Depois da meia-noite [CONCLUÍ...

By VanessaMassola

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As festas de fim de ano não estavam muito festivas para Jade. Ela perdeu o emprego, levou um pé na bunda na... More

AVISOS
Epígrafe
Capítulo 1- Festa
Capítulo 2- Reencontro
Capítulo 3- Erro
Capítulo 4- Complicado
Capítulo 5- Promessa
Capítulo 6- Oportunidades
Capítulo 7- Amigos
Capítulo 8- Almoço
Capítulo 9- Comemoração
Capítulo 11- Convite
Capítulo 12- Progresso
Capítulo 13- Sombra
Capítulo 14- Gosto de café
Capítulo 15- Ciúme
Capítulo 16- Oferta
Capítulo 17- Casa
Capítulo 18- Família
Capítulo 19- Decisão
Capítulo 20- Casa de bonecas
Capítulo 21- Retorno
Capítulo 22- Cinderela e o Lobo Mau
Capítulo 23- Revelação
Capítulo 24- Confronto
Capítulo 25- Incerteza
Capítulo 26- Conforto
Capítulo 27- Algemas
Capítulo 28- Apoio
Capítulo 29- Coragem
Capítulo 30- Confissão
Capítulo 31- Sonho
Capítulo 32- Ódio
Capítulo 33- Ataque
Epílogo

Capítulo 10- Mensagem

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By VanessaMassola

JADE

Meu coração estava acelerado quando ergui a cabeça e encarei o rosto um pouco acima da minha linha de visão.

Chris parecia um anjo vingador, o rosto dividido entre luz e sombras conforme as luzes pulsavam na festa, me lembrando que, apesar do que parecia, não estávamos sozinhos ali. As pessoas dançavam, riam e conversavam completamente alheias ao drama ocorrendo meio escondido no cantinho do salão.

Um braço forte circulou minha cintura e Chris me puxou para o seu lado. A postura ereta indicava que ele não estava muito feliz.

Ele inclinou para falar no meu ouvido, para ser ouvido acima da música alta.

— Algum problema aqui? — Chris perguntou.

— Não — respondi sacudindo a cabeça, mas não consegui enganar nem a mim mesma. — Eu posso resolver.

Ele se afastou para ver meu rosto.

As sobrancelhas de Chris estavam baixas em uma carranca, deixando claro que não acreditava em uma letra do que eu tinha dito. Merda.

— Jade... — começou, exasperado.

— Quem é você? — Matheus berrou para o rapaz, os olhos embotados fixos naquele belo espécime da raça masculina ao meu lado.

Christian lançou um olhar irritado para Matheus. Não, irritado não.... aborrecido. Como se estivesse responsável por vigiar uma criança particularmente birrenta.

— Não importa — replicou com uma simplicidade desconcertante. Ele agarrou a minha mão, entrelaçando nossos dedos com força suficiente para doer, me segurando como se temesse que eu escorregasse. — Vem, vou te levar até a sua amiga.

Chris não me deu tempo para protestar e me arrastou pelo salão.

Quase precisei correr para manter o rimo das suas pernas longas.

— Você não precisava interferir — gritei quando Matheus já não estava por perto. — Eu tinha tudo sob controle.

Chris me encarou descrente, o rosto sendo iluminado pelas luzes coloridas da balada.

— Claro que tinha — respondeu com sarcasmo. Ao menos eu achava que era sarcasmo, a julgar pela sua expressão.

Revirei os olhos. Quanta maturidade!

— Acho que ele já foi — repliquei irritada com o seu comportamento estúpido. — Vou procurar a Lívia.

— Eu vou com você.

Ergui uma sobrancelha e resposta, mas sua expressão era impassível, resoluta.

— Eu disse que ia te levar em segurança para a sua amiga — explicou como se eu fosse burra demais para entender algo simples. — E é isso que vou fazer.

— Não precisa — insisti com firmeza. — Já quase te meti em encrencas demais hoje e você deve estar precisando encontrar a menina que vai levar para a cama hoje.

Chris abriu um daqueles sorrisos de fazer o coração parar. Não o meu coração, claro.

— Tá com ciúme, linda? — perguntou perto do meu ouvido e cada pelinho do meu corpo se arrepiou com o veludo em seu tom de voz. — O seu lugar tá guardado na minha cama.

Flashes daquela outra festa, da forma como ele foi atencioso e gentil, invadiram a minha mente e os meus dedos se contorcer dentro da sapatilha.

— Nos seus sonhos, lindo — respondi.

Christian abriu um sorriso e sua boca se moveu, mas eu não consegui ouvir o que ele disse por causa da música alta.

Tomei a dianteira, esticando o pescoço procurando a cabeleira loura da minha melhor amiga ou o seu namorado.

— João! — gritei feliz e fiz uma linha reta na direção do rapaz com Christian a tiracolo.

Agarrei o braço do rapaz e ele se virou na minha direção.

— Jade! Onde você estava? A Lívia ficou louca atrás de você! Por que não atendeu seu telefone?

Levei a mão à testa.

— Aconteceram umas coisas aí que eu esqueci completamente do celular — admiti.

Peguei o aparelho e vi que tinha doze chamadas perdidas de Lívia e João. Merda.

Disquei o número da minha melhor amiga.

— Jade! — ela berrou no bocal. — Cadê você?

— Tô com o João — contei correndo os olhos pelo salão em busca da minha amiga. — Onde você tá?

— Já chegou aí — respondeu e a chamada caiu.

Cerca de dois minutos depois, Lívia apareceu com o cabelo grudado no pescoço suado.

Ela me envolveu em um abraço apertado.

