com meus cabelos soltos pego o celular e caminho até o guarda-roupa ficando em frente ao enorme espelho. Faço poses que acho que é sexy e tiro várias fotos vestindo somente a lingerie.

Depois de pronta pego minhas coisas guardando na bolsa. Enquanto desço os degraus com o celular na mão, entro no aplicativo de mensagens e respondo todas.

Este início de ano tem sido interessante para mim, pelo menos em relação a me abrir emocionalmente para a vida num geral.

Depois de 3 difíceis anos recebi o diagnóstico do meu psicólogo que já estou preparada para lidar com traumas do passado.

E meu trabalho tem sido minha válvula de escape. É rotineiro mas eu preciso dessa rotina para me equilibrar, para tirar os pensamentos negativos que sempre tomam conta da minha mente quando me sinto insuficiente.

A vida me mostrou que nosso estado de espírito não interfere somente em nossas vidas mas também na daqueles que estão diretamente ligados a nós. Esse é um dos motivos pela qual eu vou fazer tudo que tiver ao meu alcance para buscar minha felicidade e a de todos ao meu redor. Se hoje estou aqui indo trabalhar com alegria e vendo cada dia com esperança no coração, agindo com positividade é porque aqueles que me amam estavam ao meu lado ajudando-me a erguer da profunda depressão que destruiu parte de mim.

Porque estou pensando nisso?!

Sempre que estou caminhando pelas ruas observo tudo atentamente, aproveitando pra sentir tudo que se passa ao meu redor. Somos alheios e não reparamos nas maravilhas que Deus nos dá; o que é uma pena pois temos a dádiva de ainda poder escutar o canto dos pássaros, ouvir o som do vento quando toca as folhas das árvores mesmo em meio à essa barulheira que é a cidade grande; temos o privilégio de olhar para cima e ver o céu azul, tão azul que deslumbra nossos olhos; ah, essa é a visão mais linda que meus olhos já viram e não me canso de admirá-lo.

Eu fico melancólica quando penso nos 3 anos que fiquei perdida na escuridão, 3 anos sufocada com uma dor na alma que parecia que não ia ter fim. Hoje eu só quero viver tudo que tiraram de mim, tudo que eu permiti que tirassem de mim.

Limpo uma lágrima que insiste em cair do meu olho apressadamente para ninguém notar.

Sorrio para mim mesma dando-me forças para não me contaminar com essa lembrança ruim. Encho meus pulmões de ar inspirando forte e expirando pelas narinas e boca, antes de entrar no meu local de trabalho.

❨ ⦁⦁⦁ ❩

Entro em casa indo diretamente para a cozinha. Como não gosto de almoçar antes do meio dia saio para o trabalho apenas com o café da manhã, mas passo o dia com o pensamento na comidinha da Mama.

—Hummm! Me delicio com a garfada de arroz com feijão e calabresa acebolada.

—Obrigada, Deus! —agradeço.

Após comer, tomo banho, me secando e penteando os cabelos no banheiro. Vou até o guarda roupa pego uma calcinha preta, visto-à, ando até a cama onde está minha bolsa, pego o celular e vou para a frente do espelho tirar fotos. Divido os cabelos em dois montantes jogando-os para frente, para cobrir meus seios e faço uma pose com a mão na cintura sorrindo para o meu reflexo no espelho ; tiro umas de perfil de lado, de costas para o espelho e quando visto o vestido de verão florido, tiro algumas selfies para postar nas minhas redes sociais.

❨ ⦁⦁⦁ ❩

Não demorou até que Alice viesse ao meu encontro do lado de fora da Boutique. Caminhamos até o carro vermelho da minha amiga e partimos rumo à academia. Estou ansiosa.

Será que Dilipe tem pensado em mim como eu penso nele?

Eu não quero colocar essas caraminholas na minha cabeça, mas, a verdade é que tô com a mente tumultuada desde que aceitei sair com Raul pela segunda vez, e agora eu estou atraída por três belos rapazes e por cada um, sinto algo diferente.

—O que você tem que tá tão pensativa, Nika? Alice indaga parando o carro em frente à academia.

—Nada de importante amiga, talvez eu esteja pensando em um certo loiro. Digo para irritar Alice que revira os olhos.

Entro na Body Fit, ao lado da Alice e já começo a procurar pelo Dilipe, mas não o vejo.

Eu e Alice passamos na recepção para cumprimentar Bruna e aproveitei para perguntar pelo Dilipe; ela informou que o loiro está em algum lugar da academia. Abri um sorriso contente e sai para o vestuário com Alice reclamando para eu parar de falar do Maldito loiro.

Ao voltarmos para o centro da academia, Dilipe veio em nossa direção e nos chamou para irmos até a sala de avaliação.

Dilipe fez as medições das partes dos nossos corpos anotando tudo em nossas fichas. Após, seguimos até à parte da academia onde algumas pessoas estão fazendo alongamentos e nós começamos a nos alongar também.

Ficamos uns minutos nos alongando, em seguida Dilipe colocou eu para fazer 10 minutos de esteira e Alice de bicicleta ergométrica, dizendo ele que é para nos aquecermos. Fomos seguindo a rotina de uma série de 20 repetições em cada aparelho, começando pelo peck-deck.

Ainda bem que o loiro começou pela parte do corpo que eu sinto menos dores. Dilipe faz rodízio entre seus alunos e quando se retirava Alice aproveitava para reclamar e zoar por eu parecer uma manteiga derretida perto do nosso orientador.

Dei uma pausa para tomar água quando terminei o exercício da paralela abdominal, rindo da Alice que morre de raiva quando eu fico rinchando da cara dela.

Dilipe passa o restante dos exercícios e depois some me deixando frustrada. Bem, ele não me tratou friamente ou coisa do tipo, mas eu pensei que ele fosse pedir meu número para nos conhecermos fora daqui.

Como sempre, criei expectativa onde não existe nada.

Finalizamos a treino, seguimos para o vestiário, e tomamos banho para irmos embora. Estou cansada, a atividade física mexeu com meu corpo e o desinteresse do loiro afetou meu ânimo.

—Amiga não quero carona viu, prefiro ir para casa andando.

—Por que você tá triste raio de sol? Você tava toda contente antes—Alice pergunta puxando-me para um abraço confortante.

—Não estou triste, Ali, eu só quero caminhar um pouco.

—Sei... Isso tem a ver com loiro babaca, não é mesmo?

—Ciumenta deixa de pirraça com rapaz, ele é legal.

—Legal além da conta. Prefiro Riel, ele sim é o crush ideal pra você, amiga!

—Quem disse que eu estou interessada no Dilipe hein? Indaguei irritada caminhando na frente.

—Pensa que eu sou boba! —Alice exclama atrás de mim.

Passei pela recepção dando tchau para Bruna e segui para fora da academia. Despedi da Alice e fiquei parada vendo seu carro afastar-se.

Dei uma última olhada para dentro da academia esperando ver Dilipe, porém com o emaranhado de gente não foi possível vê-lo.

Segurei a alça da mochila sobre meu ombro como se esse simples ato me abraçasse trazendo conforto para a angústia que se instalou em mim.

Caminho tentando não pensar em nada, eu só quero esvaziar a minha mente de pensamentos destrutivos.

Ao chegar à pracinha avistei um banco vazio e sentei-me pondo a mochila no meu colo.

Respirei profundamente absorvendo o ar fresco da noite, sentindo o alívio em meu corpo.

Abro o pequeno bolso da mochila retirando meu celular. Olho ao redor para ver se não tem alguém suspeito que possa estar me vigiando para me roubar. Não podemos dar bobeira para os ladrões de plantão.

Mando mensagem para Mama perguntando onde ela está e a resposta veio no mesmo instante; Mama está no salão, já era de se esperar.

Li a mensagem do Raul dando boa noite e dizendo que estava contando as horas para quarta-feira chegar, sorrio e respondo sua mensagem.

Fui para a conversa seguinte, que é a do Riel; de duas horas atrás, me dando boa noite e perguntando como eu estava.

Meu coração até esquentou quando li a mensagem. Respondi e imediatamente ele visualizou e ficamos trocando mensagens.

Riel mandou uma foto para me mostrar o que estava fazendo. Ele estava sentado na cama vestindo uma bermuda colorida e sem camisa e muitos livros abertos espalhados pela cama. Sorri olhando a foto detalhadamente, reparando no seu rosto bonito e alegre sorrindo e claro que apreciei seu tronco definido com pelos distribuídos pelo peitoral, amei a foto.