— Fiquei preocupada, garota! — reclamou me sacudindo.

— Encontrei o Matheus — expliquei e estremeci em sue abraço apertado. — As coisas ficaram... estranhas. Tive sorte que o Christian apareceu.

Os olhos castanhos de Lívia passaram para rás de mim, provavelmente se fixando em Chris, antes de voltarem ao meu rosto..

— Defina "estranhas".

Esremeci.

— Achei que ele fosse me bater — admiti baixinho. Ele tinha aquele olhar no rosto, sabe? De quem vai partir para cima.

Lívia assentiu muio séria.

— Obrigada por salvar ela — gritou por cima da minha cabeça para Chris, me apontando.

Eu me soltei do seu abraço férreo e também virei de frente para ele.

— Muito obrigada, Chris — falei sinceramente em voz alta para que ele ouvisse.

Ele sorriu e deu de ombros e correu os dedos pelos cabelos.

— Já te entreguei em segurança — comentou. Seu olhar no entanto adquiriu uma seriedade atípica quando nossos olhos se encontraram — Não sai de perto dos seus amigos, ok?

Assenti e observei ele se misturar na multidão de corpos dançando.

Lívia apertou meu braço com força.

— Você quer ir embora? — ofereceu delicadamente.

Neguei com a cabeça.

— Podemos só ficar sentados bebendo? — questionei. De repente não estava com a menor vontade de dançar.

O rosto da minha melhor amiga adquiriu uma tristeza nada característica e ela assentiu.

Ocupamos uma mesinha que ainda estava com as garrafas dos ocupantes anteriores.

Bebemos duas rodadas em silêncio, falando muito pouco.

Eu não fazia ideia do que se passava na mente de Lívia e João, mas na minha passava todos os resultados possíveis do que aconteceria se Christian não tivesse interferido.

Finalmente o impacto me atingiu e o pior cenário possível surgiu por trás das minhas pálpebras. Uma briga e sangue no chão, Lívia tendo que contar para os meus pais que eu...

Senti as lágrimas rolarem pelo meu rosto e as afastei.

— Vamos para casa — pedi para a minha amiga.

Lívia assentiu e me abraçou com força.

Dividimos a conta e fomos para onde João tinha deixado o carro.

A viagem também foi silenciosa e me senti péssima por isso. Eu tinha estragado o clima alegre daquela nossa reunião me metendo em encrenca com o idiota do meu ex.

Ele nos deixou diante do nosso prédio.

— Você pode ir passar o fim de semana com o seu namorado — falei para a minha amiga. — Vocês sempre passam o fim de semana juntos.

— Justamente — ela respondeu muito séria afastando os fios loiros para trás. — É sempre bom dar uma mudada para não cair na rotina, não é, amor?

— Com certeza — João concordou assentindo. — E eu vou almoçar com os meus pais amanhã, chatíssimo.

Sorri mesmo sem querer.

Meus amigos eram maravilhosos.

Lívia e eu subimos os três lances de escada até o nosso andar sem pressa. Os sapatos da minha amiga estavam pendurados na mão dela.

— Quer dormir comigo? — ofereceu depois que fazer sua rotina de higiene e beleza noturna.

Concordei com a cabeça.

Depois de fazer a minha própria rotina, me encaminhei para o quaro de Lívia.

Ele era um pouco maior que o meu e tinha a sua personalidade, com um espelho de corpo inteiro, uma arara para os seus looks da próxima semana e uma penteadeira tipo camarim apagada.

Lívia era uma diva e isso se refletia em cada aspecto da sua vida.

Deitei ao lado da minha amiga e ela apagou a luz.

Um leve feixe de iluminação passava pelas cortinas semiabertas, iluminando o cômodo cheio de coisas.

Já fazia bem umas meia hora que estávamos deitadas quando decidi falar:

— Eu fiquei com medo de verdade — admiti em voz baixa. — Achei que o Matheus fosse me bater.

— Você teve sorte que o Chris apareceu — sussurrou meio grogue, provavelmente mais pra lá que pra cá fazendo carinho no meu ombro.

Sim, eu tive.

E isso me incomodava porque eu fui rude com ele quando, na verdade, Chris só queria me ajudar.

Por isso, peguei o celular e olhei no grupo da sala pelo número dele.

Obrigada por ter interferido. Não sei o que podia acontecer sem você ali.

A resposta veio logo em seguida: Não esquenta. Vc tá bem?

Eu estava? Na verdade, não fazia ideia.

Estou sim. Vim para casa e vou dormir agora.

Chris não respondeu e imaginei que estivesse dormindo. Ou, mais possivelmente, entretido com alguma garota nua na sua cama.

Coloquei o celular na mesa de cabeceira e sorri ao ver a sua resposta:

Boa noite linda

Revirei os olhos para o apelido idiota que ele provavelmente deveria usar com todas as garotas, mas um sorriso teimoso curvou meus lábios para cima..

Boa noite, Christian.

IZIIIII! O que acharam do capítulo?

Gostaria de dizer que não faço ideia de porque disseram que eu fiz fogo no parquinho com o capítulo anterior. Achei muito tranquilo de verdade hihihi

Mas sério, o que estão achando da história? Sei que eu sempre pergunto, mas é porque realmente quero saber as opiniões, se vocês tem sugestões ou reclamações a fazer. Juro que levo críticas construtivas muito na boa

Enfim, esse capítulo é um bônus pelos 10k de leituras em DDMN! Muito, muito obrigada pelo apoio! Vocês são incríveis e eu tenho muita sorte de ter vocês aqui!

Até sexta!

~Beijinhos de luz

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