Toquei no ícone da câmera posicionando para tirar uma selfie; distanciei o celular o máximo que pude para pegar a vista ampla da pracinha atrás de mim e tirei a foto enviando em seguida. A resposta veio em áudio comentando que não sabia quem era mais bonita, eu ou a vista atrás de mim. Sorri largo e coloquei no áudio para ouvir novamente, não por causa do elogio, mas para me deliciar da voz do Riel. Enviei um áudio explicando que estava na pracinha aqui do bairro e mandei mais uma foto para lhe mostrar detalhadamente o local.

A praça daqui é um charme, muito linda, com suas várias árvores, canteiros com plantas e diversas roseiras distribuídas perto dos bancos cor de laranja, os muitos postes acesos ilumina todo o espaço e ao centro o monumento que deu origem ao nome da praça.

Riel elogiou a pracinha e eu o convidei para um dia desses, ele vir aqui conhecer.

Nossa, eu não acredito que eu convidei o Riel para um encontro, basicamente.

Conversa vai, conversa vem assim passamos meia hora trocando mensagens por áudio, estava tão bom que nem percebi o tempo passar, muito menos desfrutei da pracinha animada.

❨ ⦁⦁⦁ ❩

Hoje acordei super disposta, por mais que os efeitos da atividade física de ontem esteja presente em meu corpo, não estou com o efeito negativo que eu imaginei que iria estar. Também com um professor daqueles me instruindo...

Trabalho normalmente. Quando saio da Violeta Cheirosa, rumo até a loja de roupas no mesmo andar. Quero comprar uma roupa para o encontro de amanhã.

Após sair do shopping passei em casa, almocei, troquei de roupa e fui para o salão.

Estou pensando seriamente em mudar a cor ou até fazer um corte no meu cabelo, mas não hoje, futuramente, ainda estou amadurecendo a ideia.

O salão não está tão movimentado então Mama já me coloca para lavar os cabelos e enquanto estou na toca elétrica hidratando, Daiane uma das manicures do salão está dando um trato especial nas minhas unhas; escolhi um vermelho bem vivo com uma filha única de glitter dourado. Se tem uma coisa que eu gosto de exibir são minhas unhas compridas. Eu super admiro uma mão bem cuidada, tanto nas mulheres como nos homens.

Depois de 2 horas, estou com as unhas e os cabelos impecáveis e lindos; pedi para Gael fazer babyliss nas pontas dos meus cabelos, ele está com movimento incrível, só espero que dure até amanhã.

Pedro veio buscar Mama aqui no salão e deu a ideia de jantarmos no restaurante italiano que fica uns 10 minutos da nossa casa. Enquanto comíamos Pedro nos conta sobre um problema que teve hoje em uma de suas lojas, e o gerente não estava conseguindo resolver com o tal cliente, então solicitou sua presença. Graças a Deus terminou tudo na paz.

Teve uma vez que um cliente chamou até a polícia acusando a vendedora de passar o troco errado, mas graças as câmeras a situação foi resolvida. Pedro de vez em quando passa por esse tipo de situação e é sempre desgastante para ele, aliás, é lamentável, pois ele fica tão mal, seu semblante se abate logo.

Mudamos o rumo da conversa e quando terminamos de jantar, sugeri de darmos um passeio na orla da praia, de carro mesmo, pois já passava das 22 horas, é perigoso e é sempre bom se precaver da marginalização da cidade.

Abri a janela e peguei o casaquinho de crochê branco pondo por cima dos meus cabelos. Pus minha cabeça para fora da janela do carro sentindo a maresia soprar em meu rosto. Adoro a sensação do vento tocando minha pele, isso tranquiliza meu interior e faz uma lavagem completa em minha alma.

Mama e Pedro riem da minha presepada. Pedro pergunta por que eu estou com a roupa na cabeça e Mama explica o motivo. Eu só ouvia, alheia a conversa deles, estava ocupada aproveitando o momento agradável, mergulhada na paz interior.


⊱♡⊰


Oi amores, aqui estou eu trazendo mais um capítulo!

Como sempre,espero que vocês curtam. Estou bem contente por estar conseguindo escrever e estou gostando do rumo da história 😃

Gente não deixem de votar e comentar, preciso dos docinhos de leite da semana 😉❤️

Beijim beijim pra você e pra mim 😘❤️🌻

19 de fevereiro 2021
Ally A.

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